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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Amós 5.4 e o auxílio do alto

O capítulo 5 do livro de Amós nos ensina que o socorro eficaz é realizado por Deus. Se não houver auxílio do alto amparando a ajuda humana, por mais bem intencionadas que sejam as intenções de amigos e desconhecidas almas caridosas, elas não alcançarão todos os objetivos aos quais se destinam. 

Lembre-se da virada de cativeiro na vida de Jó. Após todas as aflições que viveu, após orar por seus parentes e amigos, foi Deus quem usou seus amigos e parentes para lhe socorrer, fazendo com que ele voltasse a ser uma pessoa duas vezes mais feliz do que era no início da narrativa do livro (Jó 42.10-12).

E.A.G.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A última ceia


Arte: A Última Ceia, quadro de Pavel Popov.

Por Eliseu Antonio Gomes

O ambiente da última Ceia do Senhor, é digno de muitas notas. Quem estava assentado à mesa? Judas Iscariotes, o traidor; os discípulos que logo após aquela reunião disputavam sobre quem seria o maior entre eles; estava Pedro, que negou Jesus três vezes; no final, todos os discípulos abandonariam o Mestre, exceto o apóstolo João.

O real propósito da Páscoa para os judeus. Êxodo 12.1-28. A maioria das nações celebram o seu dia da independência. Cada nação celebra a seu modo, mas estas celebrações têm uma grande diferença do Dia da Independência de Israel, ou, Dia da Libertação, também chamado de Páscoa. Ocasião anual e que os judeus comemoram a libertação do Egito, de acordo com as instruções citadas em Êxodo 12.1-28.

As normas estabelecidas para a celebração talvez fossem mais um teste da completa confiança de Israel em Deus. Preocupações com a pressa, com o preparo para a viagem, com a solidariedade grupal e com o reconhecimento da graça de Deus para com Israel foram os principais motivos dessas restrições. Talvez, naquela ocasião os israelitas não compreenderam os motivos das limitações da Páscoa. Mais tarde Deus responderia às perguntas dos israelitas: Êxodo 12.26; 13.3, 14; Deuteronômio 4.9.

A última ceia de Jesus com seus discípulos aqui na terra. Lucas 22.7-13. Muitos séculos mais tarde, após a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito, a noite da Páscoa teria um significado muito mais amplo. Durante uma celebração da festa da Páscoa, enquanto milhares de judeus levavam seus cordeiros escolhidos para Jerusalém, Jesus era escolhido como Cordeiro Pascal para toda a humanidade (1 Coríntios 5.7).

Instruções sobre a ceia do Senhor. 1 Coríntios 11.17-34. As palavras "vendo eu sangue, passarei por cima de vós" (Êxodo 12.13) vieram a comunicar um sentido completamente novo após o sacrifício vicário de Cristo. Atualmente, ainda que os judeus celebrem a Páscoa, a maioria dos cristãos não o faz. Em lugar disso, a cerimônia tem sido incorporada a uma nova ordenança, a Ceia do Senhor, na qual Jesus Cristo representa o Cordeiro Pascal e deve ser realizada para anunciar a morte do Senhor até que Ele venha (versículo 26).

Quem pode participar da Santa Ceia do Senhor? O real propósito da Ceia do Senhor para a Igreja e quem dela tem permissão para tomar parte está esclarecido nas palavras do apóstolo Paulo, escritas no capítulo 11 da primeira carta aos crentes de Corinto e, consequentemente, a todos nós. Devemos observar:

a. A quem em última instância oferecemos o culto;
b. Que o crescimento espiritual dos cristãos está vinculado às suas ações cúlticas;
c. Que a Ceia é comunitária e os seus integrantes devem ser considerados e respeitados;
d. Que a fundamentação da prática e do significado da Ceia do Senhor está nas palavras do próprio Senhor Jesus, sendo que não é afetada pela cultura ou por comportamentos sociais;
e. Que há seriedade no ato da Ceia e que ela deve ser encarada como um autoexame, e não apenas como uma celebração comunitária;
f. Que há implicações e consequências espirituais quando há desobediência.

O significado da celebração da Ceia e os seus elementos. Lucas 22.14.20. A Ceia do Senhor celebra o fato de Deus nos libertar da escravidão do pecado. Antes da morte e ressurreição de Jesus, a festa judaica da Páscoa celebrava o fato de Deus ter libertado o seu povo do cativeiro egípcio.

Jesus usou o pão e o cálice para simbolizar seu corpo e seu sangue (Mateus 26.26-29; Marcos 14.22-25; Lucas 22.17.20).

O cordeiro sacrificial da Páscoa aplacou o anjo da morte; o pão da Ceia significa o corpo de Cristo, partido na condenação do pecado. O vinho da Páscoa simbolizava o sangue do cordeiro nas portas, o vinho da ceia simboliza o sangue de Cristo dado por nós, a sua morte que nos garante a vida eterna. A Páscoa representava a antiga aliança de Deus com o seu povo; a ceia do Senhor nos lembra da sua nova aliança.

Conclusão

Na última Ceia, Cristo estabeleceu um dos fundamentos principais da fé cristã, ao partilhar o pão e o vinho dando ação de graças durante uma reunião à mesa, exemplo no qual todos os fiéis ao longo dos tempos são ensinados a fazer o mesmo, participando também do Corpo e do Sangue de Cristo. Sem esta comunhão entre os irmãos não é possível haver a verdadeira vida cristã;  não existe a conexão entre o homem e Deus

Mesmo que grande parte do conteúdo da cerimônia da Páscoa haja mudado, uma coisa permanece: a Ceia do Senhor comemora um tempo de dor e de derramamento de sangue do Salvador que venceu a morte, um tempo de liberdade e de resgate da humanidade através da perfeita e eficaz intermediação do Senhor na cruz do Calvário.

E.A.G.

Bíblia Devocional de Estudo, página 101, 1ª edição, Niterói (Fecomex)
Bíblia de Estudo Vida, páginas 99, 1570, 1635. edição 1998, São Paulo (Editora Vida).
Bíblia Missionária de Estudo, páginas 1017, 1183, edição 2014, Barueri (Sociedade Bíblica do Brasil).
Ensinador Cristão, ano 16, nº 62, página 41, abril-junho de 2015 (CPAD),

Rodolfo Abrantes, ex vocalista do "Raimundos": as diferenças entre louvor e adoração, púlpito e palco


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Redução da maioridade penal à luz da Bíblia

Por Caramuru Afonso Francisco

Grande reação tem causado a decisão da Câmara dos Deputados de dar seguimento à Proposta de Emenda Constitucional número 171/1993, que estava há 22 anos "engavetada" naquela Casa, cujo objetivo é a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Embora o povo brasileiro, em sua esmagadora maioria, seja favorável a medida, durante mais de duas décadas, setores comprometidos com o marxismo, tinham conseguido impedir que proposta pudesse ser analisada pelo Congresso Nacional.

Se alguém tem maturidade suficiente para escolher quem vai nos governar, por que não estaria em condições de responder pelos delitos que venha a cometer?

À luz da Bíblia Sagrada, vemos em Romanos 13.1-7, que Deus constitui autoridades, cria o Estado com a função precípua de castigar os maus. É papel do Estado impedir que haja a impunidade na sociedade. Os governantes são os ministros de Deus para que não haja a sensação de impunidade no meio social.

Ora, o Brasil é um país que tem sofrido com a sensação de impunidade. Em nosso país, são cometidos 11% dos homicídios em todo mundo, um número alarmante, que exige da parte das nossas autoridades medidas que diminuam este índice altíssimo, mesmo para os dias em que vivemos, que sabemos que são como os dias de Noé (Mateus 24.37), dias em que a terra estava cheia de violência (Gênesis 6.11).

Neste passo, a redução da maioridade penal é bem vinda, não só porque vai no sentido de diminuir a sensação de impunidade, mas para retirar grande incoerência que existe em nosso sistema. No entanto, não basta a redução da maioridade penal. Faz-se necessário, também, que seja reformulado o Estatuto da Criança e do Adolescente, pois há, nesta lei, algo que é totalmente injusto, pois os menores são punidos sem observância da gravidade de seus atos. É preciso que sejam aplicadas medidas rigorosas e que sejam proporcionais à gravidade dos atos, e não como hoje, em que tanto faz se o menor rouba, mata ou estupra, é submetido a uma mesma medida, qual seja, a internação de seis meses a três anos.

A redução da maioridade penal é um passo, ainda que insuficiente, para que haja o castigo dos maus, algo que é dever imposto por Deus às autoridades.

Posicionamento do Senador Magno Malta sobre a redução da maioridade penal

PEC 171/93: Quem mata aos 16 é tão assassino quanto quem mata aos 61

Fonte: Ceifeiros em Chamas, ano XVI, nº 208, junho de 2015, página 6, coluna Política (CONFRADESP - Assembleia de Deus - Ministério Belém).

O amor de Deus na parábola do filho pródigo


Filho pródigo
Autor: João Cruzué

Quando o filho mais moço exigiu sua parte na herança (Lucas 15:11), o pai não disse uma palavra; fez as contas e repartiu a fazenda para os dois herdeiros. Quando o moço vendeu sua parte, pegou o dinheiro e foi-se embora, o pai presenciou tudo e, também, não disse uma palavra. E não disse, porque nada do que dissesse iria convencê-lo. É o que pode estar acontecendo hoje quando você acha que Deus está em silêncio.

E o filho mais novo da parábola foi-se embora e desperdiçou tudo. E ainda tentou manter-se a distância em um emprego de "pastor" de porcos, depois que o dinheiro acabou. Isso também é muito comum. Deus tem sido uma das últimas portas que os filhos do pós-modernismo batem, quando encontram o fundo do poço.

Quando a fome apertou mesmo, e o moço sentiu que um porco tinha mais valor que ele, a "ficha" caiu. Ele racionalizou, pensou bem, e tomou uma atitude: iria voltar! Mesmo que para isso tivesse que se humilhar e aceitar uma posição de serviçal. Sim, ele estaria disposto a trabalhar apenas pelo pão.

E por causa da fome ele voltou. A crise de pão o colocara de volta no caminho para  casa.

O Pai, por outro lado, não se esquecera dele nem um dia. E foi assim que o avistou ainda longe, voltando trôpego, quase nu, esquálido, com os pés feridos e arrependido. Viu e não deu as costas, nem ficou irado, nem endureceu o semblante. Em vez disso, abriu um grande sorriso, com o coração movido de íntima compaixão, saiu correndo ao encontro do filho, sorrindo e chorando ao mesmo tempo.

Abraçou e o beijou; também sem dizer uma palavra. Não sei se chegou mesmo a ouvir as frases ensaiadas do jovem desventurado. O regresso do moço e o rosto humilde já diziam tudo.

E não mais se contendo de tanta alegria, o pai gritou aos empregados:




Trazei-lhe a melhor roupa;


Vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão,



E alparcas nos pés,



Trazei o bezerro cevado, matai-o


e comamos e alegremo-nos,

Porque este meu filho estava morto, e reviveu

Tinha-se perdido, e foi achado.


Aquele pai não disse uma palavra de perdão. Sua recepção, no entanto, valia por mil palavras. Demonstrava não apenas perdão, mas devolução do status filial e um amor incondicional. Amor que se expressou por uma explosão de alegria em uma grande festa.

pródigo arrependido não estava preparado para um perdão incondicional, nem pela reconquista da condição de filho. Jamais passou pela sua cabeça ser recebido com festa. É assim que Deus faz: Ele surpreende, vai muito além daquilo que planejamos e esperamos.

Quando Jesus disse esta parábola, o desmiolado filho caçula representava os pecadores: as prostitutas, os leprosos, os publicanos, os samaritanos, os desprezados pela sociedade, os quebrantados de coração, os bêbados, os desgarrados e distanciados de Deus. Você e eu.

E o filho mais velho que se aborreceu com a volta do irmão caçula representava os religiosos legalistas dos dias de Cristo. Fariseus, saduceus, levitas, escribas e sacerdotes. A elite religiosa que torcia o nariz pela forma amorosa com que Cristo se relacionava com a "gentalha". A mesma atitude mesquinha que está acontecendo neste século XXI, em que Deus está interessado na salvação dos perdidos, já tem preparado o "cevado" para uma grande festa, mas os "filhos mais velhos", não estão mais interessados em olhar o caminho dos pródigos.

Jesus deixou implícito e muito claro na parábola que o Pai do pródigo, é Deus, nosso Pai Celestial. Um Pai amoroso, perdoador, festejador, que deseja para abraçar aqueles que se levantam do pecado e encontram o caminho do arrependimento. Um Deus que tem propósitos especiais para cada pessoa - ou farrapo de pessoa. Ele ama cada pecador e está disposto a perdoar e depois revelar em cada coração qual seu propósito de cada um.

Deus está em silêncio, não é porque o/a não ama. Mas porque talvez você se mantém longe e ainda não pensou em voltar. Ainda deseja continuar distante, vivendo infeliz, sob uma justificativa de uma falsa liberdade, crendo em sofismas, em filosofias vazias. Pode ser que jamais pensou em ler uma Bíblia - a palavra de Deus. Quem sabe se Uma foto do quadro da sua vida nesse instante pudesse lhe mostrar que não há nenhum futuro para você sem a mão amiga de Deus.

Jesus é o filho do Deus vivo. Basta apenas um pensamento em seu coração. Um simples pensamento: "Deus, se Tu existes mesmo, mostra um pouco da tua misericórdia para mim, e perdoa-me, pois minha situação é esta, esta e esta... Eu sempre pensei assim, assim e assim...E agora eu preciso muito de ajuda. Da Tua ajuda, pois eu cheguei além do que se conhece por fundo do poço.

Um abraço de perdão. Um beijo de aceitação. Uma roupa de justificação, um anel de filiação, sandálias para proteger os pés e uma grande festa de comemoração para a sua volta. Você pode estar morto, perdido, derrotado mas se voltar de verdade para Deus vai receber uma nova vida, vai encontrar um caminho da paz e da felicidade e vai voltar a ouvir de novo o barulho da alegria.

Jbc.

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