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sexta-feira, 9 de julho de 2010

O USO CORRETO DO DIA DO SENHOR

Por Stuart Olyott

As pessoas não-convertidas não têm grande interesse no uso correto do Dia do Senhor, e inúmeros crentes se mostram confusos a respeito deste assunto. Esta confusão permanecerá enquanto não levarmos em conta os seguintes fatos importantes.

QUAIS SÃO ESTES FATOS?

1. Quando a Bíblia usa o termo “sabbath”, ele não significa “sábado”.

“Sabbath” não é o nome de um dia da semana. A palavra é usada para descrever um tipo de dia, um dia de descanso do trabalho. Em todo o Antigo Testamento, os anos tinham 365 dias, e todo ano começava em um dia de “sabbath” (Levíticos 23.4-16). Outras datas fixas nunca podiam ser “sabbath” (Êxodo 12.1-28; Levítico 23.15).

Para fazer com que isso acontecesse, o calendário tinha de ser ajustado regularmente. A História nos ensina que isso era feito por acrescentar ao ano “sabbaths” extras que ocorriam consecutivamente. Identificar “sabbath” com o dia de sábado é um erro.

Foi apenas depois do ajuste definitivo do calendário judaico, em 359 D.C, que os “sabbaths” dos judeus passaram a cair sempre no dia que agora chamamos de “sábado”.

2. O “sabbath” [descanso] não é uma instituição judaica.

Deus o instituiu na criação (Gênesis 2.1-3). É um dom de Deus para a humanidade (Marcos 2.27).

3. Em certo aspecto, os Dez Mandamentos são diferentes de todas as outras leis encontradas nas Escrituras.

Deus os escreveu com o seu próprio dedo. O Quarto Mandamento dEle é positivo, o mais comprido e o mais detalhado dentre os dez, fazendo uma ligação entre os aspectos divino e humano, moral e cerimonial da Lei (Êxodo 20.8-11; 31.18).

4. O “sabbath” era importante para nosso Senhor Jesus Cristo.

A Bíblia não nos fala muito sobre os hábitos de Jesus, mas diz que Ele tinha o costume de ir à sinagoga no “sabbath” (Lucas 4.16). Jesus anunciou que era Senhor do dia de “sabbath” (Marcos 2.28). Dizer que o “sabbath” não existe mais é uma negação do senhorio de Cristo.

5. O Senhor do “sabbath” transferiu este dia para o primeiro dia da semana.

Este foi o dia em que Ele ressuscitou dos mortos (João 20.1-18), apareceu aos discípulos (João 20.19, 26) e derramou o seu Espírito (Atos2.1).

6. Os apóstolos e a igreja primitiva guardavam com distinção o primeiro dia da semana (Atos 20.7; 1ª Coríntios 16.2).

Para evitar confusão, o Novo Testamento Grego chama o sábado judaico de “sabbath” e o primeiro dia da semana de “o primeiro dos sabbaths” (na tradução em português “o primeiro dia da semana” - Mateus 28.1; Marcos 16 2, 9; Lucas 24.1; João 20.1,19; Atos 20.7; 1 Coríntios 16.2). Algumas pessoas crêem que isto é apenas uma expressão idiomática grega significando apenas “o primeiro dia do ciclo da semana”. Contudo, não existe quase nenhuma evidência para isto.

Temos de encarar os fatos: o primeiro dia da semana é um “sabbath”. Também conhecido como “o dia do Senhor” (Apocalípse 1.10).

7. Durante toda a história da igreja, o domingo tem sido observado como o “sabbath” dos cristãos.

A evidência documental é unânime e retrocede a 74 D. C. Durante as piores perseguições, perguntava-se aos suspeitos de serem cristãos:

“Dominicum Servasti?” (Você guarda o dia do Senhor?) Os verdadeiros crentes respondiam: “Eu sou um cristão, não posso deixar de fazer isso?” O que os crentes responderiam hoje?

8. É realmente imoral não guardar o Dia do Senhor.

O Quarto Mandamento, que nos recorda isso, está em um código que proíbe a idolatria, o assassinato, o furtar, o mentir e o cobiçar. O Quarto Mandamento nunca foi anulado, e nunca o será (Mateus 5.18). Quebrar um mandamento da Lei significa tornar-se culpado de todos os demais (Tiago 2.10). A violação do dia de descanso traz o juízo de Deus (Neemias 13.15-22).

9. O domingo, o dia do Senhor, é um dia de regozijo e satisfação (Sl 118.24; 112.1).

A Palavra de Deus chama-o de deleite (Isaías 58.13). Deus nos deu esse dia como uma bênção para todos nós (Marcos 2.27-28). Falando sobre a época evangélica, Isaías diz: “Bem-aventurado o homem que... se guarda de profanar o sábado” (Isaías 56.2).

10. As bênçãos do Dia do Senhor são visíveis a todos:

Ela recorda aos homens e mulheres caídos que existe um Deus a quem eles devem adorar; dá aos crentes a oportunidade de se reunirem ao redor da Palavra e, assim, mantém a vida espiritual deles; fornece oportunidades para a pregação do evangelho; fortalece os laços familiares; permite que toda a nação descanse; promove a saúde... e a lista poderia continuar.

11. No Antigo Testamento, homens piedosos, como Moisés, Amós, Oséias, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Neemias, contenderam com as pessoas por causa do dia de descanso. A história da igreja está repleta de outros que fizeram o mesmo. O que nos impede de seguir o exemplo deles?

COMO DEVEMOS USAR O DOMINGO?

Com estes fatos em mente, podemos ver que, para nós, o domingo é o dia de descanso ordenado por Deus. É o dia que incorpora tudo o que é permanente e universal no Quarto Mandamento. Então, como devemos usá-lo? Para responder esta pergunta, temos de falar tanto negativa como positivamente.

O QUE NÃO DEVEMOS FAZER

Não devemos imitar os fariseus.

O dia de descanso tem sua origem na Criação. Por um tempo, usou as vestes do Antigo Testamento. No entanto, agora está com uma roupagem do Novo Testamento. Isto significa que não podemos impor ao dia de descanso as regras mosaicas que já passaram, tais como as que encontramos em Êxodo 35.2-3 ou Números 15.32-36. Não devemos ter em mente uma lista de faça e não faça, tal como se lê em Mateus 12.1-2. À legislação de Moisés, os fariseus acrescentaram todo tipo de regras deles mesmos. Para os fariseus, esfregar o grão na mão era o mesmo que debulhá-lo. Eles também tinham regras a respeito de quanto peso se devia carregar e quão distante se podia caminhar no dia de descanso. Por trás de todas as regras dos fariseus, havia uma mentalidade que não tem qualquer lugar na vida de um crente do Novo Testamento.

Não devemos trabalhar.

Na Bíblia, a palavra “trabalhar” significa muito mais do que ganhar a vida. Também se refere aos deveres de nosso dia-a-dia, à nossa recreação e ao pensamento que motiva estas coisas. Quanto for possível, todas estas coisas têm de ser colocadas de lado, tanto por nós como por aqueles pelos quais somos responsáveis.

Devem ser colocadas de lado não porque somos pecadores ou impuros, e sim porque Deus nos ordenou que as fizéssemos nos outros seis dias da semana (Êxodo 20.8-11).

Não devemos ficar ociosos.

O descanso de Deus, após a Criação, não foi inatividade, e sim o cessar um tipo de atividade (João 5.17).

O domingo deve ser um descanso santo que nos faz cessar um conjunto de objetivos, para que sigamos outro conjunto de objetivos bastante diferentes. Não é um dia para vadiarmos por aí.

O QUE DEVEMOS FAZER

Devemos nos reunir com outros crentes.

Devemos nos reunir, tanto formal como informalmente (Atos 2.1; 20.7; João 20.26). A Bíblia não delineia algum tipo de lista de atividades para o domingo, mas o princípio é claro. O domingo não é um dia para gastarmos sozinhos ou somente com a família. Devemos nos reunir especificamente para a edificação, ou seja, para edificarmos uns aos outros nas coisas de Deus. De tudo o que fizermos com este objetivo, o ensino da Palavra e a Ceia do Senhor são o mais importante (Atos 20.7).

Devemos evangelizar.

O Dia de Pentecostes começou com uma assembléia que visava à ajuda e ao encorajamento mútuos, mas a vinda do Espírito também consagrou aquele dia à evangelização. A vinda do Espírito Santo pode ser vista como um penhor de sua bênção nesta conexão (Atos 2).

Devemos nos envolver em obras de misericórdia.

É lícito fazer o bem no domingo, especialmente salvar vidas, curar e trabalhar pelo bem-estar espiritual dos outros (Lucas 6.9; Mateus 12.5; Lucas 13.10-17; 14.1-6; João 5.6-9, 16-17).

O domingo comemora o maior ato de misericórdia de todos os tempos. Todos podemos pensar em incontáveis maneiras de fazer o bem às pessoas, mas este aspecto da observação do domingo é amplamente esquecido.

Aqueles que acham o domingo “monótono” quase sempre são pessoas que se tornaram egoístas.

Devemos nos envolver em obras necessárias.

Não podemos limitar isso apenas àquelas coisas necessárias à nossa sobrevivência, visto que, se assim fosse, passaríamos o dia somente respirando. O dia de descanso foi criado para o homem — em outras palavras, foi criado para o bem-estar do homem. Não há qualquer conflito entre guardar o domingo e seguir os nossos melhores interesses (Mateus 12.1- 8, 11-12). Continue, desfrute do domingo!

Além das atividades já mencionadas, reúna-se com os amigos, prepare boa refeição para eles, converse, caminhe, sorria, ore, admire a criação de Deus e vá para a cama tendo um coração grato e contente.


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Fonte: Revista Fé Para Hoje nº 28, ano 2006 (Editora Fiel)

A revista está disponível online, em PDF, para visualização e download gratuítos.

OFENSA - VENENO QUE CONTAMINA ESPIRITUALMENTE O OFENSOR E NÃO O OFENDIDO

É difícil encontrar uma pessoa que algumas vez na vida não tenha recebido insultos. É uma situação que às vezes é capaz de entristecer, desmotivar, enraivecer.

Mas, é necessário informar que os xingamentos, em se tratando pela perspectiva espiritual, depõe e opera apenas contra quem os pronuncia.

Se você é um cristão leitor da Bíblia, então, deve conhecer estes textos:

Colossenses 3.8: "Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca".

Mateu 15.11: "O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem".

Note bem, toda ofensa tem efeito maléfico, seria como um veneno. Ela contamina. Mas a contaminação não é sobre a parte ofendida, a ofensa envenena apenas ao ofensor.

Quanto mais intenso for o ódio e a indiferença do ofensor contra a parte ofendida, quanto mais baixo for o impropério contra o próximo, mais potente e letal é o veneno a ser ingerido.

É uma contaminação espiritual capaz de levar quem costuma aborrecer seu semelhante à morte espiritual.
A pessoa que está acostumada a ofender é o fabricante e consumidor de seu próprio veneno.

Você costuma ofender o próximo? Cuide-se, pare de fazer isso. Ame-se, pare de se envenenar.

E.A.G.
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Artigo liberado para cópias, desde que citados nome do autor e link (HTML) do blog Belverede.

SOBRE A HETEROSSEXUALIDADE DO REI DAVI

Davi, o homem descrito na Bíblia Sagrada como segundo o coração de Deus (Atos 13.22b) é protagonista de um caso passional, extra-conjugal, de ordem heterossexual.

Alguns homossexuais, procurando bases para afirmar que as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo eram aceitáveis diante de Deus no Antigo Testamento, e por conseguinte nos dias de hoje, interpretam uma declaração de amizade como se fosse uma declaração romântica. Eles desprezam todos os contextos bíblicos da vida de Davi e fazem vista grossa ao tema casamento na Bíblia. Querem incutir na mente de todos que Davi e Jônatas tinham relação gay. Recitam: "Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; muito querido me eras! Maravilhoso me era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres" (2º Samuel 1.26).

Os homossexuais omitem uma informação importantíssima existente no mesmo livro, apenas dez capítulos adiante. Em 2º Samuel, capítulo 11, encontramos a narrativa que evidencia a heterossexualidade de Davi. O episódio mostra o quanto ele tinha atração por mulheres, pois chega a "perder a cabeça" por uma delas.

Nas linhas da narração, constatamos que o testosterona de Davi era pulgente, e que num dia em que o hormônio estava à flor da pele, seu coração esqueceu-se de Deus: Davi vê uma mulher formosa banhar-se, cobiça-a, pesquisa quem seria ela, descobre que se chama Betseba e que é casada com Hurias, um de seus soldados que estava fora de casa em batalha. Mesmo assim, ele faz com que haja um encontro e realiza o louco desejo da conjunção carnal. Depois disso, ele descobre que a esposa adúltera engravidou. E diante dessa situação, querendo cuidar para que a reputação da parceira não corresse risco, produz a situação para que haja intimidades entre o marido e ela, para que assim dissipasse a certeza absoluta do adultério. O marido volta ao seu lar, mas o plano fracassa. Como alternativa, Davi induz o esposo traído a morrer na guerra.

Quando aparecem pessoas dizendo que Davi não era hétero, sempre relembro em primeiro lugar do caso triste no casamento de Hurias e Betseba. Mas, há outros contextos na vida do rei a serem citados:

• Davi tornou-se cunhado de Jônatas, ao casar-se com a irmã dele, Mical (1º Samuel 17.25; 18.19-20).

• Davi teve outras mulheres (1º Samuel 30.5-6; 1º Crônicas 14.3-7.

• Davi casou-se com a viúva de Hurias e teve outros filhos com ela.

Davi gerou muitos filhos (1º Crônicas 3.1-9; 14.3-7). É importante relembrar também que Davi se arrependeu dos seus pecados de adultério e assassinato. O Salmo 51 é um registro do arrependimento.

E.A.G.

Artigo liberado para cópias, desde que citados nome do autor e link (HTML) do blog Belverede.

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Veja maiores detalhes sobre a vida de Davi:

Os altos e baixos do rei Davi

O cristianismo e a poligamia

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O MINISTÉRIO PROFÉTICO NA BÍBLIA - NUDEZ - A INUSITADA PROFECIA TRANSMITIDA POR ATO SIMBÓLICO NO MINISTÉRIOS DE ISAÍAS

As formas de comunicação entre Deus e os profetas era o diálogo ou mensagem direta, ou visão e sonho. A comunicação entre os profetas e o povo era a mensagem oral direta, figuras, símbolos proféticos, encenação.

No livro de Isaías (20.1-4) lemos que Deus ordenou ao profeta viver um dramático e longo gesto profético por meio simbólico. Ele deveria andar por três anos nu e descalço, como um sinal e aviso de alerta do que viria a acontecer com o povo egípcio.

A atitude do profeta era um protesto contra o tratado político que se anunciava entre Judá com o Egito e Etiópia. A ilustração apontava à insensatez do rei de Judá, Ezequias, pensando em depender do Egito, porquanto o Egito, como qualquer outra nação, era vulnerável. O monarca não deveria confiar na amizade e poder das nações estrangeiras, apenas na proteção do Senhor.

A experiência humilhante de Isaías ilustrava a imagem dos horrores de guerra, remetia aos prisioneiros das batalhas e posteriores escravos, o que viria a acontecer aos egípcios e etíopes. Tal ato surtiu efeito positivo, pois fez com que o rei Ezequias refletisse e desistisse de entrar no conflito.

O perfil de Isaías era de uma pessoa educada e cortês. Ele tinha acesso aos corredores do poder. Sua reputação deve ter feito com que seu gesto profético fosse ainda mais chocante.

Embora a ordem de Deus para que o profeta caminhasse nu durante três anos venha a impactar e causar polêmica, seja vergonhosa e ilógica, tinha alta relevância ao ministério de Isaías. No trecho bíblico, Deus chama-o pelo tratamento “meu servo”, título sempre empregado de maneira especial. Esta expressão se refere a uma posição de confiança e honra. Moisés era amigo e servo de Deus (Êxodo 14.31; Números 12.7-8). Também estão inclusos na lista de servos Abraão, Jacó, Josué, Davi (Salmo 105.42; Ezequiel 28.25; Josué 24.29; 37.35; 2º Samuel 3.18; Salmo 132.10).

Sobre o episódio, descobertas arqueológicas de 714 à 711 a. C. chegaram às inscrições assírias, em Asdode, cidade filistéia. O registro histórico menciona nominalmente Sargão II, o rei assírio, e informa que o Egito aliado com alguns povos da Palestina e outras nações se revoltaram contra a dominação assíria. Asdode, centro da rebelião, foi derrotada sem que o Egito fosse socorrê-la. Acredita-se que foi neste cenário que Isaías “encenou” sua mensagem profética.

Alguns biblistas afirmam que a nudez do profeta deveria ser parcial.

E.A.G.
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Compilações de: A Bíblia Anotada Expandida Charles C. Ryrie – 1ª impressão, 2007 (Editora Mundo Cristão); Bíblia Devocional de Estudo – 1ª edição, 1997 (Fecomex); Bíblia de Estudo N.V.I. - (1ª edição, 2003 - Editora Vida); Bíblia de Estudo NTLH (impressão de 2005 - SBB); Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (impressão de 2004 – CPAD); Bíblia de Estudo Almeida - edição 2006 - SBB); Bíblia de Estudo de Genebra (Editora Cultura Cristã / SBB - edição 1999); Bíblia de Aplicação Pessoal (edição 2004 - CPAD).

Texto redigido objetivando colaborar com as classes de escolas dominicais que usam a revista O Ministério Profético na Bíblia - comentarista Esequias Soares, à lição 2 - A natureza da atividade profética.

O artigo está liberado para cópias, desde citado autor e o link (HTML) do blog Belverede sejam citados.