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sexta-feira, 4 de março de 2011

O MAU HUMOR E A NOSSA RELAÇÃO COM JESUS CRISTO

“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia n'Ele e o mais Ele fará” - Salmo 37.5.

Existem dias em que alguns acordam se sentindo como se estivesse com a alma em má sintonia consigo mesmo, e com tudo e todos. Nestes momentos, até parece que a pessoa carrega um enorme peso invisível nas costas.

Diante dessa fase humana, descrita como mau-humor, quem já reconhece a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, lembra-se que Ele troca a bagagem d'Ele, que é leve, pela nossa, que é tão difícil de ser suportada (Mateus 11.28-30).

Diante dos conflitos internos e externos da vida, de posse do fardo leve do Senhor, temos condições de viver dias melhores. Que assim cada um de nós possamos ser uma grande bênção para quem convive conosco.

A nossa alegria contagia.

E.A.G.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Bíblia - Deus dá e tira jóias de mulheres - o costume da igreja considerar o uso delas como pecado

Alguns cristãos radicais proibem mulheres de usar brincos, pulseiras, anéis, etc. Afirmam que isso é costume pecaminoso, coisa de gente do mundo.

Jóias não são do diabo porque, inclusive, Deus as aceitou como ofertas voluntárias para o Tabernáculo: "Então toda a comunidade de Israel saiu da presença de Moisés, e todos os que estavam dispostos, cujo coração os impeliu a isso, trouxeram uma oferta ao Senhor para a obra na Tenda do Encontro, para todos os seus serviços e para as vestes sagradas. Todos os que se dispuseram, tanto homens como mulheres, trouxeram jóias de ouro de todos os tipos: broches, brincos, anéis e ornamentos; e apresentaram seus objetos de ouro como oferta ritualmente movida perante o Senhor" - Êxodo 35.20-22 (NVI). 
  
O santuário provisório do Senhor, em parte, foi construído com as jóias do povo israelita. Imagine, então, o que ocorreu quando houve a construção do Templo, obra confiada à administração do rei Salomão, pois era maior e sabidamente mais luxuosa.

Os pregadores radicais, que proíbem uso de ornamentos, para basear suas proibições, utilizam o texto bíblico do livro de Isaías, capítulo 3, versículos 16 ao 24. Mas o caso das mulheres de Sião não tem paralelo com o nosso tempo.

Não é possível fazer nenhuma comparação. Àquelas mulheres eram de outra cultura, eram israelitas, não eram brasileiras. Os costumes dos cidadãos israelitas judeus, contemporâneos do profeta Isaías, não são iguais aos da igreja evangélica brasileira, situada abaixo da linha do equador, existente entre os séculos 20 e 21. Quem quiser usar tal passagem bíblica para defender a cartilha de podes-não-podes comete a famosa eisegese (erro de interpretação bíblica).

E mais:

• Em nenhuma parte do texto onde encontramos a citação das mulheres de Sião, é mencionado a questão delas promoverem sedução para sexo ilícito, como alguns pregadores equivocados dizem que elas faziam, com o pretexto de associar o uso de enfeites com mulheres de péssimo caráter. O texto bíblico diz que sete mulheres pedem um homem em casamento. Lemos em Isaías 4.1 elas pedirem para “ser chamada pelo seu nome”, isso significa pedido de casamento.

• Em nenhuma parte das Escrituras existe censura quanto às vestimentas dessas mulheres. Deus tira delas as roupas de luxo e os enfeites de valores porque a posse deles eram resultado de bênçãos recebidas quando elas eram fiéis ao Senhor. Foi tirado porque elas se tornarem altivas, orgulhosas (Isaías 3.16). Inclusive Deus tirou delas a facilidade de casar e ter filhos (4.1).

Na passagem bíblica do livro de Ezequiel, 16.8-14, vemos Deus fazendo o contrário, Ele abençoa uma mulher dando a ela vestes luxuosas, braceletes, colar, brincos, enfeites de ouro e prata, coroa de rainha!

Logicamente, nunca presenciei um pregador defensor de usos e costumes fazer uso desse texto em pregação (mas o texto é Palavra de Deus!).

Enfim, qualquer exagero, seja de uso enfeites ou outras coisas, nos torna extremistas, assim como o inverso. . O pecado não está em usar enfeites propriamente, mas sim na prática do radicalismo. Qualquer exagero resulta em problemas, seja para mais ou para menos, e é isso que nos impede de conviver com o bom tesouro no interior de nossos corações - a Jóia das jóias, Jesus Cristo.

E.A.G.

A tentativa de imposição de usos e costumes no ano do centenário das Assembleias de Deus no Brasil

O quê é combatido neste artigo? 
Eu combato a imposição de usos e costumes por parte de lideranças evangélicas, entendendo que tal prática é um anátema. 
 
Eu combato a doutrina humana de quem afirma que para ir para ao céu é preciso usar uma espécie de grife de roupas... Ora, esse tipo de fé  não é a mesma que emana da Palavra de Deus. A Bíblia diz que Jesus é o caminho para o céu (João 14.6), quem invocar o nome de Jesus será salvo (Atos 2.21; Romanos 10.13). Não está escrito em nenhuma parte da Bíblia que para ser salvo é necessário adotar costumes impostos por alguma denominação evangélica. O ensinamento sobre usos e costumes não faz parte das Boas Novas apresentadas pelo Senhor.

A obrigatoriedade de seguir uma cartilha de “podes-não-podes”, a firmeza para manter uma identidade denominacional, nunca foi instituída por Jesus Cristo e nem pelos apóstolos da Igreja Primitiva. É clara essa constatação. Ora, não existiam denominações evangélicas no tempo de Jesus e nem dos apóstolos; esta cartillha de imposições não está contida nas cartas pastorais encontradas no Novo Testamento; a cartilha denominacional foi escrita no século 20. 

Entendemos que a imposição de usos e costumes é um fardo, não é prova de santidade do praticante.


• O quê não combatemos neste artigo? 

Defendemos a liberdade e não a libertinagem; a descência e não a indecência. 

Se uma pessoa se sente bem dentro dos padrões da cartilha de imposições denominacionais, vive voluntariamente neste estilo rígido procurando agradar a Deus, tudo bem para ela. Penso assim  lembrando-me de Romanos 14.6.

Mas, essa escolha passa a ser um equívoco, e então merece veemente censura, quando a pessoa considera que tal filosofia religiosa transforma-a em alguém mais santa do que as que não vivem de maneira igual. E que por viver conforme o figurino da igreja que frequenta, então, está salva.

• Caprichos e abuso de autoridade
Para que se mantenha o capricho de líderes, que é a vontade deles em manter a identidade denominacional, criou-se a cartilha de "podes-não-podes". A finalidade dessa cartilha é padronizar os costumes de membros da denominação evangélica.

E para fazer prevalecer os mandamentos dessa cartilha, criada por líderes evangélicos considerados pastores, muitas ovelhas são excluídas do ambiente da congregação, arbitrariamente, sem nenhum amor cristão. Esses líderes parecem amar mais a instituição humana a que pertencem do que amam as almas por quem Jesus Cristo morreu na cruz!

É digno de nota o seguinte: se a ovelha considerada infratora de regras da cartilha de “podes-não-podes” for uma pessoa com poder aquisitivo alto, se ela estiver listada como dizimista da denominação, então as infrações dela serão postas de lado, ela tende a não ser punida como as outras ovelhas pobrezinhas. Eu afirmo isso baseado em informação de um pastor assembleiano, dirigente de igrejas na região oeste da cidade de São Paulo.

• Eisegese assembleiana
A cartilha de "podes-não-podes" criou  novas modalidades de pecados.

Muitas ovelhas que não se curvam aos mandamentos da cartilha de “podes-não-podes” são acusadas de desobedecerem a doutrina de Jesus Cristo. É importante frisar que em nenhuma parte do Novo Testamento existe exclusão igual, esse tipo de ação é atitude estranhíssima dentro da Igreja de Cristo, e totalmente peculiar à denominação em algumas partes do território brasileiro, mas não pertence ao Evangelho, não faz parte do organismo vivo e espiritual que é o Corpo de Jesus Cristo.

Os líderes, querendo sustentar autoridade nesta questão de impor usos e costumes no cotidiano da igreja, fazem exclusões de membros que desobedecem proibições de cortes e pinturas de cabelos, depilação de sobrancelhas, uso de estilo de roupas, uso de jóias ou bijouterias, maquiagem. Para isso, usam textos bíblicos descontextualizados.


É erro grave pensar que desprezar a cartilha de "podes-não-podes" seja pecado; é um erro considerar a cartilha de "podes-não-podes" como doutrina de Jesus Cristo. O Evangelho do Senhor é essencial, insubstituível, é superior aos usos e costumes.
• Motivos de exclusão registrados no Novo Testamento.
Inimizades

Jesus Cristo disse: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu” - Mateus 18.15-18.

Nota: Jesus Cristo ensina como tratar quem erra contra nós. Deve ser com amor, com muita benignidade, muita mansidão e humildade. Jesus instrui a usar o respeito, a dar todas as oportunidades para quem está errando se consertar. Primeiro, o cristão precisa tomar a atitude de ir conversar em particular com quem está em erro, depois, caso não houver reconciliação, com duas testemunhas, e, por último, se não houve conserto na relação, levar o caso publicamente para a Igreja.

Sexo ilícito

O apóstolo Paulo escreveu: “Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus” - 1ª Coríntios 5.1-5.

Nota: A mulher envolvida não recebeu exclusão. Mas, o homem sim, ele é apontado como fornicário e abusador da esposa de seu pai! Isso é muito grave, a descrição do caso indica que poderia ser um estuprador.
 

• O anátema dentro da doutrina denominacional assembleiana

E, sem medo de errar, com toda sobriedade, podemos afirmar que, na mente de líderes defensores de usos e costumes, essa cartilha é uma espécie de acréscimo às Escrituras Sagradas . Parece que estes líderes, determinados a excluir ovelhas, fazem a exclusão considerando a cartilha denominacional no mesmo nível de autoridade espiritual que a Palavra de Deus possui.

E, então, nesta prática, extrapolam o que as Escrituras permitem, pois seguem orientações extra-bíblicas quanto ao tratamento dispensado às ovelhas que não são deles, pertencem ao Senhor Jesus Cristo.

E, nessa situação, a Bíblia faz advertências:

“Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso” - Provérbios 30.5-6.

“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” - Apocalípse 22.18-19.

• Conclusão
Não estamos fazendo defesa do pecado. Não fazemos defesa de pecado nenhum!

Frisamos que as regras religiosas, inventadas por homens, são iguais panos velhos e sujos, são imprestáveis e nojentas aos olhos de nosso Deus (Isaías 64.6).

A prostituição e lascívia, e outros pecados, são praticados tanto por pessoas que usam quanto pelas que desprezam os usos e costumes denominacionais. A cartilha de "podes-não-podes" não evita que as pessoas pequem, não converte seu praticante em pessoa santa. Só Jesus liberta! Só o sangue de Cristo é capaz de purificar o pecador (1ª João 1.8-9). 


E.A.G.