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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Não pare de orar pelos seus entes familiares

O esposo da Cecília não é cristão e eventualmente aceita um convite para ir à igreja. Apesar disso, vez ou outra, ela pede a ele para acompanhá-la. Então ouve a resposta habitual "Hoje não!", quando fica chateada e no primeiro momento diz para si mesma: "Não sei porque o chamei, se já sei que a resposta é sempre a mesma." Ela frequentemente ora para que ele e outros familiares e amigos tenham um relacionamento com Deus baseado no que Cristo fez por nós. Mas com o passar do tempo, às vezes se sente cansada e diz para Deus: Senhor, por que ainda devo orar?"

Provavelmente, isso já tenha ocorrido com você. Você ora mês após mês, ano após ano, pela recuperação da saúde de um parente, pelo crescimento espiritual de outro, pela mudança de comportamento de "Beltrano", pela intervenção divina na vida de Cicrano, mas as situações não mudam. Em momentos assim, é  fácil defender nosso desânimo e mergulhar em decepção e no amor insensível. Precisamos vigiar os nossos corações contra tais atitudes. 

Deus chama os cristãos a serem firmes e a permanecerem fiéis, lembrando que a volta de Cristo acontecerá inesperadamente, como um ladrão no meio da noite. Somos chamados a permanecer em santidade, a lutar contra o cansaço, a orar sempre e nunca desanimar, pois a oração nos ajuda a progredir espiritualmente e nos mantém prontos para toda boa obra.

Certa vez, alguém perguntou à mãe de João e Carlos Wesley a qual de seus filhos amava mais. Ela respondeu: "Ao mais enfermo, até que melhore, e ao que está longe de casa, até que regresse." O cristão é assim, ora mais em favor da pessoa que tem mais problemas para resolver, até que os resolva, ama mais aquela pessoa da qual está mais tempo separado, até que a encontre, se alegra com seus pontos fortes, se preocupa com suas fraquezas e dá graças a Deus continuamente pelo progresso que conquistam, pois o Espírito Santo, que faz morada em seu ser, é amável e afetuoso.

Em vista disso, mesmo quando nos sentimos cansados espiritualmente por clamar e interceder por alguém e erroneamente pensamos que a resposta à nossa oração demora a chegar, não podemos parar de orar. Quando o desapontamento surgir, precisamos pedir perdão a Deus e pedir forças para não sermos dominados pelos sentimentos destruidores da nossa fé. É necessário entregar a Deus em oração aqueles que nos cercam.

O texto em 1 Samuel 12.23 é útil para nossa meditação sobre este assunto: "Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vocês. Pelo contrário, eu lhes ensinarei o caminho bom e direito." Este versículo me faz lembrar de dois mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao semelhante como a si mesmo (Mateus 22.37-39). Se eu desistir de orar pelo próximo, serei omisso com suas necessidades e dessa maneira demonstro falta de amor e atenção fraternal em relação a eles. E se eu não amo o outro, não estou sintonizado com o meu Deus. 

A Palavra de Deus diz que não é por força ou por violência, mas pelo Espírito de Deus (Zacarias 4.6). O que isso significa? Deus é quem realiza a obra. Ele responde à nossa oração preparando o caminho para o Espírito Santo agir na vida das pessoas. Ao mesmo tempo nós devemos continuar orando pois esse é o nosso dever, sabendo que a resposta virá em tempo oportuno. 

Não temos capacidade de mudar os outros, mas com a ajuda de Deus podemos melhorar a nós mesmos. E quando Deus faz a obra em nós, Ele pode mudar os outros através de nós.

E.A.G.

Consulta: Presente Diário 2016, 21 de outubro, Clicia Pinto das Dores. São Paulo [Rádio Trans Mundial].

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