Por Elisário Lima Reis
"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" - Mateus 28.19.
"Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou" - 1 João 2.6.
Em tempos nos quais muito se fala sobre discipulado; a cada dia surgem variados métodos e modelos, todos com um objetivo comum - fazer com que homens e mulheres se tornem discípulos e discípulas de Jesus Cristo e se multipliquem em todos os níveis da Igreja; somos convidados simplesmente a ir e andar como Ele andou.
Creio que este não seja o método mais fácil, pois é sabido que vivemos em um mundo contaminado pelo pecado e tal realidade nos traz conflitos e desconfortos. Isto ocorre devido à multidão que ainda não conhece o modelo e estilo de vida de Jesus Cristo. Contudo, não tenho dúvidas de que este método é primordial e eficaz, pois tem o aval de Cristo e todas as garantias de que a Igreja irá crescer.
Isto se justifica pelo fato de que Ele mesmo, desde o envio conhecido como "A Grande Comissão", tem sido o responsável pela propagação do Evangelho e o crescimento genuíno de Sua de sua Igreja até nossos dias.
É a partir deste referencial que entendemos a manifestação e a expansão do Reino de Deus em nosso meio. A prova mais fiel desta afirmação encontra-se em nós mesmos, que estamos inseridos no Plano da Salvação e somos uma Igreja que caminha com a disposição de realizar a vontade de Deus. Foi por este caminho, e não por outro, que o Evangelho chegou até nós e, desde então, nos fez discípulos e discípulas, permitindo-nos ir e, assim como fomos alcançados pela graça, trabalhar arduamente para que outros também acolham esta graça e encontrem a salvação.
À luz da caminhada de Cristo, aprendemos que este modelo de discipulado não carece de grandes aparatos e estratégias para obter êxito. Muitas vezes, ele acontece nas seguintes oportunidades:
• Ao tomar um cafezinho junto com um amigo;Ao estudar a vida de Cristo através das Escrituras, o seu andar, seu agir, seu comportamento em meio às pessoas - ricos, pobres, autoridades, gente simples, doentes, menosprezados, rejeitados, etc, conseguimos identificar comportamentos e posturas parecidas com muitas destas que destaco acima. Foi em meio aos acontecimentos simples e corriqueiros do dia-a-dia que o Plano de Salvação era apresentado para as pessoas e multidões eram conscientizadas do seu pecado e iam sendo salvas.
• Ao sentar à mesa durante as refeições;
• Ao dividir uma pizza;
• Ao fazer uma caminhada com um irmão ou irmã;
• Ao ouvir, ser ouvido e ouvir novamente;
• Ao rir juntos, mas também, se preciso for, ao chorar juntos;
• Ao reconhecer que erramos;
• Ao ser humildes quando acertamos;
• Ao renunciar quando o nosso desejo é guardar e possuir e etc;
• Ao desejar sinceramente que o outro vença e seja feliz.
Em Atos dos Apóstolos, Lucas descreve um Igreja que entendeu esta proposta e buscou caminhar nesta direção, colhendo bons frutos: "Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos (Atos 2. 45-47). Era este discipulado que Cristo havia ensinado e ainda ensina através do Espírito Santo a todos nós.
Quando o exemplo de Cristo é vivido pela Igreja não há como ficarmos parados e estagnados. Passamos a sonhar e desejar o crescimento da Igreja. Passamos a ter como meta ver a nossa família, os nossos amigos e vizinhos, os colegas de trabalho, enfim, todos à nossa volta salvos em Cristo.
Desejamos uma Igreja que cresça a cada dia em qualidade, espiritualidade e quantidade. Uma igreja comprometida com o Reino compromissada a ajudar o próximo em suas mazelas e sofrimentos. A prática de ganhar uma vida para Jesus se tornando nossa meta diária todos os dias.
Por fim, acredito que hoje temos todas as condições necessárias para convidar alguém para caminhar conosco e, com isso, ganhá-lo para Cristo. Basta seguirmos os ensinamentos de Cristo, e modelo da Igreja de Atos e, acima de tudo, buscar ter credibilidade na nossa pregação. Como? Falando e vivendo como Ele.
Que o Senhor Jesus nos abençoe e nos conceda a cada dia o discernimento para a missão, graça, amor pelo próximo e sua infinita misericórdia.
E.A.G.
E.A.G.
Fonte: Conexão, ano 23, nº 232, julho /agosto de 2016. páginas 24 e 25 (Igreja Metodista na 3ª região eclesiástica).
O autor desta reflexão é pastor numa congregação da.Igreja Metodista.
O autor desta reflexão é pastor numa congregação da.Igreja Metodista.
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