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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Fé, ética, conflitos, e a perseguição religiosa do Conselho Federal de Psicologia do Brasil

Perseguição religiosa no Conselho Regional e Conselho Federal de Psicologia
Marisa defende discussão do papel do
 psicólogo  no tratamento da sexualidade.
Por Giuliana Azevedo

Uma polêmica recente envolvendo a psicóloga Marisa Lobo traz à luz a discussão sobre fé e ética e os modos de buscar sua coexistência. Será que a garantia constitucional à liberdade individual nos isenta de uma postura de neutralidade na prática do exercício profissional? Essa neutralidade é possível? E o Estado laico, assim como outras instituições, podem coagir o cidadão a deixar de manifestar suas convicções religiosas?

Marisa Lobo foi intimada pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP) DO Paraná a retirar de seu site, blogs e redes sociais todo material que vinculasse sua profissão a crenças religiosas particulares, sob o risco de cassação do registro profissional. A psicóloga entende que está sendo perseguida, porém, afirma que não vai acatar a ordem do conselho, tampouco negar sua fé, e continuará a exercer suas atividades normalmente, ainda que sofrendo ameaças de algumas militâncias.

Para Marisa Lobo, o psicólogo acima de tudo é um ser humano, portanto, dotado de valores próprios. Alías, a Psicologia como "ciência da alma", também seria subjetiva, uma vez que apresenta teorias baseadas em percepções de diversos autores. Apesar disso, ela alega que não induz nenhum paciente às duas convicções cristãs.

"Temos que entender que quem manda na terapia é o paciente. não o psicólogo. Se o desejo dele é seguir sua religião, sua tradição, não posso interferir como muitos psicólogos fazem, induzindo o paciente a acreditar que todas suas dores provém de falta de sexo ou fanatismo religioso. É uma teoria de desconstrução do sujeito. Tiram Deus da pessoa e a deixam só. Quem acredita em Deus, tem uma religião, uma fé, fica aleijado em suas emoções, e isso ninguém quer saber", afirma a psicóloga que defende mudanças no código de ética da profissão.

Entendendo a importância do debate, o líder da frente parlamentar evangélica, João Campos (PSDB-GO), disse que pretende levar o assunto para a discussão em audiência pública.

"A ética médica, inclusive a ética do profissional de psicologia, recomenda que o profissional ao tratar a um paciente use apenas a orientação da ciência médica e não suas convicções políticas, religiosas, filosóficas, etc. Mas daí querer impor um comportamento a esse profissional fora do seu consultório não é razoável no estado democrático", assegura.

Caso que se repete

Marisa Lobo não é a primeira a viver esse embate. Em 2007, a psicóloga Rozangela Justino recebeu censura pública do Conselho Federal de Psicologia do Brasil (CFP), que confirmou resolução do CRP do Rio de Janeiro. Foi alegado que Rozangela oferecia tratamento de reversão da homossexualidade, no entanto, a profissional não teve registro cassado.

Fonte: Jornal Nosso Tempo, nº 38, Março de 2002.

Marisa Lobo: Site Oficial blogYouTube | Twitter 

Amar o outro como a nós mesmos



O apóstolo Paulo escreveu o seguinte sobre as autoridades: “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há, foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são um terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade. Faze o bem e terás o louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para o teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz mal” - Romanos  13.1-4. Quanto ao verbo temer, entenda-se respeitar e não ter medo.

Apesar de todos os pesares, é necessário amar a todos como a nós mesmos. Precisamos amar o inimigo; estar disposto a perdoar setenta vezes sete; voluntariamente, andar dois quilômetros quando nos obrigarem a andar um; e, voluntariamente, entregar a camisa quando tirarem o nosso paletó.

Os ímpios são usados pelo inimigo de nossas almas para que nós nos esqueçamos do mandamento do amor. É um grande teste que passamos ao sofrer prejuízos, sofrer abusos, ser insultados. Devemos amar sempre, sem nunca desfalecer.  Infelizmente, existem muitos cristãos que ouvem os mandamentos e o tratam como manual teórico, recitam decorado cada um deles, mas não o praticam.

Não use critérios próprios de defesa quando for vítima. A violência, verbal ou física, é falta de amor.

Deus está conosco, e nos deixou as autoridades para fazer prevalecer o bem. Elas são instituídas como representantes do Senhor na terra para serviço dos cidadãos de bem. As leis vigentes servem para amparar os injustiçados. Amar o próximo não significa deixar que os maus  nos maltratem sem receber a punição legal. Amar o outro significa reagir buscando a Justiça, agir dentro das leis. Roubado ou assaltado? A polícia está aí para caçar o "amigo do alheio". Espancado? Ídem. Temos as autoridades ao nosso lado.

A esfera das possibilidades é nosso raio de ação e reação, o campo das impossibilidades pertence a Ele, que jamais cruza os braços para nos socorrer.  Ame-se. Procure as autoridades,  caso precisar de defesa. Não basta orar pedindo a ação divina, quando existe ao nosso alcance os braços da lei para fazer valer o direito que temos.

E.A.G.