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Arquivo | 14 anos de postagens

domingo, 24 de dezembro de 2017

Jesus nasceu e está vivo



Por José Wellington Costa Junior

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: 'Maravilhoso Conselheiro', 'Deus Forte', 'Pai da Eternidade', 'Príncipe da Paz'" - Isaías 9.6.

“E você, Belém-Efrata, que é pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de você me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" - Miquéias 6.2.

"Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo" - Mateus 2.1-2.

"O anjo, porém, lhes disse: Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa-nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor" - Lucas 2.10-11.

Essas mensagens registradas na Palavra de Deus e tantas outras são repetidas várias vezes há muitos anos em nossas Igrejas, principalmente por ocasião do Natal.

Neste mês de dezembro, o mundo cristão comemora o Natal de Jesus. Trata-se de um mês diferente dos demais porque se percebe nos rostos, nos olhares e até no comportamento das pessoas um anseio em não deixar esta data passar em branco. A maioria das família desfruta de momentos especiais, promovendo a tão esperada e desejada Ceia de Natal, com troca de presentes, crianças felizes abrindo pacotes que escondem brinquedos tão aguardados, além de pais alegres em conseguir presentear seus filhos e em ver a felicidade estampada em seus rostinhos.

Há um ar de alegria, felicidade, paz, amor e união; o sentimento natalino é contagiante. Nas igrejas, em geral, apresenta-se uma programação especial dando destaque a tudo o que a Bíblia relata a respeito do nascimento de Jesus. É sempre muito bonito e emocionante assistir as crianças apresentando suas bem ensaiadas poesias e louvores, adorando o Senhor Jesus, o motivo de toda essa euforia.

Nós, que somos crentes, temos muitas razões para comemorar o Natal do Senhor Jesus Cristo, pois estamos certos do significado de seu nascimento. Embora não se saiba a data exata em que Ele nasceu, temos a plena certeza que Jesus nasceu. E seu nascimento mudou a história da humanidade; mudou a nossa história. Condenados que estávamos pelas nossas transgressões, Ele nos abriu a porta da salvação, através de um plano divino projetado no céu, cujo início se deu naquela simples manjedoura em Belém.

Profecias já tinham vaticinado esse tão grande acontecimento. Era a esperança trazida a uma humanidade pecadora e sem expectativa de salvação e que, finalmente, se tornara real e concreta em Jesus.

Por isso, desfrutemos e adoremos ao Senhor nosso Deus neste momento ímpar, neste mês que se comemora o Natal de Jesus. Permitamos que essa alegria nos envolva, não somente devido às comemorações, mas, principalmente, devido ao verdadeiro significado do Natal.

Por fim, há algo para o qual chamo a atenção de todos os que servem a Jesus: devemos viver esse clima envolvente do Natal todos os dias. Em todo tempo, através da salvação que alcançamos pelo sacrifício na cruz do Calvário, o Senhor Jesus nos concede e nos permite desfrutar desse amor, dessa paz, dessa alegria e da certeza de que um dia virá para nos buscar e então com Ele vivermos eternamente. Ora vem, Senhor Jesus!

Como está o teu viver no dia a dia? Você tem desfrutado da salvação, da paz e da alegria que o Senhor Jesus te oferece? Tenho a plena certeza de que o desejo dEle é que todos alcancem o que de melhor Ele coloca à nossa disposição.

Que a alegria do Natal esteja presente em todos os dias da nossa vida e que o Senhor Jesus, que nasceu em Belém da Judeia, permaneça vivo em nossos corações. Feliz Natal a todos.

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Pastor José Wellington Costa Junior é presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB).

Nota do Editor de Belverede: Os textos bíblicos citados nesta postagem são extraídos da tradução Nova Almeida Atualizada (NAA), porém o autor do artigo fez uso da tradução Almeida Revista e Corrigida (ARC). As duas versões são da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).

Fonte: Mensageiro da Paz, ano 87, número 1591, dezembro de 2017, coluna Palavra Pastoral, página 2, Bangu, Rio de Janeiro/RJ (CPAD). 

domingo, 17 de dezembro de 2017

Riqueza material não é prioridade para o crente

Por Antonio Gilberto

O rico, quer reconheça ou não, deve toda a sua riqueza a Deus. Quem dá vida e saúde ao homem e todas as condições e meios para ele adquirir riquezas?

Riqueza material é a posse de bens em quantidade. A gradação dessa riqueza depende da abundância desses bens. A Bíblia não proíbe e nem condena a posse pelo crente de riqueza material. Mas adverte-o clara e repetidamente contra seus perigos.

O rico, quer reconheça ou não, deve toda a sua riqueza a Deus. Quem criou a vida, a terra, as leis agrárias, naturais e universais, as sementes, a diversidade de plantas, as nuvens e a chuva, a luz, o sol, o vento, o calor, os minérios, a água? Deus. Quem dá vida  saúde ao homem e todas as condições e meios para ele adquirir riquezas? Deus.

Quem tem bens e riqueza de qualquer natureza precisa perguntar a si mesmo: "Quanto deves tu ao Senhor?" (Lucas 16.5 b).

"Lembrem-se do SENHOR, seu Deus, porque é ele quem lhes dá força para conseguir riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu aos pais de vocês, como hoje se vê" (Deuteronômio 8.18). É lastimável que os homens adquiram riquezas de muitas formas e delas desfrutem, sem qualquer reconhecimento de que tudo provém de Deus. Por isso, o rico não deve gloriar-se nas duas riquezas (Jeremias 9.23), nem tê-las como certas e infalíveis (1 Timóteo 6.17).

Muitas pessoas, quanto mais recursos têm, mais gastam consigo mesmas primeiramente. Esquecem-se de Deus e das necessidades do seu reino. Diante do Senhor, o que pesa não é o volume da riqueza que alguém possui, mas o modo como este a utiliza.

A Bíblia possui vários exemplos de possíveis problemas e perigos da riqueza, como na parábola do homem rico; a história do rico e Lázaro; e a história da viúva pobre.

Os ensinos da "confissão positiva" ou da teologia da prosperidade, afirmam que o crente que sofre doença prolongada, revezes, contratempos, prejuízos, provações, privações, tribulações,  pobreza, é por que está em pecado diante de Deus; não tem fé em Deus; é infiel a Deus em coisas do seu conhecimento. Eles citam Deuteronômio 15.4 ("para que não haja pobre no meio de vocês") mas se esquivam do versículo 11 que faz parte do mesmo livro e capítulo ("nunca deixará de haver pobres na terra"). Esquecem dos Salmos 34.19 e 91.15; de João 16.33; Atos 14.22; Romanos 8.17, 18. Todos esses textos, e muitos outros, falam de sofrimentos a que o crente está sujeito nesta vida.

A Bíblia mostra três formas do sofrimento do justo:
1 Sofrimento probatório. São provas, tribulações, adversidades, doenças, e outros males. São casos em que Deus permite o sofrimento para depurar a nossa fé, ou na sua soberania cumprir seus propósitos.
2. Sofrimento culposo. Colhe-se o que foi semeado. Oseias 8.7 afirma: “Porque semeiam ventos e colherão tempestades." O que você está plantando, colherá (Eclesiastes 3.2). Umas das leias agrárias é que se colhe muito mais do que se planta.
3. Sofrimento maligno. Satanás faz tudo o que pode para enfraquecer, distrair, enganar, dificultar e destruir o crente. À medida que travamos a guerra espiritual "contra os príncipes das trevas deste século", é inevitável a ocorrência de choques contratempos, dificuldades e outros males (Efésios 6.11-16, 1 Tessalonicenses 2.18).
Nunca o mundo teve proporcionalmente tantos ricos como na atualidade, sendo que grande parte dessa riqueza é de origem duvidosa, nebulosa, injusta, etc. O crente rico precisa pensar nisso, com o objetivo de fazer, pelo menos, duas perguntas sondadoras:

Como obtive a minha riqueza?

Além do atendimento das minhas necessidades pessoais, familiares, e de investimento, que uso faço da minha riqueza em relação ao reino de Deus?

Fonte: Jornal A Voz da Assembleia, julho de 2002, página A6. 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

A canção como adoração a Deus

Por F. W. Krummacher

Conforme o costume judaico da Festa da Páscoa, Jesus entoou um hino, acompanhado de seus discípulos, a canção de louvor que consistia dos Salmos 115 a 118. Neste episódio, encontramos nosso Senhor cantando. No texto original em grego, não existe margem para dúvidas quanto a isso.

Por meio desse cântico, Cristo consagrou para sempre a música vocal na liturgia de cultos da Igreja.

A ação de cantar é um valioso dom do céu à terra: envolve a linguagem de sentimentos, exala o estado elevado da mente, é a expressão de uma alma extasiada.

A analogia entre as almas e um violão quebrado
O músico também é um crente

Executado no serviço da reuniões de culto nas igrejas, quão benéfica e abençoadora é a boa influência da mensagem cantada! Quem ainda não experimentou o seu poder maravilhoso de elevação espiritual, de pôr o ser humano acima do ambiente sombrio da rotina neste mundo? Quando o crente entoa hinos, a sua alma é dilatada, o seu coração é comovido, os correntes da inquietação são desbaratadas e o peso da tristeza são repelidos.

A melodia litúrgica é capaz de promover situações melhores que essas. Através do louvor sincero, o Espírito Santo combina a ação do crente ao usar a voz melodiosamente, em veneração ao Senhor, com seu sopro divino. E assim, inumeráveis vezes o Consolador tem trazido tranquilidade aos aflitos, expulso Satanás e seus projetos destruidores do meio do povo de Deus. 

À semelhança de uma perfumada brisa da primavera, o costume de cantar para adorar ao Senhor tem feito com que corações duros se derretam como ceras, tornando-os frutíferos, plenamente prontos para receber as sementes das Escrituras Sagradas e entrar à eternidade na companhia do Altíssimo.

O rei Davi recebeu uma honra indescritível ao ter suas composições sendo cantadas pelos lábios graciosos do Senhor Jesus Cristo - a inspiração suprema de suas obras de louvor. Se ao escrever os Salmos ele soubesse que isso ocorreria, talvez não conseguisse empunhar a pena e escrever uma só palavra. Não há registro bíblico que outro autor tenha recebido tamanha honraria do próprio Criador de todas as coisas.


Fonte: The Suffering Savior via revista  Fé para Hoje, ano 2004, número 24,  página 19, São José dos Campos/SP (Editora Fiel). Texto adaptado ao blog Belverede.