Pesquise sua procura

Arquivo | 14 anos de postagens

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Patricia Abravanel e a descontração do pai famoso em ritmo de férias

Patricia Abravanel, filha do dono da emissora SBT e apresentador de TV, postou uma foto dele e a seguinte frase:

"Socorro!! Para completar o "look" tradicional de férias do meu pai, (camisa florida com shorts xadrez), olha as meias que a Rebeca deu!! #ninguémmerece #curtindoasferias #naotánemaí "

Nesta data, a página da Patricia no Instagram aponta que ela possui 670.456 seguidores; 1.020 postagens e que está seguindo 1.047 usuários da rede social. O post em questão, tem reverberação no Websta, conta com 30.384 corações (apreciações) e 4.284 comentários bem humorados.

Fonte:
http://instagram.com/patriciaabravanel/?modal=true"
http://websta.me/n/patriciaabravanel

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A nobreza dos crentes de Beréia e a truculência dos judeus de Tessalônica

Como cristão, ninguém deve ser apressado para concluir o pensamento em assuntos complicados, aliás, em nenhum assunto. Nenhum cristão deveria aceitar formadores de opinião aqui deste mundo, todos deveríamos conferir sempre se a opinião do próximo e a própria opinião está de acordo com a Palavra de Deus.

Como ser nobre como os crentes de Beréia?

O breve comentário do escritor do livro de Atos sobre os judeus em Beréia é importantíssimo e de interesse de cada cristão sincero. A observação coloca diante de nós a explicação de qual é a mentalidade que verdadeiramente é nobre aos olhos de Deus. "E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens" - Atos 17.10-12 .

Analisando o contexto da frase, voltamos para Atos 16 e vemos que Paulo estava em sua segunda viagem missionária e atingia a Europa com sua pregação. Na sequência dos acontecimentos, experimentou uma passagem alegre por Filipos e depois entrou em Tessalônica e lá encontrou um grupo grande de pessoas que acreditaram em sua pregação. A conversão dessa gente ao cristianimo provocou a inveja de judeus incrédulos e eles mobilizaram "homens perversos dentre os vadios" (17.5) para criar uma multidão e causar tumulto, o que resultou na saída de Paulo e Silas para Beréia antes do tempo que haviam determinado estar naquela cidade.

A afirmação de que os judeus bereanos foram mais nobres (eugenesteroi). que os judeus tessalônicos não significa literalmente, mais nobre por nascimento; descendência de ancestrais ilustres. O termo é usado para designar a qualidade da mente e do coração. A comparação feita em Atos 17 não se refere à linhagem. pois assim como eles os tessalônicos eram judeus, tinham a mesma origem e nas duas cidades existia israelitas convertidos a Cristo. O que lhes conferia nobreza era a disposição mental de aprender sobre as coisas de Deus, a sinceridade, a capacidade para receber novas informações com serenidade sem criar oposição antes de examinar o discurso apresentado, por receber a palavra com alegria do Espírito Santo, e não como a palavra de homem, mas como a Palavra de Deus e tal susceptibilidade em relação a mensagem do Evangelho entregue pelos apóstolos, os fizeram participantes da graça de Deus.

Os judeus em Beréia aplicaram-se seriamente ao estudo das Escrituras quando receberam o ensino da parte de Paulo e Silas, entenderam que não deveriam receber a mensagem como palestra teórica, mas abraçá-la espiritualmente, foram capazes de ouvir com os ouvidos abertos ao Espírito Santo, não escutaram com a afeição do homem natural. Eles não apenas foram à sinagoga no sábado para cumprir o ritual religioso, mas saíram de lá e diariamente passaram a estudar os escritos do Antigo Testamento para conferir se o que haviam ouvido a respeito do Messias, sua encarnação, obediência, morte e ressurreição era mesmo a verdade. A investigação que, de bom grado, eles se propuseram a fazer sobre a doutrina de Cristo os abençoou, levando-os a crer, e por conseguinte serem salvos da perdição eterna, pois a atitude abriu seus olhos para se enxergarem dentro da condição miserável de homens pecadores e clamaram pela salvação em Cristo.

O estudo bíblico é sempre necessário em todos os setores da vida, pois a Bíblia é a luz do nosso caminhar e a lâmpada que nos auxilia para não tropeçar na caminhada cristã.

Os judeus bereanos são um bom modelo para os crentes de hoje. Todo cristão precisa deixar de lado todos os preconceitos e opiniões e partir às pesquisas com a intenção de descobrir "se essas coisas são assim", aceitar o conteúdo bíblico como o padrão da verdade, tratar as Escrituras  como o seu manual de consulta. Quando encontra diversas situações pelo caminho que obriga-o a posicionar-se, o procedimento correto é agir como os bereanos agiram, examinar a Bíblia com a intenção de tomar atitudes em conformidade com a vontade de Deus. Este hábito prova quem é o crente que possui coração generoso para com o Espírito Santo e classifica quem é o crente considerado nobre e quem é o crente indisposto a parar e a prestar atenção na mensagem do Evangelho, considerando-a indigna de reflexão séria e única fonte que lhe trará o conhecimento que torna capaz de evitar erros e gera a graça de Deus em sua vida.

Causa espanto encontrar quem não se interesse em conhecer em profundidade as posições das Escrituras em diversos assuntos importantes e seja capaz de seguir o curso desse mundo, acatar e repassar ideias, às vezes equivocadas, de irmão X e Y como verdades absolutas. O ser humano, mesmo cheio de boas intenções, é pecador; só Deus é santo, portanto, convém sempre estar pronto para escutar e aplicar em nossas vidas a opínião divina (Provérbios 20.25a).

O estudo bíblico é sempre necessário em todos os setores da vida, pois a Bíblia é a luz do nosso caminhar e a lâmpada que nos auxilia para evitar o tropeço na caminhada cristã. Usemos a iluminção do céu (Salmo 119.105).

E.A.G.

O evangelismo e o ensino

Toda pregação ensina, porém, nem todo ensino é uma pregação.

Pregar é proclamar. A pregação ensina por meio de monólogo, apresenta exortação e aplicação usando no método de comunicação a linguagem corporal, a inflexão de voz, o contato visual e etc. Pregar é comunicar o Evangelho entregando mensagens de consolo aos que sofrem e de ânimo aos que pararam à beira do caminho.

A pregação mais preciosa se consiste em apresentar o Plano da Salvação às almas perdidas, é evangelizar as almas que ainda não resolveram aceitar a Cristo como o Senhor e único e suficiente Salvador. É a prática de evangelismo, determinada por Jesus em Marcos 16.13. Cabe aqui ressaltar o texto sagrado capitulado em João 3.16. 

Quanto a ensinar, podemos dizer que é o mesmo que explicar, é responder perguntas, é desfazer dúvidas. O ensino tem o objetivo de reforçar a idéia, repassar dados, informações, para incitar o pensamento profundo (Colossenses 1.9-10). Basicamente, ensinar é entregar a mensagem bíblica aos que já se decidiram por Cristo, para aqueles que creram no Plano da Salvação e estão engatinhando como bebês espirituais, é dizer o que há de certo a fazer para as crianças na fé. Como um bom exemplo de material de ensino aos novos convertidos, e a todos que ainda não atingiram a maturidade plena e precisam crescer mais, julgo que as três cartas de João e a carta de Tiago são extremamente úteis para que o crente alcance à estatura espiritual de Cristo.

A pregação produz repetidores da palestra, tal qual os filhos imitam seus pais. O ensino bíblico provoca no cristão uma vida piedosa, sem transferência de conhecimento bíblico, nenhuma forma de vida piedosa existiria.

O evangelista e o mestre são embaixadores de Cristo, porta-vozes de Deus para entregar a mensagem que influenciará pessoas a viver em comunhão com o Criador. Tanto evangelizar quanto ensinar são ações descritas como aptidões dadas por Cristo a igreja com a finalidade de aperfeiçoar os santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo (Efésios 4.10-12).

E.A.G.

Em defesa do neopentecostalismo - argumentação e contra-argumentação

Rachel Winter é jornalista e escritora de literatura cristã, edita o Blog Mensageiras da Ressurreição. É blogueira desde agosto de 2010, e eu sou leitor de seu blog. Em 18 de janeiro de 2015 ela escreveu o artigo Em Defesa do Neopentecostalismo, que considerei muito interessante porque não havia visto iniciativa assim na Blogosfera Evangélica até então. Eu fiz meu comentário a respeito do tema esposto por ela. Abaixo, a minha contra-argumentação, que não significa estar totalmente contra seus posicionamentos. 
___________

Prezada irmã Rachel.

Sou uma pessoa que se nega a lançar críticas sem o conhecimento da causa. Eu quero ver primeiro, ter minhas impressões próprias, recuso-me a seguir , de olhos fechados, o pensamento do outro quando o outro manifesta suas opiniões, seja um selo de aprovação ou reprovação.

Assim, sendo eu uma pessoa que nasceu no berço da Assembleia de Deus na cidade de São Paulo, conheci a Igreja Deus é Amor, a Igreja da Graça e a Igreja Universal, que são alvos de muitas críticas. Não posso comentar sobre outras neopentecostais porque não as observei.

Barganhas...

A grande crítica às neos é conhecida como Heresia da Barganha. Esta crítica atinge o costume de oferecer oração apenas aos crentes que entregarem uma quantia pré-determina em oferta. Eu vi isto acontecer pessoalmente, o dirigente do culto se propôs a orar apenas pelos doentes que pudessem ofertar antes da oração o valor de cem reais. E como ficaram os outros enfermos sem dinheiro? Foram despedidos com os seus males. Isso é uma crueldade sem escrúpulos que Jesus e os apóstolos jamais praticaram.

Eu vejo com preocupação a atitude dessas lideranças neopentecostais em distribuir aos membros apetrechos, como panfletos, cruzes, sal, copos de água, óleo, etc, associado a uma oração em busca de alguma espécie de bênção. Muitos membros se apegam a essas coisinhas, não conseguem orar em nome de Jesus sem que não tenham algum tipo de objeto nas mãos. Entendo que as ovelhas de Cristo deveriam ser preparadas para não depender dessas coisas ao orar ao Senhor, pois o ensinamento bíblico é que usemos apenas a fé e o nome de Jesus, e nada mais. 

Como cristão que preza pela clareza dos fatos, quero dizer que existem muitos depoimentos de milagres de curas nas igrejas pentecostais, sem nunca ser usado o recurso do copo de água, sal, panfleto , e imposição de entrega de ofertas com valor estipulado.

Os líderes neopentecostais citam como argumento, para a orientação de usar objetos, o episódio de Jesus e a lama nos olhos do cego, a cura através da sombra de Pedro e a cura de Naamã nas águas de um rio. Mas eles não cogitam que essas passagens não aconteceram associadas aos pedidos de ofertas, não cogitam que são passagens bíblicas de modalidade narrativa e não normativa. 

O fato de as narrações bíblicas sobre milagres vinculado em alguma espécie de elemento não estarem expostas como normas, nos faz entender que não se deveria fazer da situação do uso de elementos associados às orações um ritual litúrgico. Mas, infelizmente, o recurso é habitual, o costume se transformou em espinha dorsal das neos para arrecadação do financiamento de seus projetos ministeriais. O pastor distribui diversos objetos aos membros que aceitam contribuir com determinado valor em oferta, ensinando que a bênção poderá ser alcançada através daquela aquisição e da disposição em ofertar. E ora especificamente pelos participantes do que se convencionou chamar de “corrente” ou “campanha”.

Digo que não se deveria fazer de “correntes” ou “campanhas” partes litúrgicas de um culto mesmo sabendo que existe em algumas partes da Bíblia situações inusitadas usadas por Deus para alcançar seus propósitos de abençoar pessoas. Por que, não? Porque nenhuma cura na Bíblia foi realizada estipulando uma condicional padronizada. Aliás, Jesus e os profetas jamais repetiram fórmulas para realizações de milagres. Também digo que não deveria ser assim porque a prática induz a ovelha a deixar de ser adoradora para ser uma solicitante disso, aquilo e acolá. Deus busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade!

Entendo que não existe esforço por parte de líderes de igrejas neopentecostais para oferecer aos membros ensino teológico aprofundado. Parece ser assim, não digo categoricamente que é. Eles parecem não desejar o crescimento espiritual das ovelhas, aparentemente não desejam fazê-las crescer em Cristo e se tornarem maduras espiritualmente.  Vi algumas pessoas neopentecostais com desejo de aprofundarem-se no conhecimento bíblico trocarem as neos por igrejas pentecostais e depois refutarem veementemente a prática da barganha.

É importante esclarecer que as igrejas neopentecostais afirmam que solicitam dinheiro para a manutençãao de programas de televisão com vista a evangelizar, usam este argumento de maneira maciça para promover a arrecadação. Porém, o mais recente apontamento do senso do IBGE acusou que a igreja que mais cresceu no Brasil nos últimos dez anos anteriores à pesquisa foi a pentecostal Assembleia de Deus. 

Equívoco dos pentescostais

Observando argumentações de críticos pentecostais, concordo com você que existe muita superficialidade ao se fazer a crítica. Em determinada ocasião, tive a oportunidade de refutar um renomado escritor e conferencistas assembleiano, conhecido dentro e fora do Brasil. Este crítico dizia que a prática da “unção do riso”, o “reteté“/ “sapatinho de fogo”, vinha das neos. Mostrei-lhe que o fundador da Assembleia de Deus, Gunnar Vingren era praticante desse costume, lá pelos idos de 1913, apresentando-lhe sua biografia. Ele criticava a Igreja da Graça e a Universal sem saber que na IURD e na IIGD não existe espaço para manifestações de “aleluias” e “glórias” em voz alta, que existe maior reverência de membros nas neos durante as ministrações da Palavra de Deus, que não se admite nas neos conversas entre membros e idas e vindas ao banheiro durante as pregações.

Mas, penso saber o que induziu o renomando escritor pentecostal a concluir equivocadamente sobre a origem da unção do riso, reteté/sapatinho de fogo. Existe um vídeo no YouTube, em que Kenneth Hagin, considerado o grande influenciador das igrejas neopentecostais brasileiras, aparece rindo muito, e diversos membros que estão no mesmo ambiente sendo incentivados por ele a rirem também, num ambiente que parece ser reunião de culto. Daí deduzir que aquilo seria uma invenção de Hagin, esquecendo-se do relato no livro biográfico de Gunnar Vingren.

A maior parte dos pentecostais tendem a ensinar que Deus não se interessa em abençoar aos crentes na parte material. Alguns até acreditam que seja pecado pensar em ser abençoado na esfera material. Nem se quer entendem que o Reino de Deus começa a fazer parte da vida do crente quando este crente aceita a Cristo como Senhor, o seu Rei dos reis. Parece que uma parte dos pentecostais desconhecem as etimologias das palavras paz, salvação e bênção nos idiomas do Antigo e Novo Testamento. Eles ignoram que a Bíblia fala em prosperidade no campo espiritual e material. E, não se sabe se propositalmente ou não, confundem o que a Bíblia diz sobre prosperidade com essa suposta doutrina classificada como Teologia da Prosperidade.

Concluindo.

Eu quero fazer parte de uma igreja perfeita, tenho esse desejo sabendo que não existe uma igreja perfeita aqui na terra, a perfeição só será atingida quando Jesus arrebatar os crentes desse mundo para adorarem a Deus eternamente lá no céu. Aqui, somos todos, homens e mulheres, crentes falhos, e precisamos aprender a nos tolerar e não exigir do outro a perfeição que não temos.

Porém, sendo gente falível, é lógico que não devemos aceitar todo tipo de falha, pois a raiz dos problemas nunca é a ação mas a intenção. Aquele que erra de maneira repetida e intencionalmente, deve ser avaliado e reprovado por nós, pois para isso Jesus Cristo nos deu pelo seu Espírito o dom de discernimento de espíritos (1 Coríntios 12.7-11). Quem age fraudulentamente, conforme escreveu em seu texto citando Mateus 12.3, é reconhecido por tudo que produz de ruim. Isso se aplica aos neopentecostais, aos pentecostais, aos crentes reformados e a qualquer outro crente que se identifique por outra rotulação.

Refutemos os hereges, tomando o cuidado para não cometer a heresia de confundir o que seja realmente heresia. Nem tudo que é estranho ao nosso modo de cultuar a Deus é pecado, então, antes de opinar, tenhamos a paciência de procurar o posicionamento bíblico a respeito daquilo que consideramos estranho.

E.A.G.