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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O salmo do profeta Isaías

O inseto coleópteros, da família Coccinellidaejoaninha, popularmente conhecido como Joaninha, é uma das maravilhas de Deus na lavoura brasileira. Além de bonito, é predador de muitos outros insetos nocivos às plantações

Isaías 25.1-12

Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei, e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza.

Porque da cidade fizeste um montão de pedras, e da cidade forte uma ruína, e do paço dos estranhos, que não seja mais cidade, e jamais se torne a edificar.

Por isso te glorificará um povo poderoso, e a cidade das nações formidáveis te temerá.

Porque foste a fortaleza do pobre, e a fortaleza do necessitado, na sua angústia; refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor; porque o sopro dos opressores é como a tempestade contra o muro.

Como o calor em lugar seco, assim abaterás o ímpeto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim o cântico dos tiranos será humilhado.

E o Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos uma festa com animais gordos, uma festa de vinhos velhos, com tutanos gordos, e com vinhos velhos, bem purificados.

E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem.

Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse.

 E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.

Porque a mão do Senhor descansará neste monte; mas Moabe será trilhado debaixo dele, como se trilha a palha no monturo.

E estenderá as suas mãos por entre eles, como as estende o nadador para nadar; e abaterá a sua altivez com as ciladas das suas mãos.

E abaixará as altas fortalezas dos teus muros, abatê-las-á e derrubá-las-á por terra até ao pó.


(Almeida Revista Corrigida e Fiel)


E.A.G.

As regras para ser um bom pastor

Por Genivaldo Tavares de Melo

1) Não queira ser um bom pastor, seja você mesmo.
2) Ame pela ordem: Crianças, idosos, adolescentes, jovens e os demais.
3) Seja o mais próximo possível daqueles a quem rotulamos de "símplices".
4) Valorize os chamados "pobres" na somatória, o dízimo deles é maior que o maior.
5) Não se deixe levar pelas aparências, quanto mais polida a Bíblia, mas, desconfie.
6) Não permita que o espírito do caciquismo (aqui mando eu) repouse sobre a sua inteligência.
7) Entenda que você foi chamado para servir e não para ser servido.
8) Não mande, dê o exemplo.
9) Aprenda a ser respeitoso com o público.
10) Faça teologia, mas, saiba, que o melhor, vem do alto.

E.A.G.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

J. P. Kolenda e a profissionalização do ministério


Um homem que marcou e "incomodou" sua época. Assim pode ser descrito o trabalho do missionário John Peter Kolenda, ou simplesmente J. P. Kolenda. Nascido na Alemanha em 1898, filho de um pastor luterano que trabalhou em comunidades de colonização alemã no Rio Grande do Sul, Kolenda residia nos Estados Unidos quando, após a conversão, teve contato com o movimento pentecostal. Ordenado pastor ainda jovem sentiu uma forte chamada ministerial.

Quando foi convidado para ajudar no trabalho missionário no Brasil, JP já era um obreiro experiente e destacado nos EUA. Kolenda veio trabalhar (tanto ele como outros missionários da AD estadunidense) em regime de cooperação com a Missão Sueca, inclusive se sujeitando as normas e aos métodos de trabalho dos suecos. Essa sujeição era uma exigência dos escandinavos, pois estes se viam como pioneiros do trabalho pentecostal em terras brasileiras, e não queriam a princípio ceder lugar aos estadunidenses.

JP chega ao RJ no ano de 1939, e para curiosidade e espanto geral, desembarca com seu Chevrolet e aluga um apartamento em Copacabana. Era evidente que a postura e o status financeiro dos obreiros vindos da América do Norte era vista com reservas pelos suecos. Segundo Paul Freston, não foi só isso que trouxe dificuldade de aceitação por parte dos missionários. Para o sociólogo a "ênfase americana em educação teológica e a atitude menos severa na área de costumes" contribuíram para vários conflitos entre os missionários estadunidenses, suecos e brasileiros.

Logo, JP seguiu para o estado de Santa Catarina onde o trabalho ainda era muito modesto. Juntamente com outro missionário estadunidense, organizaram a AD em Santa Catarina e promoveram as bases para seu maior crescimento. De forma simultânea, Kolenda estava envolvido nos grandes debates acerca do ensino teológico nas Convenções Nacionais. Não foram poucos os debates sobre esse assunto, muito dos quais JP foi rechaçado pela liderança das ADs brasileiras. O tema sobre a melhor formação dos obreiros era necessário e incomodo. Mas não havia acordo entre as partes, e as discussões prosseguiram durante muitos anos.

Porém, foi em outro projeto que Kolenda foi bem sucedido. Lançou uma campanha financeira nos EUA e no Brasil em favor da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), para compra de maquinários e aquisição de um prédio próprio para a editora. Conseguiu ainda trazer um técnico dos EUA para ajudar na instalação gráfica. O sonho do instituto bíblico JP não conseguiu concretizar, deixando esse desafio para seus sobrinhos João Kolenda e Dorris Lemos.

Deixou Santa Catarina em 1952, se dedicando tão somente a CPAD no RJ. Ainda nos anos 50 partiu para a Alemanha, país arrasado pela guerra, para ali ajudar na reconstrução das igrejas, fundando inclusive um instituto bíblico em seu país de origem. JP voltou outras vezes ao Brasil, e na década de 70 ajudou a implantar na AD em Belém um instituto bíblico. Em outras vezes esteve em SC para ministrar estudos bíblicos e rever parentes, amigos e obreiros.

Em uma de suas visitas à CPAD no RJ no ano de 1969, Kolenda é entrevistado para o Mensageiro da Paz. Uma das perguntas feitas ao legendário obreiro foi "qual o maior problema que se depara as Assembleias de Deus presentemente?" A resposta do antigo pioneiro surpreendeu por sua aguda observação das transformações em curso no seio das ADs. Para ele o maior problema das ADs no Brasil e no mundo era "a tendência para a acomodação entre os crentes e o profissionalismo ministerial." Ainda segundo Kolenda "o ministério têm perdido o fervor da evangelização, trocando-o por um ministério que é apenas uma profissão".

Chega a ser uma ironia essa constatação, pois quando ele e outros obreiros defendiam os institutos bíblicos, geralmente eram acusados de querer montar uma "fábrica de pastores" dentro das ADs. Agora JP revela outra preocupação e observa uma tendência, a qual se aprofundaria durante os anos seguintes e, chegaria aos dias atuais como uma triste e sórdida realidade: o ministério visto apenas como profissão, meio de vida e fonte de lucro.

Quantos obreiros hoje não são fabricados? Não em institutos, mas em famílias pastorais, atuando em uma espécie de plano de carreira ministerial. Plano esse que não exige nada mais do que uma boa filiação, parentesco, casamento ou lábia para ser bem sucedido. Sim, conforme diagnosticou JP, o ministério para muitos se transformou em uma atrativa profissão. E quem paga essa conta e as benesses de uma vida de muitos privilégios?

Fonte
ARAUJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
FRESTON, Paul. Breve História do Pentecostalismo. In: ANTONIAZZI, Alberto. Nem anjos nem demônios; interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes, 1994.
MENSAGEIRO DA PAZ. Junho de 1969 - nº 12. Rio de Janeiro: CPAD.
Conteúdo extraído de Memórias das Assembleias de Deus - http://mariosergiohistoria.blogspot.com.br/ 

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