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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Dinossauros - teólogos abordam o assunto

Berossauro e sua altura de 28 metros.
Em 1824, ossos fossilizados de vários tipos foram descobertos durante a escavação realizada na Inglaterra. Os estudos, conduzidos pelo paleontólogo britânico Richard Owen, levaram à conclusão de ser uma espécie totalmente nova de animais, denominando-os de Dinossauria, termo oriundo de duas palavras gregas, "deinós" e "sáurios", que significam lagarto terrível, ou como ficaram popularmente conhecidos: dinossauros. Um nome de caráter genérico para se referir a essa nova espécie, havendo então muitos outros nomes dados pelos cientistas, por exemplo: Pterossauro, Iguanadon, Tiranossauro Rex, Branquiossauro etc.

Desde então, muitos outros esqueletos têm sido encontrados fossilizados no mais variados lugares do mundo. Até mesmo no Brasil: no Rio Grande do Sul, Itapecuru-Mirim no Maranhão, município de Souza na Paraíba e outras regiões. O tesouro agora é uma vértebra da coluna de um Yalessauro, uma mandíbula de um Diploducus e, quem sabe, como muita "sorte", achar um esqueleto completo de um Veloceraptor, que valeria uma fortuna incalculável.




Analisando todos os fósseis já encontrados, os estudiosos imaginam esses animais de diferentes maneiras. Alguns, além de grandes, eram temíveis, porém a paleontologia moderna tem mostrado que também havia muitos grandes e inofesíveis, outros pequenos e carnívoros, e ainda outros pequenos e inofensíveis.

Nos filmes de Steven Spielberg, Parque dos Dinossauros 1 e 2 e no desenho do estúdio Walt Disney, Dinossauro, eles são apresentados como grandes répteis, com detalhes inéditos, como a cor da pele, o comportamento, chifres e serras, emitindo sons e grunhidos estranhos. Que existe muita fantasia nos filmes nós sabemos, o que podemos ponderar é que se jamais tivéssemos visto um zebra, dificilmente saberíamos, na simples análise do esqueleto, que ela possuiria listras negras e brancas. Isso mostra que há muita especulação em torno do assunto, a verdade sobre várias espécies desses répteis constitui verdadeira incógnita, até se alguns eram de fato répteis ou aves.

Por isso, é válido abordar esse assunto sob a perspectiva teológica e bíblica, no que se refere ao lugar, e em que momento do Gênesis essa espécie de animais pode ser situada.

ENTENDENDO O ASSUNTO

O assunto Dinossauros, a princípio, pode ser dividido em duas tendências de pensamentos e estudos:

1 - A dos que simplesmente não acreditam que eles tenham existido, independentemente dos achados arqueológicos.

2 - A corrente que crê na existência desse reino animal, valendo-se dos vestígios e ossadas deixados em toda a crosta terrestre.

A documentação indica que eles apareceram subitamente, sem evidências de acentrais, conforme os registros fósseis. Procuramos interpretar os fatos biblicamente, negando a Teoria da Evolução das Espécies afirma pela pela ciência darwinista. A Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, e ela afirma que foi Deus quem criou todas as coisas (João 1.3; Hebreus 11.3).

Por se tratar de um assunto não abordado claramente na Bíblia, não devemos ser dogmáticos. Ninguém precisa conhecer profundamente esse assunto ou tentar provar isso ou aquilo para firmar sua fé em Deus. O assunto mais importante que encontramos na Bíblia é a preciosa Palavra de Deus manifestada em Cristo (João 3.16; Romanos 5.8; Efésios 2.8-9; Tito 2.11).

Reflitamos em busca de maior equilíbrio e esclarecimento sobre alguns pontos acerca deste assunto presente na mídia e nas escolas.

TEÓLOGOS CRISTÃOS SUGEREM ALGUMAS EXPLICAÇÕES

Triceratops.
Na atualidade, muitos teólogos cristãos e piedosos estudiosos procuraram explicar a existência dos dinossauros, sugerindo várias interpretações da narrativa de Gênesis. Antes de expô-las aqui, é importante que se diga  que nos parecem mais dignas de confiança as interpretações que reafirmam a doutrina de que Deus é o Criador de todas as coisas, não deixando margem para o evolucionismo. Examinaremos apenas as interpretações que não distorcem a narrativa sobre o criacionismo.

1. Homens e dinossauros foram contemporâneos.

Essa interpretação afirma que o relato de Gênesis 1 e 2, deve ser literal. Yom do texto hebraico equivale a um dia n Criação, isto é, um período de 24 horas. Sendo assim, os dinossauros terrestres, marinhos e o homem, teriam sido criados no quinto e sexto dias, respectivamente, conforme relatos dos versículos 20 e 31.

Dizem que não existe base para sustentar a interpretação de que não são dias literais, visto que o dia da Bíblia para a mentalidade hebraica daquela época seria um dia literal. Gênesis 1 diz que houve tarde e manhã, essa é a maneira hebraica de contar os dia como um ciclo de 24 horas. Vejam Êxodo 20.11 como confirmação de dias literais.

Essa interpretação rejeita os milhões de anos indicados pelos cientistas, e prega que Deus criou tudo do nada em um único instante, no máximo 10 mil anos, e recorre à possibilidade disto ser verdade por meio da hipótese do surgimento instantâneo da matéria, conforme apresentada no livro Razões para os Céticos Considerarem o Cristianismo, da autoria do apologista Josh MacDowell, lançada pela editora Candeia, o qual também apresenta algumas objeções ao método da datação pelo Carbono 14, Potássio-argônio, atribuindo aos fósseis e à Terra milhões de anos.

Quanto ao problema de convivência do homem com o dinossauro, pensam esses intérpretes que, assim como hoje, nosso convívio com os animais selvagens é possível dentro de nossa respectivo habitat, assim seria no princípio da Criação. Apoiam-se ainda no verso 25 para demonstração da ordem natural do mundo "e viu Deus que era bom". Conforme o verso 26 o homem exercia domínio sobre todos os animais.

Por faltas de provas geológicas contundentes da queda de um gigantesco meteoro, levando-os à extinção, são três as possibilidades por eles apontadas:
• Os dinossauros extinguiram-se antes do Dilúvio, sem motivo aparente. Para justificar essa teoria, argumentam que temos animais sendo extintos diante dos nossos olhos.
• Foram preservados do Dilúvio na Arca, e se extinguiram logo depois. Para sustentar essa tese da extinção pós-diluviana, é apresentada a hipótese de que os dinossauros precisavam de toneladas de alimento todo dia, e as condições, porém, não eram favoráveis.
• Foram extintos nas águas do Dilúvio. Quanto aos aquáticos, foram se extinguindo devido às alterações na temperatura e ns propriedades das águas marinhas. Uma espécie de El Niño e La Niña, da época diluviana.

Restos de um Pleitossauro ou tubarão-frade?
Carcaça de animal encontrado por traineira japonesa
 Zuyo Maru gerou polêmica entre cientistas.  
Em 1977, próximo da Nova Zelândia, um navio japonês pesqueiro, pescou um animal marinho que possuía nove metros de comprimewnto e pesava quase dois mil quilos. Pela foto, muito semelhante a um Pleitossauro, fez predador, supostamente do período Jurássico.

2. A criação em dias-eras ou Período Geológico.

Levando-se em conta a tesse da Criação em milhões de anos, surge então essa interpretação que entende cada dia empregado em Gênesis, capítulo 1, como dias figurativos, podendo significar diferentes medidas de tempos. Alegam que "dia" pode significar inverno e verão (Zacarias 14.8), "o dia da colheira" (Provérbios 25.13; Gênesis 30.14), "mil anos" (Salmos 90.4; 2 Pedro 3.8-10); "dia do Senhor" (Atos 2.20) etc.

Yom é também empregado por alguns rabinos em Gênesis 2.4 para se referir a um processo criativo inteiro que, no capítulo anterior, foi descrito em "seis dias". Desse modo, cada Yom com sua manhã (início do período) e noite (fim do período) representa uma era geológica ou estágio no processo criativo de Deus.

Segundo este ponto de vista teológico, dinossauros marinhos, terrestres e voadores teriam sido criados no quinto e sexto dia ou era (Gênesis 1.20-25), quando a Bíblia diz que Deus fez grandes criaturas marinhas; seres viventes que se arrastavam e criaturas voadoras ou aves que voam. Dessa maneira, entendem que a maioria das espécies de dinossauros não viveu na mesma época que o homem, pois este teria sido criado no fim da sexta era, quando muitos desses animais já teriam sido extintos, por razões desconhecidas, ou até possivelmente pela quada de asteroides, doenças ou mudanças climáticas.

Alguns animais muito exóticos, mesmo não considerados dinossauros, conseguiram chegar até nossos dias, como os dragões (lagartos gigantes) que vivem apenas na ilha de Komodo, na Indonésia; a iguana de Mona, na ilha do Pacífico; as tartarugas de Galápagos; o ornitorrinco da Austrália. Outros, tais como os tigres-de-dente-de-sabre da ásia e os mamutes da Sibéria, já foram extintos. Dessa forma, os milhões de anos apontados pela ciência podem perfeitamente ser acomodados no relato da Criação de Deus, em Gênesis, não contrariando a doutrina de que Deus é o Criador de todas as coisas.

3. O grande intervalo de tempo.

Um terceiro grupo de teólogos e intérpretes da Bíblia acredita que entre Gênesis 1.1 e Gênesis 1.2, houve um grande intervalo de tempo. Com base em Isaías 45.18, explicam que Deus teria criado no princípio os céus e a terra, isso há muitos milhões de anos, como afirmam os cientistas. Nesse primeiro momento, a terra teria sido habitada pelos dinossauros.

Como o texto acima afirma que o Senhor não criou a terra vazia, o versículo 2 de Gênesis deveria então traduzir por "tornou-se" em sem forma e vazia e não "era" sem forma e vazia. E já que o verbo "era" em Gênesis 1.2 pode ser razoavelmente traduzido por "veio a ser", não vêem nenhum problema em entendê-lo desta maneira. Na língua hebraica "bõhu" é a mesma palavra "vazia"  que aparece no texto bíblico que permite essa dupla tradução.

Dessa maneira, Gênesis 1.1 deve indicar uma Criação original, onde os dinossauros se situavam, e a origem do Cosmo (Hebreus 11.3). Enquanto que o estado caótico mencionado em Gênesis 1.2 é a ocasião na terra em que os dinossauros foram extintos. Esta é a única conclusão que se pode tirar de Isaías 45.18. Citam que essa primeira criação de Deus foi imediata, constituindo-se apenas por sua palavra, sem os dias literais ou eras (Salmos 33.6-9).

Essa concepção se harmoniza em parte com a ciência, quando acredita que a terra é bastante antiga e permite até mesmo a ideia de que tenha sido um grande meteoro que caiu na terra extinguindo os dinossauros. Fazem até uma relação dessa teoria com a queda de Satanás e todos os seus anjos (Lucas 10.18; Isaías 14.123-15; Ezequiel 28.13-18). Nessa perspectiva, os dinossauros fariam parte da primeira Criação de Deus (Isaías 45.18) e foram extintos subitamente porque Satanás e seus anjos caíram sobre a Terra, causando sua extinção.

A partir do versículo 2 de Gênesis, trata-se de uma restauração ou recriação, quando Deus cria o homem e muitas coisas que ainda existem hoje. Nesse caso, a palavra, a palavra "dia" (hebraico Yom) representa um dia literal de 24 horas, e Gênesis 1.3 a 2.3 nos dá um relato de uma semana literal na qual Deus reorganizou os elementos e a matéria, e restaurou completamente do caos uma Criação registrada em Gênesis 1.1 que teria sofrido uma catástrofe.

4. Criação visionária.

Nesta última interpretação, alguns teólogos entendem o Yom como visão de Moisés de todo o drama da criação em seis dias visionários. Deus teria descrito a Moisés, o mistério de como criara todas as coisas, e as etapas pelas quais cumpriu a sua obra. Esses estágios não representariam necessariamente um sequência de ordem cronológica, sendo em partes cronológicos e em partes tópicos.

Assim, trata-se de uma visão que Deus teria dado a Moisés, mas que ele estaria descrevendo dentro dos limites humanos. Por se tratar de um visão que Moisés teria tido, não representa, portanto, os fatos minuciosos da história original da Criação, mas apenas o que ele conseguia entender. Assim, dinossauros estariam incluídos dentro do contexto da Criação, como o cavalo, o elefante, o polvo, o tucano, a arara-azul, que também não são mencionados nominalmente. Moisés não deixou nada escrito explicitamente.

O EQUILÍBRIO É O MELHOR MÉTODO

Albertossaurus: crânio e mandíbula.
A questão fundamental das explicações em si está relacionada com o fato de a Criação ser divina, em contraste com as teorias não cristãs da origem do universo, tais como o evolucionismo darwinista. O evolucionismo de Charles Darwin na sua obra A Origem das Espécies (1859), procurou explicar o surgimento das espécies biológicas pelo processo de seleção natural e não pelo glorioso desígnio de Deus. Ou seja, que toda a Criação se desenvolveu por u7m mero processo natural, a sobrevivência dos mais capazes, sem a ação ou criação de qualquer inteligência divina. A ciência moderna tem conformado os fatos bíblicos.

Sabemos que todas as teses acima que tentam explicar a presença dos dinossauros e o súbito desaparecimento conseguiram apenas apresentar algumas ideias plausíveis e possíveis, que não podemos considerar como verdade absoluta, mas relativa, e muitas falhas e lacunas continuam existindo em todas elas.

No passado, até 1824, nossos irmãos não se preocupavam com os dinossauros, já que, em tese, eles não existiam, por ainda não terem sido descobertos, e em nada a fé que eles possuíam era inferior à da nossa geração.

E.A.G.

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Fonte: Defesa da Fé, ano 4, número 25, agosto de 2000, Instituto Cristão de Pesquisa - ICP (São Paulo/SP).
Artigo postado resumidamente. Matéria não assinada na revista; articulista não identificado. 

2 comentários:

José Edis disse...

Em Gn.1:24 esta escrito: "Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domesticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez." Os dinossauros são classificados como répteis. A palavra dinossauro surgiu em 1825, pelo médico inglês Gideon Mantell. Este médico encontrou fósseis que pareciam dentes de um iguana moderno, e nomeou "Iguanodon animal" Mantell chegou a conclusão que eles pertenciam a algum lagarto extinto, em 1874 alguns trabalhadores de uma mina de carvão encontraram fósseis de Iguanodontes. Até esta descoberta não haviam ainda sido reconhecido os dinossauros. Particulamentr fico com a opinião de que um dia era um dia literal, de 24 horas. Entendo que os dinossauros foram extintos em algum momento, antes de Gênesis 3.

Eliseu Antonio Gomes disse...

Olá, prezado José Edis.

Eu não tenho convicção quanto ao fato de os dias em Gênesis serem ou não literais, compostos de 24 horas.

É um muito ler um amigo, dos contatos do Facebook, comentado postagem do blog Belverede.

Agradeço sua participação. Deus continue a abençoar você.

Abraço.