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segunda-feira, 8 de julho de 2019

João 10.10 - o ladrão no qual Jesus se refere não é o diabo?


Por Eliseu Antonio Gomes

Muitos leitores da Bíblia acreditam que o ladrão, no qual Jesus se refere em João, capítulo 10 e versículo 10, é o diabo. Por outro lado, é impressionante como é fácil encontrar um número grande de pessoas contestando essa interpretação e afirmando que o "ladrão" de João 10.10 não é o diabo.

Será que nesta porção das Escrituras Sagradas "ladrão" se refere apenas a um criminoso qualquer? Ao ler esta passagem bíblica, cujo conteúdo é por demais apropriado às comunidades evangélicas nos dias atuais, é importante ter em vista o contexto do texto em foco.

Parcialmente, eu concordo com a afirmação de que Jesus tenha se referido a pessoas e não ao ser demoníaco, especificamente à referência citada. Nos versículos 8, 12 e 13 está bem claro que Jesus faz alusão aos falsos pastores, mestres e mercenários. Porém, percebemos no contexto bíblico que o diabo também tem muito a ver com ladroagem, todos sabemos que ele é ladrão, que a intenção dele é roubar, matar e destruir, o povo de Deus. O que quero dizer é que no modo literal os ladrões, mercenários e salteadores são líderes religiosos, mas no sentido figurado é o próprio diabo agindo na vida desses líderes religiosos, fazendo uso de seus apetites carnais, amor ao dinheiro, egoísmo, egocentrismo e etc.

Etimologia de palavras

É digno de nota que no original grego o termo "ladrão", que encontramos em João 10.1 é "cleptos". O termo também é usado na passagem O Bom Samaritano (Lucas 10.25-30) e em Apocalipse 16.15 (Eis que venho como um ladrão).

Em João 10, versículo 6, o vocábulo “parábola” não é a tradução de “parabolê”, definição das comparações, analogias e alegorias que Jesus apresentou com a intenção de passar lições espirituais aos seus seguidores. Neste versículo 6, o termo usado é “paroimia”, cujo significado é enigma e provérbio, como no Livro de Provérbios.

Encadeamento do tema

Certa vez, Jesus Cristo afirmou: “quem comigo não ajunta, espalha” (Lucas 11.23). Deu a entender, claramente, que na esfera espiritual não há meio termo, ou somos seus seguidores ou indivíduos inconvenientes que atrapalham o progresso da expansão do Reino de Deus aqui na terra.

O Evangelho de João, capítulo 10, traz a lição O Pastor e as Ovelhas, que está atrelada com a narrativa do capítulo anterior. O duplo “em verdade” (10.1), faz a transição entre o diálogo do capítulo 9 ao monólogo do capítulo 10.

No capítulo 9 de João, encontramos o episódio do cego de nascença, que Jesus curou passando lama em seus olhos e o mandando lavar-se no tanque de Siloé. A narrativa conta que depois este homem foi interrogado pelos fariseus, líderes da sinagoga, que se quer puderam acreditar que ele havia sido pessoa cega, só creram após o depoimento de seus pais. Ao invés de se alegrarem com ele por ter recebido o milagre, criticaram a situação pois o relato dizia que a cura ocorreu num dia de sábado. Estes judeus expulsavam da sinagoga as pessoas que confessavam que Jesus era o Cristo, mas com certeza teriam reivindicado para si o título de pastor, aos quais Cristo se refere como ladrões e salteadores. Nesta circunstância, com certeza o ex-cego faz parte do rebanho do Bom Pastor. 

Analisando o conteúdo contextual, podemos categoricamente afirmar que o "ladrão", de João 10.10, representa toda a classe de falsos pastores, são as lideranças inúteis que adentram os meios cristãos mais preocupadas em transformar ovelhas em alimento do que em alimentá-las, protegê-las e curar o rebanho de Cristo (Ezequiel 34.1-5; Zacarias 11.17).

Há muitos pseudos-pastores, falsos irmãos hoje em dia. Eles estão infiltrados no rebanho do Bom Pastor e agem como lobos camuflados em pele de ovelhas. Jesus se referiu a eles como guias cegos. Eles se apresentam com autoridade espiritual falsa, falam supostamente em nome de Deus, pregam sobre salvação mas colocam sobre os cristãos jugos pesados. O objetivo deles é lucrar financeiramente, não se importam em roubar, destruir e, espiritualmente, matar, com a finalidade de conquistar bens materiais, viver em glamour, projetar sua imagem com situações de pompa e circunstância. Quanto a essa gente desnaturada, é preciso ter o máximo de cuidado, afastar-se delas. Ainda bem que quem é ovelha, e se mantém vigilante, reconhece e atende apenas a voz do verdadeiro pastor.

Exortações apostólicas

O apóstolo João fez referência aos que “não ajuntam com Cristo”, chamando-os de anticristos (1 João 2.18). Tais opositores do progresso do Reino de Deus, se assumem posto de líderes, são mercenários, ladrões e salteadores. Eles se comportam como os fariseus que ao invés de ajudar o cego o expulsaram do rebanho no qual eram responsáveis por seu bem-estar.

Precisamos meditar em outro contexto para João 10. Façamos uso da nossa força de raciocínio, para relembrar a exortação de Pedro aos cristãos. Ele nos alerta assim: “Sejam sóbrios e vigilantes. O inimigo de vocês, o diabo, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5.8). Ora, alguém já viu, ou ouviu falar, que o diabo atacou literalmente uma pessoa? Ele faz isso no sentido amplo da situação, usa todo aquele que “não ajunta com Jesus”, mas espalha, atrapalha o progresso do Reino de Deus.

O apóstolo Paulo aconselha o povo de Deus a viver em harmonia, pede aos irmãos de fé que, assim como ele, tenham disposição para perdoar. “A quem vocês perdoam alguma coisa, eu também perdoo. Pois o que perdoei, se é que perdoei alguma coisa, eu o fiz por causa de vocês na presença de Cristo, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não ignoramos quais são as intenções dele.” (2 Coríntios 2.10-11).

Conclusão

Naquele triste acontecimento do rompimento da barragem em Brumadinho, muitas vidas foram ceifadas pela lama. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros pediram para diversas famílias deixarem as suas residências, elas corriam risco naquele local devastado. E foi triste saber que cidadãos maus aproveitaram a ocasião para saquear as casas cujas famílias não estavam presentes. A estratégia do diabo é impulsionar pessoas para agirem malignamente, ele quer roubar toda a nossa paz e toda a nossa alegria. Essa história é uma advertência para aqueles de nós que podem ser pegos despreparados ao lidar com ataques do diabo. Ele assume o posto de comando de vidas humanas por meio do pecado que é praticado sistematicamente. Quando o indivíduo se esquece de ser crente vigilante, dá lugar para o diabo moldar suas opiniões, controlar suas atitudes e apagar seus objetivos nobres (Efésios 4.27).

De uma maneira similar ao caos causado pela lama, o pecado pode destruir coisas que aparentemente estão em boa ordem. O esforço para remover a lama e limpar depois de o diabo aparecer no caminho do crente é muitas vezes mais doloroso do que o evento inicial. Se as brasas ardentes da vontade carnal quer guiar nossas atitudes, a melhor coisa a fazer é lembrar-se da Palavra de Deus e tomar as medidas apropriadas para superar o mal, pois ao dar vez às obras da carne o crente cria a oportunidade para que o diabo tire vantagem da sua falta de vigilância, pois nesta condição o crente é um infeliz anticristo.

Mantenha-se em oração, para estar sempre firme e forte, livre das amarras diabólicas.

domingo, 7 de julho de 2019

A oração - Artigo escrito por Lewi Pethrus

Por Lewi Pethrus

Fala-se acerca da armadura do cristão, a qual é necessária na luta, ou no serviço para o Senhor. Explica-se também qual é o meio de receber esta armadura.

Há duas coisas que devemos considerar. Primeiro: a nossa luta, como povo de Deus, não é carnal, mas, espiritual. Segundo: só devemos lutar onde há inimigos.

Cometemos um grande erro quando lutamos onde não há inimigos. Convém pelejarmos no lugar em que estiver o inimigo.

Um comandante inexperiente manda as tropas para o oeste, quando o inimigo está no oriente, pelejando assim, sem motivo e sem resultado, cansando as suas tropas e gastando inutilmente as suas munições.

Onde está o inimigo?

Veja no verso 12 de Efésios 6: "Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais." 

Acontece, às vezes, que atacamos a carne e o sangue, procurando convencer os homens dos seus erros, sem nos lembrarmos que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, pois, através das heresias está o poder das trevas, que não se deixa convencer.

Conforme 2 Lucas 2.9, o espírito do anticristo já reina neste mundo, e os homens já estão movidos e dirigidos por este espírito, e poderes estranhos. Não podemos, de forma alguma, convencê-los pelo modo referido. Mas, devemos ter compaixão de tais pessoas, e concentrar a nossa luta contra os poderes das trevas, que está atrás de seus erros. E nessa luta, não vale nada o uso de armas carnais. Se, por acaso, vencermos com armas carnais, a nossa vitória é humana. mas, se a luta é  for espiritual, a vitória é divina.

Às vezes. podemos pensar que a nossa obra é intelectual e, portanto, procurarmos intelectualmente convencer os inimigos dos seus erros. O resultado de uma obra tal é que o povo fica convencido e não convertido. Há muitos trabalhos religiosos que são dirigidos intelectualmente. É um grande erro.

O apóstolo Paulo diz que a fé dos coríntios não estava fundada em sabedoria humana, mas, sim, no poder de Deus. Muitos trabalhos religiosos, que não dão resultado, são provenientes desta causa.

Pode-se fazer uma pregação importante, mas o inimigo não teme, ao contrário, se alegra, fortalecendo-se mais. Por quê? Naturalmente, porque nada perde. Se erramos o alvo nada ganhamos. A pregação belíssima, um templo importante ou um grande número de membros, não tem a menos influência sobre o poder das trevas.

Como vencer?

Só há um meio de vitória, tanto para a igreja quanto individualmente para o membro - a oração.

"Orem em todo tempo no Espírito, com todo tipo de oração e súplica, e para isto vigiem com toda perseverança e súplica por todos os santos" - Efésios 6.18.

A oração vence tudo. Satanás quis impedir Paulo de ir à Macedônia, mas este o venceu. Como? Observe o que ele diz: "orai por mim". Ele não diz "eu sou um apóstolo, um homem sábio - apenas pediu a oração dos santos. Também, o apóstolo orava sozinho, ele mesmo disse "dobro os meus joelhos". Orava com os irmãos, como por exemplo na ocasião da despedida, na praia.

Quando conhecemos o valor da oração, sabemos que o progresso do trabalho não depende da beleza e perfeição da linguagem. É um fato real, não depende disso. Você pode ter pouca inteligência, pode ser fraco, no entanto, ser abençoado. Como? Pela oração. Ao orar, conquista vitórias, verá almas salvas, doentes curados e crentes batizados no Espírito Santo.

Durante esses 20 anos de trabalho tenho visto que há vitória e progresso para a causa do Senhor, quando a igreja ora fervorosamente. Se esquecer de orar, não conquistará vitória. Eu creio na oração. É possível muitas vezes estar escondido um "Judas" ou pecador, seja o que for, tudo é removido pela oração.

Não há causa alguma que mais aborreça Satanás do que a oração. É este o ponto que o crente é mais atacado. Tenho experiência disto. Ainda que eu tenha o desejo de ser uma homem de oração, tenho sido tentado a falhar. O inimigo cria milhares de laços para nos impedir de orar.

Vemos exemplos na vida de Daniel. Muitos laços armou o inimigo contra ele. Mas, Deus lhe deu a vitória. Os inimigos de Daniel procuraram falha na conduta dele, perceberam o seu hábito de constante oração e a sua vida de piedade. E assim armaram uma cilada para impedi-lo de orar durante trinta dias. Que fez Daniel? De um lado estava o cantinho da oração, e de outro, esperava-lhe a cova dos leões. Qual foi a sua escolha? Foi para sua casa e orava como de costume. Ele não fez um "culto de oração" especial, continuou a orar como de costume.

Talvez, Satanás lhe disse: Você não precisa orar tão alto, assim; feche sua janela, e ore apenas com seu coração. Mas Daniel manteve -se firme em seu hábito de orar e venceu. E foi isso uma das maiores vitórias da sua vida. Por meio da oração, experimentou a vitória na cova dos leões.

Algumas pessoas disseram para mim: "Pethrus, acabe com aquelas orações barulhentas antes do culto". E depois do culto, qual o motivo de orar tanto?

Certa vez, fui convidado para jantar em casa de um amigo, um nobre crente. Havia ali outros convidados. Quando estávamos sentados à mesa, ele disse o seguinte: "Em nenhuma igreja tenho achado tanta edificação para minha alma, como na sua. Aprecio muito suas orações, porém, uma coisa quero dizer: acabe com os cultos de oração. Tenho a intenção de levar meus amigos ao culto, mas temo que por causa das orações barulhentas eles se escandalizem. Acabe com aquele barulho e muito mais pessoas se agregará à igreja."

Escutei-o sorrindo e depois lhe respondi: "O sr. não disse que tem achado edificação na nossa igreja, como em nenhuma outra encontrou? Se a causa disso são as orações, como será então se eu acabar com elas?"

***

Vamos orar irmãos. Não tenham vergonha da oração. Deixemos o mundo saber que estamos orando e que cremos no poder da oração.

Tenho assistido a grandes reuniões em que cerca de três mil pessoas louvavam a Deus, duma vez. Isto comove os ouvintes.

Em nossa igreja temos oração ao meio-dia, cada dia. Foram umas irmãs que deram início a isto, vindo ao nosso escritório para orar. Também tenho assistido a esses cultos de oração. Essas orações têm continuado durante dezoito anos, sem parar, e são assistidas por muitos ou por poucos. Se me dessem Estocolmo inteira, eu não acabaria com tais reuniões.

A oração é um poder que afasta as trevas, que liberta as almas e que nos ajuda a vencer em todas lutas. Como é possível orar sempre? Somente estando cheio do Espírito Santo. O Espírito Santo nos ajuda a orar.

Em nenhum ponto me sinto tão fraco quanto neste. Então, não posso aformar: agora vou orar. Mas posso dizer a cada dia: Oh, Deus, ajuda-me a orar!

"Bem-aventurado o povo que conhece os gritos de alegria, que anda, ó SENHOR, na luz da tua presença" - Salmos 89.15.

Amém.

_______

Observação: Ortografia atualizada ao idioma português usado atualmente.

Fonte:
Mensageiro da Paz, ano 1, número 1, 1 de dezembro de 1930 (Rio de Janeiro).
Reprodução a partir de publicação em formato PDF -  https://bit.ly/2xz0lB9

sábado, 6 de julho de 2019

O irmão que repreende outro irmão merece perdão?


Jesus Cristo não proíbe aos cristãos julgar. Sobre isso, relembre comigo alguns trechos da Bíblia Sagrada.

A orientação de Jesus é para que o julgamento tenha como base as Escrituras. Cristo disse: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça" (João 7.24). Não é à toa que tenha feito esta orientação, pois a Palavra é comparada "ao fogo e ao martelo que esmiúça a pedra" (Jeremias 23.29) e como a luz que ilumina o caminho" (Salmos 119.105). O "ide" de Cristo não é um mandamento de ordenança apenas para evangelizar quem está perdido no mundo, o "ide" também exige aos cristãos maduros que ensinem aos cristãos ainda não amadurecidos na fé (Marcos 16.15; Mateus 28.19-20). E nesta situação de ensinar, temos figurativamente a violência do martelo, do fogo destruidor e da iluminação do Evangelho. E isto deve ocorrer contra o pecado e contra a incontinência do pecador que ama o pecado e não quer se desprender dele.

Alguém poderia perguntar: Qual a finalidade de propagar o pecado alheio? O pecado precisa ser confrontado. Falar da vida alheia é diferente de apresentar a Palavra para pessoas, que necessitam dela. A boa Apologia Bíblica combate o pecado. Não é falta com o amor e o respeito, não acusa o próximo, vai contra a situação, não visa agredir o pecador. Aponta o pecado e indica a solução do problema. Relembremos aquela passagem em que o apóstolo Paulo repreendeu o apóstolo Pedro, porque ele estava se comportando de modo censurável. Precisamos ter a mesma motivação entre os nossos irmãos. Conferir: Gálatas 2.11.

Deus odeia a iniquidade (Salmos 45.7). Se a pessoa ama realmente a Deus, é portadora do mesmo sentimento que Ele possui. Quando o pecado é cometido por pessoas que se dizem cristãs, dentro do círculo evangélico, ninguém deveria ter dúvidas que o assunto precisa ser abordado de maneira contundente, deixar claro que a devassidão e outras práticas pecaminosas são refutadas por toda a cristandade. O crente não pode ser conivente com o estilo de vida em pecado continuado, o pecado alheio não deve ser aceito na comunidade dos crentes em Cristo. Fazendo assim, não julgamos  a ninguém, é a Palavra que anunciamos que exerce o julgamento (1 Coríntios 6.10; Efésios 5.5).

Em seu ministério, Paulo escreveu cartas porque se mostrava zeloso, portador do zelo de Deus, era ciente de seu compromisso de preparar os irmãos como uma virgem pura para o seu marido (2 Coríntios 11.2). A Palavra de Deus é pura (Provérbios 30.5). E por ser pura, tem o poder de produzir pureza, isto é, limpeza (João 15.3). A noiva de Cristo é pura, como então eu posso me fazer de cego, surdo e tetraplégico ao encontrar impurezas no meio cristão?

Temos que tomar cuidado, porque há pecado cometido por ação e outros por omissão. Omitir-se de exortar ao que necessita de exortação nos coloca em falta perante o Senhor. Confira: Tiago 4.17. 

A oportunidade que temos de apreender o conhecimento da Palavra de Deus, não nos é dada pelo Senhor para que retenhamos conosco. Todo cristão tem o dever de compartilhá-lo, para edificar vidas. E nesta condição, a Palavra precisa ser exposta em tempo e fora de tempo, por inteira, não apenas usando aquelas passagens que soam agradáveis. O objetivo é repreender, corrigir, exortar baseado na doutrina de Cristo (Ver 2 Timóteo 2.2). Então, o que dizer ao adúltero? “Tudo bem, continue na sujeira do seu pecado”? Ou falar “os adúlteros não herdarão o reino de Deus”? (Apocalipse 22.15). Ora, é claro que a filosofia humana precisa ser descartada e a Palavra anunciada, para que o pecador tenha a oportunidade de tonar-se limpo das impurezas causadas pelas atividades da carne.

Vivemos nesse mundo para fazer provocações. Por quê? “Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida” (2 Coríntios 2.15-16).

Conclusão

A missão da Igreja é transformar vidas através do poder do Evangelho de Jesus Cristo. Anunciar o amor de Deus, conscientizar sobre o exercício da fé acompanhada das obras, trabalhar para que haja restauração de vidas, agir contra o pecado. Não apenas os cristãos em geral, mas principalmente os pastores e conselheiros de casais devem permanecer em constante vigilância, lembrando-se do alerta contido em Tiago 3.1 ("Meus irmãos, não sejam, muitos de vocês, mestres, sabendo que seremos julgados com mais rigor.") e 1 Coríntios 10.12 ("aquele que pensa estar em pé veja que não caia.").