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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A história da impressão da Bíblia evangélica no Brasil

A primeira tradução da Bíblia em português, foi feita por um evangélico: o pastor João Ferreira de Almeida, que construiu sua obra magistral a partir das línguas originais das Escrituras. Fato interessante é que o trabalho foi realizado fora de Portugal, sendo o tradutor nascido português, em 1628, numa localidade perto de Lisboa. A cidade onde efetuou a tradução chamava-se Batávia - atual Jacarta -, capital da república da Indonésia, na Ilha de Java, no Oceano Índico.

A primeira Bíblia completa na língua portuguesa foi impressa em 1753.

Almeida foi ministro do Evangelho da Igreja Reformada Holandesa, a mesma que evangelizou no Brasil, com sede em Recife durante a ocupação holandesa, no século 17 . Faleceu em Java em 1691.

A Igreja Católica através do tribunal da inquisição, não tendo podido queimá-lo vivo queimou-o em estátua em Goa, antiga possessão portuguesa na Índia. Essa Igreja nem mesmo agora, no chamado Ecumenismo, se desculpou de tais coisas.

1. A Versão de Almeida

O Novo Testamento.

Almeida traduziu primeiro o Novo Testamento (NT), que foi publicado em 1681 em Amsterdam, Holanda. Na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, há um exemplar da  terceira edição de O Novo Testamento de Almeida, feita em 1712.

O Antigo Testamento.

Almeida traduziu o Antigo Testamento (AT) até o livro de Ezequiel. A essa altura Deus o chamou para o lar celestial, em 1691. Ministros do Evangelho, amigos seus terminaram a tradução, a qual foi publicada completa em 1753.

A sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, de Londres, começou a publicar a tradução de Almeida em 1809, apenas o NT. A publicação da Bíblia completa, num só volume, aconteceu a partir de 1819. O texto em apreço foi revisado em 1894 e 1925. A Bíblia de Almeida foi publicada a primeira vez no Brasil em 1944 pela Imprensa Bíblica Brasileira, organização batista. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira tem sido maravilhosamente usada por Deus na disseminação da Bíblia em português, em trabalho pioneiro e continuado.

1. As versões ARC (Almeida Revisada e Corrigida) e ARA (Almeida Revista e Atualizada.

A Imprensa Bíblica Brasileira publicou em 1951 a edição revista e corrigida, abreviadamente conhecida por ARC.

Uma comissão de especialistas brasileiros trabalhando de 1945 a 1955, preparou a edição Revista e Atualizada de Almeida, conhecida abreviadamente por ARA. É uma obra magnífica, com melhor linguagem e melhor tradução. O NT foi publicado em 1951. O AT, em 1958. A publicação é da Sociedade Bíblica do Brasil. Foi usado o texto grego de Nestle para o NT e o hebraico.

A Comissão Revisora Permanente da ARA.

Revisão é uma atualização do texto em vernáculo, para que se o entenda melhor. Razão: uma língua viva evolui como todas as coisas vivas. Há uma comissão viva permanente de revisão da ARA, mantida pela Sociedade Bíblica Brasileira, acompanhando os progressos da crítica textual.

2. Antônio Pereira de Figueiredo.

Padre católico, romano. Grande latinista. Editou o NT em 1778 e o AT em 1790. Tradução feita em Portugal.

3. A " Tradução Brasileira"

Feita por uma comissão de teólogos brasileiros e estrangeiros. O NT foi publicado em 1910 e o AT em 1917. É tradução mui fiel ao original. Esgotada.

4. Huberto Rhoden.

Padre brasileiro, de Santa Catarina. A obra foi publicada em 1935. Esse padre deixou a igreja Romana. A versão feita por ele é muito usada na crítica textual. Encontra-se esgotada.

5. Matos Soares.

Padre brasileiro. Traduziu da Vulgata. Foi publicada no Brasil em 1946. Já o era em Portugal desde 1933. É a Bíblia popular dos católicos romanos de fala portuguesa. Um grave inconveniente são os itálicos que às vezes são mais extensos do que o texto em si, e conduzem a preconceitos e tendências.

6. A versão da Imprensa Bíblica Brasileira.

A Imprensa Bíblica Brasileira (IBB) lançou em 1968, após  longos anos de cuidadoso trabalho, uma nova versão em português, conhecida como VIBB, baseada na tradução de Almeida. Ela foi publicada  apenas em formato grande, o formato de púlpito. Em 1972 foi lançado o formato popular, comum, Nessa versão foram utilizados os melhores textos em hebraico e grego. Ótima versão.

7. Outras Versões.

A Igreja Católica Romana tem publicado mais edições dos Evangelhos e  do Novo Testamento. Os itálicos, notas e apêndices, conduzem às doutrinas do catolicismo. Os Testemunhas de Jeová publicam uma versão falsificada de toda a Bíblia - "a Tradução Novo Mundo". O texto é mutilado e cheio de interpolação. Foi preparado para apoiar as afirmações antibíblicas da seita.

8. A importância da Bíblia em português.

A língua portuguesa é falada em todos os continentes, fato que revela a importância da Bíblia estar traduzida em português.

Autoria indefinida.

Fonte: SOS Espiritual

7 comentários:

Unknown disse...

7. Outras Versões:
Qual sua base, de argumentos e provas, para provar que outras versões da biblia são incorretas e falsas?

Hilton disse...

Paz seja contigo, irmão Eliseu

Qual a versão que você prefere? A Biblia de Jerusalém tem um texto excelente, mas as notas parecem, em muitos lugares, querer desmentir ou relativizar o conteúdo do texto, tipo "é interpolação posterior" ou "muito tempo depois de Moisés", etc. Mas a própria teologia católica está por ruir, visto que fragmentos dos Evangelhos de Marco e de Mateus( Papiro de Magdalen) foram achados entre os Rolos do Mar Morto, o que coloca a redação destes livros dentro do período de vida dos apóstolos, não muito depois dos eventos e dizeres ali registrados. Assim, os pressupostos que servem de base para as notas católicas não se sustentam.

Que Deus te abençoe.

José Hilton Canuto

Eliseu Antonio Gomes disse...

Rick Machado

Eu não afirmei que outras versões das Escristuras Sagradas são falsas.

O autor deste artigo, que não o assinou, veja o link ao final, denuncia e eu concordo com ele, que a edição dos testemunhas-de-jeová é falsa.

Concordo neste ponto, pois todos os biblistas que respeito, todas as pessoas especialistas no vernáculo em hebraico, aramaico e grego dizem o mesmo.

Abraço.

Hilton disse...

Paz, irmão Eliseu

Compartilhamos muitos dos pontos expostos em seu post. Quanto ao vocabulário, o que tenho percebido nas oportunidades que tenho de ministrar é que a congragação ou o grupo respondem melhor ao texto da NVI, mesmo este não sendo ainda tão difundido em minha região. Ao fazer uso da NVI também faço referência às expressões "clássicas" do texto de Almeida, que na boca de muitos não passam de chavões ou palavras de ordem. O grande problema, ao meu ver, são algumas expressões cujo sentido grande parte da assembléia não absorve, tipo "símplice" (inofensivo), que muitos entendem como "simples","acepção"(refere-se a um julgamento justo) ou os padrões de medida, dentre muitos que poderiam ser citados. Para estudo, entretanto, Almeida, em suas várias versões, ainda é insuperável, bem como, a título de informação, as versões católicas Bíblia de Jerusalém e Tradução Ecumênica da Bíblia.

José Hilton

Eliseu Antonio Gomes disse...

José Hilton

Pois é, o arcaísmo se consiste em grande problema. Se o leitor da Bíblia não entende o sentido do vocábulo que encontra em suas leituras, então, tal leitura não será em 100% proveitosa.

O Espírito Santo não é professor do idioma português, e nem de nenhum outro. Então, tem que haver quem pregue e explique o texto sagrado.

O Espírito Santo está interessado em que todos compreendam as Escrituras. Chama-me bastante atenção o livro Atos dos Apóstolos, 8.26-39, quando o Anjo do Senhor encaminha Filipe até uma pessoa etíope que lia Isaías 53 mas não compreendia a mensagem. Filipe explicou-a e logo em seguida batizou o leitor da Palavra de Deus.

Creio que concordará comigo. O ser humano precisa se aplicar aos estudos bíblicos por si mesmo para compreender o que está escrito. E isso pode ser feito consultando dicionários e novas versões da Bíblia, livros de teologia, integrando-se aos seminários e participando de escolas bíblicas.

Abraço.

Hilton disse...

Amém, irmão. Concordo com você. Não estranhe nem tenha por mal eu continuar comentando sobre este post. Nunca vi na igreja, seja estudo, pregação ou reunião de escola bíblica alguém que abordasse a variedade de traduções que temos em nossa língua. Falta interesse ou curiosidade, ou mesmo espírito investigativo. Você disse certo: se não formos por nós mesmos à fonte outros não o farão por nós. Entendo, também, que as lições enlatadas da CPAD, nos dias de hoje, mais atrapalham do que ajudam no estudo bíblico. Se pudéssemos implantar o hábito de escola bíblica usando a Bíblia de fato seria uma grande vitória. Por aqui pode ter aula sem Bíblia mas não sem a revista. Pode? Abraços.

JOSÉ HILTON

Eliseu Antonio Gomes disse...

José Hilton.

Amigo, entendo você quando usa o termo "lições enlatadas". Respeito sua opinião, embora eu seja um cristão que valoriza muito os estudos bíblicos elaborados pela CPAD às escolas dominicais. Elas ajudaram bastante em meus primeiros passos de fé e foram uma forma de incentivo para praticar estudos sistemáticos das Escrituras Sagradas.

Porém, eu não me deixei fixar apenas nas lições da Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Faço uso de publicações das "concorrentes" também.

Eu compro as revistas de escola dominical da Editora Betel (AD Madureira/Brás - CONAMAD), e da Central Gospel (AD Vitória em Cristo). E outras, que adquiro sem uma sequência regular.

Já lecionei aulas em escola dominicai.

A Bíblia Sagrada não deve ser ignorada jamais nestas aulas. Os pastores e os professores das aulas de escola dominical precisam incentivar os alunos a lerem as revistas fazendo uso das Escrituras Sagradas, consultando todas as referências que a lição cita. É só assim que haverá resultado positivo no discipulado, é só assim que o estudante aprofunda-se no conhecimento da Palavra de Deus.

Precisamos nos fiar em 1ª Tessalonicenses 5.21: "Examinar tudo e reter o bem".

Abraço.