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sábado, 29 de outubro de 2016

Conselho aos pais sobre o uso da TV pelos filhos


Barnevakten

Eliseu Antonio Gomes
Tradução livre

Pode ser um grande desafio criar bons hábitos de uso do televisor nas crianças, numa época em que tanto conteúdo está disponível a qualquer momento; canais pagos, com programação específica, 24 horas ao dia, voltados às crianças e adolescentes.

Pense em utilizar a seleção de canais. Provedores de televisão digital oferecem aos consumidores vários pacotes de canais. Esteja consciente de que canais você quer em sua casa e conheça a espécie de programação que é transmitida neles.

O local da televisão dentro da sua casa. É recomendável que os televisores sejam colocados na sala comum a todos os integrantes do lar. Isso torna muito mais fácil para os pais a monitoração do que
seus filhos assistem, o quanto eles olham e como eles reagem ao que veem. Imponha limites claros. Se as crianças e os adolescentes têm consoles de jogos e acesso ao computador em ambientes privados, é preciso lembrar que confiança e responsabilidade são vias úteis. A quebra de uma ou de outra é motivo justo para retirar o privilégio da "porta fechada".

Decodificador: a ferramenta de parentalidade A maioria dos decodificadores de televisão fornece a capacidade de adicionar códigos PIN em canais que você não quer que as crianças possuam acesso. Se o manual do usuário não fornece informações sobre o decodificador, contacte o provedor de TV, para ativar a proteção do código PIN. Os pais têm condições de estabelecer limites para o uso da mídia por parte de suas crianças: quantidade, conteúdo e tempo de visualização de televisão.

Crie bons hábitos. Tome a iniciativa para ver bons filmes e programas com os seus filhos e deixe a experiência que a TV pode oferecer à família, com momentos agradáveis de horas de lazer e descanso. Mantenha sua atenção sobre o que é transmitido e seja claro sobre os limites que você delineou em sua casa. É natural que as crianças de diferentes idades possuam diferentes limites sobre o que e quanto eles podem ver. Para alguns, pode também ser útil introduzir "zonas livres de TV. Não use muito tempo a negociar com as crianças mais novas. Um "não" ou "sim" é muito melhor do que um "OK, se ..." ou "talvez". A clareza dos pais fazem com que as crianças sejam mais seguras. E lembre-se que as crianças adquirem hábitos televisivos observando os hábitos televisivos de seus pais.

Converse com seus filhos. Dialogue com seus filhos sobre bons hábitos de televisão, ensine-o a reconhecer uma programação criativa e instrutiva e a seus filhos a consciência do que eles escolhem para ver. Convide seus filhos para falar com você se eles assistem algo assustador, triste ou repugnante na televisão. Também é bom e importante para falar com as crianças sobre a preferência deles em programas divertidos e emocionantes.

Fale com outros pais É útil a troca de experiências com outros pais, o compartilhamento de experiências.

Assuma a responsabilidade! Não deixe que os heróis na TV e no cinema sejam os mais importantes modelos na vida de seus filhos. Seja visível, ouça com atenção quando eles contam sobre suas necessidades, medos, sonhos e interesses. Assim, você incentivará boas atitudes da parte deles por toda a vida.

Fonte: Barnevakten

Renan Calheiros, Carmen Lúcia e Vallisney de Souza Oliveira - "juizeco" e investigações da Lava Jato


Por Eliseu Antonio Gomes

O Magistrado Vallisney de Souza Oliveira, 51 anos de idade, titular da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou a Polícia Federal a deflagar a Operação Métis - a ação que prendeu o chefe de polícia legislativa do Senado e mais três agentes, dentro das dependências do Senado, na sexta-feira (21).

Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional, um dos investigados da Operação Lava Jato, reclamou duramente, criticando as prisões. Desferiu ofensa ao Meritíssimo Vallisley, chamando-o de “juizeco”, desqualificando-o por trabalhar na esfera de primeira instância. 

Deve ter sido uma grande surpresa para Renan ver que a Ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), maior autoridade do Judiciário no país, e presidente Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - órgão de controle dos tribunais - tenha saído em defesa do colega togado Vallisley: "Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido. E não há a menor necessidade de, numa convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade", afirmou ela.

Para Vallisley, são "gravíssimos" os indícios contra os policiais do Senado Federal. Eles são suspeitos de atrapalhar investigações da Operação Lava Jato, na qual parlamentares são investigados, por fazer varreduras em residências particulares de Senadores para identificar e destruir eventuais escutas telefônicas instaladas com autorização da Justiça. 

Renan é alvo de 11 inquéritos no Supremo. Veja alguns:

• Renan é denunciado no chamado “caso dos bois”, inquérito criminal 2593, em andamento no Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria-Geral da República o acusa de ter cometido três crimes: peculato (desvio de dinheiro público ou bem público por funcionário público), falsidade ideológica e uso de documento falso. Segundo o Ministério Público, ele apresentou documentos falsos para forjar uma renda com venda de gado em Alagoas e assim justificar seus gastos pessoais.
• Renan também é acusado, na denúncia apresentada pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de desviar R$ 44,8 mil do Senado, por meio da chamada verba indenizatória, benefício ao qual os parlamentares têm direito para cobrir despesas associadas ao mandato. A punição para esses três crimes é o pagamento de multa e prisão, que varia de cinco a 23 anos.
• A pensão da Mendes Júnior. O caso é o seguinte: o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagava R$ 16,5 mil mensais à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. A revista Veja, entre 2004 e 2006, publicou matérias sobre a relação de Renan com a empreiteira, que recebeu R$ 13,2 milhões em emendas parlamentares de Renan destinadas a uma obra – feita pela empresa – no porto de Maceió.
• Crime ambiental. Renan é denunciado no inquérito 3589. Como proprietário da Agropecuária Alagoas Ltda., é acusado pelo Ministério Público Federal de pavimentar ilegalmente, com paralelepípedos, uma estrada de 700 metros na estação ecológica Murici, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Flexeiras, a 66 km de Maceió.
• Laranjas do rádio. Renan ainda tem o inquérito 2998, por tráfico de influência no Ministério das Comunicações. Trata-se da compra de emissoras de rádios em nome de laranjas.
• A cota das passagens aéreas. Renan é acusado de usar a cota de passagens aéreas do Senado para arcar com os custos de viagens feitas por três personagens acusados de atuarem como seus laranjas em empresas de comunicação e por um agricultor suspeito de fraudar a venda de gado, em Alagoas.
No último dia 4, o ministro do STF, Luiz Edson Fachin, liberou para julgamento no plenário da Corte a denúncia contra Renan Calheiros, apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), que acusa o senador de arcar com as despesas de sua filha com a jornalista Mônica Veloso através de recursos da empreiteira Mendes Junior. Quem determina a data do julgamento da denúncia é, justamente, a ministra Carmem Lúcia. Caso essa denúncia seja aceita, Renan se tornaria réu.

Ação no STF, cujo objetivo é manter a preservação do sistema político nacional, que visa considerar inconstitucional que políticos réus em ações penais da própria Corte façam parte da linha sucessória da presidência da República, poderá atingir o presidente do Senado, Renan Calheiros, independentemente da data em que a determinação possa ser aprovada - ou de quando Renan vier a se tornar réu, se isso acontecer.

Além disso tudo, é possível que por essas ações, e outras, que tramitam no STF, o parlamentar corre o risco de perder o mandato e o posto de presidente do Senado, se em um desses casos for transformado em réu. A jurisprudência chama-se Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara de Deputados e ex-deputado federal, que foi afastado da presidência por determinação do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

E.A.G.

Por que as crianças veem televisão?


Por Bia Rosemberg 

Pense na televisão, por um momento, como uma geladeira que se enche de comidas e bebidas variadas. Salaminho, queijo e caqui em uma gaveta; alface, bife de fígado e pudim de chocolate, em outra; em cantos específicos, refrigerantes, panquecas congeladas e chuchu.

Poderíamos dizer que a mídia equivale a essa geladeira cheia de ofertas ao alcance dos dedos e dos olhos; programas vitaminados; com fibras naturais; com muito açúcar; programas salgados demais; alguns amargos; outros sem nenhum nutriente a não ser um sabor agradável, e assim por diante.

Um nutricionista sabe que alimentação deve ser equilibrada, moderando em itens como doces e gorduras. Ao planejar uma dieta, ela leva em consideração os nutrientes necessários ao desenvolvimento de uma criança. É assim que pode combinar, por exemplo, bife com puré de batatas e vagem com morango e chantilly.

Com a televisão é a mesma coisa. É importante fazer escolhas que agradem tanto ao paladar quanto ao desenvolvimento saudável da família. Se a metáfora de uma dieta nos serve é porque a TV pode ser pensada como como algo além de um cardápio de programas nocivos por natureza. Se tudo o que está na programação da TV fosse apenas um menu calórico e gorduroso, sobraria muito pouco a fazer além de desligar o televisor. É um gesto simbólico de reação à mídia, que agradaria muito a determinada crítica, intelectualmente popular, mas paralisante. Isto não seria nem razoável e nem factível, dada a importância que a TV assume na vida de seus consumidores.

Desde o começo da era da televisão, estudiosos, principalmente na Europa e na América do Norte, tentam entender o fenômeno. Por que as crianças (e os adultos, é claro) gostam tanto de assistir televisão? Quais as expectativas? Que sentimentos são despertados? Por que passamos tanto tempo em frente à telinha? Tenta-se entender os "usos" e "gratificações", para usar expressões típicas dos pesquisadores do ramo, que o público obtém por meio da mídia. Saber o que faz com que o espectador se sinta satisfeito com determinado programa e, portanto volte a assisti-lo, é importante tanto para quem produz  como para quem estuda a mídia ou tem filhos espectadores.

Os norte-americanos Barry Gunter e Jill McAleer não fizeram apenas uma única pesquisa. Eles reuniram no livro Children & Television os trabalhos realizados entre as décadas de 1950 e 1990 nos países do hemisfério norte. Cada uma dessas investigações tem a seu modo, certo mérito na difícil tentativa de compreender como as crianças se relacionam com o meio e por que assistem à televisão. Elas apresentam resultados obtidos por intermédio de metodologias que nem sempre têm pontos em comum. Mas, a partir desse conjunto de investigações distintas, podemos filtrar nove razões básicas, citadas pelas crianças pesquisadas, como motivadoras do ato de sentar-se à frente da telinha.

Os motivos, detalhados a seguir, não são excludentes entre si e, em geral, variam conforme o momento e o estado de espírito da criança. Observe se você se encaixa em algum dos tópicos listados. Procure perceber se há algum item que mais se adapta a seus filhos.

1. Passar o tempo / hábito de ligar o aparelho

É o motivo mais alegado pelas crianças. Em geral, é fruto de um hábito adquirido ao longo da vida. Na falta de uma atividade programada para fazer, ver televisão é provavelmente, a alternativa mais à mão. Não exige treinamento, planejamento, esforço ou equipamento especial.

2. Escapismo

A TV ajuda a matar a vontade de quem querr viver uma perigosa aventura ou um grande romance. O meio nos dá recursos para viver intensamento, sem levantarmos, como se diz, da poltrona. Filmes de aventura, romances, desenhos animados, vida animal e mil outros programas "nos tiram" da poltrona sem nenhum esforço ou movimento. Assim, literalmente, fugimos do dia-a-dia ao escapar para universos de fantasia que possuem fórmulas de entreter a audiência, embalando nossa atenção até o próximo intervalo.

3. Companhia

Uma situação comum é a de crianças que ficam em casa sozinhas. Às vezes, estão realmente desacompanhadas. Em outras, os adultos estão em casa, mas estão tão ocupados com suas tarefas que não dão atenção aos pequenos. O sentimento de solidão provocado pelo isolamento faz com que muitas crianças procurem na TV um companheiro.

4. Aprender sobre "as coisas"

Uma outra razão mencionada pelas crianças para ver televisão é que os programas são escolhidos porque ajudam a compreender como o mundo funciona. Há inúmeras informações sobre pessoas, lugares, músicas, comidas que as escolas não ensinam, mas a televisão sim. A criança, em fase de descoberta de como as coisas funcionam e se relacionam, se diverte enquanto aprende.

5. Aprender "sobre si mesmo"

Embora muitas crianças vejam televisão porque aprendem "sobre as coisas", ouras dizem que aprendem não sobre as coisas, mas sobre si mesmas. É surpreendente que pessoas de tão pouca idade percebam  esta utilidade na mídia. Quando questionadas sobre suas preferências, mencionaram programas de ficção e documentários. Em ambos os casos, a possibilidade de verem outras crianças na tela funciona como uma espécie de espelho. Ao verem refletidas, entendem melhor o que estão vivendo ou sentindo.

6. Tema de conversa

Na medida em que todo mundo assiste aos mesmos programas, a televisão se transforma em um mundo comum de conferências para crianças, adolescentes e adultos. Do ponto de vista infantil, quem não acompanha as exibições televisivas fica "por fora", sem poder participar das conversas e das brincadeiras que usam a mídia como base.

7. Babá eletrônica

Esta razão é a mais mencionada pelos adultos desde os primórdios da televisão, nos Estados Unidos, em 1948, e no Brasil de 1950. Usar a mídia como babá eletrônica é um ato tão comum que a expressão até faz parte do nosso vocabulário cotidiano. Quando estamos ocupados ou cansados de inventar diversões e entretenimentos, quando a criança já tomou banho, leu livros, já brincou como o seu brinquedo preferido, e todas as alternativas foram esgotadas, ligamos a televisão. Se possível, localizamos algum programa colorido e movimentado, e "depositamos" o filho ou a filha na frene do aparelho. As crianças ficam quietas, entretidas, controladas e os adultos podem se ocupar de outras coisas.

8. O prazer da fantasia

A fantasia tem uma função muito importante no desenvolvimento da criança. No plano da fantasia, meninos e meninas têm a oportunidade de experimentar situações correspondentes à realidade, com personagens e histórias. Aprendem a lidar com os problemas dos outros, familiarizam-se com o fato de que existem eventos em sequência e embora os heróis tenham de enfrentar muitos obstáculos, em geral o final pode ser feliz, o que é outra maneira de dizer que a criança pode confiar no futuro.

Nesse sentido, a televisão, assim como outras formas de histórias (livros, histórias noturnas etc), abre espaço para a criança recriar realidades e usar a imaginação ativamente, sem correr os riscos da vida real,

9. Estímulo emocional

Um outro item mencionado por muitas crianças é que assistir a certos programas de TV "dá medo", "faz chorar" ou as deixa "nervosas" querendo saber o que "o que vai acontecer". Assim como os adultos, as crianças gostam de se sentir estimuladas por desafios e emoções. Vivenciar uma aventura, um perigo ou um mistério pode ser gratificante.

Porém, cada pessoa tem seu limiar confortável de estímulo. Para alguns, andar numa montanha-russa é um pesadelo. Para outros, um grande prazer. A mesma situação se repete com a TV. Geralmente, as crianças escolhem programas nos quais o estímulo é sentido como seguro, dentro dos limites, com a possibilidade de trocar de canal ou desligar o aparelho, se a emoção se tornar perturbadora.

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Pelo tempo que fica vendo TV, uma criança brasileira, ao atingir dezessete anos, terá passado quase quatro anos de sua vida diante da telinha. Por isso é que os pais questionam tanto o efeito da televisão no desenvolvimento de seus filhos. A TV é uma babá confiável? Ela estimula o consumismo. Ela prejudica o rendimento escolar? Uma boa notícia: programas de televisão podem ser aliados no processo de aprendizagem, sim. Este livro mostra o que pais e educadores podem fazer para modificar o papel da televisão na vida das crianças e jovens.

Fonte: A TV que seu filho vê - Como usar a televisão no desenvolvimento da criança, Bia Rosemberg, capítulo 1, resumidamente, texto da contracapa, edição 2008, São Paulo - SP - www.pandabooks.com.br  

Eis que Deus manda dizer para você...

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