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domingo, 27 de dezembro de 2015

Escatologia, a doutrina das últimas coisas

Por Eliseu Antonio Gomes

O século 21 na marcha implacável da corrida do tempo em direção ao futuro, não prediz possibilidades agradáveis para o fim dos tempos. Em todos os pontos de vistas da vida da humanidade, não há um sequer que dê ensejo para otimismo e esperança com bases consistentes. A vida religiosa poderia fazer a diferença positiva perante às avalanches de males comuns que contaminam o mundo moderno. Todavia, no centro do que se considera culto a Deus, das seitas e movimentos ditos espirituais, do mesmo modo se notam os indícios do declínio moral e espiritual - com exceções daqueles que buscam ao Senhor com inteireza de coração.

E assim, cumpre-se de maneira plena a profecia do apóstolo Paulo, quando escreveu para Timóteo: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te" - 2 Timóteo 3.1-5.

A definição de Escatologia

A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos (último) e logos (estudo; mensagem; palavra). O termo grego que possui raiz comum é éschata, que significa "últimas coisas". Daí vem à expressão estudo, ou doutrina, das últimas coisas ou do fim dos dias. Isto é, ciência do destino dos últimos dias da humanidade e do mundo. Também, do destino-último do homem (morte, ressurreição, juízo final) e do mundo.

O que não é Escatologia?

Não é futurologia. Somente a Bíblia contém a verdade sobre o futuro. Ela foi divinamente escrita, portanto nenhum leitor pode interpretá-la fazendo especulações ou interpretações e conclusões próprias, fontes estranhas às Escrituras Sagradas.

É preciso estudar escatologia com o cuidado de não ir além do que está escrito (1 Coríntios 4.6). Para conhecer o futuro, é preciso buscar na Palavra de Deus o que está revelado. De Gênesis à Apocalipse a Bíblia está cheia de profecias. Quem quiser entender corretamente as profecias da Palavra de Deus, deverá seguir as diretrizes teológicas, que representam parâmetros importantes aos estudiosos das Escrituras Sagradas.

Os temas estudados pela Escatologia
• Estado Intermediário
O estado intermediário refere-se ao período de tempo após a morte física. O ser humano, após a morte. Diz a Bíblia que quando o ser humano morre em Cristo dorme no Senhor e Deus os recolherá para si no céu (1 Tessalonicenses 4.14) e aqueles que morrem em pecado serão lançados no inferno junto com todas as nações que desprezam a Deus (Salmos 9.17).  O homem não equivale aos animais irracionais, como o gato, cachorro, cobra, etc., que nada mais existe para eles após morrerem.
É importante lembrar que para todas as pessoas que ainda vivem existe esperança, ainda há tempo para o arrependimento, conversão e vida eterna com Deus. 
 • Arrebatamento da Igreja
A passagem em Marcos 13.32 esclarece que apenas o Pai conhece o momento do retorno de Cristo. O texto em Mateus 24.42, alerta: "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora a vir o vosso Senhor". Paulo escreve: "porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite" (1 Tessalonicenses 5.2). Estas referências bíblicas indicam que Jesus pode voltar a qualquer momento advertindo-nos a estarmos sempre prontos.
Não existe na Bíblia uma data declarada para a volta de Cristo, apenas o aviso de sinais que precedem a este retorno, quando a Igreja será arrebatada, como o surgimento de falsos cristos e falsos profetas, entre outros sinais (Mateus 24.23-25). 
1. Características do Arrebatamento:
a. será muito rápido (1 Coríntios 15.52);
b. será um fator de separação (Mateus 24.39-41);
c. iminente (Mateus 25.6; Marcos 13.35-37);
d. secreto (1 Tessalonicenses 5.2);
e. resultará em grandes transformações (1 Coríntios 15.51-53; 2 Coríntios 5.2-4).
2. Quando ocorrerá o Arrebatamento?
a. será a qualquer momento (Lucas 17. 22-24);
b. imediatamente antes do Tribunal de Cristo ( Apocalipse 11.15-18; 14.1-7);
c. antes das Bodas do Cordeiro (1 Tessalonicenses 4. 15-17; 19.7-8);
d. bem antes do Milênio e do Juízo Final (Apocalipse 19.11 - 20.5; 20.7-15).
• Grande Tribulação
Também é chamada de grandes dores (Mateus 24.8) grande tormento (Mateus 24.9) e grande aflição (Mateus 24.29).
Findará com a derrota do anticristo (2 Tessalonicenses 2.8), a purificação de Israel (2 Tessalonicenses 2.13-14) e o retorno pessoal de Cristo (Apocalipse 19.11-13).
• Milênio
Durante o período de mil anos, haverá:
a. abundância de vida e saúde (Isaías 33.24; 35.5-6; 65.20; Zacarias 8.5);
b. conhecimento universal de Deus (Isaías 11.9; Jeremias 31.34);
c. fertilidade excelente (Amós 9.13-14);
d. segurança absoluta (Jeremias 23.5-6; Ezequiel 37.28);
e. os animais ferozes serão transformarão em mansos (Isaías 11.6-9; 65.25);
f. será levantada a maldição de sobre a terra (Gênesis 3.17; Isaías 35.1, 2, 7; Romanos 8.19-22; Apocalipse 22.3, 5).
• Julgamento Final
Haverão os seguintes julgamentos:
a. do pecador (Judas 1.15);
b. dos crentes no Tribunal de Cristo (2 Coríntios 5.10);
c. das nações na volta de Cristo (Mateus 25.31-32);
d. dos mortos sem Cristo (Apocalipse 20.11-13).
As três interpretações escatológicas a respeito do fim

Embora os estudiosos normalmente concordem  que Jesus voltará, existem diferentes opiniões  sobre os detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de Cristo. O povo de Deus não precisa ficar dividido nesta questão da volta de Messias, o importante é crer que Ele voltará.
• Pré-tribulacionista. O pré-tribulacionismo afirma que, sem qualquer espécie de aviso prévio, o arrebatamento acontecerá na História, após o qual a tribulação começará, tendo seu complemento na segunda vinda de Cristo (portanto, a Igreja não passará pela tribulação).
• Pré-milenista. O pré-milenismo apregoa que a segunda vinda de Cristo acontecerá antes do milênio, e então a Igreja será erguida pelo cumprimento literal do milênio (Apocalipse 20).
• Midi-tribulacionista. Afirma que o arrebatamento ocorrerá no meio do período da tribulação, mas a segunda vinda de Cristo acontecerá ao final da mesma, portanto, conclui que a Igreja não passará pela segunda metade da tribulação.
O entendimento da corrente Preterista a respeito do Apocalipse

Eles entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C.. Porém, as profecias bíblicas sobre o fim dos tempos assinalam que muitos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1 Tessalonicenses 4.17); a Grande Tribulação (Apocalipse 3.10); a vinda de Cristo em glória (Mateus 16.27) e o Milênio (Apocalipse 20.2-5).

Conclusão 

O Pr. Elinaldo Renovato, escreveu o seguinte na revista Lições Bíblicas, lição nº 1: "Defendemos a interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica, na qual a Bíblia interpreta-se a si mesma. Nos livros escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e também entendemos  que há linguagem simbólica. Mas, em relação ao final dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará antes da Grande Tribulação."

E.A.G.

Outras abordagens contendo temática sobre o fim-dos-tempos: EBD Sumário - O final de Todas as Coisas. Esperança e glória para os salvos

Compilações em:
Belverede - O Apocalipse - definições escatológicas sobre a volta de Cristo e o Milênio, Eliseu Antonio Gomes, 8 de fevereiro de 2009, belverede.blogspot.com.br/2009/02/definicoes-escatoligicas-sobre-volta-de.html 
Belverede - O que é escatologia?, Eliseu Antonio Gomes, 13 de setembro de 2012, belverede.blogspot.com.br/2012/09/o-que-escatologia-biblica.html 
Lições Bíblicas/Professor - O Fim de Todas as Coisas - esperança e glória para os salvos, Elinaldo Renovato, 1º trimstre de 2016, páginas 3-10, Rio de Janeiro (CPAD) 
O Fim de Todas as Coisas - esperança e glória para os salvos, Elinaldo Renovato, páginas 7, 16, edição 2015, Rio de Janeiro (CPAD). 
Onde Encontrar na Bíblia?, Geziel Gomes, páginas 152, 190, 219, 1ª edição 2008, Rio de Janeiro (Central Gospel).

sábado, 26 de dezembro de 2015

Tiago 1.20 - Quando a raiva surgir...

É importante considerar as orientações bíblicas, em todas as circunstâncias da vida. 

Em se tratando de momentos de nervosismos, mesmo que apareçam por motivo correto, o melhor a fazer é esperar o sentimento forte passar e só depois que passou tomar as decisões que devem ser tomadas, porque se não há calma também não há condições de raciocinar corretamente.

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A expectativa de Natal



Que em nós estejam presentes em 25 de dezembro e durante todos os dias de 2016, o seguinte: 

Saúde, paz, amor, sinceridade, amizade, paciência, coragem, alegria, gratidão, bom humor, gentileza, perdão, solidariedade, esperança, união, e fé.

E.A.G.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Nenhuma pedra sobre pedra

A destruição do templo de Jerusalém.
Tela de Francesco Hayez 


"O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens" - Salmo 11.4.

O templo é considerado como o protótipo terreno de um arquétipo celeste. A presença de Jeová em seu templo na terra não exclui sua presença nos céus, devido ao seu atributo da onipresença.

O período do primeiro templo

A construção do primeiro templo judaico ocorreu durante o reinado de Salomão, e concluída em 957 a. C. A extensão do edifício era menor que a extensão do pátio.

O templo foi construído para ser um domicílio para a Arca, que antes era posta em tenda, e um lugar para as pessoas adorarem a Deus. A tenda e o templo serviam como meios de comunicação com Deus e como uma relação visível entre Deus e Israel (Êxodo 29: 42-46; 1 Reis 8.4).

Este templo foi derrubado em 587 a.C., quando os babilônicos atacaram Israel e levaram os judeus para o exílio.

A profecia de Miqueias

"Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa como os altos de um bosque" - Miqueias 3.12.

Durante o reinado de Ezequias, Miqueias, cheio de sabedoria, coragem e revestido pela força do Espírito, bradou contra os maiorais de Judá - o rei, os sacerdotes e os falsos profetas -, porque eles eram corruptos e executavam a maldade e se esqueciam da bondade e do direito, por abusarem da autoridade contra o povo.

Naquela geração, a vigência do ministério de Miqueias ocorreu entre 750 e 686 a.C., os sacerdotes e falsos profetas faziam uso da religião para servir-lhes a uma ação pervertida, embora seja o mundo e nunca Deus, o fundamento sobre o qual repousam todas as atitudes perversas. Os sacerdotes deveriam instruir o povo corretamente, pois, com base na Lei de Moisés, para isso eram sustentados dignamente e assim poderiam viver com honra e conforto, mas eles não se satisfaziam com a boa condição estabelecida por Deus e ensinavam de maneira relaxada a audiência e vendiam oráculos para qualquer um que quisesse comprá-los, com o objetivo de ganhar dinheiro. E os profetas fajutos, com interesse de receber benesses em troca, entregavam mensagens agradáveis às autoridades e gente comum do povo, afirmando que tais mensagens mentirosas vinham da parte do Senhor.

Então, ousadamente, Miqueias levantou-se contra este estado de coisas deploráveis, emitiu a sentença divina contra os corruptos e corruptores, afirmando que Sião seria lavrada do mesmo modo que um campo de plantação e seus edifícios seriam queimados até o chão. A profecia não se cumpriu naquele tempo porque ocorreu o arrependimento de Ezequias e do povo. Mas, muitos observam que tal profecia se cumpriu literalmente, na destruição de Jerusalém quando os romanos a invadiram no ano 70 d.C.

O Período do segundo templo

Em 538 a.C, Ciro, o fundador da dinastia aquemênida da Pérsia e conquistador de Babilônia emitiu uma ordem permitindo que os judeus exilados voltassem a Jerusalém para reconstruir o templo. O trabalho foi concluído em 515 a.C.

Antes de os israelitas serem exilados em 587 a.C., o termo "judeus" era considerado apenas como uma nacionalidade, mas após o retorno o judaísmo passou a ser visto também como uma religião. Durante os domínios persa e cultura helenística, os rituais do templo foram respeitados e em parte subsidiado por governantes estrangeiros, de 539-333 por governantes persas.

Em 333 a.C., Alexandre o Grande conquistou a Palestina e o judaísmo sofreu com a influência helenística.

Em 169 a.C., Antioco Epifânio saqueou e profanou o templo ordenando sacrifícios a Zeus em um altar construído por ele, desencadeando a revolta de Judas Macabeus.

O templo construído por Herodes

De grande importância foi a reconstrução do segundo templo. Começou por Herodes, o Grande, rei  da Judeia. A construção começou em 20 a.C. e durou 46 anos. Voltou a ser o centro da vida israelita. Não foi apenas o foco do ritual religioso, mas também o repositório das Escrituras Sagradas e literatura nacional e local de encontro do Sinédrio, o mais alto tribunal da lei judaica durante o período romano.

Durante a conquista romana  (63 a. C.), Pompeu entrou no Santo dos Santos, mas deixou o templo intacto. Em 54 a.C., Crasso saqueou o tesouro do templo.

A profecia de Jesus

"Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada" - Mateus 24.2. Jesus Cristo, ao sair com seus discípulos do interior do templo, estando com eles no pátio do mesmo, comentou sobre a destruição de Jerusalém e daquela monumental construção de Herodes, aludindo à profecia de Miqueias (3.1-11).

O templo era o lugar de adorar a Deus e oferecer sacrifícios. O Mestre não era contra o templo, que simboliza a relação do Senhor com seu povo, a fala do Mestre deve ser relacionada com a cena em que Ele expulsou os vendedores da casa de Deus e os acusou de transformá-lo em esconderijo de ladrões (Mateus 21.13).

Aos discípulos que o acompanhavam, quis explicar-lhes que não deveriam esperar a restauração do reino de Davi, que a demolição do prédio não significava o final do relacionamento entre Deus e as pessoas, pelo contrário, era o começo de uma relação mais profunda de amor eterno, não mais baseada em rituais de sacrifícios de animais, mas na fé, cuja estrutura não é construída de pedras, não é física, é espiritual.

A destruição do segundo templo ocorreu durante a rebelião contra o domínio romado sobre Israel. Em 70 d.C, os romanos, comandados por Tito, destruíram completamente Jerusalém e os edifícios do templo. Através de escavações arqueológicas em 1968, descobriu-se que até mesmo as pedras - algumas delas mediam 11,5 metros de cumprimento; 3, 7 de altura; e e 5,5 de altura - foram derrubadas pelos invasores e separadas umas das outras à força, para achar as sobras das folhas de ouro do teto que se derreteram quando o templo foi incendiado.

Templo é dinheiro?

Como cristão é importante frequentar um templo evangélico, para confraternizar com outros cristãos, e ser contribuinte, contribuir financeiramente para que haja a manutenção do templo e possa haver obras sociais, iniciativas de evangelismos e missões transculturais.

Em determinadas denominações do meio cristão, é de assustar o que temos observado. Deus, que é Senhor e deve ser tratado como tal, é apresentado como se fosse servo, o garçom remunerado para atender aos desejos das classes média e baixa, afundadas em dívidas, insucessos nos negócios e que procuram ascender economicamente; e, ainda, como o terapeuta que presta serviços, se for pago, aos que estão em conflito amoroso.

Logicamente, cremos que  Deus é o nosso "socorro na hora da angústia" (Salmo 46.1). Mas, é necessário declarar que Deus não pede dinheiro para realizar milagres, espera a conversão genuína e o sincero arrependimento dos pecados. O socorro material e financeiro, o amparo às frustrações emocionais, amorosas, psíquicas, relacionais e até espirituais são encontradas em consequências de estar aos pés de Cristo.  Sendo Deus o nosso Senhor e não o nosso subalterno,  a resposta de nossas orações nem sempre são exatamente da maneira que esperamos,

Sim, quando usamos fé e praticamos os ensinamentos da Bíblia, quando as Escrituras não são manipuladas tirando textos de seus contextos, todo cristão é um verdadeiro vencedor em Cristo. Contudo, a vitória não significa alcançar todos os sonhos, mas, sim, tudo o que necessitamos.

A busca da vitória sobre os males não pode ser vinculada às entregas de dinheiro, ofertas e dízimos entregues nos templos. Esta estratégia, adotada por alguns pregadores, para incentivar a arrecadação da contribuição financeira, é antibíblica e anticristã. Jesus e os apóstolos nunca propuseram a troca de favores divinos por dinheiro, e não orientaram a fazer esta proposta como condição para orar e curar enfermos ou libertar endemoninhados.

O templo: habitação de Deus

"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" - 1 Coríntios 3.16. Em sua carta aos crentes de Corinto, Paulo informa que cada cristão é um templo do único Deus vivo. Tal qual Deus se fez notado no templo judaico, tomou possessão dele por meio da nuvem que era o símbolo da sua presença entre os judeus, de igual modo Cristo, pelo seu Espírito habita em todos os verdadeiros cristãos. Isto é, os cristãos são santos pela fé e devem ser puros e limpos tanto no coração quanto nas conversas. Todos os cristãos são separados do mundo e apartados para Deus e para sua obra. Portanto, o seguidor de Cristo deve abominar e evitar tudo aquilo que contamina a degrada o que deve ser consagrado a Deus.

"Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta. O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso?" - Atos 7.48-49. Aos seus algozes, Estevão fez saber que a glória de Deus não está restrita aos templos edificados por seres humanos. Ainda que o templo físico seja posto por terra, a glória do Senhor permanece intocável.

"O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens" - Atos 17.24. Paulo, ao discursar aos atenienses idólatras, metidos no politeísmo, os convidou a adorar o único Deus vivo e verdadeiro, que criou o mundo e o governa. Argumentou que pelas operações de uma força infinita, de acordo com a existência de uma sabedoria infinita, no início dos tempos, Deus fez o mundo e tudo que nele existe. Apenas Deus é o Senhor do céu e da terra, isto é, o legítimo dono e possuidor de todos os seres, poderes e riquezas do mundo superior e inferior, material e imaterial, visível e invisível.

Enfim, todo aquele que reconhece a Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal, necessita reconhecer que o seu coração é a morada do Deus Altíssimo, e que para glorificá-lo necessita manter-se afastado das práticas desse mundo contaminado com sentimentos egoístas, perversos, negativos.

E.A.G.

Com informações de:
Bíblia de Estudo NVI,  páginas 1657, 1658, 1704, São Paulo, edição 2003, (Editora Vida).
Bíblia de Estudo Matthew Henry, página 1349, 1350, 1730, 1856, edição 2015, Rio de Janeiro (Editora Central Gospel).
DeliriumsRealm - Essays on Good & Evil,  Brief History of Judaism, www.deliriumsrealm.com/brief-history-judaism/