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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Me dá um dinheiro aí?

Por Alex Lustosa de Carvalho

"Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração"- Colossenses 3.15.

A primeira coisa a se pensar é sobre a paz. Para muitos, a paz não se encaixa muito bem com dinheiro e vida financeira. Mas ao contrário de como a maioria pensa ela, essa palavra preciosa deve ser o norte para tudo na vida, inclusive financeira. Ele deve te guiar antes de comprar uma sapatilha ou gastar mais dinheiro com o equipamento de som do carro. Deve estar com você no planejamento de seus sonhos, quando ouvir as palavras gastar e investir.

Acontece que o simples conselho de Paulo é muito valioso, mas pouco usado. Quem nunca comprou alguma coisa e ficou mal por isto no mesmo momento? Isto não é paz e com certeza você não precisava daquilo.

A paz é algo que muitos estão perdendo nos dias atuais. Pesquisas apontam que as pessoas de 21 a 30 anos são as maiores inadimplentes na cidade de São Paulo, a maioria destes endividados tem emprego e uma renda de até três salários mínimos, segundo o jornal Estadão.

Aqui vai o grande segredo da vida financeira e que você precisa saber: a quantia que você recebe de salário não influencia tanto na inadimplência.

É a maneira como é administrado o dinheiro é que faz toda a diferença. A pessoa pode ter uma salário nas alturas e não saber administrar, resultando em uma dúvida igualmente nas alturas com o cartão de crédito. Por exemplo, pense se você não está se perdendo por algumas das questões a seguir:

1. Tentação do consumo influenciado pelo meio e pela mídia.

Hoje tudo é muito fácil, colorido e indispensável nos comerciais de TV, anúncios em revistas, jornais e internet. E o que dizer então dos sites de compras coletivas?

Só uma pessoa muito estranha perderia as liquidações com 70% de desconto. Afinal, esta calça custava R$ 800,00 e agora está na promoção por R$ 789,00. Imperdível, não é mesmo? Hoje a mídia nos leva a comprar o que não precisamos. Estamos sendo induzidos ao erro.

Nunca tivemos tantos bons "marqueteiros" como hoje influenciando uma geração a pensar que precisa de tudo o tempo todo. As (falsas) facilidades do parcelamento em 24 vezes e a primeira prestação para depois da Copa do Mundo de Futebol, ou Natal, são alguns dos atrativos.

2. Falta de uma educação financeira adequada.

Muitas pessoas sofrem hoje por não receber uma educação adequada dos pais ou responsáveis na área financeira. Os pais geralmente não sentam e ajudam seus filhos a trabalharem com o dinheiro, ainda mais hoje que os pais quase não veem seu filhos.

Você pode até falar que seu pai te dava uma mesada, mas entre doar uma quantia por mês e ensinar como guardar e com que gastar é uma longa estrada. Lembro-me que meu pai me dava R$ 10,00 por semana e eu gastava tudo na segunda-feira na hora do intervalo das aulas.

Se você não recebeu nenhuma dica de como administrar seu dinheiro, chegou a hora de correr atrás. Aprenda a planejar suas finanças. Aprenda que todo seu salário não pode ser gasto em um par de tênis. E O custo com a faculdade? A condução, a alimentação, a poupança, como administrar essas coisas?

3. Impulsividade.

Sabe aquilo que você não precisava? Parece que você só percebeu o que tinha feito depois que saiu da loja com a sacola na mão. Isto se chama impulsividade! Ela é uma destruidora da nossa vida financeira.

Diferente da influência da mídia, a impulsividade se caracteriza pela falta de propósito, de não saber o que quer e não saber se planejar para conquistar. Ela não é um costume apenas de mulheres; muitos homens também se encaixam no perfil impulsivo de ser. Não é o valor que importa, mas o desejo desenfreado de possuir aquilo que fizeram brilhar os olhos, então haja cartão de crédito e cheque especial.

4. Status.

Outro grande vilão da vida financeira é começar a gastar todo o dinheiro para adquirir uma posição social aparente, no trabalho, na roda de amigos na faculdade. Ter sempre o melhor celular, a melhor bolsa, o melhor sapato, o melhor carro, morar na melhor localização, tudo isto para sobressair aos demais.

Muitos fazem isto sem perceber, ou pior, vivem neste status sem ter condições financeiras para isso. Não estou dizendo que não devemos ter as melhores coisas, mas tê-las não pode significar o suicídio da nossa vida financeira. Saiba que o melhor celular é aquele que suas condições financeiras te possibilitam, assim como as demais coisas que você diz essenciais para seu viver.

5. Acompanhar o ritmo de amigos.

Para fechar esta matéria, quero apresentar a pedra no sapato de muitos jovens: viver acompanhado dos amigos. Não há problemas em sair e acompanhar seus amigos desde que você não desbanque financeiramente. Quanto ganha seus amigos? Será que você tem extrapolado?

Não acredito na segregação por conta de dinheiro, mas muitos que ganham R$ 500,00 querem acompanhar aqueles que ganham R$5.000,00 em tudo. Impossível! Amizade não tem grau com dinheiro, portanto tenha cuidado para não levar uma vida que não cabe em seu bolso.

Como mudar esta história? Eu me lembro de andar com meu pai na praia e ver um menino passeando com uma mini-moto toda motorizada e eu ali de bicicleta. Meu pai me disse: "Filho, talvez este menino não tenha o costume de andar de bicicleta e não sabe o quanto é bom andar de bicicleta".

Saiba que amigo de verdade é aquele que entende você e permanecerá ao seu lado em qualquer situação, por isto não despreze o planejamento de suas finanças. Deus quer que você tenha paz na sua vida financeira e conquiste muitos sonhos, porém, precisa estabelecer princípios para administrar seu dinheiro.

Quando sair para realizar qualquer coisa que envolva dinheiro, pense: Que a paz de Cristo seja o juiz em meu coração".

E.A.G.

O autor é pastor da Igreja Metodista Renovada / Sede.
Fonte: Revista Renovação da Fé, ano 15, número 56, página 20.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

O Dia dos Namorados e os jovens que não estão namorando


Amor verdadeiro é aquele que o vento não leva e a distância não separa. As circunstâncias ruins não são motivos para um fim, mas servem como situações que fortalecem a relação.


O coração de uma mulher deve estar tão bem escondido em Deus, que um homem para achá-lo precisa buscar a Deus primeiro. É melhor estar só do que mal acompanhada.


Um dia você poderá encontrar alguém que também te procurava. Deus não fez o ser humano para viver em solidão sem-fim.



Namoro Cristão.
A pessoa certa é aquela que te aproxima de Deus. O romance entre cristãos possui o elo do amor verdadeiro, sentimento mais sublime do que aquela coisa doentia que as novelas mostram.


Imagens recebidas por compartilhamento em redes sociais.

E.A.G.

domingo, 3 de junho de 2018

Descortinando o Santuário- uma reflexão sobre os efeitos da morte e ressurreição de Cristo

"E Jesus, clamando outra vez em alta voz, entregou o espírito. 51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas se partiram; 52 os túmulos se abriram, e muitos corpos de santos já falecidos ressuscitaram; 53 e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus" - Mateus 27.50-54.


A invisível presença de Deus

Neste momento de agonia de Jesus Cristo, onde estava Deus? O Todo Poderoso sempre esteve presente, esteve lá sem que fosse possível ser notado, estava além da grande cortina da eternidade.

O pecado de Adão foi o motivo que levou Deus a ocultar-se do homem. Antes de Adão e Eva sucumbirem à tentação ocorrida no Éden, diz a Bíblia, em Gênesis 3.8, que o casal ouvia a voz do Criador na viração do dia. A consequência devastadora da ação do pecado criou a separação da raça humana, criou a separação entre Deus e o homem, inclusive, com repercussão alcançando a eternidade.

Onde esteve Deus nos grandes momentos históricos? Ele se manteve atrás da grande cortina, porque é santo e abomina o pecado.

Amor correspondido

Algumas vezes essa grande cortina se abriu. Era Deus se revelando aos homens que lhe prestavam obediência:
1. O servo Abraão e sua fé..
No Monte Moriá, quando Abraão levanta o seu cutelo para sacrificar Isaque, a grande cortina se abre e Abraão ouve a voz de Deus. Abraão levanta seus olhos e vê atrás de si um cordeiro, amarrado pelos chifres entre os arbustos. Aquele animal apontava para o sacrifício do Filho do Altíssimo na cruz (Gênesis 22.10-13; João 1.29).
2. A chamada do servo Moisés.
Esta mesma cortina abriu-se diante de Moisés no sopé do monte Sinai. Ele estava no meio do fogo que incendiava a sarça, que não se queimava (Êxodo 3).
3. A chamada do servo Isaías.
No santuário em Jerusalém, Isaías (6.1-8) foi surpreendido por três visões. Simbolicamente, podemos dizer que o véu se abriu diante do profeta messiânico..
O propiciatório terrestre

No ritual judaico, no lugar Santo dos Santos, estava a grande cortina impedindo o homem de aproximar-se de Deus. Na ocasião da festa anual dos israelitas, apenas o sumo sacerdote tinha permissão para entrar no lugar Santo dos Santos, e ali oferecer sacrifícios pelos pecados do povo, borrifando sangue na tampa dourada da Arca da Aliança, denominada propiciatório (Êxodo 25.17-22; Levítico 16.5-19). A autoridade de Cristo, como intercessor da humanidade pecadora perante nosso Deus santo, é tipificada no propiciatório ensanguentado. Ali, naquele ritual reservado, com o propiciatório terrestre molhado de sangue de animais, estavam as figuras de dois querubins com suas asas abertas em direção da Arca, representando a presença da glória celeste na vida de toda pessoa cujo coração arrependeu-se de seus pecados e aceitou o sacrifício do Cordeiro de Deus em seu favor. 

Contudo, aquela cena do culto hebraico não era suficiente para rasgar a cortina, a divisória entre os homens e Deus permanecia.

No monte da transfiguração, Pedro, Tiago e João viram o rosto de Cristo brilhar como o sol e suas roupas em cor alva como a brancura da neve. Testemunharam naquela ocasião, a comunhão entre a criatura e o Criador, a conversa do  Mestre com os profetas Moisés e Elias. (Mateus 17.1-3).

O propiciatório divino

Na tarde de sexta-feira, na semana da Páscoa, quando Cristo brada pela última vez na cruz, o sacerdote ministrava no santuário, no Lugar Santo dos Santos. Naquele instante em que o Cordeiro de Deus expirou, o sumo sacerdote foi surpreendido pelo terremoto, que rasgou o grande véu do templo. Rasgou-se o véu, rasgadura começando do alto para baixo. O sangue do Cordeiro de Deus, imolado na cruz do Calvário deu acesso para o homem chegar-se a Deus.

Agora, o santuário está descortinado. Por esta razão o apóstolo Paulo escreveu: "Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade" - Efésios 2.13-14.

Na ilha de Patmos, João recebeu a revelação e teve a capacidade de ver Jesus andando entre os sete castiçais de ouro, que representam a Igreja (Apocalipse 1.20)..

Conclusão

"Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno" - Hebreus 4.16.

O crente em Cristo tem a possibilidade de estar na presença do Senhor, tem acesso direto ao Pai,por causa do efeito eficaz do derramamento de sangue de seu Filho Unigênito. Que haja em cada cristão o a disposição para  realizar sei exercício de fé, vontade de orar, fazer orações com a plena confiança que a porta está aberta e tem permissão para entrar no Santo dos Santos- não a réplica terrestre, mas o tabernáculo original, existente no plano espiritual.

Façamos isso reverentemente, com bastante regularidade de vezes. Pois Jesus, através de seu sacrifício perfeito, ao entregar o seu corpo como o Cordeiro sem pecados, abriu um novo e vivo caminho aos pecadores arrependidos. Aproximemos de Deus com confiança, pois houve o resultado positivo na morte vicária de Jesus na cruz; Ele venceu a morte ao ressuscitar.

Através do sacrifício de Jesus na cruz, Ele tem poder de nos justificar de todo pecado através de seu sangue (1 João 1.9).

E.A.G.