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terça-feira, 24 de abril de 2012

EBD 2012 - segundo semestre: A igreja de Pérgamo e o mundo

Deus é amor, e quem se curva ao trono de Deus pratica o amor.

Não considere em Apocalipse o termo trono como um assento físico. Trata-se de um simbolissmo. O trono tem a ver com o poder e atritutos.

Em artigo anterior, relacionado à revista Lições Bíblicas - As Sete Cartas do Apocalipse, lembramos que o nome Satanás significa acusador. Então, podemos considerar que na carta destinada à Igreja de Pérgamo, o trono de Satanás pode ser considerado o uso da obra da carne entre os irmãos: inveja; divisão; contenda; maledicência.

 "Notemos que na carta aos crentes de Esmirna, encontramos a identificação Satanás e Diabo, apontando ao inimigo de nossas almas. A primeira palavra é hebraica e a segunda grega, porém, ambas possuem a mesma conotação, significa acusador. É notável que Jesus Cristo desfaz todas as mentiras construídas pelo ser malígno quando descreve os cristãos. Veja: Zacarias 3.1; Jó 1.6-12; e 2.1-7." - Esmirna:  A Igreja Confessante e Mártir .

Como mundanismo, muitas pessoas logo pensam em pecados públicos: assassinato, prostituição, orgia sexual, adultério, etc. Porém, ser crente mundano significa agir carnalmente, em atitudes que o mundo considera comum e aceitável

Os crentes da cidade de Pérgamo se reuniam dissimuladamente, sem paz, Com certeza, eles estavam bem entrosados em litúrgias de culto, mas o coração deles não tinha Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, entronizado, Num momento crítico, veio à tona a inimizade represada, então assassinaram o irmão Antipas (Apocalipse 2.13). 

Infelizmente, dentro das organizações cristãs de hoje em dia, como houve no passado, nos relacionamentos entre os irmãos também existe a desunião. É triste constatar que reuniões realizadas com propósito de adoração a Deus, a bela liturgia encobre a luta em busca de interesses pessoais.

Jesus Cristo previu que haveria amor frio nos últimos dias (Mateus 24.12). Devemos tomar muito cuidado, para que a iniquidade não amortize o dever de amar o próximo, inclusive aquele próximo que ocupa a cadeira, ou posto, que você gostaria de ocupar.

Baraque, o inimigo dos cristãos dentro da Igreja.

Podemos considerar que Baraque seja a figura do nosso inimigo, que é Satanás. Ele instrumentaliza crentes carnais para atingir seu intento de destruir a Igreja do Senhor.

Ninguém pense que ele se apresente como um monstro. Não! Lembra-se de Jesus, quando avisou aos discípulos que deveria ser crucificado? O ombro amigo de Pedro era armadilha de Satanás (Mateus 16.23). Ele surge como aquela inspiração que o ajudará a progredir ministerialmente dentro da igreja, no entanto, a estratégia para isso é puxar o tapete do irmão ou da irmã... Ele aparece com o uso de mentira pequenina e que tem ares de ser virtude, porque beneficiará o seu grupo cristão. É a ideia que desmotiva as pessoas a se consagrarem, afasta o povo da unidade cristã. 

O irmão Balaão na igreja que você frequenta.

Quem seria o irmão Balaão no século 21? Não levante seus olhos procurando-o em outra denominação evangélica, pois em todas as denominações cristãs há alguém se comportando como o falso profeta, gentio, filho de Beor. Sim, os tais são representantes do joio no meio do trigo (Números 22.24; Mateus 13.25).

O irmão Balaão, tem fluência comunicativa, pode ser articulado para pregar e cantar, e tem admiração de alguns devido seus talentos, porém, quem o conhece de perto sabe que ele não faz uso do fruto do Espírito no seu cotidiano. É capaz de usar, com ares de bom cristão, textos bíblicos onde encontramos os adjetivos "lobo" e "falso profeta" para fazer mal e através dessas citações atingir seus objetivos.

O falso profeta hebreu, obteve ganhos financeiros, o falso profeta de então, nem sempre quer dinheiro. Ele busca status, honrarias, postos de mando. Efemeridades dentro da coletividade cristã.

Devemos tomar cuidado com gente rápida em julgar.

Não seja simplório. Use a prudência.

O julgamento cristão usa o amor. Portanto, age sendo paciente e bondoso, não é movido pela inveja, não se vangloria, não age através de orgulho e interesse próprio ou denomonacional. Não maltrata ninguém, não se ira facilmente, não julga como meio de desforra rancorosa. Não se alegra com a injustiça, faz festa com o esclarecimento pleno da verdade. Padece, crê em Deus e usa o amor como regra no relacionamento interpessoal, espera o melhor de todos, suporta o peso da imparcialidade até contra si mesmo. (Tiago.13-15; 1 Corintios 13.4-7).

O trono de Deus não é trono de acusação sem provas, não gera injustiças. Não tenha pressa para considerar alguém falso profeta ou lobo em pele de cordeiro apenas porque alguém, assentado no trono de Satanás, dentro de ambientes religiosos, usou versículos bíblicos com estes adjetivos contra determinada pessoa.

Executar julgamento também é atitude cristã, pois tem base bíblica para que isso seja feito. Jesus Cristo deu aval, instruindo-nos a julgar segundo a reta justiça e jamais pelas aparências. Um dos nove dons do Espírito é o discernimento de espíritos (João 7.24; 1 Coríntios 12.10).  E, sendo assim, o julgamente espiritual ocorre com uso de texto e contexto bíblicos, sem que a pessoa na posição de juiz queira alguma espécie de lucro com a causa julgada.

Conclusão

Todo cuidado é pouco com Baraque e Balaão do século 21!

Com certeza a doutrina de Balaão tem a ver com a indução aos pecados sexuais e cultos de idolatria, inimizade aos servos de Deus e à ganância por dinheiro e prestígio social no âmbito da igreja.

Na revista Ensinador Cristão, tópico 5, página 38, relativo à lição em apreço, lemos que Balaão trabalhou para receber seu dinheiro, induzindo os judeus e terem relações sexuais com mulheres estrangeiras. Era uma indução a pecar, pois a Lei de Moisés não permitia isso.

A cidade de Pérgamo tinha diversas espécies de cultos. Ao Deus verdadeiro e deuses falsos, ao imperador. Um dos templos de Pérgamo era o do falso deus Asclepio, representado pela figura de uma serpente. Era considerado o deus da medicina e da cura, e nos dias atuais simboliza a farmacologia. Os doentes daquela época o cultuavam buscando saúde, deitavam-se no chão pensando que voltariam a ficar saudáveis através do toque de serpentes. Que tristeza, se entre os adoradores de Asclépio estiveram pessoas cristãs induzidas pelos pregadores da doutrina de Balaão!

Jesus é quem nos cura (Marcos 16.17-18). Usemos a autoridade do nome de Cristo para repreender as doenças!

E.A.G.

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