Segundo traficante brasileiro será executado na Indonesia

Na Indonésia, traficantes de drogas são condenados à morte por
fuzilamento.

O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira foi preso na Indonésia em 2004 com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi encontrada através de aparelho de raio-X, usado no Aeroporto Internacional de Jacarta. Archer fugiu, mas foi preso duas semanas depois. O carioca, após longo julgamento foi considerado traficante de drogas e recebeu a sentença de morte. Na madrugada de 18 de janeiro de 2015, horário do Brasil, aos 53 anos, foi executado.

Neste final de semana, os jornais locais daquele país circularam a notícia de que o procurador geral da Indonésia apresentou nova lista de traficantes que passarão pela execução. Entre os nomes dos sentenciados à morte está o do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, também condenado por tráfico de drogas. Isto é, o segundo brasileiro sentenciado a morrer por estar envolvido com venda de drogas. Ele deverá ser executado nesta semana, junto com cidadãos da Nigéria, Filipinas, Austrália, e da própria Indonésia, todos condenados por tráfico de droga. O dia exato das execuções será comunicado amanhã.

Gularte foi preso em 2004 em Jacarta tentando entrar com 6 quilos de cocaína.

A defesa de Gularte pede às autoridades que ele seja transferido do corredor da morte para um manicômio judiciário, alegando que sofre de esquizofrenia paranoide. Não há mais esperança de que Gularte escape da pena capital, segundo a professora de direito internacional na USP, Maristela Bastos em entrevista ao canal Band News. Para ela, depois que o condenado é transferido da prisão Nusakambagan para outra em local não conhecido e é feito o anúncio da pena capital, não há mais esperança alguma de receber o perdão presidencial, mesmo com a intervenção do secretário de Direitos Humanos da ONU, apelo do Papa ou do Itamaraty.

Maristela Bastos faz um alerta aos turistas brasileiros que vão à Indonésia passear. É preciso tomar  o máximo cuidado com o que é transportado na bagagem, pois a lei daquele país também considera drogas passíveis de punições medicamentos de tarja preta, comprimidos usados para dormir, antidepressivos, e ansiolíticos. A medicação precisa ser acompanhada de receita, de preferência escrita em inglês, para não correr o risco de ser confundido com agentes do tráfico.

E.A.G.

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