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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Crítica ao livro A Divina Revelação do Inferno, de Mary K. Baxter

Por Cristiano Santana
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A palavra “inferno” tem o poder de nos causar medo e ceticismo e curiosidade. Medo porque ninguém quer ir pra lá; ceticismo porque muitos são aqueles que não acreditam na sua realidade, sob o fundamento de que colide frontalmente com o amor de Deus, e curiosidade porque a Bíblia traz pouquíssimos detalhes sobre o Inferno.

Talvez a curiosidade tenha sida a causa da elaboração da mais célebre descrição do Inferno, conhecida como “A Divina Comédia” de Dante Alighieri, escrita na Idade Média, obra esta dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Trata-se de uma poema de estrutura épica e com propósitos filosóficos.

Ao contrário da “A Divina Comédia”, a “Divina Revelação do Inferno” pretende ser uma descrição real do Inferno, revelada pelo próprio Senhor Jesus Cristo a uma mulher chamada Mary K. Baxter. Gostaria de apresentar, aqui, qual foi a impressão que tive dessa obra, mediante a leitura, através de uma análise bastante breve.

O livro inicia com as seguintes palavras do Senhor Jesus: "As coisas que você está para ver são um aviso. O livro que você vai escrever salvará muitas almas do Inferno. O que você está vendo é real. Não tema, porque estarei com você." Apesar dessa ordem de Jesus se assemelhar à ordem que ele deu a João Batista na ilha de Patmos (“escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.”), não podemos de forma alguma atribuir à “Divina Revelação do Inferno” o caráter de escrituras inspiradas, infalíveis e inerrantes, à semelhança dos 39 livros do AT e 27 do NT, visto que o cânon sagrado já foi encerrado. Nenhum cristão está obrigado a crer nos relatos desse livro. Não se pode dizer "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia.”

A autora informa que Jesus Cristo a visitou e, em seguida, arrebatou a sua alma com o objetivo de levá-la ao Inferno e assim testemunhar os seus horrores. Em sua viagem espiritual, acompanhada do Senhor, Mary Baxter tomou conhecimento da “anatomia” do Inferno e testemunhou as conversas que Jesus teve com várias almas em tormento, que em vida pregressa, tinham cometido inúmeros pecados, adultério, bruxaria, mentira, sacrilégio, etc.

Quanto à “anatomia” do Inferno, nos surpreende a informação de Mary Baxter de que o lugar de tormento é um corpo. "O Inferno tem um corpo (semelhante ao corpo humano) deitado de costas no centro da terra” disse o Senhor Jesus a ela. Ao longo do livro vamos tomando conhecimento da “anatomia” do Inferno: ele tem pernas, braços, entranhas, boca e, pasmem, até um coração que pulsa. Não há nada nas Escrituras que nos permita inferir esse desenho do Inferno. O máximo que nos é permitido é imaginar o Inferno como uma cidade, visto que Jesus disse que ele tem portas. O Inferno é um corpo e não é só isso, ele está deitado de costas!

Jesus disse a ela: “Assim como Eu tenho um corpo de crentes, o Inferno também tem um corpo de pecado e morte." Assim como o corpo de Cristo é formado diariamente, o corpo do Inferno também é.” Sabemos que o corpo de Cristo tem caráter totalmente simbólico; a Igreja como um corpo apenas transmite a idéia da dependência que temos de Cristo, o cabeça da Igreja, da nossa união como membros individuais e da completude da Igreja, nada mais. Acrescentar uma literalidade a isso é algo, em minha opinião, meio complicado.

Mary Baxter, também, em diversos pontos, fala sobre os demônios que torturam as almas no Inferno. Ela diz: Havia uma névoa suja e acinzentada, que permeava o caixão por dentro. Era a alma de um homem. Enquanto eu olhava, os demônios espetavam suas lanças na pobre alma no caixão.” Não consigo encontrar passagens nas Sagradas Escrituras que me permitam imaginar esse quadro. O Inferno é um lugar de tormento não só para as pessoas, mas também para os demônios. Os demônios, segundo esse livro, estão bem à vontade no Inferno como se fosse a casa deles. Jesus disse que os ímpios seriam jogados na fornalha acesa, e que ali haveria pranto e ranger de dentes (Mateus 13:42). Trata-se de um lugar de muito sofrimento. Ocorre que, originariamente, esse lugar foi preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25:41). Se o Inferno foi preparado para o diabo, então deve ser um lugar de sofrimento para ele também. Além disso a Bíblia parece fazer uma separação entre o Inferno atual dos demônios e o Inferno atual dos mortos. A Bíblia diz que o Inferno dos demônios é o “abyssos”, lugar de prisão, de onde eles não podem sair (Lucas 8:31 e Apocalípse 9:1,2) ao passo que o Inferno dos homens é, predominantemente, o “hades” ou “seol” (Mateus 11:23, Lucas 10:15, Mateus 12:40), lugar de habitação dos mortos. A união das almas dos homens e dos demônios num só lugar de sofrimento, conforme a boa interpretação bíblica, acontecerá somente no futuro, na ativação da “geena”, o terrível lago de fogo e enxofre (Mateus 25:41, Mateus 13:42,50; 25:41,46)

Mary Baxter também nos diz que os demônios se reúnem no Inferno e recebem determinações de Satanás para irem à superfície da terra para seduzirem pessoas e realizerm maldades. Em Lucas 8:31 os demônios rogam a Jesus para que não os mandem para o abismo. O pedido dos demônios se justifica pelo fatos de eles saberem que, uma vez no abismo, não há como retornar à terra; trata-se de uma prisão. É difícil imaginar um Inferno no qual os demônios entrem e saiam à hora que bem quiserem.

Outra coisa muita estranha é a afirmação da autora de que no Inferno há um “Centro de Diversões”. Diz ela : “Jesus me revelou que há um lugar no inferno chamado de "Centro de Diversões'", onde as almas que estão confinadas nos buracos não podem ir. Ele me disse também que embora existam diferentes tormentos para cada alma, todas são queimadas com o fogo.” Tudo bem que Deus tenha o direito de punir as almas dos pecadores. Agora, seria o cúmulo do sadismo Deus permitir que haja um circo no Inferno, com picadeiro e tudo, onde os demônios possam se divertir com a alma dos pecadores.

Noutra passagem a autora informa que Jesus a abandonou e ela foi capturada pelos demônios, sendo depois torturada e maltrada por eles. A alma de Mary também de desfigurou e ela se tornou em mais uma alma penada, com as carnes apodrecendo e os vermes rastejando por dentro do seu corpo e olhos. Tudo bem que Jesus nos leve ao Inferno para conhecê-lo. Agora, permitir que os demônios nos toquem, nós que somos lavados e remidos no sangue do Cordeiro, que temos as promessas de João: “aquele que é de Deus o maligno não lhe toca” – acho meio inconcebível. Tinha outras comentários sobre esse livro, mas meu tempo é curto. Acho que o que escrevi já basta para que vocês façam um julgamento a respeito da veracidade da revelação recebida por Mary Baxter.

Fonte: Pr Cristiano Santana - Uma Visão do Mundo

CONVOCAÇÃO INTERNACIONAL EM PROL DOS DIREITOS E DA DIGNIDADE DO SER HUMANO E DA FAMÍLIA

Por Julio Severo

No 60° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no dia 10 de dezembro deste ano, a ONU estará recebendo de grupos radicais pró-aborto vários abaixo-assinados exigindo o direito universal ao aborto. Campanhas estão sendo promovidas hoje pela IPPF (International Planned Parenthood Federation) e pela Marie Stopes International, dois grupos que, juntos, são responsáveis por mais abortos do que qualquer outro grupo no mundo. Ambos os grupos são bastante estimados pelos poderes estabelecidos da ONU, e seus esforços em promover um direito internacional ao aborto são bem-vistos por muitos Estados Membros das Nações Unidas, talvez pela maior parte da burocracia da ONU, e por poderosas fundações norte-americanas que repassam milhões para promover o aborto na ONU e ao redor do mundo.

Nós precisamos neutralizá-los. Como? Assine e divulgue o abaixo-assinado em português, exigindo dos Estados Membros da ONU uma interpretação da Declaração Universal dos Direitos Humanos que proteja contra o aborto as crianças em gestação, a dignidade do ser humano e da família.

Você sabia que a Declaração Universal exige o direito à vida? Você sabia que, hoje em dia, os comitês da ONU interpretam-na como favorecendo o direito ao aborto? Precisaremos de milhares de assinaturas que se somarão às de outras partes do mundo. Assine e divulgue. A campanha durará até o início de dezembro de 2008.

Para assinar o abaixo-assinado em defesa da vida e da família, siga este link: http://www.petitiononline.com/vidafam3/petition.html


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

ASSEMBLEIA DE DEUS: PASTOR-PRESIDENTE (PRA QUÊ?)

Observando, tenho constatado que aos membros a função de pastor-presidente é quase uma figura simbólica, pois é um alguém sempre ausente e que ninguém sabe ao certo qual o seu papel e atividade positiva às congregações.

Membros comentam: Que necessidade há ter alguém que está distante? Se é preciso consertar o vidro quebrado ou fazer nova pintura no templo, ou resolver os problemas das ovelhas na comunidade, quem comparece e cuida de tudo é o pastor local.

Neste ponto, eu vejo que as igrejas batistas são mais bem organizadas. Não existe o pastor-presidente (que lembra muito a figura papal). Lá, os membros elegem seu pastor... E se ele não servir as ovelhas à contento é destituído e posto outro no lugar. O dinheiro arrecadado dos dízimos e das ofertas é usado no templo local e se for para fora dali é com o consenso de todos os membros.

Na AD quem escolhe o pastor local é o pastor regional e o deixa ali o tempo que desejar, seja ele alguém bem-quisto ou não pelas ovelhas... Só os pastores votam no pastor-presidente da CGADB... O dinheiro das coletas de ofertas e dízimos segue para a sede regional e da regional para a AD central (é o que dizem). E tudo sem nenhuma prestação de contas de uso do dinheiro por parte dessas sedes aos ofertantes e dizimistas...

Creio que por causa deste processo do gerenciamento das coletas ser assim é que existem tantas necessidades nos templos das congregações assembleianas. Necessidades tanto na questão das construções velhas quanto nas questões das assistências sociais desestruturadas e desarticuladas.

Os membros que fazem perguntas sobre o processo de gerenciamento das ofertas e dízimos correm o risco de serem taxados de rebeldes. Esta situação tem causado descontentamento no meio assembleiano.

Não fiz o post com ensejo de fazer insinuações negativas ou lançar dúvidas sobre o caráter dos líderes assembleianos, pois não os conheço e nada tenho contra eles e se tivesse algo contra também não agiria assim...

Nunca pensei e nem quis insuflar grupos a rebelarem-se contra eles. Também não quis criticar a liderança da AD motivado pelo vício de criticar dos descontentes. Sou feliz, em paz comigo mesmo, com todos e com Deus.

Sendo eu alguém com 28 anos caminhando na fé em Cristo, bem longe de desejar o cargo pastoral por causa deste estado de coisas descritas acima, o meu intuíto é simples e pessoal, é tão simplesmente querer ententer...

Afinal, pastor-presidente, pra quê?

E.A.G.