Os governantes brasileiros se mostram pouco interessados no bem-estar da população brasileira em todas as situações que possamos imaginar. O modo de trabalhar da maioria dos políticos parece levá-los a ser generosos apenas com o nosso dinheiro quando é para aumentar os seus próprios salários e para sustentar estilo de vida luxuosa, ter moradia de alto padrão, carros de luxo cujo tanque de combustível não é pago com seus salários, mas com nossos impostos, uso de roupas novas e caras às custas do erário público, planos de saúde diferenciado que são pagos pela população brasileira, população esta que quando está doente é obrigada a tentar se tratar e morre em hospitais caindo aos pedaços, com falta de médicos, falta de aparelhos básicos, falta de remédios, população que sofre e passa anos para conseguir um simples diagnóstico e sentar-se diante do profissional de medicina especialista no tratamento do seu mal.
Uma pesquisa recente da instituição Insper revelou que a média de uma família com dois filhos para criar e que marido e esposa trabalham fora é de até R$ 3.000,00. Isto é, ganham hoje para comer amanhã. Mesmo assim, Ricardo Dias Brito, professor de finanças do Insper, respondendo uma entrevista para um canal de televisão em 25/03/15 sobre este assunto, disse que o INSS é generoso com a classe mais pobre, pois a renda do cidadão que se aposenta tem condições de recompor a renda precária dos domicílios.
Dados do IBGE apontam que 94.74% dos cidadãos que trabalham ganham até cinco salários mínimos, que equivale a R$ 3.940,00, enquanto que os aposentados recebem até R$ 4.663,00.
Estranhamente, Ricardo Dias Brito parece não ter considerado que a Previdência Social não presta favores aos cidadãos ao entregar os benefícios. O trabalhador contribui ao longo de sua vida de trabalho para que no declínio de sua estrutura física tenha o direito de que este valor entregue aos cofres do governo federal retorne e mantenha-o em qualidade de vida ao envelhecer.
Falar em generosidade do INSS é um disparate! No final da década de 90, foi criado pelo governo federal o Fator Previdenciário, que castiga o idoso que trabalhar mais. Isto é, na dura realidade, quanto mais velho o trabalhador estiver no momento em que se aposenta, menos dinheiro receberá em benefício de aposentadoria.
Assim, o que acontece é que o brasileiro aposentado não consegue ter em seu benefício o mesmo valor do salário ao longo de seus anos de aposentadoria como recebia trabalhando, pois o benefício não acompanha o crescimento da inflação e nem o valor de aumento do salário mínimo. Não tem condições de se aposentar e desfrutar um bom lazer, não consegue realizar viagens interessantes como fazem os aposentados europeus.
A verdade é que o INSS age à revelia das determinações da Constituição Federal. É inconstitucional aplicar correção de aumentos em percentual menor aos aposentados e maior aos que estão em atividade. A CF exige tratar todos os brasileiros pelo princípio da igualdade, e isto vale ao aumentar o salário do trabalhador e do cidadão aposentado.
E.A.G.
Um comentário:
Essa situação do brasil é muito triste.
Gosto do seu blog.
Deixo meu carinho.
http://reginaladydapaz.blogspot.com.br
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