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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Entenda o motivo das reivindicações nas manifestações pacíficas

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Palmirinha Onofre, apresentadora de programa culinário no canal Bem Simples
(da Fox Broadcasting Company).

• Desinteligências

Na passeata pacífica de ontem (21/06/13) na Avenida Paulista alguns partidos políticos e grupos, como a turma LGBT, procuraram tirar proveito da indignação pública, se infiltrando na massa - que rejeita ser manobrada  - dizendo palavras de ordem que destoa de quase tudo que o povo quer mudar.

Na manhã da quinta-feira, a ala do Partido dos Trabalhadores atuante na cidade de São Paulo se aproximou da liderança paulista do Movimento Passe Livre, parece que fecharam alguma espécie de acordo. O Prefeito Fernando Haddad quis passar aos munícipes o recado de que a saída da população às ruas naquele fim de tarde, início de noite e noite  à dentro, seria para festejar o rebaixamento da tarifa de ônibus de R$ 3,20 aos R$ 3,00. A liderança MPL esboçou dizer o mesmo... A Rede Globo aderiu a ideia e repercutiu o discurso petista em sua transmissão. Mas as lentes de câmeras de televisão, câmeras de celulares e fotográficas, não registraram comemoração alguma, mostraram rostos indignados contra a classe política que está no poder, gente bradando frases contra Dilma Housseff, gritando contra a corrupção política e empunhando cartazes contra a PEC 37.

• Não tão complicado demais, mas nem tão simples assim 

Não é impossível decifrar o que as pessoas que estão indo às ruas protestar querem. Como está na letra do saudoso vocalista do Charles Brow Jr, esse povo não é rico e nem pobre. As mães dos políticos os amam, porém o povo os odeia (licença poética, esse amor e ódio pela classe política é só uma expressão figurativa para aprovação e reprovação de condutas).

• Proposta para terminar com as manifestações públicas

Acabar com castas no tocante aos salários de políticos, fazer com que os aumentos de salários da classe política sejam na mesma data que o aumento do salário-mínimo do Eleitor, e também na mesma porcentagem. É preciso acabar com a distinção existente, ela é o fator desencadeante da indignação popular. Ninguém elege ninguém para viver nababescamente.

•  Dona Dilma

Facebook./ Jornal Nacional 40 mil manifestantes em Brasília. Quebra-quebra, tumultos no Itamarati com tentativa de invasão resulta em manifestantes, policiais e jornalistas feridos sem gravidade.

Pasmem! Parece que o Governo Dilma brincou com a inflação, alimentou-a, não quis correr atrás da deflação. E deve ter feito isso para manter o lucro de poderosos. Deflacionar não enriquece empresários, a deflação favorece apenas o cidadão comum. Agora, como um manga larga indomável, a inflação galopa à revelia da vontade do Ministro da Fazenda, vai para onde bem quer e sobe enquanto o povo está às portas do desemprego. Assim sendo,  placas de eleitores da Dilma pedem sua "demissão", pedem para ela sair do Poder.

A insatisfação com a Presidenta tem sentido óbvio e lógico. Pesquisas de encomenda são maquiagens, não melhoram a realidade e popularidade de quem a encomendou.

O que é realidade? Em campanha, Dilma Housseff prometeu melhorar as condições de vida da classe média, classe pobre e abaixo da linha da pobreza. Mas o que acontece não é exatamente o cumprimento do prometido. Estamos vendo inflação maior, aumento do endividamento e do desemprego do cidadão. E isso acontece com a Presidenta emprestando rios de dinheiro para o governo comunista cubano, ao invés de atender as necessidades internas da população brasileira, que é de maioria cristã, portanto avessa à ideologia anticristã anexa ao comunismo. Isso é revoltante e põe o povo nas ruas protestando.

O que não é maquiagem de pesquisa sob encomenda? O que a população sente na pele. A rede de saúde vai de mal a pior, e dinheiro são desperdiçados com a Fifa e bolsa-preguiça (quero dizer: bolsa-família). O povo gosta de pão e circo, e agradece. Por ser digno, prefere comer o pão comprado através do suor de seu rosto e divertir-se com dinheiro cuja origem é seu trabalho, e não tão-somente a diversão de noventa minutos da Seleção Brasileira nos gramados em transmissão de televisão em sinal aberto.

É claro, o futebol é amado pelo povo, mas esse esporte seria bem aceito ao custo alto pago pelos cofres públicos se fosse oferecido como complemento de tudo que é prioritário vindo antes: o Sistema Único de Saúde (SUS) funcionando como exemplo de eficiencia aos hospitais privados; a rede de educação pública, gratuíta, fosse eficaz a ponto de ser modelo às escolas pagas. O Eleitor sabe que nada é de graça, tudo é pago através de impostos e que esses impostos não estão sendo revertidos em benfeitorias à contento.

• Fernando Haddad e o denominador comum

Fabebook. Avenida Paulista. Imagens da Band, abertas à Internet. Na televisão Nigéria e Uruguai pela Copa da Confederações

Quero falar sobre Fernando Haddad, porque minha área eleitoral é o município paulistano.

Para decifrar a indignação do povo da cidade de São Paulo, basta olhar os números das últimas eleições e as promessas de campanha - quase todas ainda não cumpridas. Sim, em primeiro plano é preciso analisar as promessas e não os candidatos.

O Prefeito venceu o pleito no segundo turno, com campanha cheia de efeitos visuais que podem ter causado inveja ao produtor de cinema George Lucas, de Guerra nas Estrelas. Mas apesar do uso de tanta pirotecnia digitalizada, Haddad venceu a eleição com margem pequenina de votos ao segundo colocado José Serra. Então, tanto as promessas de Haddad (que foram em número exagerado) e do candidato derrotado representam aspirações polarizadas de grande parte de manifestantes paulistanos. Também é válido considerar o primeiro turno e o discurso de Celso Russomano, pois ele teve ótima aceitação popular.

• Eleitores de Feliciano versus eleitores de Jean Wyllys

Jornal Nacional / Facebook. Compartilhamento no Facebook. Manifestantes na porta do Palácio Anchieta. Câmara de Vereadores de São Paulo é lembrada por manifestantes em protesto sem registro de violência

É importante observar as promessas de candidatos a Vereadores e Deputados estaduais e federais. Os candidatos vencedores tiveram seus discursos, e esses discursos contém exatamente as diretrizes daquilo que o povo quer ver sendo colocado como novas normas (leis) em prática na sociedade.

Dois exemplos: É digno de nota lembrar o número de votos de dois Deputados Federais: Marco Feliciano, PSC - SP (cerca da 212 mil) e Jean Wyllys, PSOL - RJ (votos insuficentes para eleger-se por si mesmo o que não lhe dá suporte moral para defender qualquer tipo de causa, pois entrou na Câmara de Deputados graças ao dispositivo votos proporcionais, o eleitor não o escolheu).

Apesar de Dilma Housseff ter sido eleita com o apoio político de Feliciano, após eleita o PT e a Presidenta dão às costas para ele. Esse desprezo ao parlamentar é um desprezo ao povo brasileiro também. E, apesar de Wyllys não possuir a representação das urnas, Dilma e PT estão ao seu lado, isso é um descaso contra a população brasileira, e nos faz entender o repúdio do povo.

Solução

Que tal os governantes analisarem com carinho o que Feliciano prometeu enquanto candidato e apoiá-lo?  E também o número de outros parlamentares com vitórias expressivas nas urnas?  Os números de votos são termômetros confiáveis,  representam os anseios das massas que empunham cartazes nas ruas de todo Brasil.

É hora de o Executivo, federal, estaduais e municipais, renovarem as promessas de campanha, colocar cada uma delas em execução o mais rápido possível. E usarem mais clareza com tudo que é realizado na administração pública.

E.A.G.

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