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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Olhando firmemente para Jesus

Ricardo Barbosa de Sousa

Uma característica de viver em uma cultura que oferece tantas possibilidades é perder o foco, não saber o que realmente importa. Vivemos de maneira dispersa, seduzidos por uma infinidade de ofertas, criando uma ciranda de opções que mudam constantemente nosso olhar de direção.

A perda de objetividade nos conduz a uma dificuldade na integração das diferentes realidades da vida. Somos seres com tendência à ansiedade e inquietação e muitas vezes nos distraímos. A obsessão pela autorrealização, pela autossegurança e pela autoimagem surge da necessidade de dar nitidez a um cenário desfocado.

Temos a inclinação de pensar que nossos problemas são externos. Porém, se não temos um foco internamente, seguiremos â deriva. Como diz o velho ditado: "Quando o piloto não sabe o destino do seu barco, qualquer vento sopra  a favor". As distrações externas apenas refletem a falta de integração interna.

Na carta aos Hebreus, o autor dedica todo o capítulo 11 para descrever, em curtas biografias, de homens e mulheres que viveram vidas focadas. Apesar das inúmeras possibilidades e pressões, mantiveram seus olhos fixos em promessas divinas ainda não cumpridas. Viveram e morreram por elas.

O autor entra no capítulo 12 com um relato e um apelo. Todo aquele elenco de homens e mulheres que viveram vidas focadas tornou-se uma "nuvem de testemunhas", ajudando e encorajando outros homens e mulheres a viverem da mesma forma. O que eles fizeram? Mantiveram seus olhos fixos em Jesus. 

Tenho pensado nas testemunhas que têm me ajudado a não perder o foco. Confesso que, às vezes, olho a minha volta e encontro muita gente que me incentiva com métodos, estratégias, técnicas, programas, no entanto, são poucos os que me ajudam a manter meus olhos focados em Jesus.

Algumas dessas testemunhas viveram séculos atrás. Agostinho é uma testemunha fiel que sempre me ajuda a olhar com honestidade para o meu pecado e para a bondade de Deus. Outra testemunha pela qual tenho grande apreço é Gregório Magno, que viveu no século 6. Sua obra tem me ajudado a manter o foco do ministério pastoral e evitado que me entregue às seduções dos atalhos.

Os movimentos do século 13 me ajudam a reconhecer o valor da simplicidade. Os reformadores me inspiram tanto na devoção como no estudo cuidadoso e reverente das Escrituras. Ao longo da minha vida algumas testemunhas fiéis e verdadeiras me ajudaram a manter meus olhos fixos em Jesus. Várias delas seguem ao meu lado, anonimamente, insistindo para que jamais perca Jesus de vista. 

Uma testemunha que teve grande influência em minha vida e pela qual sempre nutri grande admiração é John Scottt, que há pouco tempo deixou este "corpo corruptível" para receber o corpo "glorificado". Ele, com seus sermões, livros e dedicação, me estimulou a amar a Bíblia, a igreja e o Salvador.

A vida moderna, com suas múltiplas ofertas, intensifica o individualismo e acaba por produzir  uma forma de ruptura entre a realidade interna e externa. Por outro lado, a revelação de Deus como Trindade, que tem a comunhão e a interdependência de um no ser do outro, forma a base da vida e espiritualidade cristã. A consciência de que fomos criados por Deus e para Deus estabelece o eixo para vivermos de modo centrado.

Existe um centro na vida. Jesus Cristo. Ele é o princípio e o fim. Aquele por meio de quem tudo existe e para quem todas as coisas convergem. Diante dEle se dobrarão todos os joelhos no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua o confessará como Senhor e Deus. Ele é o que se encontra  Assentado no trono, em torno do qual nós nos colocamos em adoração e obediência.

Precisamos de testemunhas. Nuvens de testemunhas. Precisamos de pessoas que nos ajudem a desembaraçar os nós do pecado e de tudo o que nos impede caminhar em direção a Cristo. A vida moderna segue nos oferecendo muitas distrações. Manter os olhos fixos em Jesus nos possibilita viver de forma íntegra e centrada.

Fonte: Ultimato, número 332, setembro - outubro de 2011, Viçosa - MG (Editora Ultimato).
Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e Coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de Janelas para a Vida e O Caminho do Coração.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A Bíblia Sagrada e o Obreiro Aprovado

Por Erni Walter Seibert

É evidente que todos esperam que os obreiros manejem bem a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo, em sua segunda carta a Timóteo (2.15), dá a recomendação: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade". Mas o que significa manejar bem a Palavra de Deus?

Quando pensamos em manejar, pensamos em usar com um propósito. Deus nos deu sua Palavra com um propósito. Manejar bem a Palavra significa utilizá-la de tal forma que este propósito seja alcançado.

Vamos pensar um pouco sobre isso na prática. Há quem use a Bíblia Sagrada como livro para satisfazer sua curiosidade. A Bíblia tem muitas informações. Quando  as pessoas utilizam a Bíblia para matar sua curiosidade, elas vão atrás destas informações. Alguns, neste afã de matar suas curiosidades, levantam dúvidas sobre a Bíblia de tal maneira que, ao final de tudo, têm mais dúvidas e questões do que no início de sua investigação. Provavelmente não estejam procurando o propósito para o qual a Bíblia foi escrita e não conseguem manejar bem a Palavra de Deus.

Outros estudam a Bíblia apenas para encontrar possíveis contradições, falhas de informações ou dificuldades. Querem, com isso, mostrar que a Bíblia não é um livro digno de confiança e que ela não pode ajudar ninguém. Quem faz este uso da Bíblia, evidentemente, não maneja bem a Palavra de Deus.

A Bíblia Sagrada foi dada por Deus com um propósito. Na segunda carta do apóstolo Paulo a Timóteo, no capítulo 3, versículos 15 e 16, diz: "E, desde menino, você conhece as Escrituras Sagradas, as quais lhe podem dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus. 16 Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver" (NTLH).

Neste texto, em primeiro lugar, aparece o grande propósito pelo qual Deus nos deu as Escrituras: para nos dar sabedoria que leva à salvação por meio da fé em Jesus Cristo. Manejar bem as Escrituras significa, acima de tudo, encontrar nelas a salvação pela fé em Jesus Cristo. Quando alguém prega, manejando bem as Escrituras, ele leva seus ouvintes a encontrar a salvação em Jesus Cristo, Quando alguém estuda a Bíblia, manejando bem as Escrituras, ele próprio encontra nelas esta mesma salvação.

E o texto de Paulo nos traz detalhes deste manejar das Escrituras: Ensinamos a verdade, condenamos o erro, corrigimos as faltas e ensinamos a maneira certa de viver. Tudo isso iluminado pela salvação que há em Jesus Cristo.

Obreiros podem, por vezes, estar constantemente em contato com as Escrituras e se esquecer destas verdades fundamentais. Aí, seu ministério corre o risco de se tornar vazio, sem sentido, sem objetivo. Por vezes, no afã de buscar sentido para o ministério, as pessoas buscam a solução em técnicas, em novidades longe das Escrituras Sagradas. 

Manejar bem a Palavra de Deus dá sentido para a vida. Manejar bem a Palavra de Deus dá sentido para o trabalho pastoral. Ao longo da história da Igreja, sempre que se viu um avivamento, foi porque as pessoas voltaram a estudar com novo afinco a Palavra de Deus. Manejar bem a Palavra de Deus significa encontrar a salvação e nova vida.

Queira Deus nos dar obreiros, que manejam bem a sua Palavra para que a Igreja. no Brasil e no mundo, seja muito abençoada.

Fonte: Ceifeiros em Chamas, ano 26, setembro / outubro de 2014, página 6, CONFRADESP, (São Paulo / SP) www . ceifeitosemchamas . net . br

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Nota de esclarecimento à população brasileira sobre a liminar deferida em favor da ação popular que requer suspensão e anulação da resolução 001/1999, do Conselho Federal de Psicologia


Brasília(DF), 20 de setembro de 2017.

Os psicólogos, autores da Ação Popular n. 1011189-79.2017.4.01.3400 TRF1-DF, vêm a público esclarecer que têm por objetivo suspender e anular a Resolução 001/1999, do Conselho Federal de Psicologia, a qual estabeleceu normas de atuação para os psicólogos em relação à Orientação Sexual, por ela ferir o patrimônio público, a liberdade científica, o livre exercício da profissão e do direito do consumidor.

O Juiz de Direito Federal, Dr. Waldemar Claudio de Carvalho, concedeu, parcialmente, a solicitação do grupo de psicólogos, para que o CFP não impeça e não puna os profissionais que atenderem pacientes em sofrimentos por orientação sexual egodistônica, uma vez que a referida resolução afronta dispositivos constitucionais, causando prejuízos aos direitos individuais e coletivos, em razão do freio que ela impôs ao desenvolvimento científico, por ser este um patrimônio público, protegido pelo Estado.

O advogado do grupo de psicólogos, Leonardo Loiola Cavalcanti, já peticionou junto à OAB Nacional e do Distrito Federal para que venham intervir, no sentido de que essa instituição cumpra a sua missão institucional (art. 44, Lei 8.906/1994), para resguardar a liberdade científica, o livre exercício da profissão, o direito do consumidor e a preservação do patrimônio público.

Medidas judiciais serão tomadas quanto à disseminação de informações distorcidas, contrárias aos intentos dos profissionais que moveram tal ação e ao que está contida na liminar do magistrado da 14ª Vara Federal, diante da descontextualização do que foi requerido e deferido.

Também serão tomadas medidas judiciais no que diz respeito à ofensa a moral e a dignidade dos autores da ação popular.

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Editor Belverede: Cura gay não existe, porque homossexualidade não é doença. A ação judicial por meio da liminar não tem o objetivo buscar a cura, visa dar liberdade de ajuda profissional aos homossexuais que se sentem incomodados com a sua sexualidade, a qual é denominada egodistônica. Todas as pessoas que desejam o auxílio de um psicólogo não pode ser impedido por ninguém. O Conselho Federal de Psicologia não tem autoridade sobre o livre-arbítrio do cidadão brasileiro.

"Para o juiz Carvalho, tais normas "não ofendem os princípios maiores da Constituição". Mas, "se mal interpretados", podem resultar em que se considere "vedado ao psicólogo realizar qualquer estudo ou atendimento relacionados à orientação ou reorientação sexual", uma vez que a Constituição "garante a liberdade científica bem como a plena realização da dignidade da pessoa humana, inclusive sob o aspecto da sexualidade". Assim, ele não chega a anular a resolução, mas determina que os profissionais possam "estudar ou atender àqueles que voluntariamente venham em busca de orientação acerca de sua sexualidade, sem qualquer forma de censura, preconceito ou discriminação" - El País - Brasil, 20 de setembro de 2017, Felipe Betim.

Veja a íntegra da ata da audiência: Poder Judiciário.

E.A.G.