Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

domingo, 22 de dezembro de 2019

Ceo no blog Belverede

O que é? "■ Belverede Ceo" é apenas uma marcação para uso interno neste blog. Visa facilitação na atividade de atualização de postagens; regularizar links que perderam o elo ativo e a melhoria de imagens, etc.

E.A.G.

História da Assembleia de Deus: Celina Albuquerque e Emília Costa

O primeiro culto oficial da Assembleia de Deus, quando o nome da Assembleia de Deus ainda era Missão de Fé Apostólica, ocorreu na residência de Celina Albuquerque, situada na rua Siqueira Mendes, 79 (atual 161). Seu marido, Henrique Albuquerque convidou os pioneiros, Gunnar Vingren e Daniel Berg, a dar continuidade à pregação pentecostal em sua casa, após haver a rejeição por parte da liderança batista à promessa de Jesus Cristo, registrada em Atos 2.17-18. Celina é apontada como a primeira pessoa assembleiana a receber o batismo com o Espírito Santo desta denominação.

Emília Costa foi consagrada ao diaconato no dia 06 de fevereiro de 1928 por Gunnar Vingren, serviu a Jesus Cristo na Assembleia de Deus em São Cristóvão (Rio de Janeiro).

Memórias das Assembleias de Deus no Brasil.
Frida Vingren

sábado, 21 de dezembro de 2019

Rute: a moabita citada na genealogia de Jesus Cristo

Por Eliseu Antonio Gomes

Rute, em hebraico significa "companhia feminina". Rute é uma entre duas mulheres que possuem um livro com o seu nome, a outra é Ester. Ela era moabita, viveu no período dos juízes. Em sua própria terra, Moabe, foi casada com Malom, um homem da tribo de Judá (Rute 4.10), filho mais velho de Elimeleque e Noemi, israelitas vindos de Belém-Judá para Moabe durante certa época de fome.

Em uma sucessão rápida e trágica, Noemi ficou viúva e perdeu seus dois filhos sem deixar herdeiros.  Então, desamparada em nação estrangeira, decidiu voltar para sua terra natal onde esperava achar o apoio de parentes. Antes de partir em sua viagem de retorno, incentivou as duas noras, viúvas jovens, Rute e Orfa, à buscarem suas famílias e se casarem outra vez. Mas, em vez de fazer isso, Rute insistiu em acompanhá-la, afastando-se de todos que conhecia, reafirmando sua lealdade à sogra e, mais importante, ao Deus que ela servia.

Rute adotou tanto a nacionalidade da sogra como também a Deus como o seu Senhor. A união de ambas foi bem forte, só a morte foi capaz de sapará-las (Rute 1.16-17).

Elas chegaram em Belém sem recursos financeiros, e sendo a época da colheita de cevadas, Rute consciente que era a mais jovem entre as duas, cheia de carinho pela sogra, tomou a iniciativa de procurar meio de sustento para ambas. Então, sem reclamar, ela foi colher os grãos que os ceifeiros deixavam para trás nos campos de um homem rico, chamado Boaz, parente de Elimeleque, seu falecido sogro. Boaz a notou e lhe deu sua proteção, permitiu que ela colhesse cevada no seu campo, em reconhecimento de sua lealdade a Noemi. Ele foi beneficiada por Boaz durante toda a colheita da cevada e do trigo.

Noemi, sendo uma mulher sábia e experiente, logo percebeu que Boaz era qualificado pela lei judaica a dar continuidade a linhagem familiar, por este motivo instruiu Rute conquistá-lo.  Rute, sabendo que sua sogra só queria o seu bem, fez exatamente o que Noemi a aconselhou fazer (Rute 3.5). Quando toda a colheita já havia sido efetuada, e o trabalho na eira havia começado, agindo segundo instruções de Noemi, Rute procurou-o à eira à noite. Quando Boaz adormeceu, Rute descobriu os pés dele  e deitou-se próxima, em demonstração de respeito à ele e para se colocar em posição de serva.

Estar ali assim, sem tocá-lo, era um gesto que demonstrava-a como mulher merecedora de ser sua esposa, reivindicação de sua proteção e apelo ao seu cavalheirismo. Ao acordar, Boaz se surpreendeu com a atitude de Rute e viu que ela de fato era uma mulher virtuosa. Ele mediu seis medidas de cevada e deu à ela como um presente, enviou-a de volta para sua casa logo que a madrugada terminou (Rute 3.8-15).

Recorrendo a dez anciãos da cidade como testemunhas, Boaz apelou para o parente mais chegado de Noemi que redimisse um terreno que pertencera a Elimeleque, e que era uma possessão sagrada que não devia mudar de família proprietária (cf. Levíticos 25.23). A isso Boaz firmou palavra de compromisso, apresentou adicionalmente a obrigação de casar-se com Rute conforme a lei do casamento, chamada de levirato (Levíticos 25.25, 47-49; Rute 4.5). 

No Antigo Testamento, havia a prática que obrigava um homem a casar-se com a viúva de seu parente próximo, quando o falecido não deixasse descendência masculina. Por esta lei, o parente mais próximo de Eimeleque deveria se casar com Rute. Mas o parente mais chegado não podia fazê-lo, e renunciou de tal direito em favor de Boaz. Então, com o passar do tempo, Rute e Boaz contraíram matrimônio. Ela foi mãe de Obede, que veio a ser o avô de Davi (1 Crônicas 2.12), dessa maneira Rute e Boaz tornam-se antepassados do Rei Davi e, consequentemente, de Jesus Cristo. Rute é uma das cinco figuras femininas cujo nome é mencionado na linhagem de Jesus, isto no leva a saber que ela desempenhou papel importante na Bíblia (Mateus 1.1-17).

Existem inúmeras mensagens que podemos receber da vida e do caráter de Rute, ela foi um modelo digno de imitação, exemplo de bom companheirismo, lealdade, modéstia e simplicidade. Era uma mulher esforçada, confiável, tinha boa fama na sociedade em que viveu. A biografia de Rute é uma das histórias prediletas da Bíblia, pois aborda a superação de problemas complicados, fala sobre amor, superação, e a providência divina.

E.A.G.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

A Rebelião de Absalão

Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO 

Os acontecimentos trágicos no relacionamento conturbado entre Davi e Absalão ocorreram em cumprimento da profecia de Natã (2 Samuel 12.10-11 e 16.20-23). Ao dar vasão às paixões carnais,  com Bateseba, Davi provocou muitas situações conflituosas em sua família.

Semelhantemente, o fato de Davi ter sido um rei polígamo, algo que não era da vontade de Deus, também se consistiu em fator causador de enorme  sofrimento em sua vida (Deuteronômio 17.17). 

I - O HOMEM ABSALÃO

1. Descrição.

Absalão ('avshalom), nome hebraico, significa "pai é da paz". Ele foi o terceiro filho de Davi, resultante do casamento com uma estrangeira, Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur (2 Samuel 3.3).

Absalão era um homem de aparência admirável, da planta dos pés ao mais alto da cabeça não havia defeito algum. Era dotado de personalidade forte, possuía facilidade para entender situações implícitas e usava-a com malícia, com intenção de conquistar o coração do povo. Era hipócrita, escondia um espírito de grandeza, falsa devoção a Deus.

Biograficamente, há muitos detalhes sobre a pessoa de Absalão, em especial no quesito físico, mas nenhum destaque mostra que era uma pessoa espiritual. No coração de Absalão havia a natureza depravada e apóstata contra Deus, alimentada por seus propósitos ruins, totalmente contrários ao que o Senhor esperava dele vontade. Consequentemente, seus planos foram revelados, ao pôr em prática sua rebelião contra o rei Davi.

Absalão mantinha cabelos compridos, cortava-os uma vez por ano. De acordo com 2 Samuel 14.26, sua cabeça chegou a produzir duzentos siclos de fios de cabelo, peso equivalente a dois quilos, entre um e outro corte. Sua beleza masculina era tão admirável quanto a beleza feminina de sua irmã Tamar,  o que injustificavelmente motivou que ela fosse violada por Amnon, o filho primogênito de Davi, gerado em casamento com outra mulher (2 Samuel 13.1-18).

2. Em que consistia a causa da sua revolva?

2 Samuel 13 narra o início da tragédia ocorrida na família de Davi.

Quando Amnon, que era o primeiro na linha sucessória ao trono de Davi, cometeu a situação deplorável de desrespeitar sua meia-irmã Tamar, uma grave infração a lei de Deus (Levíticos 18.11), tal ação desencadeou desarmonia e derramamento de sangue à casa de Davi. Embora Davi tenha ficado irado contra Amnon, foi omisso e abriu mão de sua responsabilidade como pai e rei, pois não fez justiça alguma (13.21). Entretanto, quando Absalão,  irmão de sangue de Tamar, soube que ela havia sofrido violência sexual por Amnon, planejou seu assassinato friamente. Era grande seu carinho por Tamar, tanto que homenageou-lhe dando seu nome para uma de suas filhas (14.27).

Passados dois anos (versículo 13.23), Absalão, preparou uma festa, ordenou a seus criados que aproveitassem o momento de embriaguez de Amnon e o matassem. O crime aconteceu conforme ele quis que acontecesse. E assim como Davi planejou a morte de Urias por meio de seus soldados, Absalão matou Amnon pelas mãos de seus criados (2 Samuel 11.14-17; 13.28-29).

II - A REVOLTA DE ABSALÃO

1. A fraqueza do reino de Davi.

A vingança de Absalão incorreu no desprazer de seu pai Davi. Após vingar-se, ele afastou-se do palácio, exilando-se em Gesur, em companhia de parentes maternos (2 Samuel 13.19-39). Absalão permaneceu exilado por três anos, ao retornar a Jerusalém, esteve banido das dependências da corte por mais dois anos.

Após cinco anos afastado de seu pai, conseguiu reconquistar o favor dele, porém recompensou este favor com um sentimento de revolta e movimento conspiratório, visando tirá-lo do trono e ficar em seu lugar. Dissimulado, provavelmente ressentido pelo fato de Davi não ter feito justiça ao caso de sua irmã, escondia dentro de si o sentimento de ódio contra seu pai.

2. O Absalão político.

Politicamente, Absalão sabia como abrir caminho em meio à oposição. Depois de voltar de Gesur à Jerusalém, usou a influencia de Joabe sobre Davi, forçando-o a abrir caminho para que tivesse audiência com o rei, e pudesse outra vez ter acesso livre à corte real e seus prazeres. Ao dizer "se há em mim alguma culpa, que me mate" (2 Samuel 14.28-33), deixou a impressão de que estava convencido precisar castigar seu irmão Amnon, ao cometer o ato de vingança, matando-o, não havia cometido erro algum (1 Samuel 20.8).

Absalão foi admitido à presença de Davi, recebeu seu perdão com um beijo (14.33). Mas, deliberadamente, depois de perdoado passou a minar a autoridade do pai, aumentando seu próprio prestígio (2 Samuel 15.1-15). Usava sua  imagem pública marcante, toda a habilidade teatral relacionando-se com o povo fazendo elogios falsos, apresentava-se em público com devoção fingida a Deus. Usava perspicácia com o objetivo de chamar a atenção do povo em seu favor, exercia o ofício de juiz de Israel, função que não era sua, com a intenção de ser favorecido com o aumento da sua popularidade.

3. Proclamando-se rei.


Tais procedimentos sagazes asseguraram um elevado grau de sucesso à busca de seus objetivos, mas não poupou-lhe de receber as duríssimas consequências de seus atos maus.

Depois de reconciliado, Absalão pediu permissão a Davi para ir para Hebrom, cidade em que seu pai havia sido ungido rei sob Judá e todo o Israel; Hebrom também era o lugar em que ele nasceu (2.4; 3.2-3; 5.3). Recebeu a autorização de Davi, dizendo-lhe que iria apenas pagar um voto, realizar um sacrifício de ação de graças a Deus por ter permitido que voltasse para Jerusalém. Porém, sua viagem servia de estratégia disfarçada, desejava ter ambiente propício para começar sua revolta política. Em sua trama conspiratória, levou consigo alguns dos líderes de Israel para dar a impressão de que o rei, em sua velhice, apoiava a situação de fazê-lo rei naquele momento (13.10-12).

4. A lealdade dos servos de Davi.

Enquanto Absalão oferecia sacrifícios, a rede de conspiradores aumentava. E um mensageiro levou rapidamente essa informação a Davi, que resolveu fugir, evitando o confronto dentro de Jerusalém, pois queria preservar a cidade que havia embelezado, e evitar mortes de inocentes  (15.1-13).

Davi recebeu apoio de sua guarda real, que era formada por seiscentos homens, inclusive de Gate, isto é, mercenários filisteus. Teve o apoio de Itai, comandante dos goteus, mais tarde Itai foi recompensado com a nomeação ao comando de um terço do exercito de Davi (18.2,5,12).

III - A MORTE DE ABSALÃO

1. Coração de pai.

Absalão cometeu escândalo terrível contra seu pai, ao seguir o conselho de Aitofel e relacionar-se sexualmente com suas concubinas, que haviam ficado em Jerusalém para cuidarem do palácio (16.15, 21-22).  Na cultura do Oriente Médio, o controle do harém era atribuição do monarca, então Absalão, em atitude que assinalava ser o novo rei da nação, dentro de uma tenda armada no telhado do palácio com o conhecimento de todo o povo, relacionou-se com concubinas de Davi  (11.2). Tal vexame ocorreu em cumprimento à profecia de Natã (12.11-12).

Sério perigo rondava a vida de Davi, a rebelião de Absalão angustiava seu coração. Ele registrou seu lamento por esse problema no Salmo 3, demonstrando que considerava Deus o seu Ajudador, escudo protetor e restaurador da sua dignidade. Com esta visão, invocou o poder divino para ser abençoado com livramento. Em sua confiança encontrava condição de naquela situação deitar-se e conseguir dormir sem dificuldade, e ao acordar ter a certeza que o Todo Poderoso o guardava.

2. O preço da rebelião de Absalão.

A rebelião de Absalão custou-lhe a vida. Seu fim é fato muito conhecido, morreu em circunstância vexatória. O capítulo 18, versículo 9 a 17, narra o seu fim.

Depois que Davi fez o arranjo militar para enfrentar a rebelião. pediu aos capitães que tratassem Absalão com brandura, como se a insurreição do filho rebelado fosse apenas uma estripulia de menino bagunceiro. Absalão foi atraído com seus homens, por Joabe, que era o comandante-em-chefe das fileiras de Davi, para a floresta de Efraim, ali foi cercado e 20 mil soldados foram abatidos. Ele pôs-se em fuga, durante a cavalgada, seu cabelo ficou preso nos galhos de uma carvalho, permaneceu ali dependurado entre o "céu" e a terra. Ali ele foi traspassado por três dardos atirados por Joabe. Os três dardos traspassaram o coração de Absalão, enquanto ainda estava vivo, dez jovens, que levavam as armas de Joabe, cercaram Absalão e acabaram de matá-lo. Levaram Absalão e o jogaram numa grande cova. E levantaram sobre ele um enorme monte de pedras. E todo o Israel apressou-se, cada um para a sua casa.

Com a ajuda de Usai e de Joabe, Davi foi capaz de derrotá-lo em batalha, sem tem que fazer confronto físico pessoal (2 Samuel 15.32-37 e 17.1-16; e 18.1-21; também 19.1-7).

Todo pecado tem sua consequência, por isso a melhor atitude é sempre evitá-lo. 

CONCLUSÃO

O servo de Deus deve fazer de tudo para proceder corretamente perante Deus e o próximo, pois a fragmentação moral e espiritual na sua vida  pode causar situação incontrolável, levando-o a significativas perdas, daí a exigência de Paulo: "sejamos irrepreensíveis" (1 Timóteo 3.2).


Compilação.
O Novo Dicionário da Bíblia. J. D. Douglas. Volume 1. Quarta impressão 1981. Página 25. São Paulo - SP  (Edições Vida Nova).
289
Introdução e Comentário. 1 e 2 Samuel. Cultura Bíblica. Joyce G. Baldwin. Primeira edição 1997. Página 289. São Paulo - SP (Edições Vida Nova).
Comentário Bíblico Moody: Gênesis a Apocalipse. Charles F. Pfeiffer

Há poder na luz


Por Eliseu Antonio Gomes

"A Lua inocente que nada faz a não ser brilhar, move todas as incansáveis ondas do mundo" - Francis Thompson.

Há poder na luz. Há no cristão a necessidade de recebê-la, nossa missão é retransmiti-la.

A Lua não produz calor, e nem luz própria, a sua missão é ser refletora da luz solar, quando o Sol emite seus raios para o outro lado do planeta Terra. Isto faz toda a diferença para nós, que estaríamos em escuridão inimaginável sem o reflexo que ela nos envia.

Astrônomos afirmam que a Lua mantem quatro posições diferentes em relação ao Sol durante o mês. Nós percebemos os diferentes ângulos pelo seu reflexo distinto. As posições são classificadas de "lua cheia", "lua minguante", lua nova" e "lua crescente".

Mas, além disso, segundo Isaac Newton, junto com o Sol, a presença da Lua exerce força gravitacional sobre o movimento das águas, mantendo-as nas partes mais baixas da Terra. O Sol e a Lua desempenham papéis importantes no nível dos oceanos. Esta influência é quase que impercebível, apesar das consequências dessa ação ser notada por banhistas em todas as praias.

Como cristãos, fazemos o paralelo da interatividade dos planetas que citamos.

Graças ao equilíbrio entre velocidade e força gravitacional que o Criador deu à Terra, ela gira em torno do Sol e recebe dele iluminação, calor e a pressão gravitacional, que mantém as pessoas e coisas fixadas no solo. Fazendo a analogia com o aspecto espiritual, o Sol é Jesus Cristo e a Terra é toda a humanidade, orbitamos em volta dEle e sem Ele nada podemos fazer (João 15.5).

Há cerca de quatro século e meio, Nicolau Copérnico provou que a Terra se move em torno do Sol. Ela também gira em torno da Lua e gira em seu próprio eixo, o que faz haver dias e noites. Quando estamos nos períodos escuros, o Sol continua a emitir sua luz para o outro lado do globo terrestre e para a Lua, que não permite que na fase da noite a parte escura do nosso planeta seja um breu completo.

A Lua também gira em torno da Terra e jamais deixa de brilhar, sempre está presente nos lados escuros do planeta Terra, emitindo o reflexo do Sol.

Observando a situação pela ótica espiritual, o cristão precisa, tal qual a Lua faz, refletir o brilho de Cristo para as almas que ignoram o Salvador. Nas fases de densas trevas, é preciso agir, como o esplendor da "lua cheia", ou com os brilhos intermediários da "lua minguante", "nova", e "crescente". Jamais deixar de receber o calor e luz de Cristo e nunca deixar de brilhar ao mundo.

Enfim, que todo aquele que está lendo este texto, possa tomar para si o brado do profeta: "Ó terra, terra, terra! Ouça a palavra do SENHOR!" (Jeremias 22.29). E todo cristão desempenhe sua missão como influenciador sobre a escuridão das almas sem Jesus e sobre as águas inquietas de todo coração distante de Deus (Marcos 16.15).

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Sobre a música e a pregação em reuniões de cultos a Deus

Por Eliseu Antonio Gomes

Eu amo a Palavra de Deus, gosto muito de ouvir explanação com base teológica. E entendo que a Palavra é tão grande e profunda que não cabe apenas na homilética e hermenêutica do expositor ou expositora; nem mesmo na oratória da pessoa mais bem preparada no planeta para fazer isso.

Quando ouço pregadores comentando sobre ter maior tempo para pregar, sobre o tempo reservado aos músicos durante os cultos, eu me lembro de que está escrito que Deus habita no meio dos louvores, da passagem bíblica mostrando que os muros de Jericó caíram tendo os levitas da música, por ordem de Deus, marchando na frente do povo; lembro que no céu teremos entoação musical em adoração ao Todo Poderoso e não haverá pregadores da Palavra pregando.

O apóstolo Paulo escreveu sobre a exposição bíblica e o cântico como forma de adoração:

• 1 Coríntios 14.26: "Que fazer, então, irmãos? Quando vocês se reúnem, um tem um salmo, outro tem um ensino, este traz uma revelação, aquele fala em línguas, e ainda outro faz a interpretação. Que tudo seja feito para edificação" (NAA).

• Efésios 5.18b,19,20: “Portanto, tenham cuidado com a maneira como vocês vivem’ (...) ‘deixem-se encher do Espírito, falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando com o coração ao Senhor, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (NAA).

Refletindo sobre o Salmo 22.3: "Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel (Almeida Revista e Corrigida). Sabemos que o louvor não se restringe à música. Mas neste salmo, é apenas esse o sentido que o salmista quis dizer. O termo hebraico traduzido por “louvor” é “tehillah”; cujo significado estrito é “canção de louvor”. Também encontramos “yõwõseb” vertido ao nosso idioma como “habita”; na verdade, o sentido do vocábulo seria melhor traduzido como “é entronizado”. Então o texto seria lido assim: [Deus] “que é entronizado entre as canções de louvor”.

Entronização significa deixar o trono desocupado ao rei; é o reconhecimento da autoridade do rei, é aceitar de modo voluntário o senhorio de alguém. Entendo que o verbo "habitar" tem um conceito bom, mas tem menor importância que "entronizar", em se tratando da nossa comunhão com Deus. Podemos ser hospitaleiros e permitir que alguém habite em nossa casa, mas a pessoa agregada em nosso lar não terá a nossa autoridade de dono da casa. Recebemos a Jesus no coração, mas não o consideramos como mais um simples habitante em nossa vida, permitimos que Ele mande em tudo, pois somos seus servos.

Existe Palavra do Senhor em louvores, a Mensagem não está presa em discursos de pregadores. Há muitas composições musicais que deixam a desejar, mas também ocorre falha na classe de pregadores. Através de louvores, Deus é cultuado e entronizado nos corações das pessoas; pela boa exegese de preletores a congregação é edificada.

Então, que haja bom senso em tudo, que aconteça nos cultos a exposição da Palavra discursada e cantada. Que o dirigente de culto aja estabelecendo o equilíbrio e mantendo a ordem e decência.