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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Teologia da Ciência

Você já ouviu falar sobre a Teologia da Ciência? Trata-se de uma nova metodologia científica que reconhece a existência do Criador.

Através de leis da física e da filosofia, o pesquisador Michael Heller, polonês, mostra que Deus existe e em 17 de março de 2008 ganha um dos mais cobiçados prêmios em dinheiro da classe científica mundial, o Prêmio Templeton, no valor de US$ 1,6 milhão, concedido pela Fundação Templeton, instituição situada em Nova York e que reúne pesquisadores de todo o mundo.

Em seu discurso no momento da premiação, declarou que é preciso investigar a causa da origem do universo: "Ao observar o universo nos é imposta uma questão: você precisa (encontrar) uma causa? É claro que as explicações causais são uma parte vital do método científico. Vários processos no universo podem ser expostos como uma sucessão de estados, de maneira que o estado anterior é a causa do que acontece". Anunciou que usaria o dinheiro para criar uma fundação de pesquisas cujo nome seria Centro Copérnico, uma merecida homenagem ao filósofo conterrâneo que, sem abrir mão da religião, provou que o Sol é o centro do sistema solar.

Padre, teólogo,  professor de filosofia e uma pessoa que viveu bem próximo do Cardeal Karol Wojtyla antes que se tornasse o Papa João Paulo II, trabalhou por quarenta anos em busca de conceitos sobre a origem e a causa do universo, apontando para a filosofia ou metafísica do universo, onde a base da realidade é conectar as raízes ontológicas do universo com a ontologia da Divindade e do ato criativo. Suas coletas de informação vieram da matemática, física, cosmologia, bem como filosofia e teologia.

Heller, é professor de filosofia na Pontifícia Academia de Teologia de Cracóvia, com licenciatura em teologia na Universidade Católica de Ljubljana, ordenado sacerdote católico em 1959, formou-se em filosofia em 1965, com uma tese sobre a teoria da relatividade e seu doutorado com uma tese sobre cosmologia relativista. Apesar de seus estudos serem de física teórica, formou-se em filosofia, porque o colégio católico comunista em que estudava não fornecia graus em física. Em 1969, Heller recebeu capacitação - um grau avançado de PhD para o ensino autorizado - com outra tese sobre o princípio de Mach em cosmologia relativista. Foi professor visitante no Instituto de Astrofísica e Geofísica da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, e também teve uma estadia de pesquisa no Instituto de Astrofísica da Universidade de Oxford e do departamento de física e astronomia Universidade de Leicester. Em 1985 ele se juntou ao corpo docente da Academia Pontifícia de Teologia de Cracóvia. Em 1986, começou a colaborar com o Observatório do Vaticano em Castel Gandolfo. Também ligado com o Grupo de Pesquisa Observatório Steward da Universidade do Arizona, em Tucson, é co-autor de livro, e outros trabalhos em inglês, junto com o padre jesuíta George Coyne. A obra de Heller é profícua: soma trinta livros, quatro livros em inglês e 400 artigos sobre suas pesquisas, sendo a maior parte em polonês. Suas pesquisas foram publicadas em prestigiosas revistas internacionais de Física.

Os livros em inglês, são:
• Fundamentos Teóricos da Cosmologia (World Scientific, 1992), trabalho técnico da cosmologia, do ponto de vista de modelos matemáticos que dão origem à física teórica e cosmologia.
• A Nova Física e uma nova teologia (do Observatório do Vaticano Publications, 1996). A relação tanto à nova física e cosmologia com a teologia.
• Ensaios sobre Ciência e Religião (Templeton Foundation Press, 2003). Continuação do assunto abordado no livro anterior.
• Física Matemática para Filósofos (Pontifício Conselho para a Cultura, a Universidade Gregoriana, 2005) onde expõe aos filósofos uma visão estruturalista da teoria da relatividade e da mecânica quântica.

Para Heller, existe simultâneidade sem superposição e concorrência entre o tempo-espaço observável e o tempo-espaço desconhecido por nós. Ele explica Deus em sua teologia da realidade primária usando a metafísica e a cosmologia. Apresenta Deus como a fonte criativa, o Ser transcendente, tanto ligado aos acontecimentos mundiais como também além do tempo-espaço da realidade em que vivemos, não sujeito ao estado temporário, em uma geometria não comutativa, dentro do tempo dinâmico que conhecemos e ao mesmo tempo além desse tempo-espaço.

Heller pergunta o que houve antes do Big Bang. E responde a isso afastando-se da especulação de que a origem do universo ocorreu devido um vácuo quântico gerador de um mar de energia. Sua resposta abraça a narrativa teológica, explica a gênese do mundo físico apontando ao Big Bang como um evento de conexão geométrica  entre duas dimensões do tempo-espaço, momento quando o tempo em que estamos e o tempo desconhecido se cruzaram e Deus, Ser transcendente, trouxe para a existência do mundo físico as. fundações do universo em que estamos.

Confira as matérias da Isto É e  Tendencias 21.

E.A.G.

2 comentários:

Mateus Emilio Mazzochi disse...

Paz do Senhor irmão Eliseu. Quem foi que disse que a religião busca negar a ciência? O que se deseja é extinguir uma teoria de inicio sem criador. Perfeito o artigo, muito obrigado e Deus o abençoe. Também falo a respeito disto numa simples postagem em meu blog. http://mateusemiliomazzochi.blogspot.com/2012/11/criacao-ou-evolucao.html

Anônimo disse...

Paz,Eliseu!
JESUS É O SENHOR!!!

Vim para te contar que reabri o blog Um Romance com DEUS.
Deus é bom e sabe o que faz.
Dê uma passadinha lá.
Grande abraço!

Depois eu volto para comentar,tá?


Tenha um dia muito abençoado.
Que a presença do SENHOR seja contigo,sempre!