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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Bob Fernandes perde a linha ao comentar sobre o Deputado e Pastor Marco Feliciano


A missão do jornalista é anunciar a verdade, apresentar fatos. Mas não é sempre assim o exercício de alguns no meio jornalístico. Não me refiro aos âncoras, como Borys Kasoy e Rachel Sheherazade, que expressam opiniões contundentes  em algumas notícias que apresentam. Podemos discordar do modo que eles pensam, mas entendemos que estão marcando posição dentro do limite do bom senso e da ética da profissão. Não foi o caso de Bob Fernandes, comentarista do Jornal da Gazeta, edição de hoje, 10 de abril.  Fernandes surgiu na tela para falar sobre o fato de outra vez  o Deputado Marco Feliciano, pastor da Assembleia de Deus, trocar de salão na CDHM, indo ao salão restrito aos jornalistas e convidados, para afastar-se de tumultos e pudesse dar continuidade à reunião que era interrompida por manifestantes, contra e favorável a ele na permanência da presidência da comissão.

Mas Fernandes não falou nada aproveitável, foi tendencioso, não usou imparcialidade. Ele limitou-se a discursar sobre conteúdos audiovisuais editados que encontramos no YouTube,  vídeos antigos de Marco Feliciano na função de conferencista assembleiano, postados por internautas que desrespeitaram o  copyright do próprio Feliciano.

Bob Fernandes discursou  sobre temas que Marco Feliciano se manifestou como pastor evangélico e não como Deputado Federal. Lembrou pregações religiosas em que se referia a John Lennon, Mamonas Assassinas, aborto, lembrou a postagem de Twitter sobre o continente africano. Até aí, ainda posso dizer que era um bom começo da fala de Fernandes. Ele azedou o caldo da crítica quando, sem ser formado em Medicina, emitir laudo médico: "Marco Feliciano está doente da cabeça e  da alma".

Caro Bob, isto não é prática de jornalismo sério. Jornalista não deve se passar por médico para sustentar crítica. Aliás, caberia até um processo do parlamentar contra você por esta declaração irresponsável, infeliz, e nada profissional. Deixe o destempero infantilóide aos simplórios que estão em Brasília dispostos a fazer baderna nas reuniões da CDMH, servindo como massas de manobras para satisfazer interesses de donos de ONGs GLBT, preocupados com o fato de que deixarão de ganhar alguns milhões se Marco Feliciano se manter como presidente do colegiado.

 
E.A.G.

Cristãos entre carne legumes e verduras





Lembro-me de Jesus, em duas passagens bíblicas. Ele multiplicou pães duas vezes e fez com que fossem distribuídos como sanduíches, quis que o povo se fartasse com pão e peixe.

Pedro era pescador e teve duas experiências com Cristo relativas à pesca. A primeira, na ocasião de sua chamada para seguir a caminhada de fé e após a ressurreição do Senhor, quando ele se esquecia de sua vocação ministerial e voltava a pescar como atividade profissional. Em ambas oportunidades Jesus apontou a direção para que se lançasse a rede e a pescaria foi espetacular. Na segunda vez, Pedro pegou 153 peixes graúdos e apesar do peso a rede não rompeu. Ao chegarem em terra firme, havia uma fogueira acesa, Pedro e outros discípulos  descansaram em volta dela, comeram pão e peixe assado servido Mestre  (Lucas 5.4-5; João 21.1-25). 

Mas, a questão da alimentação na Bíblia vai além dos peixes. Lá em Atos 10.1-18. O Espírito deu uma visão para Pedro em sonho, após dormir faminto. O apóstolo viu descer do céu um uma espécie de vaso e ouviu  uma voz ordenar “Pedro, levante, mate e coma”. Ele resistiu, porque viu animais que a Lei de Moisés considerava impróprios. A voz o aconselhou: Não considere imundo o que Deus purificou. Ao final, a voz disse: “Não considere imundo o que Deus santificou”. 

Quais eram os animais cerimonialmente impuros na religião judaica?  Levítico 11,1-46 apresenta a lista.

É perceptível  que a passagem em Atos 10 se trata de uma metáfora. A mensagem orientava Pedro a ir pregar para os estrangeiros, aos gentios. No entanto, é preciso interpretar com o contexto bíblico. Lembrar que as simbologias que visam passar lição de algo positivo jamais foram escritas nas páginas bíblicas usando figuras negativas. Enfim, o Espírito mostrou para Pedro com símbolo duas ações corretas que ele considerava erradas.

Paulo tratou sobre a carne de maneira bem direta com os crentes de Roma, pois alguns deles estavam escandalizados com irmãos que comiam carnes de animais que haviam sido mortos em rituais pagãos. E isso resultou em quase um capítulo e meio (Romanos 14.1 até 15.7). Em suma, disse que não  era pecado comê-las, se a consciência de quem comia não tivesse dúvidas que era o certo a fazer e se o ato não provocasse danos à fé alheia.

Paulo também tratou de comida com crentes gregos, pois alguns líderes ensinavam ser pecado comer carne e proibiam a ingestão delas. Ele os refutou: “Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber... Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne” (a natureza humana) - Colossenses 2.16 a; 21-23.

Enfim, à mesa ou em qualquer outra situação, que a determinação humana esteja em segundo plano, se não for contrária ao ensinamento bíblico, e totalmente rejeitada se for contrária ao ensino de Jesus, pois Ele é justo e soberano. "A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" – Colossenses 3.16-17. 

E.A.G.