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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

SE JESUS TIVESSE NASCIDO NO SÉCULO 20 E FOSSE MEMBRO DA ASSEMBLEIA DE DEUS...

Lançaram a seguinte questão para para mim:

O que você acha que aconteceria se Jesus Cristo não tivesse nascido no passado, lá no oriente, em Belém, e nascesse em nossa geração?

A minha resposta foi mais ou menos esta:

Creio que muita gente tentaria matá-lo, como fizeram os religiosos dos tempos bíblicos.

Por exemplo, se Cristo encontrasse um irmão assembleiano cego, pegasse-o pelas mãos e o conduzisse para um lugar um pouco afastado, bem longe das liturgias do culto, longe dos aleluias e glórias a Deus, e ali cuspisse no chão, com o cuspe fizesse lodo e depois passasse nos olhos daquele homem sem visão e o mesmo viesse a enxergar, então Ele quereria que o irmão curado testemunhasse para glorificar a Deus.

Jesus diria ao curado:

- Agora, vai lá dentro da igreja e peça para dar um testemunho no púlpito, diga como você foi curado por Mim.

Após membros ouvirem o testemunho, eles se alegrariam bastante. Passado o calor dos regozijos, nos dias posteriores viriam as críticas dos líderes, diriam que não se deve ir ao templo visando curas, que o cancerzinho e a cegueira são provas de Deus, para o doente não esquecer que Deus o ama.

Os pastores diriam sem cerimônias no microfone:

- Ah, este Jesus Cristo é só outro herege! Ele é neo - pen - te - cos - tal!

Talvez, um apologeta de plantão, que escreve livros numa determinada editora confessional, escreveria um livro, cheio de ironias, com o titulo "Erros que um irmão com dons de curas deve evitar". E escreveria no blog dele:

- Ah! Herege! Amargo neo - pen - te - cos - tal !!!!

Grande celeuma assembleiana, esta é a identidade das Assembleia de Deus.

Nota importante: Jesus fez uma cura parecida com a que eu escrevi logo acima. Está registrado em João 9.6.


E.A.G.

10 comentários:

Wandré Peixoto disse...

Graça e Paz!

Jesus jamais diria ao curado: "Agora, vai lá dentro da igreja e peça para dar um testemunho no púlpito, diga como você foi curado por Mim."

Jesus tinha uma aversão a fama. Ele mesmo recomendou ao leproso curado que não fizesse publicidade dele. O Evangelho mesmo relata que para fugir de tanto assédio, ele retirava para lugares solitários e orava.

Esta atitude de Jesus tem uma explicação relatada no Evangelho de João quando Ele diz para multidão que o procurava, que eles estavam atrás do pão e não de reconhecer que Jesus era o Filho de Deus, pelos sinais que fazia e assim se arrependerem.

Isto significa que milagres e curas não é sinônimo de conversão. Por isso a maior parte dos leprosos não voltou para agradecer a Jesus, e a multidão que era agraciada com milagres e curas, o abandonou e depois gritou crucifica-o!

O povo queria milagres e curas, mas não conversão.

Jesus curou muito sim, mas Ele não confiava em ninguém, pois sabia que a multidão que o louvava pelas curas, seria a mesma que o abandonaria e gritaria cruficica-o.

O Jesus que eu creio e que é relatado no Evangelho, fazia e faz curas mas pregava aquilo que é essencial para todo o ser humano: a mudança de natureza, que é o cerne do Evangelho.

Por isso ele ensinou tanto, pregou o maravilhoso Sermão do Monte, falou com tanta sabedoria em parábolas e instruiu Nicodemos, dizendo aquilo que importava para Deus: Que todos nascessem de novo.

Este é o Jesus dos Evangelhos, o Filho de Deus. Socorria a todos, mas dizia aquilo que mais importava: O novo nascimento.

Este "Jesus" que você relatou está mais para um líder neopentecostal que sempre busca fama nas curas e milagres, além de não pregar o Evangelho, que é o Caminho para a conversão a Deus. Este "Jesus", semelhantemente aos líderes neopentecostais, dá ênfase total nos milagres e curas que não representam, necessariamente, mudança de natureza. Ocorrem curas, mas o Evangelho não é pregado.

Isto me lembra que certa vez Jesus afirmou que muitos iriam dizer que curavam, faziam milagres, pregavam em Seu nome, mas estas pessoas lhe eram desconhecidos. Mas uma vez fica demostrado que milagres e curas podem ocorrer, mas não significa aquilo de mais essencial para Deus: Conversão.

Este "Jesus" deste post eu quero distância!

Um abração!

Rubira disse...

Olá Eliseu, a paz do Senhor!

Sem dúvidas Jesus provocaria controvérsias, mas daí defendermos alguns "atos proféticos" e "simbolismos" neopentecostais absurdos, neste caso não.

Em geral muitos símbolos e objetos utilizados por neopentecostais geram uma idolatria descarada dentro de diversos cultos, sem contar a grande semelhança com ritos espíritas Kardecistas, Umbandistas, Quinbandistas e Candomblé, falo por conhecimento de causa, pois me converti do espiritismo e vi muitas coisas semelhantes dentro da igreja, com mais frequencia no neopentecostalismo.

Abraço.

Em Cristo,
Júnior Rubira.

Ps: Agradeço pela visita ao blog.

Eliseu Antonio Gomes disse...

Marcos Wandré

Discordo de você quando diz que Jesus não fazia propaganda de milagres.

Eu sei que Jesus fez propagandas de milagres. A intenção dEle não era buscar glória para Si mesmo. Fazia propagandas com intenção de glorificar a Deus.

Note o que eu escrevi lá no meu texto: "PARA GLORIFICAR A DEUS".

Tudo que Jesus fazia e pedia para fazer era com o objetivo da glorificação do Pai.

Então, naquela parte do texto eu me inspirei num trecho bíblico, onde Jesus pede a um leproso para se apresentar ao sacerdote, pede para fazer um sacrifício, porque o sacrifício servia de testemunho:

Leia em sua Bíblia Mateus 8.1-4:

"E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra. Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo.

Continuarei...

Eliseu Antonio Gomes disse...

Marcos

Você digitou; “eles estavam atrás do pão e não de reconhecer que Jesus era o Filho de Deus, pelos sinais que fazia e assim se arrependerem. (...) O povo queria milagres e curas, mas não conversão. Jesus curou muito sim...”

Amigo, as Escrituras Sagradas contém dois tipos de textos. Os narrativos e os normativos.

A parte das narrativas compreende tudo que os personagens bíblicos fizeram, de acertos e erros! Davi adulterou e matou, era homem segundo o coração. Podemos adulterar e matar também? Não. As pessoas seguram a Jesus sem querer deixar o pecado... São registros apenas... Os narrativos não valem como exemplos a serem seguidos... Não podemos fazer doutrina sobre narrativas.

Os textos que temos que apreender e obedecer são os normativos. Aquilo que Deus manda fazer, os mandamentos que Jesus nos deixou. Aonde está o mandamento que manda não desejar curas? Em qual lugar está escrito que o pastor não deve operar milagres? Não existe tal mandamento!.

Continuarei...

Eliseu Antonio Gomes disse...

Marcos

Você digitou; “eles estavam atrás do pão e não de reconhecer que Jesus era o Filho de Deus, pelos sinais que fazia e assim se arrependerem. (...) O povo queria milagres e curas, mas não conversão. Jesus curou muito sim...”

Amigo, as Escrituras Sagradas contém dois tipos de textos. Os narrativos e os normativos.

A parte das narrativas compreende tudo que os personagens bíblicos fizeram, de acertos e erros! Davi adulterou e matou, era homem segundo o coração de Deus. Podemos adulterar e matar também? Não! As pessoas seguiram a Jesus sem querer deixar o pecado... São registros de comportamentos errados, apenas... Os textos narrativos não valem como exemplos a serem seguidos... Não podemos fazer doutrina sobre narrativas nenhuma.

Os textos que temos que obedecer são os normativos. Aquilo que Deus manda fazer, os mandamentos que Jesus nos deixou.

Aonde está o mandamento que manda o doente não desejar curas? Em qual lugar está escrito que o pastor não deve operar milagres? Não existem tais mandamento!

Pelo contrário, em 1ª Corintios 12.10 vemos que entre os nove dons existe o "dons de curar". Será que o objetivo deste dom é deixá-lo sem uso?

Continuarei...

Wandré Peixoto disse...

Meu irmão, Graça e Paz!


A questão não é "fazer propaganda de milagres". O que Jesus não queria era publicidade para sua pessoa, exatamente ao contrário do que fazem os "milagreiros" neopentecostais.

O texto de Marcos 1: 43 e 44 diz o seguinte:

"Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu e lhe disse: OLHA, NÃO DIGAS NADA A NINGUÉM; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo."

Está claro que Jesus queria que o milagre tivesse um testemunho, mas não de sua pessoa. Ele não queria que o leproso, dissesse que foi Ele, Jesus, que o tinha curado. A razão para isso, eu mencionei no outro comentário.

Bem diferente do que está escrito no post, onde você afirma que Jesus mandaria a pessoa dizer que foi Ele que a curou.

Se vamos imaginar Jesus exercendo seu ministério entre homens,na presente época, então devemos entender isso.

Se não podemos fazer doutrina de textos narrativos, estes mesmos textos nos servem de alerta, testemunho e exemplo para não cairmos no mesmo erro, ou seja, só buscar cura e milagres e não mudança de entendimento, como fazia o povo na época de Jesus e hoje na época dos "milagreiros" neopentecostais.

Milagres e curas é bíblico e eu não disse que não devemos desejar isso. Fazer oração por um enfermo, é algo recomendado por Tiago em sua epístola. É normal, bíblico e é uma necessidade de todos nós. Mas qual foi cerne da epístola de Tiago?O que ele se ocupou em escrever? É só ler e chegar a conclusão que a pregação dos neopentecostais não é a pregação do Evangelho.

O que eu disse é que não devemos basear nosso relacionamento com Deus na perspectiva de receber milagres e bençãos, pois essas coisas acontecem de acordo com a vontade de Deus.É o imponderável de Deus.

Já visitou a Basílica de Aparecida? Lá consta vários testemunhos de pessoas que se dizem curadas pela "santa". Há vários testemunhos de milagres. Isto significa que ouve conversão? Que o Evangelho foi entendido?

Milagres e curas não é o cerne do Evangelho, pois não significa conversão e está de acordo com o imponderável de Deus.

Novo nascimento, nova natureza, novo entendimento, é o cerne do Evangelho é a própria vontade de Deus revelada nele. Quer algo mais normativo do que isto?

É justamente isso que os neopentencostais não pregam. Por isso, na minha opinião, Jesus jamais seria confundido com um neopentecostal. Nunca houve tanto antagonismo entre o que Jesus encarnou e o que estes pastores da grana pregam hoje em dia.

É isso. Um abração e fica com Deus!

Eliseu Antonio Gomes disse...

Marcos

O texto de Marcos 1: 43 e 44 diz o seguinte:

"Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu e lhe disse: OLHA, NÃO DIGAS NADA A NINGUÉM; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo."

Devo pensar que sua exegese queira dizer que Jesus mandou o leproso dar o testemunho de cura no templo e depois viver o resto da vida escondido, SEM CONTAR A NINGUÉM que Jesus o havia curado...

É isso?

Eliseu Antonio Gomes disse...

Júnior

Não faço apologia às práticas neopentecostais.

A crítica, que há no artigo, é ao exagerado apego às liturgias do culto. Creio que este apego levaria os pentecostais a desprezar Jesus Cristo, caso nascesse em nossa geração.

Os neopentecostais que conheço não são idólatras.

Algumas críticas que eu ouço e leio são contra os bispos da universal, usando roupas brancas. Não vejo fundamento nesta crítica. Quem criou o branco, não foi Deus?! Então, porque criticar usar esta cor?!

Entenda, não estou defendo... São observações de críticas sem fundamentação bíblica, que parecem pirraça, e não apologética.

Abraço.

Eliseu Antonio Gomes disse...

Marcos

Continuo depois.

Agora estou sem tempo.

16h11 / sábado

Rubira disse...

Olá Irmão Eliseu, Graça e Paz!

Entendi seu ponto de vista, de fato há muitas críticas sem fundamento, no caso da roupa concordo plenamente contigo.

Tenho parentes Neopentecostais que também não são idólatras e abominam certas práticas, neste ponto litúrgico concordo com você.

Abraço,

Em Cristo
Júnior Rubira.