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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Processos contra a Forbes

A presente postagem não é defesa de pessoas, é defesa da liberdade religiosa de todos nós, cristãos evangélicos, católicos, etc. O objetivo é refletir sobre ataques à Democracia. Dessa vez, o ataque veio de território estrangeiro.

A cristofobia verde e amarela

Certa vez o Malafaia foi processado porque levantou sua voz contra uma edição paulista da Parada Gay, que saiu na Avenida Paulista usando figuras gays para personificar personagens bíblicos. Um líder LGBT quis processá-lo por ele ter criticado o evento, alegando que a crítica incitava os evangélicos a serem violentos contra os homossexuais. Quando o processo chegou às mãos de um juiz, o juiz simplesmente o rasgou - não quis perder tempo com algo tão insignificante.

Aquela circunstância da Parada Gay foi pedagógica para muita gente: no ano seguinte a mídia diminuiu a cobertura, o número de participantes diminuiu e o apoio financeiro por parte de empresáriariado sumiu de maneira considerável. O tempo é o professor de muitos. Acredito que o atual episódio de pastores brasileiros e a gringa Forbes nas esferas judiciais servirá de lição também.

Anajure - nota Pública sobre a Revista Forbes (25/01/2013)


Associação Nacional de Juristas Evangélicos - Anajure - instituição que luta pela defesa das liberdades civis fundamentais de todos os cidadãos, mesmo os colocados em suspeita –, posiciona-se contra uma possível capitis deminutio de direitos humanos fundamentais e emite nota sobre possivel violação dos sigilos fiscal e bancário dos de pastores brasileiros, ato atentatório às liberdades civis fundamentais, por parte da revista Forbes na matéria “The Richest Pastors In Brazil”, de 17 de Janeiro de 2013.

A Anajure revela preocupação com uma possível tendência e postura discriminatória e pejorativa aos líderes evangélicos em geral por parte da referida revista, ressaltamos não focar na questão teológica ou eclesiástica que envolve a reportagem e os fatos analisados nela.

Utopia e realidade

A mentalidade do leitor cristão é a Palavra de Deus. O formador de opinião do cristão é o Espírito Santo. Considerar que um artigo contenha informações incontestáveis é temerário, principalmente aos que se dizem seguidores de Cristo.  Edir Macedo afirma que sua renda vem dos direitos autorais que ele diz possuir. Malafaia afirma algo parecido. O que dizem deve ser respeitado, mesmo que a doutrina que eles apregoam seja repudiada e o que afirmam sobre suas finanças seja objeto de dúvida.

A situação que estamos observando na matéria da Forbes é parecida com a que observamos no episódio da Parada Gay, crítica do Silas Malafaia seguida de processo contra ele.. Naquela ocasião havia debate nas redes sociais, entre o tempo de trâmite da abertura do processo e o que o magistrado dissolveu a ação. Durante os dois momentos aconteceram debates acalorados de internautas. Eu li muita gente usar adjetivos pesados contra o Malafaia e contra pastores - charlatão era um deles- como leio agora. Mas quando o juiz dissolveu o processo, esse pessoal acostumado a criticar perdeu o ânimo de debater.

A minha noção de erro e acerto não é guiada por opinião pública. Bandido? Mostre o número do processo judicial que afirma isso. Charlatão? Qual é o número do processo que o classifica neste crime? É assim a dinâmica do meu raciocínio. Acusar não basta, é preciso a assinatura do magistrado comprovando a acusação.

É fácil detectar e enquadrar uma pessoa como charlatão se de fato essa pessoa agir como charlatão, basta usar o artigo 283 do nosso código penal. Como observadores dos fatos que ocorrem em nossa volta, vemos que existem um número enorme de pessoas com a intenção de condenar lideranças evangélicas pelos meios judiciais. Por qual motivo, quem acusa pastores de charlatães não tem sucesso em enquadrá-los judicialmente neste artigo de lei?

Considero que viver com maturidade é ser realista. Estar acordado para a vida é ter a comprovação legal das coisas que afirmamos. O contrário é ilusão.. Um exemplo: Fulano chega para entrevista de emprego e diz que é tecnólogo... Não basta dizer e nem digitar isso num papel com letrinhas bonitas, é preciso o diploma de uma instituição legalmente reconhecida na especialização de técnicos. O efeito de acusar é o mesmo, uma construção sintática bonintinha não é o bastante, é preciso a confirmação legal para eu aceitar o que está dizendo.

O Código Penal não funciona por hipóteses, não se condena alguém pelo que parece, mas com provas irrefutáveis, mesmo assim há muita gente se guiando por aparências, levando em consideração artigos de revistas.

A Forbes não entende de business (o segundo fracasso vem aí?)

É a segunda vez que a revista entra no mercado brasileiro, e por essa matéria abordando pastores, acredito que em breve ela dede fracassar outra vez. O editor, movido por cristofobia, parece tomar decisões cegamente, não age profissionalmente. Ele é incapaz de considerar que vivemos na era da Internet. A matéria circula na Rede Mundial de Computadores sem que entre um centavo no caixa da editora, e essa circulação destrói a marca Forbes, porque os leitores da versão online são cristãos, o Brasil é um país de maioria cristã e detecta a motivação cristofóbica existente no texto infeliz. Resultado, revistas encalhadas nas bancas com destino à reciclagem de papel.

Processo de Malafaia contra a Forbes

Entrevista para a IstoÉ!, que foi às bancas em 25 de Janeiro, sobre a matéria da Forbes:

Istoé - O que vai fazer? Silas Malafaia - Vou ganhar dinheiro dos americanos (da “Forbes”) lá na América, vou processá-los lá. A “Forbes” cometeu um equívoco grosseiro ao dizer que os dados são do Ministério Público e da Polícia Federal. Os dois órgãos não têm autoridade legal para passar dados de ninguém. Tentaram somar a arrecadação da Associação Vitória em Cristo, que não é minha, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que não é minha, e da editora. Mas, se eu juntar os três, a arrecadação chega à metade do que disseram. Foi uma campanha sacana com subjetividade muito malandra. Ri quando vi a lista. Porque eu ter mais recursos que o R. R. Soares (da Igreja Internacional da Graça de Deus) é uma sacanagem com o R. R. Ler integralmente: aqui


Como cidadãos nós temos direitos e deveres. Todos iguais perante as leis. Todo cidadão que se sente prejudicado pode e deve processar o ofensor que lhe causa prejuízo. Qualquer pessoa que se sinta prejudicada por outra tem esse direito. É o que faz Silas Malafaia, contra a pessoa jurídica Forbes.

Dois processos contra a Forbes

Edir Macedo também se pronunciou sobre a matéria, e diz que abrirá processo contra a Forbes. Parece que está ficando caro ser cristofóbico no Brasil.

Conclusão

Estou contra preconceitos. E ao mesmo tempo em defesa da liberdade de expressão e culto. O jornalista da revista Forbes é um brasileiro cristofóbico, que com certeza após a batida do martelo de um juiz americano terá que encontrar outra profissão para sobreviver, porque será visto como uma pessoa que causa risco financeiro. Penso que o Malafaia sairá dessa embolsando uns 100 mil reais ou mais de indenização por danos morais.

Depois da sentença judicial contra a Forbes, a realidade será mais nítida para muita gente que não percebe isso agora. Eu me sinto em situação muito parecida com a ocasião da Parada Gay e o protesto de Malafaia, tenho a impressão que estamos vivendo agora algo semelhante ao passado nem tão distante assim. 

É quase certo que houve crime por parte do jornalista e da revista Forbes, os processos trarão à lume o que aconteceu.

E.A.G.  

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho uma sugestão aos pastores que se sentiram ofendidos com a matéria da Forbes:

Eles podem seguir o conselho de Jesus deu à Zaqueu em Lucas 19:1-10, e doar suas fortunas aos pobres. Dai não terão mais nada a esconder de ninguém.

É interessante ver uma pessoa que se considera um ministro de Cristo, se esconder atras de barreiras legais para defender seus próprios interesses. Deus não é por eles? Porque precisam pagar caríssimos advogados, simplesmente para esconder suas posses? Se o dinheiro fosse honesto não teriam nada a esconder. Não é crime ser rico. Porem uma pessoa que subtrai dinheiro de pessoas ignorantes e pobres em nome de Cristo, sente vergonha de ser exposto. E mais que isso, tem medo de perder seu ganha pão.