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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Oração: caminho de quem quer vitória

A esperança, quando aliada com a fé e a oração é uma poderosa estratégia de defesa em nossas batalhas diárias contra os ataques do maligno. Se esperamos que Deus realize apenas o que o raciocínio humano compreende, então nossa experiência com o Pai celeste permanecerá apenas na esfera da compreensão humana limitada e limitante.

Oração sem fé é inútil. Existe quem pergunte como ter fé. Recebemos fé ao aceitar a Jesus como Salvador e por Ele sermos santificados (Judas 3). Esta fé permanece em atividade no coração do cristão enquanto ele estiver disposto a ouvir a Palavra de Deus, no sentido de escutá-la e obedecê-la (Romanos 10.17). 

O conteúdo bíblico é a Palavra de Deus. Se o leitor lê a Bíblia com disposição de colocá-la em prática, torna-se bem aventurado ao orar e em tudo o mais que fizer (Tiago 1.25).

Orar é o mesmo que invocar, isto é, pedir auxílio e proteção (Salmos 17.6); é levantar a nossa alma em clamor ao Senhor (Salmos 3.4; 25.1); significa aproximar-se do trono da graça até estar bem perto do Senhor (Hebreus 4.16; 10.22). 

A oração é a sublime maneira de comunicação entre a criatura e seu Criador. Embora a oração não seja um mero exercício intelectual, a sua qualidade depende do quanto nós conhecemos a Deus (Oséias 6.3). Ao orar, além das petições (Mateus 7.7-8), convém adorar ao Pai celeste (Salmo 95.6), fazer ações de graça (1 Tessalonicenses 5.18). Enquanto a adoração e o louvor têm a ver com o que Deus é, a oração está relacionada com o que Deus fez e quer fazer por nós. 

A característica de uma oração de boa qualidade não tem muito a ver com a disposição física. Salomão e Jesus oraram de joelhos (1 Reis 8.54; Lucas 22.40-41; Davi e Jesus prostraram-se (2 Samuel 12.16; Mateus 26.39); Moisés, Salomão e o salmista inclinaram-se em oração (Êxodo 34.8; 1 Reis 8.22; Salmos 88.9). Há relatos de orações realizadas com o corpo deitado (Lucas 10.13), sentado (Salmos 63.6), em silêncio (1 Samuel 1.13), em voz alta (Neemias 9.4; Ezequiel 11.13), em oculto (Daniel 6.11; Mateus 6.7), em público (Isaías 56.7; Mateus 18.19); cantando (Salmos 92.1-2; Colossenses 3.16), através de línguas estranhas (1 Coríntios 14.14-18). 

O ensinamento de Cristo sobre a fé operante

"Peçam e lhes será dado; busquem e acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, a porta será aberta. Ou quem de vocês, se o filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem?" - Mateus 7.7-11.

Jesus incentiva a orar fazendo pedidos. Ele incentiva a buscar a Deus, promete que o seu pedido será atendido. Disse que Deus sabe dar coisas boas a você. É promessa de Cristo a afirmação que você achará a resposta do pedido. É recomendação dEle a você bater à porta fechada e ter a certeza que a passagem será livre para você passar. 

A base da nossa fé deve estar nas palavras de Cristo. Então, sustente sua esperança na sabedoria divina em seu favor para que o seu pedido seja atendido. Agindo desta maneira, muitas orações serão atendidas para que você seja abençoado e tenha condições de ser instrumento de Deus abençoando outras pessoas. 

Apesar do que Cristo disse e prometeu, há cristão que considera atitude carnal agir segundo a instrução do Mestre dos mestres. Não reduza sua fé para opiniões humanas fundamentadas em orientações diferentes das lições apresentadas por nosso Salvador. 

O escritor de Hebreus e a fé operante

"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem" (Hebreus 11.1).

A fé, produtora de orações respondidas, se fundamenta na esperança que reside na pessoa que ora. O crente só é abençoado extraordinariamente se cultivar a esperança que pode ser abençoado de modo incomum.

"De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que recompensa os que o buscam (Hebreus 11.6).

O quê Hebreus 11.6 nos diz? O Senhor se agrada de crentes que alimentam a expectativa de terem suas esperanças realizadas. Portanto, é fundamental manter a Bíblia Sagrada como nossa regra de fé, esperança e conduta, é preciso alimentar nossa esperança que obteremos a resposta divina. É necessário conservar a confiança acima de todas as opiniões humanas contrárias. Jamais esquecer que Deus possui compromisso com suas promessas, visa cumprir todas elas aos que o recebem como galardoador (Jeremias 1.12; Hebreus 11.6).

É necessário a você buscar ao Todo Poderoso crendo que Deus em sua essência é amor (1 João 4.8). Deus como a essência do amor faz o bem aos que o buscam agindo como galardoador, isto é, quer premiar, é recompensador aos que acreditam neste aspecto do seu ser divino. Se alimentamos a ideia de que o Senhor não tem vontade de nos abençoar segundo a nossa petição, tão certo como a água é líquida, quem faz a oração desvinculada da esperança de ser atendido nunca experimentará resposta de orações que outros já fizeram e tiveram êxito. 

A fé aprisionada no campo da retórica humana

"Vocês cobiçam e nada têm; matam e sentem inveja, mas nada podem obter; vivem a lutar e a fazer guerras. Nada têm, porque não pedem; pedem e não recebem, porque pedem mal, para esbanjarem em seus prazeres" - Tiago 4.2,3.

O apóstolo Tiago, no quarto capítulo de sua carta, descreve o estilo de vida de religiosos não espirituais. Eles brigam uns com os outros com a finalidade de alcançar benefícios egoístas; eles querem o que é de outros; não oram visando alcançar por intermédio de Deus o que desejam e quando o fazem é pensando em satisfazer interesses individualistas, sem a intenção de compartilhamento. E sendo assim, suas orações não são respondidas.

 "Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros, para que vocês sejam curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" - Tiago 5.16.

O mesmo apóstolo cita problemas de enfermidades que acometem os crentes e recomenda que o cristão enfermo procure o presbítero da igreja para que este ore ungindo-o com óleo, e peça a Deus por sua saúde em nome do Senhor (versículo 14). Entretanto, apresenta também condicionais ao enfermo para que seja curado. Para que a prece seja altamente eficaz é preciso haver comunhão entre os irmãos e senso de coletividade. Para experimentar a eficácia da oração, deve haver no coração do crente disposição para confessar culpas e ter entusiasmo para realizar orações em favor de outros, não apenas em benefício pessoal (versículo 16).

A fé e a postura coerente de seu portador

1 Pedro 3.10-12. "Aquele que quer amar a vida e ter dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem palavras enganosas; afaste-se do mal e pratique o bem, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam o mal."

Por sua vez, o apóstolo Pedro, ensina que o cristão experimenta a benignidade do Senhor ao recusar as paixões carnais, não sendo invejoso e maldoso, ao manter conduta exemplar perante os descrentes, quando por causa do Senhor sujeita-se à toda instituição humana, objetivando através de boas atitudes como cidadão calar a boca de insensatos (1 Pedro 2.1,13-15). Referindo-se às orações eficazes, explica que o marido que não sabe viver a vida comum no lar com discernimento, não honrando sua esposa, tem as suas orações interrompidas (1 Pedro 3.7).

A Bíblia nos impõe orar constantemente (1 Tessalonicenses 5.17). A nossa oração deve ser feita de acordo com a vontade de Deus. Se em nosso coração existir amor a Ele e houver amor ao próximo certamente oraremos alinhados com o que o Senhor espera de nós (Mateus 22.37-39). A oração é agradável ao Senhor se a fazemos com o coração puro e contrito (Salmos 51.17; 66.18; Marcos 11.25), e nos dirigimos a Ele com entendimento sobre quem somos e quem Ele é (1 Coríntios 14.15; Lucas 18.10-14).

Sinais, maravilhas, vida eterna

1 Coríntios 15.19: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." 

"Em verdade, em verdade lhes digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo o que vocês pedirem em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirem alguma coisa em meu nome, eu o farei" - João 14.12-14.

A vida neste mundo é passageira. As maiores bênçãos que o Senhor preparou para os que o amam são espirituais, preparadas para a vivência além túmulo, no porvir, na presença de Deus no céu. Mantenha-se em submissão ao Senhor, conserve sua reverência, esperança e fé no amor do Pai celeste, sem se esquecer que você não é apenas um corpo físico, além de carne e sangue você tem em sua constituição uma alma e um espírito.

Meditemos também nas seguintes palavras de Paulo:

Filipenses 4.6-7: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus."

Jesus Cristo nos alertou: o crente não está blindado às circunstâncias aflitivas (João 16.33). Em muitos momentos nos vemos envolvidos em grandes adversidades. 

O crente está sujeito às aflições no âmbito da saúde, da vida financeira e emocional. Em momentos de aflições o correto a ser feito é orar em súplicas. "Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5.6,7).

Veja que após o apóstolo Paulo receber revelações de Deus, para que não ficasse orgulhoso o Senhor permitiu que ele tivesse um incômodo em sua vida. Por três vezes ele orou pedindo que um espinho fosse retirado de sua carne e o Senhor lhe disse que a graça divina que estava sobre ele era suficiente para continuar em sua jornada. Em sua soberania, e sabedoria, Ele sempre delibera como e quando irá nos responder. É necessário ter em mente que algumas respostas de oração são negativas e que quando o Senhor responde "não" visa o nosso bem-estar.

Incorpore em seu cotidiano as condições que Deus impõe para a sua vida e espere o cumprimento das promessas divinas. "Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas angústias' [...] 'Provem e vejam que o Senhor é bom; bem-aventurado é quem nele se refugia" (Salmos 34.6,8). E em casos de resoluções negativas, não desanime em sua esperança, confie que o seu Pai o conhece bem e nunca o deixará desamparado (Romanos 8.28). A rejeição de uma solicitação não significa que ao rogar em outras situações também a petição terá a mesma resposta. 

Enfim, as afirmações dessa postagem têm origem na minha relação com Deus. Devo muita gratidão ao Senhor por responder orações de situações que estavam no campo das impossibilidades humanas e que é impossível explicar como Ele desenvolveu suas respostas. 


Os textos bíblicos usados neste artigo são extraídos da tradução Nova Almeida Atualizada, publicação da Sociedade Bíblica do Brasil.

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