Não podemos permitir que o pecado assuma o controle de nossas vidas. "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça" - Romanos 6.12, 13.
Os salvos em Cristo são exortados à santidade em razão da nova vida que recebem e do esplendoroso futuro que os aguarda na eternidade. No texto de Romanos 13.8-14, o cristão é aconselhado a viver de modo digno diante de Deus e dos homens (Efésios 4.1-3; Colossenses 1.10; 1 Tessalonicenses 2.12). Ele também é incentivado a uma vida santa, tendo em vista o iminente retorno do Senhor e o glorioso futuro que o espera (Romanos 13.11-14).
Não usemos da liberdade para dar lugar à carne. "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos uns aos outros" - Gálatas 5.13.
Jesus Cristo, em sua morte e ressurreição, nos salvou da condenação do pecado - "nenhuma condenação há"; "a lei do Espírito e vida me livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 8.1, 2). A liberdade em Cristo que experimentamos resulta do fato de não estarmos debaixo da lei, mas da graça (Romanos 6.14). O cristão serve o Senhor Jesus Cristo e, como tal, não pode ser servo da lei, pois acha-se livre dela. Não devemos abusar da infinita bondade de Deus mediante a desculpa de que, quanto maior o pecado, maior a graça divina. Uma vez envolvidos pela graça "não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito". A lei diz "faça e viva", entretanto, a graça diz "viva e faça". Fazemos a vontade de Deus com a ajuda e direção do Espírito Santo para a nossa santificação.
Paulo faz a distinção entre o pecado e a liberdade de servir. A liberdade, ou licença para pecar, não é absolutamente liberdade porque escraviza as pessoas a Satanás, aos outros ou a uma natureza pecaminosa. Os cristãos, ao contrário, não devem ser escravos do pecado, porque são livres para fazer o que é certo e para glorificar a Deus por meio de uma carinhosa ajuda aos semelhantes.
Já não somos mais dominados pelas obras da carne. "Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus" - Gálatas 5.16.21.
Paulo descreve as duas forças antagônicas que estão lutando dentro de nós: o Espírito Santo e a nossa natureza pecaminosa (desejos iníquos ou inclinações gerados pelo nosso corpo). O apóstolo não afirma que essas duas forças são iguais, pois o Espírito tem poder inigualável. Porém, contando apenas com a nossa própria sabedoria, faremos escolhas erradas. Se tentarmos seguir o Espírito o Espírito apenas com nossos esforços humanos, fracassaremos. O único caminho para nos libertarmos de nossos desejos pecaminosos é por intermédio do poder recebido do Espírito Santo (Romanos 8.9; Efésios 4.23, 24; Colossenses 3.3-8).
Todos nós temos desejos pecaminosos e não podemos ignorar a existência deles. A fim de podermos seguir a orientação do Espírito Santo, devemos, determinadamente, enfrentá-los (crucificá-los). Esses desejos incluem pecados evidentes como imoralidade sexual e atividades demoníacas. Incluem também outros que são menos óbvios, como hostilidade, ciúme, ambição egoísta. Aqueles que ignora esses pecados, ou se recusam a enfrentá-los, mostram que não receberam o dom do Espírito que leva a uma vida transformadora.
O fruto do Espírito na vida do crente. "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei" - Gálatas 5.22, 23 (NVI).
O fruto do Espírito é a obra espontânea do Espírito dentro de nós. Produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. Se quisermos que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir nossa vida à dEle (João 15.4, 5). Devemos conhecê-lo, amá-lo, lembrá-lo e imitá-lo. Como consequência, cumpriremos o propósito da lei - amar a Deus e aos nossos semelhantes.
Se a sua vontade for possuir as qualidades relacionadas ao fruto do Espírito, então pode ter certeza de que o Espírito Santo está guiando seus passos. Ao mesmo tempo, tenha cuidado para não confundir seus sentimentos subjetivos com a liderança do Espírito. Ser dirigido pelo Espírito desperta o desejo de ouvir, a disposição imediata de obedecer à Palavra de Deus e a sensibilidade de discernir entre seus sentimentos e a inspiração divina.
Viva cada um de seus dias sob o domínio e a direção do Espírito Santo, pois assim as palavras de Cristo estarão em sua mente, o amor de Deus por trás de seus atos e o poder de Cristo o ajudará a sujeitar seus desejos carnais.
E.A.G.
Compilações:
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, páginas 1561, 1562, 1640, edição 2004, Rio de Janeiro (CPAD).
Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. José Gonçalves. Página 59; 1ª edição 2016. Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre. Salvação e Justificação - Os pilares da vida cristã. Eliezer Lira. Lição 11: Vivendo como salvos; páginas 75, 77, 79; 1 trimestre de 2006; ; Rio de Janeiro (CPAD).
Lições Bíblicas - Mestre: Romanos - O Evangelho da Justiça de Deus. Esequias Soares. Lição 7: A Liberdade Cristã, páginas 39, 42, 57; 2º trimestre de 1998; Rio de Janeiro (CPAD).