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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Crentes em Cristo e casados



Efésios 5.25-31: "Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. Da mesma forma, os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne' ".

A frase "uma só carne" é uma referência de Gênesis 2.24, encontrada na narrativa que mostra quando Deus fez Eva e a colocou em companhia de Adão. Significa "ajuntado de maneira completamente inseparável".


Efésios 5.22-24: "Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos".


Se o marido ama sua esposa
, cumpre o dever de imitar a Cristo em seu matrimônio, ele faz o bem para ela como Cristo fez e faz o bem para a Igreja. Como cabeça da mulher, o homem casado precisa estar consciente que nenhuma intenção, projeto, objetivo, se materializará, com as bênçãos do Criador, se não reconhecer que está ligado ao corpo em total dependência - a cabeça separada do tronco, dos braços, pernas e órgãos internos é absolutamente inútil, é incapaz de viver até em estado vegetativo. Portanto, evita as ações sem consenso com a companheira.

Se a esposa ama seu esposo, reconhece-o como a pessoa que Deus permitiu que viesse a ser o seu companheiro para toda a sua vida. E sujeita-se a ele, como os membros de um corpo estão ligados e sujeitam-se ao cérebro. Isto é, a esposa não é alguém que simboliza um corpo humano deficiente, descoordenado, atrapalhado. Age tal qual os membros de um corpo saudável, sempre apresenta ótima coordenação motora; vive o seu casamento harmoniosamente, suas ações são sempre eficientes e sabe como tirar total proveito desta saúde. Sabe que ao agir sem acordo com o marido, segundo a ótica espiritual, se assemelha a um corpo decapitado.


Amar é o mesmo que se apaixonar pela mesma pessoa todos os dias? Poeticamente, sim. A poesia usa de recursos de linguagem cujas expressões podem ser exageradas, inclusive sem qualquer espécie de lógica. Lógica que tanto necessitamos.


Paixão é um sentimento raso, tem prazo de validade, expira no curto período de três anos e meio, aproximadamente. É bonito apenas nos versos de poesias; admirável em romances literários, roteiros de cinema e novelas. Mas, na realidade do dia após dia, muita vezes mostra-se feio, violento, um tropeço. Por quase sempre estar associado ao ciúme, costuma levar seu portador à loucura, ao sentimento de posse do outro, com a ideia errada de que controlar a outra pessoa é uma atitude natural e aceitável.

Apaixonar-se é gostar de alguém se baseando na aparência e modo de ser e viver dela, porém, com a visão míope, pois não enxerga os defeitos. 

Por outro lado, amar é a decisão estratégica adotada por gente inteligente, é, conscientemente, querer fazer o bem. Jesus Cristo manda que mantenhamos esta decisão, inclusive em favor daquelas pessoas que não desejam o nosso bem-estar.

Estar amando é viver o que há de melhor na vida, porque, em via de regra, quem planta o bem semeia o bem também.

Enfim, amar segundo a recomendação bíblica, é renovar todos os dias os votos de fazer o bem ao outro. Ler 1 Coríntios 13.

E.A.G.   

domingo, 10 de janeiro de 2016

Esperando a volta de Jesus

Por Eliseu Antonio Gomes

Jesus prometeu voltar para buscar todos aqueles que são seus. "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também" - João 14.2,3.

A cada dia que passa torna-se mais difícil viver segundo os ensinamentos de Cristo. Os desafios são diversos: as muitas horas no trânsito, a carga horária do trabalho, as perturbações familiares, a disparada transloucada que as pessoas se envolvem por dinheiro. E assim, é preciso esforçar-se para não perder o foco cristão, particularmente, em família e na sociedade.

Convém ao crente manter sua esperança avivada, precisa orar, vigiar e viver na unção do Espírito. São muitos que costumam orar frequentemente porém não são vigilantes. É necessário viver sempre cheio do Espírito Santo, para que tanto a sua alma, quanto o seu espírito e o corpo sejam plenamente resguardados imaculados para a Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo  (1 Tessalonicenses 5.23).

A falta de esperança na vinda do Senhor gera incredulidade. "Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" - 2 Pedro 3.3-4.

A vida é construída com escolhas que expressam quais são os nossos objetivos. Se um cristão opta viver vigilante quanto ao retorno do Mestre, então seu dia a dia será pautado com aspectos comportamentais que espelham sua expectativa pelo momento do Arrebatamento da Igreja.

Inclinar-se à espera da Volta de Jesus influencia o nosso estilo de vida, é um antídoto para a alma contra os enormes problemas criados pelas culturas materialista, pragmática e hedonista. Por outro lado, quem vive com a mente e o coração voltados para o estilo de vida do capitalismo selvagem, não possui condições para anelar a vida no céu com Jesus.

A grande crise de mornidão espiritual em que vivemos tem a ver com as propensões equivocas de alguns crentes. Quem aguarda Jesus voltar estabelece prioridades diferentes dos padrões de consumo, rotinas, hábitos daqueles que estão conformados com o modelo de estratificação da sociedade moderna. Não faz nenhum sentido uma pessoa que diz esperar Jesus voltar, se encontrar mergulhada no Materialismo, no Pragmatismo ou no Hedonismo. São posturas diametralmente opostas ao desejo de se encontrar com o Mestre dos mestres.

Esta ponto nos remete à Parábola das Dez Virgens (Mateus 25.1-12) . A narração representativa traz consigo as duas qualidades de crentes na igreja: aqueles que aguardam preparados a Volta do Senhor e os que se descuidam na condução de sua relação com Deus. Os últimos simbolizam os crentes em letargia espiritual, não pensam e não falam sobre o assunto e não se envolvem de maneira comprometida com o Evangelho de Cristo. De entre as dez virgens, cinco não puderam entrar para as bodas porque faltou o azeite - líquido que tem a conotação de um viver em santidade e representa a essência da preparação do crente que será arrebatado.

Saber testemunhar a respeito da nossa esperança. "Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo" - 1 Pedro 3.15,16.

Devemos agir com mansidão e temor em relação aos incrédulos, porque as discussões não convencem ninguém a amar a Deus. O Evangelho desperta muito mais a atenção quando os cristãos o comunicam com mansidão e temor.

O esfriamento do amor é um dos sinais da segunda vinda de Jesus. "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará" - Mateus 24.12.

No momento em que a pessoa aceita a Jesus Cristo, entra no processo de santificação diária. No encadeamento da santificação, precisa abandonar atitudes estranhas às recomendações da Palavra, como a calúnia, a difamação, o amor ao dinheiro, pois quem não ama seu irmão a Bíblia o descreve como um homicida (1 Coríntios 13.1-3; 1 Pedro 1.15; 1 Timóteo 6.10; 1 João 2.10-11; 3.15).

De nada adianta cumprir a etiqueta de usos e costumes rígidos de uma comunidade evangélica, ser assíduo aos cultos, entregar ofertas e dízimos, manifestar os nove dons espirituais, pois nada disso garante a salvação. Para entrar no Céu, é mister obedecer o mandamento do amor, amar a Deus acima de tudo e todos e ao próximo como a si mesmo (Colossenses 2.20-23; Mateus 22.37-39).

Praticar o amor ao próximo é o que identifica os discípulos de Jesus. O apóstolo João registrou os acontecimentos da última ceia, na qual Jesus falou sobre a característica da identidade do cristão autêntico: "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" - João 13.34,35.

O novo mandamento de amor é apresentado, por três motivos:
• o modelo é Jesus;
• baseia-se no amor a Deus: amor cristão não é tão-somente filantropia, que ama o homem pelo homem em si;
• abrange a todos indistintamente, ao contrário da caridade exclusivista do povo judeu, que não incluía os pagãos.

A volta de Jesus será uma surpresa para muitos. "Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis" - Mateus 24.43,44.

Não temos condição de afirmar com segurança se estamos vivendo na geração de cristãos que serão arrebatados ainda em vida, porque Jesus declarou que apenas o Pai celestial tem esta informação (Mateus 24.36; Marcos 13.32). Entretanto, podemos dizer com certeza que os sinais da Vinda de Jesus se intensificam e deixam claro que é possível que em breve Jesus voltará.

E.A.G.

Outras abordagens contendo temática sobre o fim-dos-tempos: EBD Sumário - O final de Todas as Coisas. Esperança e glória para os salvos  

Bíblia de Estudo Vida, página 1902, edição 1998, São Paulo (Editora Vida); 
Ensinador Cristão, ano 17, nº 65, páginas 25, 26, 37, janeiro-fevereiro-março de 2016, Rio de Janeiro (CPAD).