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domingo, 18 de abril de 2010

Jesus Cristo e as Boas Novas do Evangelho antropocêntrico

A grande maioria dos cristãos se esquecem que a Bíblia foi escrita originalmente em grego, hebraico e aramaico. Se contentam em apenas ler e meditar no conteúdo das traduções. No Brasil, principalmente, a tradução de João Ferreira de Almeida. É uma boa obra, mas ela não é suficiente para uma compreensão plena do Evangelho de Cristo.

No idioma grego, em que foi escrito o Novo Testamento, o termo salvação é "soteria". Este vocábulo abrange o sentido de salvação do espírito, da alma e do corpo. No original, salvar, além de abranger o sentido de libertar o espírito do homem da perdição eterna, significa curar o corpo e também livrar a pessoa da miséria.

A terminologia da palavra “salvação” nos originais do Novo Testamento é um fato. Não há margem para debater esta realidade.

Deus nos fez o espírito, com uma alma dentro de um corpo. Ele não cuida apenas de uma parte de nós. Quando Jesus morreu na cruz, bradou: "Está consumado". A declaração significa "serviço perfeito, completo”. Jesus não deixou tarefas esquecidas ou pela metade. Visou o bem-estar do espírito e da alma no porvir e o bem-estar físico do corpo humano. Ele cumpriu perfeitamente a missão que Deus lhe incumbiu.

O ministério terreno de Jesus era antropocêntrico?

A apologia moderninha diz que devemos pensar só no espírito, como se o corpo físico fosse algo condenável, criado pelo diabo.

Mas, ao abrir o Novo Testamento, vemos que as pessoas que procuravam o Filho de Deus o procuravam clamando por soluções, curas... Ninguém foi repreendido por Cristo por causa do seu interesse pessoal em soluções imediatistas, ligadas à vida presente. Todas as pessoas que Jesus encontrou enfermas Ele as curou. Todas às vezes que Cristo se deparou com algum defunto, efetuou a ressurreição.

Os problemáticos que foram abençoados por Jesus tinham fé antropocêntrica? Poderíamos pensar assim, pois é este tipo de atitude que alguns apologistas do século 21 condenam nos dias de hoje. Afirmam que agir assim é confundir Deus com o gênio da lâmpada de Aladim ou um mero garçom.

Apologistas do caos

O Evangelho de Jesus Cristo oferece ajuda a todos. Éramos perdidos, e sem merecer salvação, Deus enviou Jesus Cristo para nos salvar. Isto não é uma grande ajuda?

A palavrinha da moda no meio religioso entre alguns críticos que se nomearam como apologistas do Evangelho de Cristo, é “antropocentrismo”. Eles combatem o interesse dos cristãos que desejam soluções de problemas, como a cura da doença, reestruturação de casamentos em crise e o livramento do estado de miséria. Afirmam que os líderes evangélicos que usam a Bíblia para mostrar o caminho à libertação de tais opressões são hereges. Classificam, pejorativamente, tal pregação de Evangelho de Autoajuda e Evangelho Antropocêntrico.

Para sustentar o que afirmam, apontam aos personagens do Novo Testamento. Afirmam que Paulo morreu encarcerado e Tiago ao fio da espada, falam de perseguições aos crentes da Igreja Primitiva e citam a existência de muitos cristãos pobres ao redor do mundo.

Quem você está seguindo?

Você segue Paulo, Pedro ou Tiago? Eu sigo Jesus Cristo.

Em outra oportunidade, escrevi neste blog que precisamos levar em conta dois tipos de leituras ao abrir a Bíblia Sagrada. Existem os textos normativos e os narrativos.

Nunca façamos dos textos narrativos filosofia de vida, não criemos doutrinas baseadas em narrações bíblicas. Ao fazer isto estaremos seguindo atitudes de homens. Tanto quanto eu e você, os personagens bíblicos foram gentes falhas, também foram pecadores.


Ao ler a Bíblia, devemos observar atentamente o que lemos e fazer a contextualização, seguir os textos normativos: os mandamentos de Deus. É assim que estaremos sendo coerentes com o nome cristão, um seguidor de Cristo. O contrário é o mesmo que idolatria. Não idolatremos Paulo, não idolatremos Tiago e nem Estevão, que tiveram fins trágicos.

O Evangelho de Cristo apresenta a salvação tríplice

1 - Atinge o corpo: na conversão a Cristo, se o homem buscar a sua saúde e é curado, a tendência é glorificar a Deus, servir mais e melhor ao Senhor.

Jesus encontrou os discípulos e lhes convidou a acompanhá-lo. Disse-lhes: "vinde após mim". Quem pode imaginar os apóstolos palmilhando as aldeias de Israel com as dores de artrite, artrose e osteoporose? Podemos dizer que eles tinham vigor físico, portanto, tiveram condições de seguir o Mestre por três anos e meio.


Já encontrei quem quisesse usar o exemplo da cura dos dez leprosos, quando apenas um deles teve coração agradecido, para refutar o uso dos dons de curar na igreja. Ora, se Deus, por meio do Espírito concedeu os dons, estes dons devem ser desprezados ou usados?

2 - Atinge a alma: Quando o Evangelho atinge o coração, provoca a mudança de nossa natureza, dá condições para que a pessoa prospere. Ao ser abençoada, a alma liberta não busca caprichos e ambições egoístas. As bênçãos recebidas são compartilhadas com os irmãos.

3 - Atinge o espírito: a salvação de Cristo alcança a dimensão interior do ser humano completamente. O espírito que está salvo em Cristo tem o coração (alma, entendimento) transformado. Então, usa o corpo, que considera templo do Espírito, para o serviço cristão. Sabedor e crente na promessa de seu futuro com Deus no céu, trabalha para levar o seu próximo para lá

Teologia de Miséria versus a promessa do Salmo 37.4

“Agrada-te do Senhor e ele satisfará os desejos do seu coração” - Salmo 37.4.

Viver em pobreza não é pecado, não afirmo isso, não sou pregador da Teologia da Prosperidade.

Analisemos: será que Deus criou o estomago para que a Humanidade sentisse fome e fosse subnutrida? Será que Deus fez o homem sadio para perder a saúde? Será que Jesus é o Príncipe de Paz, para seus seguidores viverem intranquilos, tendo filhos desejando um brinquedo que o pai não pode comprar?

O fato de existir crentes pobres ao redor do mundo não é um atestado de que a pobreza seja vontade de Deus para a Humanidade. Em meados dos anos 1980 - 95, diversos cristãos morreram aidéticos na África. Será que isso era vontade de Deus ou uma permissão?

Concluindo

A verdade é que Deus fez o ser humano perfeito, no espírito, na alma e no corpo. O pecado fez com que Adão se afastasse e saísse do plano original da criação. Quando Jesus morreu e ressuscitou, restaurou o estado de perfeição da Humanidade. No momento que o homem crê que Jesus Cristo é seu Salvador, tem a possibilidade de retornar à condição de vida que o Criador propiciou ao homem no jardim do Éden. Por causa disso Jesus pôde bradar na cruz: "está consumado".

Desejar viver a vida na sua plenitude espiritual e física não é pecado.

E.A.G.
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Artigo liberado para uso, desde que citados nome do autor e o link (HTML) deste blog.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A PONTE - UMA COMOVENTE LIÇÃO DE AMOR QUE NOS REMETE A JOÃO 3.16

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O PASTOR SILAS MALAFAIA E O CENÁRIO DO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO - CONCLUSÃO

Fazem alguns anos que eu percebo a necessidade de haver uma abordagem mais profunda sobre o assunto prosperidade nas publicações da CPAD. Quase todas as ocasiões em que o tema é ventilado existe uma enorme timidez e o que dizem quase sempre não é dito com a desenvoltura que o assunto precisa ser tratado. Não entendo qual é a razão disso.


Na sexta-feira passada, 9 de abril, assisti ao programa do Pr. Adilson Rossi. Ele é pastor filiado a CGADB e ligado ao ministério do Belenzinho – SP, seu templo está situado na Baixada do Glicério, centro da Capital paulista. O programa dele é produzido no templo que pastoreia e é transmitido pela Rede Gospel, canal do casal Estevan e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo. Ao final do programa, Adilson Rossi estava sentado atrás de uma mesa, lembrando muito o Malafaia. Ele também pedia ofertas para ajudar no custeio do seu programa, informou números de agências bancárias e de contas correntes, clamava aos telespectadores para que bancassem financeiramente sua produção evangelística. O que eu acho plenamente justo e corretíssimo.

Pr. Adilson Rossi: “Sei que vão me criticar por pedir, não me sinto bem fazendo assim, mas é necessário pedir patrocínio”. E arrematou com um comentário que eu julguei infeliz e desnecessário: “Aqui não é como em outros programas que você vê por aí, não pedimos quantias determinadas, tudo é pedido para ser feito com amor”. E orou em favor de quem se dispusesse a ser mais um de seus patrocinadores, pediu a Deus bênçãos especiais aos que colocassem as mãos no bolso atendendo-o.

Ora, as quantias determinadas em 900 e 1 mil reais, no programa do Silas, também foram solicitadas em caráter voluntário e para que o contribuinte agisse com amor a Deus. Tanto a oferta com valor indefinido quanto de valores definidos são solicitações bíblicas. Como já disse antes, entendo que o segundo tipo de solicitação seja oferta do tipo oferta alçada, mencionada em Malaquias 3.8-10.

Que Deus abençoe os pastores Silas Malafaia e Adilson Rossi. Ambos são bons televangelistas e profundos conhecedores da Palavra. Que Deus os abençoe e nunca desampare a todos nós.

Nem todos os críticos do Pr. Silas Malafaia tem emitido bons conselhos. E eu não penso que o Pr. Silas Malafaia seja um pessoa incriticável, ele é homem falho tanto quanto eu e você. E nem ele nega isso!

E.A.G.

O artigo está liberado para cópias, desde que citados nome do autor e o link (URL) deste blog.