Temos no texto do Salmo 1, nos versículos 1 e 2, o convite bíblico à meditação. Não basta ler, não é suficiente decorar o texto. É preciso meditar.
O hebraico tem no vocábulo "medita" o sentido de considerar, planejar, pronunciar. O verbo meditar, no idioma original usado no Antigo Testamento, faz equivalência ao rugido do leão e ao gemido da pomba (Isaías 31.4; 38.14). É referente à introspecção que leva à prática. Por exemplo, a meditação de Jó resultou em sua decisão de prometer não proferir iniquidades (Jó 27.4).
O dicionário Michaellis define meditação como um ato de concentração do espírito que prepara a mente para a contemplação, o conjunto de processos mentais com o objetivo de se desligar do mundo material para acalmar a mente e estabelecer uma relação com os elementos divinos.
A meditação é como lavar a mente. É comparável à extração do acúmulo de pensamentos e intenções inconvenientes, que não são edificantes, e a colocar no lugar a Palavra de Deus.
A pessoa que se propõe a meditar na Palavra de Deus é bem-aventurada, pois a Escritura é purificadora. Através da meditação a alma que está arrastada à perdição eterna é convertida e direcionada ao destino das bênçãos do Senhor.
O indivíduo que medita no conteúdo bíblico conquista o entendimento da vontade do Senhor; sua inteligência é submetida à sabedoria do alto; sua cognição alcança a intenção espiritual. Quem medita na Lei de Cristo possui sensibilidade à direção do Espírito. Seus pensamentos tornam-se reflexivos e suas atitudes responsivas ao que Deus deseja. Seu coração pulsa benignamente, tanto em favor de sua vida quanto favoravelmente à vida do próximo.
Em outras palavras, a meditação do conteúdo da Bíblia gera ao ser humano clareza aos planos do Senhor: "Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo" - 1 Coríntios 2.16 (NAA).
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