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sábado, 14 de agosto de 2021

Mulheres cristãs e mulheres do Talibã

Afeganistão, Cabul, 2002 Mulheres em frente às ruínas do Palácio Darulaman.
"Causa apreensão tomar conhecimento de que em algumas igrejas evangélicas no Brasil, continua existindo uma deprimente ignorância bíblica. É preocupante saber que brotam ensinamentos que são provenientes de interpretações humanas, sem nenhuma sustentação nas Escrituras Sagradas, mas que diversos líderes religiosos acreditam ser a vontade de Deus. Em algumas igrejas evangélicas, a mulher cristã brasileira está em total obscurantismo. Até o presente momento se ensina que elas não podem usar joias, não podem usar maquiagem, não podem usar calças compridas. Em síntese, vigora um código de regras que não tem respaldo na Bíblia.

Posto isso, eis a questão: Nesses ambientes eclesiásticos, que diferença há então entre a mulher cristã e as oprimidas mulheres do Talibã" - Cícero Ramos [*]

Eu penso que a mulher deve se vestir de um modo que se sinta bem, desde que respeite os parâmetros bíblicos, que recomendam a não dar vazão para a falta de modéstia e para a sensualidade.

É comum que a falta de modéstia tenha como consequência o uso de roupas sensuais. Em quase todos os casos, o exibicionismo da beleza do corpo feminino, por meio de roupas que chamam a atenção de olhares masculinos, é causado pelo pavoneamento, esnobismo, imodéstia.

Ora, exibir-se de maneira inconsequente é efeito da falta de conhecimento e de amor a Deus e ao próximo. Mulheres assim desconsideram que sua formosura foi dada por Deus para ser conhecida pelo marido na particularidade do estrato conjugal. Na tradução bíblica Almeida Revista e Corrigida, publicada pela SBB, tal comportamento pretensioso é descrito como o movimento das cascavéis (Isaías 3.16).

Entendo que cuidar da aparência é direito de toda mulher. O vestuário que cubra a compleição física de maneira elegante, o par brincos, uma calça comprida confortável e recatada, um corte de cabelo bonito, são coisas aceitáveis. As regras impostas em alguns círculos religiosos que impõem às irmãs a "burca evangélica" é erro que precisa ser corrigido o mais rápido possível.

Vemos no Livro de Ezequiel, capítulo 16 e versículos 8 a 14, que Deus disse a Israel, fazendo uma comparação entre a comunhão espiritual e o casamento, comparando Israel a uma noiva, que a perfumou com óleo, calçou seus pés, vestiu-a com trajes garbosos, colocou braceletes em seus braços, colocou linho fino em volta de seu quadril, colar em seu pescoço, deu-lhe joias, brincos e a coroou.

Enfim, todos os adereços que Israel recebeu são símbolos de bênçãos espirituais. Não há simbolização de coisas malditas para o que Deus usa para comunicar suas ofertas de bênçãos. Como então proibir a mulher que ela se adorne elegantemente?


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