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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sorte ou azar? A crença no uso de roupa brança na Virada de Ano

Crente pode usar branco na virada de ano?
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Na passagem de ano, eu uso branco, preto, azul... Na verdade, nem sei qual cor usei neste período de ano em anos passados! Não penso nisso... A peça está limpa, é bonita, é confortável? Não está amarrotada? Esses são meus critérios para usar roupas.

Durante uma época da minha vida, percebia um determinado preconceito com a cor preta, diziam que ela dava azar, trazia negatividade, simbolizava coisas ruins. Sempre achei esquisito tal tipo de pensamento.

É necessário que todos nós tenhamos a informação bem nítida em nossas mentes que Deus é o Criador de todas as coisas. Inclusive das cores branca e preta.

Lembrando disso, entendemos que é o Criador que nos abençoa e protege. Pensar que a criação tenha poder de trazer sorte ou azarar é apenas superstição, crendice sem valor.

Deus criou todas as cores. E a nossa vida está nas mãos do Criador. 
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Acho que é bom estarmos preparados para responder ao mundo a razão da nossa fé sobre todos os assuntos, inclusive sobre os comportamentos que adotamos nesta época do ano, porque Satanás gosta de deturpar as coisas e planos de Deus na cabeça da Humanidade, usa as superstições mundanas para distrair o foco da adoração e fé em Jesus Cristo como Salvador.

Ora, se a pessoa não passar entre 31 de dezembro e 1º de janeiro usando vestimentas brancas, o ano não lhe será de vitória? A vitória do cristão vem do Senhor Jesus, não depende de escolha de cor de suas roupas.

É de causar espanto a quantidade de crenças estéreis que existem neste mundo.

Não é certo pensar que Deus não está preocupado se o cristão acredita ou não em superstição. Não é correto dizer que Deus está interessado apenas no coração, e que basta fazer as coisas com honestidade, amor e respeito ao próximo para ser uma pessoa abençoada. Será? Não creio assim, porque acreditar que o branco possui poderes para fazer com que os dias fluam melhor no futuro, é o mesmo que dispensar à criação (neste caso a cor branca) atributos de divindade.

Para o cristão, alegar que se a pessoa comprou a peça de roupa branca e pagou, mesmo que movida por superstição, tudo bem, é um equívoco. A intenção é que fala mais alto, o crente deve sair fora de todo misticismo. Modismos e superstições precisam estar fora do coração do crente. Devemos valorizar a liberdade que Jesus Cristo nos dá.

De fato, usar o branco ou não é irrelevante, desde que as peças de roupas sejam usadas sem extravagâncias, evitando a indecência e sensualidade, e não se deixando prender por lendas sem justicativas bíblicas.

Compro a roupa seguindo o meu gosto pelo modelo da peça de roupa. Posso romper a virada de ano com modelos em branco ou outra cor. Para mim tanto faz se visto essa cor em dia 31 de dezembro ou outro período do ano. Sei que o pecado não se consiste na preferência da cor, mas na intenção que uso minhas roupas.

Eu gosto da cor branco porque ela é suave, discreta, reflete luz, proporciona visibilidade agradável e por combinar com todas as outras cores. Sei que não existe pecado em gostar dela. Aliás, gosto de todas as cores. Entendo que podemos usar todas elas na noite de 31 de dezembro: branco, preto, amarelo, roxo, etc. Se visto a cor preto, passo a virada do ano com a mente traquila, porque sou livre das crendices populares.
Se os cristãos usam branco porque gostam, não há problema nenhum com essa predileção. Os cristãos gozam da liberdade em Jesus Cristo, então o uso depende do gosto de cada um, pode trajar a cor que quiser no momento que desejar.
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Alguns pessoas aceitam a ideia de que a cor branca simboliza a harmonia, paz e pureza. No entanto, os cristãos precisam, tanto na passagem de ano como o ano inteiro, independente se o símbolo seja válido ou não, cuidar para não viver em pecado, porque é o pecado que rouba a harmonia, a paz com Deus e torna o coração impuro. Assim sendo, ao pecar, o que se deve fazer no imediato momento seguinte e não deixar por isso mesmo, é preciso procurar a reconciliação com confissão e arrpendimento (1ª João 1.9).
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A cor da roupa que cobre o corpo fisico não quer dizer nada pois o importante é manter branca as vestes espirituais (Eclesiastes 9.8).

E.A.G.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Deus e o endurecimento do coração de Faraó

A Bíbia Sagrada usa diversos recursos de línguagens, uma delas é a línguagem antropopática, que faz uso de imagens irreais, simbólicas, para comunicar algo real.

Por exemplo: Deus é Espírito. Não tem carne e ossos, não tem olhos, braços, mãos. Mas é essa a figura dEle que é apresentada para nós nas páginas das Escrituras. Por quê? Para facilitar aos seres humanos a compreensão das ações e propósitos divinos.

Quanto a Deus e o coração de faraó endurecido, o contexto bíblico nos esclarece que o Criador permitiu que faraó tivesse seu ânimo contrário à saída dos judeus do Egito. Faraó não foi vítima das mãos de Deus. Não foi uma marionete dEle. Pela línguagem antropopática (porque o escritor do livro de Gênesis não tinha acesso à questão do livre-arbítrio) lemos que Deus endureceu o coração de faraó, sem explicar maiores detalhes. Os detalhes são o contexto bíblico encontrado em Romanos 1.19-25 e Tiago 1.12-16.

Segundo o apóstolo Paulo, Deus não endureceu o coração de faraó literalmente. Deus abandonou faraó às suas próprias paixões carnais por servir aos deuses falsos. Ao estudar sobre as Dez Pragas do Egito, fica claro que Romanos 1.19-26, está relacionado ao endurecimento do coração de faraó. Cada praga foi direcionada para um deus.

Romanos 1.19-26a: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames".

Também, segundo o apóstolo Tiago, Deus não endureceu o coração de faraó literalmente. Deus abandonou faraó às suas próprias paixões carnais por servir seus desejos desenfreados de poder e riquezas.

Analisemos o coração de faraó pela luz de Tiago 1.12-15: "Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte".

O povo judeu era escravo, representava uma enorme massa humana de mão-de-obra gratuíta para faraó e seus súditos. A nação israelita inteira, ao sair do Egito com Moisés de uma só vez, faria com que a economia egípcia sofresse com sua falta. Então o monarca pensou no prejuízo que seria ficar sem o regime da escravidão, prevendo essa situação ele quis evitá-la a todo custo. Custou sua vida nas águas do Mar Vermelho!

E.A.G.

O apóstolo Paulo versus a doutrina da eleição de Calvino

Apóstolo Paulo versus doutrina calvinista da eleição.

"Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia; conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé" - 1ª Timóteo 1.18-19.

Paulo manda Timóteo conservar a sua fé e sua consciência limpa. Ora, se ele fosse predestinado, segundo as ideias de Calvino, precisaria desse alerta?

Por que Paulo o alertou? Porque a salvação foi extendida para toda a Humanidade (João 3.16), todos são eleitos para entrar no éu, mas os escolhidos para a salvação são apenas àqueles que se mantém puros e conservando a fé em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador na prática do dia-a-dia.

A salvação é um dom (presente) - Efésios 2.8.

E todo presenteado tem a liberdade de escolha quanto ao que fazer com seu presente. Ele pode rejeitá-lo de pronto. Pode recebê-lo e usá-lo. Ou recebê-lo e ao mesmo tempo depois rejeitá-lo, se distraindo com outras coisas menos importantes.

Temos livre-arbítrio! A liberdade é a maior expressão do amor de Deus para conosco!

E.A.G.