Na quinta-feira passada foi sancionada pelo presidente da república a Lei da Migração, com vista a beneficiar o estrangeiro que queira se estabelecer no Brasil. Tal sanção de Michel Temer não observa a segurança nacional, não observa o alto nível de desemprego entre brasileiros. Pergunta-se: Quantos migrantes chegam aqui, além dos haitianos, fugidos das consequências dos desastres naturais? Quantos competirão pelas vagas de trabalho com os brasileiros desempregados?
Neste tempo tenebroso ouvimos e lemos sobre jovens, cuja origem é a família desestruturada, que estão cooptados para agir segundo a ideologia de grupos terroristas como Al Qaeda, Boko Haram e Estado Islâmico. E nesta situação fica cada vez mais difícil aceitar a convivência com gente estranha e / ou estrangeira.
Mesmo que pareça difícil a convivência, sendo nós cristãos, é nosso dever superar o sentimento de xenofobia, exercitar a fé, agir com amor para com todos, inclusive com aqueles que nos metem medo ou passam diante de nós como se fossem gente invisível aos nossos olhos.
Anotemos o ótimo exemplo de Ananias, que aceitou o pedido de Cristo para encontrar-se com Saulo de Tarso. Tal qual Ananias, temos que sair, mais do já saímos, das nossas situações confortáveis e dos nossos espaços cômodos. Jesus pediu que Ananias orasse em favor de Saulo. Ananias foi. Ananias orou. Saulo se converteu! (Atos 9.1-20). Antes de converter-se, Saulo respirava ódio contra cristãos, era comparável aos líderes fundamentalistas islâmicos que espalham terror em nossa época por países da Europa e África.
Anotemos também a lição transmitida na parábola de Cristo aos discípulos, em Lucas 10.30-35. É nossa obrigação de cristão parar por algum tempo com algumas atividades, muito mais do que já paramos, tal qual fez o Samaritano, com o objetivo de prestar atendimento às necessidades do próximo, que é o estranho que aparentemente nada tem a retribuir pelo bem que lhe prestamos.
E depois de realizar o bem, precisamos agradecer a Deus por todas as oportunidades que pudemos revelar o amor divino através de nossos atos de bondade. Seja em favor do amigo ou do desconhecido, para com o concidadão ou ao estrangeiro, ao que pensamos ser merecedor da caridade ou ao que acreditamos que nada merece de bom.
Exercitemos o nosso cristianismo hoje e sempre.
E.A.G.
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