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Arquivo | 14 anos de postagens

domingo, 31 de maio de 2015

O amor cristão, o mendigo e a esmola


Quando tenho condições de colaborar com alguém que pede ajuda nas ruas, prefiro fazer isso entregando produtos da cesta básica, evito entregar dinheiro.

Grande parte das pessoas mendigas estão viciadas em algum tipo de droga. Então, ao receberem o valor em espécie é bem provável que este valor recebido será usado para satisfazer o vício. Assim sendo, ao dar dinheiro a elas eu não estaria ajudando, mas atrapalhando essas pessoas a recuperarem a dignidade e a deixarem o deplorável estado da mendicância.

Incubadora literária

Por Noélio Duarte

Não foi a energia elétrica, o átomo, os foguetes ou outra invenção do gênero a maior criação do homem.  Na verdade, a mais importante que as mãos  humanas criaram é bem mais simples e essencial que qualquer tecnologia: escrever. Por meio da escrita, o conhecimento foi transmitido e a cultura e a sociedade transformaram-se. A escrita foi e continua sendo a alavanca para o progresso do ser humano sobre a face da Terra.

Desde os escritos mais primitivos até Gutemberg e daí até o nosso tempo, o livro promoveu mudanças nunca vistas em toda a história da humanidade. Vale lembrar também que foi um livro, chamado Bíblia, que teve papel decisivo no pensamento humano. Isso nos mostra o poder do livro no desenvolvimento da humanidade.

Atualmente, o livro está um pouco de lado pelo fato de termos outras plataformas para trabalhar a escrita e disseminar o conhecimento. A alta tecnologia invadiu o comportamento humano com seus tablets, e-books, smartphones e, até mesmo, a tela dos monitores ficou mais espaçosa. A facilidade tecnológica está em todos os lugares: transportes públicos, rodoviárias, aeroportos, praças, shoppings, avenidas, cafeterias... Por onde andamos, há sempre alguém plugado em seus mágicos aparelhos.

A dimensão desse fenômeno é mundial. É fato que pessoas sabem usar muito bem a tecnologia, mas desaprenderam a escrever. 

Sou pastor, escritor e professor universitário e tenho ficado muito incomodado com o impacto que as "maquininhas" estão tendo sobre a construção da escrita, reduzindo a capacidade de concentração dos jovens. Recentemente, li alguns estudos que identificaram que jovens de 12 a 18 anos têm dificuldades para escrever textos curtos e médios. O motivo é o excesso de uso da internet. As escolas não incentivam mais a escrever. E isto implica que leitura e escrita estão sendo profundamente afetadas.

Diante deste cenário, entendi que poderia mudar o curso da história, pelo menos para os jovens da Primeira Igreja Batista em Caramujo (Niterói, RJ), igreja que estou pastoreando. Criei assim a "incubadora literária", Por meio de estratégias da PNL (Programação Neurolinguística) e do Coaching Literário, jovens e adolescentes estão aprendendo a escrever textos de pequena, média e alta complexidade, envolvendo temas diversos. 

Com essa metodologia, eles são preparados para enfrentar concursos públicos nos quais a redação sempre tem peso maior. Muitos dos que estudaram na "incubadora" foram vitoriosos. Um deles conseguiu o primeiro lugar em um concurso nacional de redação, promovido pela Academia Evangélica de Letras do Brasil (sediada no Rio de Janeiro), conquistando premiação em dinheiro.

O mais interessante nesta metodologia é que eles estão aprendendo a escrever por meio de temas bíblicos. São motivados a pensar biblicamente em cenários e ações de pensamentos diversos e, assim, têm condições de construir brilhantes textos. Esses textos têm se transformado em lindas mensagens de esperança. A Bíblia tem nos ajudado na formação de novos escritores para um novo e desafiador tempo.

Noélio Duarte é teólogo, fonoaudiólogo, neurolinguista, escritor, crônista e poeta. É membro titular e diretor de comunicação da Academia Evangélica de Letras do Brasil e é pastor da Primeira Igreja Batista Caramujo, Niterói - RJ.

Fonte: A Bíblia no Brasil, página 34, número 247, maio-junho de 2015, ano 67 (Sociedade Bíblica do Brasil).