A palavra púlpito contém dois significados entre os religiosos. É compreendida como o lugar mais elevado que o palestrante utiliza para se dirigir ao público-alvo de sua mensagem. A segunda definição é um pequeno móvel posto neste ponto mais alto da igreja. Neste artigo usaremos o segundo significado.
O sacerdote Esdras, quando leu o livro da Lei de Moisés para a congregação, composta por homens e mulheres que estavam reunidos em uma praça, fez uso de um púlpito (Neemias 8.4). Na atualidade da Igreja, esta estrutura é constantemente usada pelo orador ao discursar. O orador acomoda a Bíblia sobre o púlpito, usa-o para ter perto de si o copo d’água, que é ingerida para hidratar as cordas vocais. Sobre o púlpito, geralmente está instalado um microfone fixo.
Por muitos anos os púlpitos de madeira foram unanimidade nas igrejas. Tábuas levadas à arte de um bom marceneiro, torneadas, coladas ou parafusadas, e envernizadas, serviram de mobília central de cultos em diversas regiões do Brasil. O fator resistência ao desgaste fez com que a matéria-prima mais aproveitada fosse o mogno, o cedro, o pinho, o pau-ferro, a peroba e a jacarandá.
Ao passar dos anos, a escolha da madeira nobre passou por mudanças à confecção de púlpitos. Apareceram os púlpitos fabricados com placas MDF (fibras de madeira misturas com resinas sintéticas e aditivos) e os púlpitos montados com chapas de acrílico (plástico transparente). Mais baratos que a madeira nobre, porém, igualmente bonitos.
E, recentemente, nesta era da pós-modernidade, encontramos o púlpito feito com tonel de óleo, o tambor metálico de 200 litros. A peça é customizada, passa pelas mãos de serralheiros, ganha novas curvas anatômicas, tem gavetas ou pequenas plataformas como as estantes. Depois vem a cobertura em pintura clássica, e também a obra de um grafiteiro. Alguns olham a novidade em silêncio e com uma sensação de estranheza, outros criticam a opção e categorizam como modismo inaceitável.
Opiniões contra e favorável à parte quanto ao uso de tambor, que haja análise tendo como base nosso contexto atual. Os púlpitos tradicionais são confeccionados usando a madeira, o que significa estar na ponta final de um processo de desmatamento. O impacto causa dano incalculável ao ecossistema, gera conseqüências ruins que não precisamos citar aqui. Por outro lado, a customização do barril, além de diminuir o derrubamento de árvores também freia a escalada de poluição do solo, pois aumenta a vida útil do recipiente metálico. É dito que o ferro leva mais de 100 anos para se decompor no solo.
Oseias (6.3) profetizou que a vinda do Senhor é tão certa como o amanhecer de cada dia. Não esqueçamos que o apóstolo Pedro, no capítulo 3 e versículo 7, predisse que chegará o dia em que Deus destruirá este mundo que agora conhecemos. Ele escreveu: “os céus e a terra que agora existem têm sido guardados para o fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e da destruição dos ímpios”. Este juízo está por vir, não sabemos quando ocorrerá. Poderá acontecer em nossa geração ou em outra época em que já estaremos dormindo no Senhor.
O fato a ser considerado é que o Criador fará um novo Céu e uma nova Terra. Qual o motivo? Porque a humanidade, desde que Adão e Eva foram colocados para fora do Éden, tem estragado a natureza que Deus fez. A superfície do nosso planeta tem sido devastada de muitas formas. A destruição acontece por meio da subtração de árvores sem haver replantio. A degradação acontece no espaço através do envio de satélites fotográficos e de comunicação, tais maquinários orbitam por algum tempo na atividade proposta de sua missão e quando envelhecidos se transformam em lixo espacial.
Se é possível ser agente de bênção e contribuir para a preservação do meio-ambiente, por que não fazê-lo? Não penso em apresentar a sugestão do uso do latão como púlpito nas igrejas, apenas que você encontre algo positivo que faça com que no seu círculo social a natureza seja menos agredida.
13 comentários:
Olá Bom dia Eliseu, li seu comentário e digo que o problema não ta no púlpito em si, no caso aqui do tonel, mas a mensage4m que ele tem passado pras igrejas hoje. Você já leu a respeito? Eu sim. E fiquei em alerta! Sugiro que leia o artigo do Pastor Clemente: https://pastorcremilson.blogspot.com/2019/08/entre-toneis-e-tinta-preta.html
Se nao estivermos tentos meu irmão, daqui uns dias todas as igrejas serão pretas, e com tonéis, ambiente propício para santanás atuar mais tranquilamente com suas ideologias filosóficas e que tudo é relativo! Que Deu nos dê dicerni0mento nessa hora!.!
E te digo também que a e4xe4mplo das mulheres que adoraram ao SENHOr, com um unguento caríssimo dentro de um vaso de alabastro tb de grande valor, devemos oferecer o melhor que temos tb em coisas que simbolizam o melhor. Se o melhor que tenho é um tonel, e se nenhuma mesagem sutil dstruidora há por traz. Ok. Mas se temos alho melhor que um tonel, então não estramos trazendo o me4lhor pra lhe ofertar tb no aspecto material.
Olá. Tudo bem?
Em quase quatro décadas como cristão de uma igreja, que ultrapassa um século no Brasil, cheia de tradições e imposições de costumes, percebo que a cada ano menos jovens são trazidos do mundo para a nova vida em Cristo. O que mais se vê na expansão do número de membros é o crescimento pela questão biológica, sendo que uma parte considerável dessa geração, nascida de pais convertidos, se afasta do templo no período da adolescência.
Infelizmente, tive o desprazer de conhecer uma congregação composta de membros sexagenários, apenas o pastor e sua família eram mais novos. Portanto, não considero condenável o fato de lideranças evangélicas optarem pelo uso de decoração diferente do estilo que os templos tradicionais adotam. Tonéis remodelados para uso como púlpito e paredes pintadas de preto não é a configuração de um ambiente pecaminoso. Rejeitar isso é apenas apelar ao apego de costumes religiosos antigos, o que não é o suficiente para ferir dogmas soteriologicos.
Causa estranheza a afirmação que declara o revestimento de tintas pretas nas paredes e a troca do púlpito de madeira ou acrílico por um tambor de óleo ser uma mudança que não contribui para a glória de Deus. É estranho porque nestes lugares os jovens escutam pregações cristocêntricas, abandonam as drogas, o sexo ilícito, são ensinados a honrar pai e mãe.
Dizer que não há fundamentação bíblica ou histórica para uso cenário com uso de cor preta nos templos, demonstra apenas o descontentamento humano, não remete à base teológica alguma. A tradição religiosa não salva o pecador. O Novo Testamento não apresenta diretrizes sobre decoração de templos, logo o ornamento novo ou antigo estão nivelados em Eclesiastes 1.2: vaidade de vaidades, tudo é vaidade.
A pessoa que entra para o ministério da homilia cristã, inevitavelmente, ao pregar o Evangelho, terá que estar no centro das atenções do seu público-alvo, e nesta atividade ganhar fama. Não existe o dom da invisibilidade aos irmãos que usam o microfone nas igrejas. Portanto, a intenção de criar estratégias para aumentar o foco sobre quem traz a Palavra de Deus é atitude natural. Sobre esta questão de ganhar notoriedade pregando, o próprio Jesus enquanto em corpo humano experimentou fama internacional (Mateus 4.24).
É preciso cuidado com o nosso coração. A tendência é considerar aquilo que é de gosto pessoal em algo espiritual e o que nos causa estranheza em coisa fora da vontade de Deus. Pensar que a liturgia na qual nos acostumamos a cultuar ao Senhor é correta e outras não, pode ser equívoco sério. A verdadeira adoração se consiste em prostrar-se diante de Deus, sendo que sequer existe um local específico para isso, pois o que Deus quer é o adorador que o adore em espírito e em verdade.
É sabido que Jesus Cristo não usou formalidades ao divulgar as Boas Novas. Cuspiu no chão para fazer lama e enlamear os olhos de um cego; escreveu no chão ao tratar com a adúltera prestes ao apedrejamento; contrariou a cultura dos judeus ao ter uma conversa particular com a samaritana junto ao poço de Jacó etc. Muitos cristãos dos dias atuais se pudessem presenciar essas cenas, o reprovariam por suas atitudes "antiéticas" para um pregador do Evangelho.
Entendo, por experiência em atividade evangelística, que na informalidade é possível encontrar espiritualidade e na formalidade, em alguns casos, ver apenas a força de um hábito religioso e vazio. Se o líder religioso alcança as almas de jovens e os leva aos pés da cruz, que continue neste trabalho sem ser atrapalhado. A nossa luta não é pelo crescimento de denominações evangélicas, mas do reino de Deus. E para isso o Espírito assopra onde lhe convém.
Considero interessante apontar para o relato contido em Atos 20.8. Este texto mostra o comportamento do jovem Eutico. O recinto em que ele se encontrava estava localizado no terceiro andar de um imóvel, em um salão bem iluminado, ali transcorria um culto. O jovem Eutico assentou-se em uma janela, entediado com o longo discurso de Paulo, dormiu e caiu de grande altura e morreu. Não fosse a intervenção da fé do apóstolo, seria o seu fim neste mundo.
Ora, a claridade do ambiente não manteve Eutico acordado! E convém dizer que as igreja de paredes pretas não realizam cultos às escuras.
Continuando meu raciocínio, observamos a passagem bíblica contida Marcos 9.32-39. O relato é sobre Jesus e o grupo dos doze discípulos em Cafarnaum. Os discípulos discutiam entre eles sobre quem seria o mais importante, ou maior, entre eles. Ao que Jesus pegou uma criança no colo e lhes disse que aquele que quiser ser o mais eminente deveria servir a todos, e quem recebesse uma criança em seu nome, o estaria recebendo. Em seguida, João diz a Jesus que havia visto um homem, que não fazia parte da seleta equipe escolhida para andar com Ele, expulsando demônios e quis impedi-lo, ao que Jesus o repreendeu: "Ninguém que faça um milagre em meu nome, pode falar mal de mim logo em seguida, pois quem não é contra nós está a nosso favor" (versículos 39 e 40).
Jesus é maior do que o templo (Mateus 12.6).
Quando a Bíblia não proíbe, não existe autoridade espiritual para proibir; quando a Bíblia silencia, o melhor a ser feito é silenciar. A opinião humana jamais deve estar acima das diretrizes das Escrituras, pelo fato de que as Escrituras são a regra de fé e conduta dos crentes em Cristo.
Abraço.
Não concordo com essa nova tendência de igrejas escuras e com tambor para ministrar a palavra de Deus, os bons costumes devem ser preservados independente de qualquer denominação
Eu discordo tmb pra mim galão representa aprisionamento hj as igrejas estão perdendo suas essências estão levando as coisas de fora para dentro sei q a cada um tem sua forma de adorar mas cada um prestará conta a sim próprio a Deus
Satanás é cheio de astúcia, chega devagarinho, hoje é o tambor amanhã a cor do templo depois as vestimentas,quando a Igreja acorda se é que acorde estará totalmente envolvida num sincretismo religioso, sem precedentes.
Unknown [25 de janeiro de 2022 13h36].
Não consigo tomar posição em um assunto se este assunto não tiver a posição bíblica esclarecida. Sobre este tema, não vejo nas Escrituras Sagradas um posicionamento.
Para mim, a questão está no nível de usos e costumes.
Servo de Deus [16 de janeiro de 2022 21h27].
Eu apenas digo que na minha opinião é uma escolha infeliz pelo fato de o tambor não ser uma peça bonita. Prefiro o púlpito tradicional, por sua beleza.
Abraço.
A bíblia diz que só a dois caminho luz e trevas,qual caminho vamos seguir?,o preto principalmente na Bíblia segnifica escuridão,trevas,a luz e lâmpada para meus pés,e luz para os meus caminhos,e como o irmão anônimo diz que as igreja estão se pintando de preto para o preparo para o anticristo eu não tenho dúvida disto,mais de dois mil anos da igrejas na terra e agora bem
Prezado Anônimo [12 de fevereiro de 2022 |10h38].
Você fez uma ótima citação bíblica, ao trazer para nossa troca de ideias a passagem escrita por Mateus, no capítulo 7.13-14. Ali, Jesus nos ensina sobre a caminhada cristã e a caminhada dos ímpios e pecadores. No primeiro trajeto, a tentação está presente mas o crente não cede a ela, prefere sofrer do que pecar; no segundo trajeto, o crente é apenas um crente nominal, alguém que não guardou o seu coração da corrupção oferecida pelo mundo.
Você pergunta qual caminho devemos seguir. É claro que precisamos agir como Jesus agiu ao ser tentado pelo diabo. É preciso deixar-se guiar pelo Espírito e recusar as ofertas diabólicas que nos são oferecidas, pois são promessas enganosas que nos arrastam para a condenação eterna. (Confira: Mateus 4).
LUZ E ESCURIDÃO
Você faz menção das figuras da luz e das trevas. A Bíblia mostra a luz como símbolo da presença e da vontade de Deus e as trevas como a ausência do Criador e a escolha humana de andar segundo a própria vontade. Sobre isso, vemos que o profeta lembrou-se de Deus entre a luz e escuridão: "Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz" (Daniel 2.22).
Quando o salmista escreveu o Salmo 119, a lâmpada elétrica ainda não havia sido inventada, a sociedade daquela época dependia de tochas, lamparinas cujo fogo era mantido com óleo. Daí, é fácil entender as palavras "lâmpadas para os pés e luz para o caminho". Apesar disso, o andarilho noturno poderia contar com o brilho da lua e das estrelas para se guiar.
A escuridão é Obra do Criador. Tudo o que existe no meio ambiente foi criado com um propósito específico. Ao lembrar da Astronomia, logo surge a lembrança da rotação da terra. Quando no hemisfério norte é dia, o lado sul permanece debaixo das trevas naturais. Esta constatação nos faz saber que a escuridão é necessária ao meio ambiente. Durante a escuridão, a temperatura se equilibra no planeta, além de outras circunstâncias benéficas aos seres humanos.
É triste ter que ler isso de alguém que aparentemente é um cristão. Quem diz algo assim precisa estudar mais a Palavra de Deus, para não ser arrastado pelo engano do pecado. Ao usar seu tempo desta maneira, minha sugestão é que pare um pouco e reflita sobre a sua obrigação em apresentar Jesus aos pecadores. Neste ano de 2022 você já evangelizou alguém? A pergunta está dentro do nosso assunto, pois o pecador anda em trevas e Jesus é a Luz desse mundo. Faça sua parte como cristão.
[continuação]
Prezado Anônimo [12 de fevereiro de 2022 |10h38].
O PRECONCEITO COM A COR PRETA
A cor preta é resultado da Obra criadora do Senhor. Ela é a mistura de todas as cores, e não reflete nenhuma cor contida nela. O crente em Cristo não deveria ter nenhum preconceito contra, afinal, usa-a em vestidos, ternos, automóvel e tantas outras coisas.
Em Mateus 5.36, encontramos o relato sobre Jesus pronunciando o Sermão do Monte. Neste versículo específico, Ele ensina que ninguém deve jurar pela sua cabeça, pois não é capaz de fazer nascer um só fio branco ou preto. Veja bem, é o Criador quem escolhe as cores de cada fio de cabelo e decidiu que na maior parte da nossa vida os fios sejam pretos e não brancos.
No capítulo 6 de Apocalipse, encontramos o relato de João sobre os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. João nos conta sobre o momento em que o Cordeiro de Deus abre os sete selos. Ao abrir o primeiro selo, João vê um cavaleiro montado em um cavalo branco, cuja missão era ser vencedor contra as hostes da maldade (6.2); ao manipular o segundo selo, João vê um cavaleiro sobre um cavalo vermelho, com a determinação de tirar a paz da terra e fazer com que os homens matem uns aos outros (6.4); na vez do terceiro selo, João viu um cavaleiro montado em um cavalo preto, a segurar uma balança de precisão (6.6); quando o Cordeiro abre o quarto selo, o apóstolo vê um cavalo amarelo e revela que seu cavaleiro se chama Morte e é seguido pelo inferno.
A Bíblia não sustenta a afirmação de que "igrejas estão pintando paredes com a cor preta para a chegada do Anticristo. Ao dizer que não tem dúvida disto, só posso lhe dizer que está usando deboche contra a fé alheia e que precisa mudar de atitude para não ser contado entre os escarnecedores do Salmo 1.
Não brinque com assuntos sérios.
E.A.G.
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