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Arquivo | 14 anos de postagens

sábado, 22 de julho de 2017

É válido o sacrifício de oferecer a outra face para ser esbofeteada?


Arte: James Tissot
Eliseu Antonio Gomes

Encontramos em Mateus 5.39 a orientação de Jesus de que se recebermos um tapa na face direita devemos oferecer a esquerda. Não se trata de um incentivo para ações de covardia, o Mestre ensina a agir de maneira oposta à vingança, a não fazer a retaliação do “olho por olho e dente por dente” – que na Lei de Moisés só ocorria após o infrator ser julgado e condenado, sendo que a espécie de punição era determinada pelos juízes e jamais pela pessoa vítima da violência (Deuteronômio 19.15-21). 

O problema em lidar com os radicais é esquecer que Jesus manda oferecer a outra face. Dar o outro lado do rosto nunca será sinal de fraqueza ou de se render ao opressor, mas de confiança no Deus que manda amar o inimigo e promete socorro ao servo aflito.

Sabemos bem, Estevão morreu apedrejado... Porém, temos que estar cientes que a morte do crente fiel é apenas o passaporte que o Senhor o dá para entrar no Paraíso, lugar na eternidade de descanso perfeito, paz eterna, saúde constante e outras bênçãos indescritíveis e inimagináveis. Cito o exemplo de Estevão para usar o argumento extremo neste assunto. Porém, em muitos casos, a intervenção divina se apresenta e socorre o oprimido antes que o opressor pratique a maldade que deseja praticar, e até durante a prática do mal, como aconteceu com Sadraque, Mesaque e Abednego, atirados dentro da fornalha de fogo (Daniel 3).


Sou testemunha viva do socorro divino - sem ser merecedor de tamanho auxílio. Deus é o nosso Juiz e dá a resposta na medida justa (Salmo 94; Tiago 4.12).

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Na hora da raiva a regressão ao baixo nível da carnalidade reaparece em sua reação?


Por Eliseu Antonio Gomes

Na vida de cristão não deve acontecer o extravasamento da ira por meio de agressões verbais ou físicas, porque “quem está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17). Então, olhemos ao horizonte com esperança e fé nas promessas do Senhor, para não cometermos as reações próprias de quem não é espiritual, para não sermos derrotados pelas atitudes características da carne.

Cada um de nós é o reflexo de quem ama intensamente, ou daquilo que admira muito em seu íntimo. Faça uma autoanálise criteriosa, busque dentro de si a qualidade de seus pensamentos. Cada um de nós estamos permanentemente interessados em pensar com mais interesse em algumas pessoas, coisas e atividades específicas e em outras menos.

A emoção descontrolada é uma turbulência que não convém aos que servem a Deus. Assim com é inconveniente qualquer preocupação acentuada, opinião não refletida e obstinada, ideia fixa, recordação de longo prazo que atrapalhe o cotidiano, mensagem de origem secular recebida às cegas como "faça isso, não faça aquilo", fantasia recorrente, envolvimento em projeto cuja entrega pessoal é o comprometimento integral em tempo prolongado exageradamente.

Cada um de nós precisa estar consciente que a personalidade é erigida em tudo que se armazena no coração. E ter a disposição de tomar a atitude de administrar o fluxo do que trafega em sua mente, com o propósito de ocupar o precioso espaço do coração - que pertence somente ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo – apenas com o que é lícito, com o que é conveniente e espiritualmente edificante. Afinal, só o que é correto, bom, legítimo, harmonioso, útil e ao mesmo tempo decente, provém da mentalidade do Filho de Deus.

Meditemos: “A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia” – Provérbios 4.18 (NVI).

É importante guardar o conteúdo da Bíblia no coração 

Preserve o conhecimento bíblico em sua vida. Porém, com maior profundidade do que a famosa memorização de trechos bíblicos - que sem dúvida é um recurso significativo e aceitável.

É importante manusear o Livro Sagrado, mas mais do que apenas impulsionados pela força do hábito de colecionadores de Bíblias de Estudo ou tal qual os carregadores de Bíblias casa - igreja. Precisamos incorporar as Escrituras conscientemente no jeito de ser, permitir que as Escrituras influenciem todas as atitudes ou ideias. Por quê? O escritor A. W. Tozer nos lembra que até os macacos são capazes de carregar um exemplar da Bíblia nas mãos e com ela entrar em um recinto religioso, quando treinados. 

Somos mais do que esses bichos, somos pessoas feitas segundo à imagem do Criador, capazes de desprezar toda a rispidez e abraçar a gentileza. Amemos a Palavra de Deus e estejamos de acordo com as orientações contidas nela, racionalmente. Vivamos sem as piruetas ou cambalhotas de micos, queiramos ardorosamente agir como gente crente que deseja ser imitador de Cristo e de Deus em tudo o que planeja e faz. Medite um pouco mais sobre isso: Provérbios 4.18, 23; 1 Coríntios 11.1; Efésios 5.1.

Alegria, fruto do Espírito. Inveja, hábito da velha natureza
A ira, o discernimento e o perdão
Crente irado e descontrolado
E.A.G.

Aprendei a parábola da figueira

Salônica, a Tessalônica na Bíblia, e as figueiras da Grécia moderna.

Por Josias Pereira de Almeida

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam, e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão" - Marcos 13.28.

Quando Jesus saiu do Templo seus discípulos se aproximaram dEle para lhe mostrar os detalhes da construção religiosa. De súbito Jesus os surpreendeu com a seguinte afirmação:

"Vocês estão vendo tudo isso? Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derribadas".

Ao chegarem ao Monte das Oliveiras, de frente para o Templo, Pedro, Tiago e André lhe perguntaram em particular:

"Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?

Jesus respondeu-lhes, falou sobre:
• guerras, grandes terremotos, tsunamis na terra (Lucas 21.25);
• as nações em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar e das ondas
• homens desmaiando de terror (21.26);
• corrupção, violência, "assim como foi nos dias de Noé... também será na vinda do filho do homem" (Mateus 24.37; Gênesis 6.11; 12, 13).

Jesus apontou para a Parábola da Figueira como o principal sinal do fim dos tempos. Sabemos que a figueira é o símbolo da nação de Israel (Jeremias 8.13; Joel 1.7), portanto, devemos ficar atentos a tudo que acontece com Israel e a cidade de Jerusalém.

Veja o que Jesus disse sobre o assunto:

"Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a devastação estará próxima (...) Haverá grande aflição na terra e ira contra este povo. Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios até que o tempo deles se cumpram" - Lucas 21.20; 23b; 24 (NVI).

Vamos discorrer um pouco pela história para entendermos melhor esta profecia:

A revolta dos judeus contra Roma irrompeu em 66 d.C., pois o governo romano tornara-se opressivo após a morte de Herodes. Durante alguns anos, Jerusalém esteve livre da opressão estrangeira, até que em 70 d.C. as legiões romanas, comandadas por Tito, dominaram a cidade e destruíram o Templo. Aqui, cumpre-se a profecia de Jesus sobre a diáspora judaica, registrada em Lucas 21.20 a 24.

Nos anos 132-135 d.C., a independência judaica foi restaurada por breve período, durante a revolta de Bar-Kochba, porém os romanos triunfaram novamente. Os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém; o nome da cidade foi mudado para Élia Capitolina (transformada em colônia de cidadãos romanos) e Roma a reconstruiu, dando-lhe as feições de uma cidade romana.

Os exércitos muçulmanos invadiram o país no ano 634, quatro anos mais tarde o califa Omar conquistou Jerusalém. Durante o reinado de Abdul Malik, que em 691 construiu o Domo da Rocha, conhecido como Mesquita de Omar, Jerusalém resistiu ao califado por rápido período. Após um século de domínio islâmico, sob a dinastia omídia de Damasco, em 750, Jerusalém passou a ser governada pela dinastia do Califado Abássidas de Bagdá, que havia destronado o califado de Damasco. Nesta época começou o declínio da cidade.

Os cruzados conquistaram Jerusalém em 1099, massacraram seus habitantes judeus e muçulmanos e fizeram da cidade a Capital do Reino Cruzado. Os cruzados dominaram até 1187, quando a cidade foi tomada por Saladino, o curdo. Os mamelucos - aristocracia feudal militar egpícia - governaram a partir de 1250. Os turcos otomanos, cujo domínio prolongou-se por quatro séculos, subjugaram a cidade em 1517.

Durante os séculos XVII e XVIII, Jerusalém viveu um de seus piores períodos de degradação. Nesta fase histórica, compreendemos que houve o cumprimento da profecia de Ezequiel (37.11). "Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados".

Jerusalém tornou a prosperar a partir da segunda metade do século XIX. O crescente número de judeus retornando de diversas nações à sua cidade ancestral, a decaída do Império Otomano, o interesse dos europeus por Jerusalém foram fatores determinantes para o reflorescimento da Terra Santa. Nesta altura, entendemos que ocorreu o cumprimento de Ezequiel 37.7: "Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso."

Edmund Henry Hynman Allenby, general britânico, durante a primeira guerra mundial, conduzindo as Forças Expedicionárias do Egito, conquistou Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948 Jerusalém foi à sede administrativa das autoridades britânicas no território israelense.

Ao findar o mandato britânico em 14 de maio de 1948, e de acordo com a resolução da ONU, de 29 de novembro de 1947, Israel proclamou sua independência, e Jerusalém tornou-se a capital de Israel. Neste momento histórico, percebemos o cumprimento profético de Isaías 66.8: "Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos."

Assim, compreendamos que é chegado o momento de santificação maior, pois a figueira está florescendo, produz frutos, as vinhas espalham sua fragrância (Cantares de Salomão 2.13).

Fonte: Semeador, ano 2, número 19, setembro de 2006, coluna doutrinária, página 9 (jornal informativo da Assembleia de Deus em Presidente Prudente - SP).
O autor é co-presidente da Assembleia de Deus em Presidente Prudente - São Paulo. | Conteúdo adaptado ao blog Belverede.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Sete atitudes necessárias para receber a bênção material que Deus quer dar a você - parte 2: resposta ao internauta


Em minha postagem anterior a esta, abordei o tema Sete atitudes necessárias para receber a bênção material que Deus quer dar a você. Recebi um comentário, que passo a compartilhar após este parágrafo e em seguida exponho a resposta que escrevi ao comentarista, deixando registrado o meu muito obrigado" por participar. O comentário é relevante, confiram:

"Conheço muito bem uma pessoa (meu pai), pastor assembleiano a mais de 35 anos, homem que sempre honrou o título de pastor em todos os sentidos (amor às almas, cuidado com o rebanho, oração, conhecimento Bíblico, etc). Sempre foi um incansável trabalhador na obra de Deus e o faz por amor. Exemplo de servo de Deus, de humildade, nunca se vangloriou em nada, respeitado em toda cidade. Certamente possui ou têm "as sete atitudes necessárias para receber as bênçãos materiais de Deus". Em nossa casa nunca faltou nada: alimentação, vestuário, paz, alegria e amor. Mas meu pai nunca recebeu essas tais bençãos materiais, mediante suas exemplares atitudes de cristão. Acredito que, assim como ele, existem milhares de servos de Deus espalhados por esse Brasil afora. Deus prospera quem ele quer, não existe "fórmulas" para alcançar as bençãos materiais. O conceito de benção está sendo amplamente deturpado por alguns líderes evangélicos atuais. (...) Só fiz esse comentário porque, assim que posso, leio suas postagens e tenho aprendido muito com a maioria delas." 

Olá, Weslei

Lendo com a máxima atenção o conteúdo que você digitou para mim, não apenas observei as linhas, prestei atenção também às entrelinhas. Pensamos de maneira parecida nesta questão da bênção da prosperidade.

Quero frisar um parágrafo do artigo, que é síntese da minha postagem, e, talvez, seja a parte que faz o elo entre o meu e seu modo de pensar sobre o assunto. Veja: 

 “Deus quer nos ajudar a melhorar a nossa situação financeira. E para que isso aconteça, é essencial viver plenamente de acordo com esta fé - quem não crê, embora seja servo de Deus fiel, encontrará dificuldades para alcançar esta bênção em sua plenitude, pois não o busca como é recomendado nas páginas bíblicas sobre este tema específico.”

A fé e a oração de Jabez
Davi, Asafe e Agur - reflexões sobre a prosperidade bíblica
Inspiração divina e autoridade da Bíblia
Jesus e o dinheiro
O propósito da verdadeira prosperidade
Pão nosso de casa dia dai nos hoje: o significado dessa oração
Pobres, ricos, crentes ansiosos. Pecadores?

domingo, 25 de junho de 2017

As sete atitudes necessárias para receber as bênçãos materiais que Deus quer dar a você


Por Eliseu Antonio Gomes

Nesta postagem, quero compartilhar o que eu tenho entendido - em meus 35 anos de cristão evangélico - sobre a questão do modo que Deus age para fazer seus servos prosperarem na área material. Meu modo de  pensar é resultado das minhas leituras das Escrituras, leituras de maneira devocional e sistemática feitas em casa.

Deus quer nos ajudar a melhorar a nossa situação financeira. E para que isso aconteça, é essencial viver plenamente de acordo com esta fé - quem não crê, embora seja servo de Deus fiel, encontrará dificuldades para alcançar esta bênção em sua plenitude, pois não o busca como é recomendado nas páginas bíblicas sobre este tema específico.

A águia , a cobra, o navio, a virgem e o homem
A primeira referência bíblia ao ouro na Bíblia
Fé e gratidão
Gratidão a Deus pelo amor e consolação
Inspiração divina e autoridade na Bíblia
José, fé em mui às injustiças
Os navios do rei Salomão