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domingo, 25 de janeiro de 2015

Julgando mal

Animal híbrido: cão e lobo.
O leitor talvez conheça a história do caçador nas florestas geladas do extremo norte das Américas, o qual perdera a esposa e era obrigado, enquanto saía para vistoriar suas armadilhas, a deixar a criancinha aos cuidados de seu cão, um animal mestiço com lobo.

Certo dia de tempestade, ao chegar, encontrou aberta a porta da choça e o berço vazio. Havia manchas de sangue. De debaixo da cama saiu o cão todo ensanguentado. Em sua angústia, o caçador concluiu imediatamente que a natureza de lobo do cachorro havia predominado: a criança fora morta e devorada pelo seu próprio guarda.

Agarrando o machado, partiu a cabeça do animal. Após desferir o golpe fatal, virou-se e encontrou no canto da cabana, enorme lobo, morto. E instantes depois, debaixo da cama a criança viva e ilesa. Era fácil então reconstruir os verdadeiros fatos, porém era tarde: o amigo guardião fora mal julgado e, com demasiada precipitação, assassinado sem nenhuma piedade.

Talvez seja este apenas um caso lendário daquelas terras inóspitas. O que é certo, porém, é que fatos igualmente trágicos têm ocorrido muitas vezes na vida. Muitas pessoas têm sido julgadas antes de bem verificados todos os detalhes do caso e, ainda que não tenham sido mortas a machadadas, têm sido feridas por línguas descontroladas. E o sofrimento resultante pode ser tão grande quanto a morte.

Que direito tem os crentes de julgar uns aos outros?

Eu, juiz? Uma reflexão bíblica sobre a Apologia Bíblica hoje
Julgar ou não julgar? Eis a questão

Oremos, pedindo ao Senhor para nos ajudar a ser um cristão fiel ao julgar a nós mesmos, pois no autojulgamento estamos de posse dos fatos, e assim não teremos tanta pressa para julgar o semelhante, pois nesta situação não estamos a par de toda a informação. E ainda que soubéssemos toda a verdade, a justiça sempre deverá ser acompanhada do amor.

Autor desconhecido

Extraído de maneira adaptada da revista Mensagem da Cruz, nº 117, página 21, março/abril de 1998

2 comentários:

CELSO ANTONIO BERNARDES disse...

De fato, a fábula expõem uma atitude própria de todos nós.Temos uma facilidade muito grande de julgar,e isto segundo a Bíblia pode nos levar ao pecado. No entanto,esta percepção tem outro extremo. Não podemos julgar nada, que muitas pessoas usam com o intuito de fazer o que bem entenderem ... afinal é pecado me julgar irmão!! O correto, sempre é olhar a situação e manter o julgamento em suspenso, até que tenhamos uma visão suficiente sobre o assunto. Nem ao céu nem ao inferno!!

Eliseu Antonio Gomes disse...

Caro Celso,

Pois é, meu irmão. Todo cristão tem uma guerra dentro si, é a luta da carne contra o espírito. A natureza humana inclina-se aos apetites de inimizade, egoísmo, segundo nos informa Paulo em Rommnos 7.18-20 e Gálatas 5.16-23.

Quando o julgamento é baseado em interesses pessoais e efetuado longe de bases bíblicas, julgar passa a ser atitude temerosa. É o sinal dos últimos tempos: irmãos contra irmãos!

O Julgamento do cristão precisa ser realizado de maneira imparcial, totalmente baseado em parâmetros das Escrituras, o que leva quem julga a agir com misericórdia.

Se quem exerce julgamento não for imparcial, nele não reside a sabedoria do alto; se não for usado o amor, a atitude de que julga não é atitude espiritual, pois quem diz amar a Deus deve amar o próximo também, inclusive aos que se comportam como inimigos.

O que eu percebo no meio cristão é que muita gente tende a agir como apologetas/apologista da fé, no entanto, não exercem a apologia como ela era exercida pelos apóstolos.

Paulo, Pedro e João não defenderam dogmas denominacionais e nem usos e costumes, como acontece nos dias atuais. Eles fizeram defesa da fé dentro de seus ministérios, se reportaram às almas que Cristo lhes confiou pastorearem, mas hoje o indivíduoo que não é pastor se vê autorizado a julgar almas sem nem ao menos ter a chamada pastoral ou estar orientado por seu pastor a fazê-lo.

Sugestão para meditar: Tiago 3.17-18; Romanos 13.10. Hebreus 13.17.

E.A.G.