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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Como resolver conflitos no casamento

Conflitos no casamento?

Hoje em dia, é possível encontrar livros e seminários criados com o objetivo de trazer a você todos os tipos de respostas, que declaram ser respostas cuja origem é Deus. As produções de livros e seminários, com base na Bíblia, feitas as ressalvas apologéticas, são importantes. Porém, se não houver no leitor ou seminarista a fé na Palavra, nada escrito ou falado, mesmo que apresentado de modo irrepreensível, surtirá efeito eficaz e duradouro na relação conjugal.

É importante enfatizar que a solução espiritual de todos os problemas não é encontrada simplesmente ao ler livros ou participar de seminários, mas sim que marido e esposa coloquem sua fé e confiança totalmente em Cristo e no que Ele fez em favor da humanidade na cruz. Em outras palavras, o marido e a esposa só encontrarão o término de seus problemas se crerem que o sacrifício vicário do Filho Unigênito do Pai celeste propiciou a condição de apresentar a Deus a Igreja santificada pela lavagem da Palavra, se de fato amarem a Palavra e estiverem dispostos a obedecê-la com integridade de coração.

O papel do homem no enlace matrimonial

Ao analisar com cuidado o conteúdo bíblico, enxergamos a definição clara sobre a função do homem e da mulher como marido e esposa. Em Efésios 4.25-32, aprendemos que o marido que realmente ama sua consorte, ama-a com a mesma intensidade que ama ao seu próprio corpo, e assim mostra ser com ela "uma só carne", revelando a unidade da união sagrada do casamento. E através da conduta deste marido, o Espírito Santo apresenta ao mundo a união de Cristo com a Igreja.

Como marido, o homem é responsável pela vida espiritual da mulher com quem se casou. Cabe ao homem exercer liderança e prestação de serviço no âmbito do casamento. Deus colocou sobre ombros masculinos a missão de liderar e servir dentro de sua casa. O apóstolo Paulo resumiu a posição masculina no casamento, observando que o marido deve amar sua companheira como Cristo amou a Igreja: "Maridos, que cada um de vocês ame a sua esposa, como também Cristo amou a igreja e se entregou por ela" - Efésios 5.25.

Amar a esposa como também Cristo amou a igreja? Sim, o maior desafio do cristão casado é imitar o gesto sacrificial de Jesus, que deu a sua vida por aqueles a quem amava. É claro que ao esposo está ordenado que faça isso de modo figurado. Figurativamente o marido é chamado todos os dias a amar sua mulher com um amor igual ao de Deus. O grande sacrifício de Jesus caracteriza o tipo de amor de Deus. Então, o marido é conclamado. a abrir mão de seus desejos e morrer para o seu eu, deve querer se entregar a sua mulher como parte integral de si mesmo, agir segundo o conceito divino da união matrimonial.

Ao tomar em casamento um ser feminino criado por Deus, o homem deve estabelecer um laço de convivência prazerosa com esta pessoa. Amar a consorte como Cristo amou a Igreja significa ser líder cristão autêntico na rotina do lar, significa dar apoio para que a companheira estruture de maneira plena a sua personalidade, significa esforçar-se para que ela se torne uma pessoa realizada. Precisa encará-la com honra, tratá-la como gente de grande valor, dando a liberdade para ela apresentar seus talentos e através de seus talentos cumprir o plano que o Senhor tem para a sua vida. Sendo assim, os dois viverão a vida cristã ideal, vivenciarão o casamento que tem a soberania de Jesus Cristo, que é a cabeça da Igreja.

Como sacerdote espiritual em seu lar, convém ao marido elogiar a esposa, com o objetivo de desenvolver nela, principalmente, suas qualidades espirituais. Tal qual pastor no lar, o marido precisa ser alguém sensível, para que ela confie a ele seus sentimentos mais íntimos e dessa maneira tenha condições de prestar a devida ajuda. Como homem casado e fiel, o marido tem o dever de desenvolver na mulher a segurança emocional; a mulher precisa sentir total segurança que é a única mulher na vida do marido e de que a afeição que ele sente por ela é duradoura. Como macho, o homem casado precisa entender que sua companheira é a "parte mais delicada" de sua macheza, e sendo ela assim possui grande necessidade de receber o calor do abraço sincero e ser plenamente entendida. Como par conjugal, o marido tem que providenciar momentos de qualidade, momentos que não exista distração além do interesse de ambos, momentos para planejar e executar tarefas juntos, orar e rir muito juntos.

Esposa realizada é sinônimo de maridos felizes. Se um homem dedica tempo de qualidade à sua mulher, se decidiu lhe dedicar o tipo de amor descrito acima, ela agradecerá ao Senhor o amor e proteção de seu esposo, que não a deixa só, não permite que ela enfrente suas lutas e adversidades sozinha, a conforta e se empenha para fazê-la uma pessoa melhor. Por certo, se o marido se comporta como deve para com sua mulher, ela não terá problemas em se submeter e ele, saberá retribuir à contento, é mais do que provável que tal marido receberá retorno positivo.

Em 1 Pedro 3.7, encontramos aconselhamento aos maridos convertidos a Cristo, tal conselho não deveria provocar confusão ao leitor, mas acontece ao que não se aprofundam no contexto da frase. O apóstolo recomenda ao marido amar sua esposa considerando ser ela a parte mais fraca. Por não se aprofundar, o leitor termina acreditando que o teor da mensagem possui cunho machista ao explicar sobre o padrão de Deus para o lar cristão. Nesta orientação, ele podia estar se referindo às diferenças físicas entre os sexos; talvez tivesse em mente a questão de vulnerabilidade social da mulher no século 1 - elas não tinham voz pública, não tinham direitos civis, elas tinham apenas o marido e os parentes do sexo masculino mais próximos como meio de defesa. Jamais o texto quer dizer que a esposa é intelectual ou moralmente inferior.

Ainda, tendo 1 Pedro 3.7 como foco, é válido observar o alerta ao marido. É: caso desconsidere a condição de fragilidade de sua esposa, caso não proteja a dignidade feminina, ao orar a sua comunicação com Deus estará afetada, suas orações poderão ser interrompidas. Esta advertência também tem a ver com o comportamento da mulher que não honra ao seu marido, pois ignorar ao que o Espírito fala através das Escrituras, seja em qual situação for, é agir com imprudência.

Se você é um marido que se esforça em sempre demonstrar seu amor por sua parceira, se você tem ajudado sua parceira a ser madura espiritualmente e uma mulher realizada pessoalmente, se você confere incentivo intelectual e espiritual e procura entendê-la emocionalmente, se você tenta cuidar dela e protegê-la, está adotando o comportamento certo que o levará a viver como um homem feliz porque obedece à vontade de Deus quanto ao relacionamento de um homem casado. Parabéns!

O papel da esposa no enlace matrimonial 

Os conselhos escritos por Pedro (1 Pedro 3.5-6), ao recomendar a esposa cristã ser submissa ao marido não salvo, não são doutrinação machista, ele ensina a elas como ganhá-los para o Senhor. Tal ensinamento também é aplicável ao marido que não está casado com uma esposa não salva.

A lógica humana poderia sugerir que a esposa cristã falasse ao marido sobre os pecados que ele comete ou contasse a ele sobre os princípios espirituais que precisa observar para ser salvo. Mas Pedro evita o inconveniente desses métodos, que tendem a pôr o marido na defensiva. Em vez disso, recomenda que a esposa mantenha-se calada sobre sua fé, permaneça tranquila na rotina diária do seu lar, e aja com a mansidão de Cristo, pois assim poderá tornar o marido descrente em alguém receptivo ao evangelho.

Não existe traço machista nesta orientação. Observemos o contexto histórico. No século 1, as mulheres não tinham direitos legais e exerciam pequena influência pública. Como poderiam a esposa cristã levar o marido descrente a crer em Deus? O apóstolo Pedro explica que, apesar dessas desvantagens, a esposa ainda assim é capaz de causar impacto importante sobre o marido não cristão. A mulher espiritual possui a capacidade de falar bem alto sobre Cristo - não por meio de palavras, mas através do procedimento e do caráter semelhante ao de Cristo.

A submissão recomendada por Pedro não deve ser separada da responsabilidade, também bíblica (Efésios 5.25; Colossenses 3.19). Apesar de Sara ser elogiada por sua submissão, não nos esqueçamos que seu marido Abraão, em vez de confiar em Deus, confiou em seus próprios planos, fazendo com que Sara corresse risco de ser maltratada fisicamente (conferência: Gênesis 12.11-13; 20.10-11).

O apóstolo Paulo (Efésios 5.21), expande sobre a questão da submissão. Ele ensina ao cristão, que em sua relação interpessoal - seja na condição de homem ou mulher casada, ou como irmãos em Cristo na reunião da igreja ou distante dos ares religiosos do templo, estando presente no âmbito social das relações de trabalho ou escola etc - necessita estar disposto à sujeição. É preciso que nós cristãos nos relacionemos uns com os outros no temor do Senhor.

A esposa deve se sujeitar ao marido apenas quando ele for amoroso? Quando a esposa respeita o marido, mesmo que ele não mereça, revela-se aos outros o bom caráter dela. Mas, a submissão da mulher ao marido não significa que ela deva participar de conduta pecaminosa (Efésios 5.24-33).

Sujeitar-se em temor significa ceder em amor a outra pessoa, sendo que isso implica alguns limites definidos. A esposa deve estar em sujeição, mas só até o ponto que não transgrida as Escrituras, a submissão não deve levar a uma conduta questionável. Quando nos sujeitamos, pondo de lado interesses próprios, precisamos ter em foco a unidade do Corpo de Cristo e o fortalecimento espiritual de cristãos abalados em sua fé.

Sujeitar-se em temor significa demonstrar reverência para com o Senhor e respeito para com o cônjuge, ceder em amor a outra pessoa, sendo que isso implica alguns limites definidos. A esposa deve estar em sujeição, mas só até o ponto que não transgrida as Escrituras, a submissão não deve levar a uma conduta questionável. Quando nos sujeitamos, pondo de lado interesses próprios, precisamos ter em foco a unidade do Corpo de Cristo e o fortalecimento espiritual de cristãos abalados em sua fé.

Conclusão

A Palavra de Deus deve ser obedecida em primeiro lugar, e sem falhar. O casal convicto que a Bíblia Sagrada contém a Palavra de Deus, coloca em prática a orientação estritamente bíblica. Ao praticar o que a Escritura diz, o observar criterioso da Palavra é santificado, torna-se livre das amarras do pecado, é liberto de circunstâncias causadoras de problemas, seja no casamento ou fora do matrimônio. Em Jesus, o ser humano encontra os meios para conhecer a satisfação da liberdade e é capaz de viver livre de quaisquer ações que gerem ressentimentos na vida conjugal. Basta crer na ação salvadora de Cristo na cruz e colocar em prática o ensino dEle, que está contido nas Escrituras Sagradas, que são a nossa coleção de regras de conduta.

O estilo de vida aceitável diante de Deus como maridos e esposas testifica da graça e do poder de Deus. Por meio de Cristo, se quisermos, podemos viver o relacionamento conjugal livre das situações ruins, experimentar o prazer a dois sem conhecer o aspecto de opressor e oprimido.

E.A.G.

Bíblia da Família, Jaime Kemp, página 1062, edição 2007, Barueri/SP (SBB)
Bíblia de Estudo Preparando Casais para a Vida, página 2024, 1ª edição maio de 2013, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel Ltda).
Bíblia de Estudo do Expositor - segunda edição revisada, página 2138, edição 2017, Baton Rouge/LA - USA (Ministério Jimmy Swaggart)
Bíblia de Estudo Vida, página 1901, edição 1998, São Paulo/SP (Editora Vida).

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Quando os conflitos surgem



Por Paulo Madsen

É natural que ocorram atritos no relacionamento entre as pessoas. Afinal, somos diferentes uns dos outros. Pensamos de maneira diferente e temos experiências de vida também diferentes.

Dependendo das circunstâncias, esses atritos podem tomar proporções mais sérias que exigem habilidades especiais, para que a situação possa ser contornada e resolvida.

O atrito entre as pessoas é comparável com o atrito entre engrenagens de um motor. Para resolver o problema algumas atitudes precisam ser tomadas. Uma delas, muito simples, seria desmontar o motor e guardar cuidadosamente todas as suas peças em caixas separadas. O problema do atrito estará resolvido, mas o motor não existirá mais. Não haverá mais atritos, nem desgastes, nem produção de energia. Essa solução é, no caso do relacionamento conjugal, o que equivale a uma separação de divórcio. É, portanto, uma solução destrutiva.

Na história da origem do cristianismo, existem exemplos de atritos narrados em todos os seus aspectos e consequências, Foi o caso de uma briga entre Paulo e Barbabé, descrita em Atos 15.39-40.

Em 1 Corintios 11.18, o apóstolo Paulo diz: "Porque, antes de tudo, estou informado de que, quando se reúnem na igreja, existem divisões entre vocês, e eu, em parte, acredito que isso é verdade".  De igual forma, em Gálatas 5.15, o apóstolo diz: "Mas, se vocês ficam mordendo e devorando uns aos outros, tenham cuidado para que não sejam mutuamente destruídos".

Entre nós, em pleno século 21, não é diferente. Pessoas que se estimam, que têm objetivos comuns, se desentendem e se agridem. Cabe, portanto, uma pergunta: Por que os atritos ocorrem?

Entre marido e esposa, as causas mais comuns dos desentendimentos, são:

• Orçamento doméstico;
• Falta de capacidade para perdoar;
• Interferência familiar;
• Entre outras.

São problemas de ordem pessoal, com divergência do gosto ou preferência de cada um. Outro tipo de problema, maias comum nas igrejas, refere-se às causas doutrinárias, devido à interpretação bíblica. Ou seja, quando um entende de uma forma e o outro, de forma diferente.

Pior que tudo isso são conflitos idealizados por Satanás. Ele é o maior semeador de contendas entre irmãos. Na grande maioria das vezes, o que o diabo faz é aproveitar a nossa lenha para fazer a sua fogueira. Nesse ponto, os conflitos de ordem pessoal ou doutrinários tornam instrumentos preciososa nas mãos do inimigo, para semear mais contenda entre os irmãos.

Orar e vigiar são atitudes que não podem faltar na vida do cristão. Estar atento, para as "pequenas" fagulhas não se tornem incêndios devastadores, é o que buscamos quando vigiamos e oramos.

Os conflitos entre as pessoas obedecem a seguinte sequência: discórdia, discussão, contenda e divisão. A discórdia é natural. Afinal, somos pessoas diferentes e podemos discordar das outras pessoas por meio de interpretação diferente do mesmo fato. A discussão (que não é sinônimo de briga) é o aprofundamento do assunto em questão, visando chegar a uma conclusão proveitosa. Discutir a questão é melhor que o silêncio, que pode esconder o problema e criar inimizades. A contenda toma lugar quando uma das partes quer impor suas ideias ou quando a parte que deveria se submeter recusa a fazê-lo.

Ore antes de agir ou falar. Muitos problemas poderiam ser evitados se parássemos para refletir antes de começar um atrito. Busque, em oração, a ajuda de Deus para a solução do problema.

A divisão é a pior etapa daquilo que, muitas vezes, teve seu início com uma simples discórdia que, se fosse conduzida com sabedoria e prudência, poderia ter sido evitada. Uma simples pergunta pode reduzir significativamente as consequências do conflito. A saber: "vale a pena iniciar a questão?". Analise a causa do conflito antes de começá-lo. Será que vale a pena o seu aprofundamento? Você terá condições de levar o litígio até as suas últimas consequências ou sairá envergonhado da briga?

A Bíblia diz em 2 Timóteo 2.24, 25: "O servo do Senhor não deve andar metido em brigas, mas deve ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente, 25 disciplinando com mansidão os que se opõem a ele, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem a verdade...". Não ultrapasse o limite da contenda, pois a etapa seguinte será o alastramento do incêndio com a consequente destruição da esperança de paz.

Se a contenda aconteceu, será necessário um conserto. É natural que muitos ímpios sejam irreconciliáveis, incapazes de perdoar. Mas não faz sentido um cristão guardar mágoa contra alguém e, principalmente, contra outro irmão em Cristo. Reflita bem sobre essa questão.

Fonte: Revista Renovação da Fé, ano 12, número 46, janeiro a março de 2010, uma distribuição gratuita da Igreja Batista Renovada - www. renovada. org. br - São Paulo/SP.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O amor vivificante do Pai


Por Hernandes Dias Lopes

Em Lucas 15 Jesus narrou três parábolas inesquecíveis. Todas elas têm realce semelhante: o restabelecimento dos que haviam se perdido. Há alguns desenvolvimentos gradativos nessas parábolas: de cem ovelhas, uma se afastou do rebanho; de dez moedas, uma foi extraviada; de dois filhos, um desprezou a casa paterna e foi embora. A ovelha se afastou por falta de atenção; a moeda foi perdida por desleixo; o filho foi embora de casa porque era ingrato.

Nas três situações, há uma sequência de procurar ou aguardar. O desfecho das parábolas têm ponto de vista semelhante, o contentamento do reencontro com os que se haviam perdido. As três parábolas, embora com matizes diferentes, possuem um único ensino principal: Deus ama os pecadores, inclusive aqueles que são esquecidos pela sociedade, ou menosprezados pela religião. Deus se regozija na salvação deles e celebra o seu retorno ao lar.

Vamos nos aplicar, nesta ocasião, na última parábola. Ainda que essa seja conhecida em todo o mundo como a parábola do filho pródigo, sua instrução central foca não na escapada do filho rebelde, nem aborda o seu arrependimento e retorno à morada, mas no amor aprazível do pai. Apesar de o pródigo não dar valor a comodidade da casa nem a presença do pai e do irmão; apesar de o pródigo solicitar sua herança antes da morte do pai e assim, tratar o pai em vida como se estivesse morrido; apesar de o pródigo quebrar os laços com sua família de maneira tão drástica e partir para um lugar remoto para viver na degradação, desperdiçando o dinheiro com práticas do pecado; apesar de o pródigo, com enorme falta de gratidão, ter pisoteado o amor do pai e todos os conceitos do que seja o correto a se fazer aprendidos com ele; apesar de o pródigo ter gastado toda a herança com vida esbanjadora e colher em consequência dessa atitude granjear a amargura; apesar de o pródigo retornar ao lar arruinado financeiramente, esfarrapado e imundo, derrotado, o pai vai encontrá-lo apressadamente, dá-lhe um abraço caloroso, tasca-lhe um beijo, o restaura e festeja a sua volta. Tal amor restaurador paterno tem determinadas particularidades.

Primeiramente, é o amor que busca e aguarda a volta do pródigo. Não é o ser humano perdido que toma a iniciativa do entendimento e paz com Deus; é Deus quem abre a porta, tem seu coração aberto e quem o recebe de volta. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Tudo tem origem em Deus. É ele quem nos justifica, restaura e festeja a nossa volta aos seus braços.

Em seguida, é o amor que perdoa o filho pródigo. Ele não foi acolhido como um escravo, mas como filho. O pai corre para abraça-lo e beijá-lo. O pai manda vesti-lo com roupas novas, pôr calçados novos nos pés e anel no dedo. O perdão é uma realidade e a restauração é total. Para sermos reconciliados, Deus não atribuiu a nós as nossas transgressões; colocou os nossos pecados sobre Jesus e atribuiu a justiça de Cristo a nós (2 Corintios 5.19, 21). Estamos não somente de volta ao lar, também recebemos o perdão e a justificação.

Concluindo, é o amor que celebra o retorno do pródigo ao lar. Deus não só perdoa e restaura, Ele também festeja a volta do filho prodigo. Existe comemoração diante dos anjos de Deus por um pecador arrependido. Aconteceu festança, houve música e alegria na casa do Pai, porque o filho que estava perdido foi encontrado, o filho que estava morto, reviveu. Deus se alegra quando os pródigos retornam para casa. Deus promove uma recepção entusiasmada quando os pecadores se arrependem. Os anjos de Deus festejam efusivamente a chegada dos pródigos ao lar paternal. Deus se compraz na misericórdia. Ele deseja com fervor a salvação dos perdidos. Admirável amor abençoador! Excelente e indescritível graça sem-fim!

Fonte: Hernandes Dias Lopes - https:// bit.ly 2R8d9GO