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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Carvalho - uma árvore muito citada na Bíblia Sagrada



Carvalho, árvore que faz parte da vegetação do Monte Hermon

“Atravessou Abrão a terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra” - Gênesis 12.6.

O carvalho é um gênero de árvore classificada de dicotiledôneas cupulíveras. Há cerca de trezentas espécies de carvalho. Ela ocupa o primeiro lugar entre as árvores por causa da sua longevidade, suas grandes dimensões e qualidade da madeira.

Segundo os tradutores da Bíblia, diversos termos hebraicos são traduzidos por carvalho, no entanto, alguns deles trata-se do terebinto.

Na Bíblia o pé de carvalho é o símbolo da força: ‘(o amorreu) era forte como os carvalhos’ (Amós 2.9).

Existe na Síria cerca de nove espécies de carvalho, e quase outras tantas variedades (Isaías 6.13; 44.14; Oseias 4.13; Amós 2.9).

Há na Palestina carvalhos solitários, não cortados para fazer uso da lenha, que atingem grandes alturas. Quando a terra foi colonizada pelos cananeus, era, provavelmente, a Palestina ocidental tão rica de montados, como o é hoje a Palestina oriental.

A relação do Carvalho com a cor vermelha 

Em Israel, encontra-se a espécie que a Botânica classifica como Quercus Calliprinus (quercus: carvalho em latim). Dela, os israelitas extraíam o tanino, usado para curtir o couro (Atos 10.6).

E também, há outro variante da árvore, identificada como Quermes (as palavras vermelho e vermelhão tem origem etimológica neste nome). O Carvalho Quermes serve de fonte de alimento para um inseto também conhecido como Quermes, que por meio de seu bico longo extrai a sua seiva da árvore e chega a morrer no processo de alimentação. Dos corpos secos deles se produz o corante vermelho. Referências bíblicas sobre o corante: Ezequiel 23.14; Jeremias 22.14.

Esta cor, em hebraico "shani" e "shani tolaat", é traduzida ao português como escarlate , vermelho. Em 2 Crônicas 2.7 ela é vertida ao nosso idioma como carmesim.

A tintura é bem conhecida desde os tempos mais remotos: usada nas peças de roupa dos sacerdote e sumo sacerdote (Êxodo 28.6, 8, 15). Como também é mencionada em outras situações: o fio pendurado na janela da prostituta de Jericó (Josué 2.18); Saul usava roupas na cor escarlate (2 Samuel 1.24); o carmesim era cor conceituada (Lamentações 4.5); um manto escarlate foi posto sobre Jesus para fazer zombaria (Mateus 27.28; Lucas 23.11).

"Vinde então, e argui-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã" - Isaías 1.18.

Na Palestina, o carvalho acha-se representado principalmente pelo carvalho de Quermes, do qual há exemplares de uma circunferência entre 6,5 à 8 metros. Outra abundante espécie é a Valônia do Levante, isto é o carvalho decíduo de cúpula espinhosa: empregam-se as suas bolotas no curtimento de peles, mas os árabes servem-se delas como alimento.

Alguns carvalhos são sempre viçosos, mas outros são precoces, deixando cair as suas folhas no outono. É esta uma clara distinção que seria feita mesmo numa idade não científica. Que era esse o caso entre os antigos hebreus, depreende-se de duas passagens de Isaías: ‘sereis como o carvalho, cujas folhas murcham’ (1.30); e, ‘Como terebinto e como carvalho, dos quais, depois de derrubados, ainda fica o toco’ (6.13).

Abraão habitava nos carvalhaes de Manre; em Siquém, Jacó usou um pé de carvalho como esconderijo; Rebeca foi sepultada debaixo de uma dessas árvores (Gênesis 13.18; 35.4; 35.8).

Josué erigiu uma grande pedra aproveitando-se da sombra do carvalho; o Anjo do Senhor assentou-se debaixo desta árvore que estava em Ofra; Absalão ficou preso pela cabeça em seus galhos; a madeira do carvalho foi usada para praticar idolatria; os remos dos barcos da Síria eram feitos da madeira do carvalho (Josué 24.26; Juízes 6.11,19; 2 Samuel 18.9; Isaías 44.14; Ezequiel 6.13; 27.6).

O Carvalho dos Adivinhos

Em algumas traduções bíblicas, em Juízes 9.37, encontramos a expressão “Carvalho dos Adivinhos” , ou “Planície de Meonenim”, ou “Carvalho de Meonenim”. Sempre usada como nome próprio.

Meonenim é o particípio intensivo do verbo “anan”, que significa “praticar agouros”, uma prática proibida que era desenvolvida como negócio debaixo dos carvalhos, provavelmente por cananeus e israelitas apóstatas (2 Reis 2.16; 2 Crônicas 33.6; Levíticos 19.26).


E.A.G.

Fontes:
Conciso Dicionário Bíblico - Ilustrado, por diversos autores americanos e ingleses. Traduzido por D. Ana e Dr. S.L. Watson, página 230.Edição da Junta de Educação Religiosa Batista Brasileira (JUERP). Anexo na Bíblia Sagrada - Edição com letras vermelhas, com dicionário e concordância, 2ª edição 2013, Santo André-SP  (Geográfica Editora)
Dicionário Bíblico Universal, A. R. Buckland e Lukyn Williams, Edição revista e atualizada, maio de 2007, página 120, São Paulo-SP  (Editora Vida).
O Novo Dicionário da Bíblia, volume 1, 4ª edição 1981, página 271, São Paulo-SP (Edições Vida Nova).
Pequena Enciclopédia Bíblica - Dicionário, Concordância, Chave Bíblica, Atlas Bíblico, Orlando Boyer, 30ª impressão 2012, Rio de Janeiro-RJ (CPAD).

SORAYA MORAES - MARCAS

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AS COMUNIDADES NO ORKUT ONDE PARTICIPO NA FUNÇÃO DE MODERADOR

Eliseu Antonio Gomes – Moderando comunidades

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R7 - PORTAL DA RECORD CHEGOU E QUER ABALAR A CONCORRÊNCIA


O R7, portal desenvolvido pela Rede Record, chegou. A estréia foi ontem. E agora, além do Terra, IG, UOL e, G1, os brasileiros e estrangeiros da fala portuguesa têm mais um veículo de comunicação, têm mais um meio comparativo que lhes permite observar a mídia e perceber o que são fatos que viram notícias e as notícias que alguns desejam que se tornem fatos!
É com muita satisfação que eu vejo os dias passarem e neles nós ganharmos novas oportunidades de exercermos discernimento entre notícias e noticiosos, jornalismo e jornalecos.
Te cuida, Marinho...
O R7, além das notícias e diversas gamas de variedades, tem blogs que prometem fazer a diferença:
Jornalismo: Blog do Jornal da Record (Celso Freitas e Ana Paula Padrão), Cristina Lemos , Repórteres Record (Percival de Souza e outros), Correspondentes Internacionais.
Economia: Sophia Camargo.
Tem o Bispo Edir Macedo também: site oficial.

E.A.G.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os altos e baixos do rei Davi


Eu sou o bom pastor (João 10.11)
Davi – o pastor de ovelhas
Encontramos os relatos da vida de Davi no primeiro e segundo livros de Samuel. Nestes registros bíblicos, nos confrontamos com os pontos fortes e fracos que ele viveu. Mas, encontramos também a graça de Deus de maneira constante e firme, a despeito da oscilação alta e baixa no decorrer da trajetória deste ser humano.
O nome Davi em hebraico significa “amado”. Ele foi descendente de Jesus Cristo, era filho de Jessé, bisneto de Rute, nasceu em Belém sendo o caçula de uma família de oito irmãos (1 Samuel 16.1, 10-11,13).
Em seu currículo, além de pastor e rei, Davi acrescentou a função de músico, poeta e soldado.

Durante a primeira parte de sua mocidade foi pastor de ovelhas em sua cidade natal. Esta ocupação, nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Pastoreando, Davi era valente; protegia o rebanho das grandes feras predadoras (1 Samuel 17.34-37).
Apesar dele ser o caçula da família, o que não lhe dava o direito de receber os privilégios da primogenitura, a mando de Deus, foi ungido pelo profeta Samuel rei sobre Israel. Na ocasião da unção, enquanto o pai e os irmãos participavam de um banquete, ele estava distante da mesa pastoreando as ovelhas. Da casa de seu pai Jessé, até sentar-se no trono de Israel, se passou um longo tempo, período em que atravessou muitas circunstâncias adversas (1 Samuel 16.11,13).

Davi e Golias

Davi matou Golias em Gate, após vencer o gigante filisteu, de um anônimo pastor de ovelhas tornou-se um grande guerreiro com fama nacional (1 Samuel 14.49).

O lugar do combate de Davi contra Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá. O ribeiro, que corria entre os exércitos de Israel e dos filisteus, era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt.

Davi não se sentiu bem quando por sugestão de Saul vestiu a armadura dele - Saul - para ir lutar contra Golias. Ele preferiu usar suas próprias vestes e uma funda e cinco pedras para atacar seu oponente; a funda aparentava ser uma arma inofensiva, porém, Davi provou que um brinquedo se torna fatal quando nas mãos de um servo temente e dentro da vontade de Deus (1 Samuel 17.38,39).

Davi, Jônatas e Mical

Davi teve bom relacionamento com os filhos de Saul. Foi amado por Jônatas e Mical, com quem fez um pacto de sincera amizade. A vitória de Davi contra o gigante filisteu levou-o a casar com Mical, pois Saul havia prometido a mão da filha ao israelita vencedor do combate (1 Samuel 18.1, 28; 19.2; 20.42)

Davi – o tocador de harpa (1 Samuel 16.14-23)

O ato heróico, matar o gigante filisteu, lhe deu acesso à corte de Saul. Ele tornou-se o escudeiro do rei. E como era hábil tocador de harpa, era solicitado pelo infeliz monarca para que tocasse o instrumento com a finalidade de suavizar sua melancolia, descrita como tormento de um espírito mau.

Ser o herói que matou o gigante filisteu lhe rendeu a notoriedade e isto causou em Saul sentimentos maliciosos, grande ciúmes e inveja. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o provável herdeiro do trono.

Davi, da perseguição de Saul ao trono de Israel

A louca inveja e os maus intentos do rei Saul arrastaram Davi do ambiente confortável do palácio real ao exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Samuel 19 a 21). Retirando-se de Gate, refugiou-se Davi na caverna de Adulão. Formar um exército com 400 homens, e depois 600, e andando de um canto a outro com seus dedicados companheiros conseguiu escapar da ira de Saul.

Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com 'o ungido do Senhor', como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi, e no deserto de Zife (1 Samuel 24, 1 Samuel 26).

Saul e Jônatas morreram em batalha, e Davi lamentou-se muito. Após essas duas mortes, tornou-se rei de Judá, em Hebrom, e depois de sete anos e meio, quando o outro filho de Saul, Is Bosete, veio a ser assassinado – ato que reprovou e fez justiça - , passou a reinar sobre todo o Israel (2 Samuel 1.17; 2 Samuel 2; 2 Samuel 4; 2 Samuel 5). Davi honrou sua amizade com Jônatas e estendeu sua bondade ao filho dele (2 Samuel 9).

Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1).

Davi na caverna de Adulão, pintura de Claude Gellé - 1628.

Como rei de Israel, Davi conquistou a fortaleza dos jebuseus, a única que no centro daquela terra que resistia às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6).

Davi e Bate Sabá (2 Samuel 9)

A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi - mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado - mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família.

Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se - mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, “e foi sepultado na cidade de Davi” (1 Rs 1 e 2).

A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. O fato de ter sido qualificado como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13.22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios.


Davi e o adultério com Batesabá - xilogravura de Juluis Schinoor von Carolsfeld - 1908.

Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei - considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar... É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

Os pecados de Davi - a mentira, a traição, o adultério e o assassinato - foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12).

Ele se tornou o mais ilustre dos reis de Israel, descrito como o homem que seguia e era segundo o coração de Deus. Nunca buscou glória para si mesmo, honrou a Deus durante todos os dias da sua vida (1 Samuel 13.14; 16.7; Atos 13.22; 2 Samuel 7.18-29).

E.A.G.

Artigo deste blog baseado em compilações e consultas: Onde Encontrar na Bíblia? - Geziel Gomes (Editora Central Gospel), Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal (CPAD), Conciso Dicionário Bíblico - Dr. S.L. Watson (IBB), Dicionário Bíblico Universal - Bucklan (Editora Vida), Bíblia de Estudo Vida (Editora Vida), Pequeno Dicionário Bíblico (Editora Vida), Bíblia Devocional de Estudo (Fecomex).

Veja mais sobre Davi neste blog: A aplicação da hermenêutica no Salmo 8.1-5