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segunda-feira, 4 de abril de 2011

O TANQUE DE BETESTA - ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS

Os manuscritos mais antigos do Evangelho de João diferem sobre o nome do local onde Jesus curou um paralítico, que jazia 38 anos à espera de um anjo que agitasse as águas de um tanque. O relato encontra-se no capítulo 5. Algumas traduções bíblicas denominam Tanque de Betesta e outras Tanque de Betsaida.

Entre as descobertas arqueológicas nas montanhas de Qumran, havia um rolo do Evangelho de João, conhecido como Rolo de Cobre, datado do primeiro século d.C., que de maneira surpreendente trouxe luz ao nome do lugar da cura do paralítico. Neste rolo, havia uma lista de endereços de tesouros escondidos em Jerusalém e na Palestina. A lista levou arqueólogos a escavar o subsolo de um lugar em Jerusalém, chamado Bet eshdatain. A transcrição grega é Bethesda, cuja tradução é "casa de dois córregos", ou "casa de duas bocas".

Betesta é referência aos dois tanques que lá encontram-se. As escavações trouxeram à descoberta de duas grandes bacias de forma trapezoidal e tamanhos diferentes, escavadas na rocha e construídas parcialmente. A data dessas construções remontam ao século II a.C..

Essas piscinas foram alimentadas por águas de chuvas. A profundidade delas levam até treze metros e não existem escadas para descer ao interior delas. São separadas por uma pequena rua de aproximadamente seis largura.

Parece que os cristãos do século V acreditavam que foi em uma dessas duas bacias hidrográficas que Jesus Cristo curou o paralítico da narração do apóstolo João, pois contruíram um templo sobre o local.

Os arqueólogos fizeram outras descobertas ao escavarem em direção ao fundo do templo bizantino. Eles descobriram debaixo da igreja e ao seu redor instalações complexas, e bastante prejudicadas pelos contrutores da igreja. Encontraram pequenas grutas, que foram transformadas em lagoas. Nelas, foram encontradas acessos por escadas.

No local, foram encontrados objetos de culto a Serápis, o deus grego da medicina e da cura, cuja forma egípcia é Esculápio. Estatuetas em forma de uma cobra entrelaçada em uma espiga de trigo, símbolo de Serapis-Asclepius;  fragmentos de uma mulher; e dois modelos de navios.

Devido análises de moedas e cerâmicas encontradas nos níveis anteriores da igreja, bem abaixo dela, há  quem afirme que este local serviu de santuário a Esculápio entre o século II a.C. até o início do IV d.C.

E.A.G.

Consulta: Interbible - À La Decouverte du Monde Biblique

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