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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Trabalho - maldição ou bênção de Deus?


Quero registrar minhas observações bíblicas sobre o trabalho: na minha concepção o trabalho jamais foi uma maldição criada por consequência do pecado.

Duas argumentações:

1ª - antes do pecado de Adão e Eva nós encontramos o trabalho na Bíblia Sagrada

Ao abrir as Escrituras, logo na primeira página, nos primeiros 31 versículos bíblicos visualizamos o trabalho. Deus está trabalhando na criação! E no capítulo 2, versículo 19, encontramos Adão antes de pecar, incumbido por Deus a dar nomes às criaturas que o Senhor fez existir.

O pecado mudou a qualidade do trabalho humano, após o pecado o Homem continuou a trabalhar, mas com esforço e dor.

2ª - Jesus Cristo, nunca pecou, mas foi homem de dores e experimentado no trabalho (Isaias 53.3)
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Ele foi trabalhador braçal no ramo de marcenaria, e valorizou os trabalhadores.

Notemos os escolhidos ao ministério dEle. Jesus retirou seus discípulos - depois transformados em apóstolos - do trabalho secular ao trabalho ministerial.
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Além disso, Ele mencionou o rei Salomão, autor do Livro de Provérbios, onde encontramos muitas repreensões aos preguiçosos.

Terminando
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Faço menção de outro escrito de Salomão:

“Eis aqui o que eu vi, uma boa e bela coisa: comer, e beber, E GOZAR CADA UM DO BEM DE TODO O SEU TRABALHO, em que trabalhou debaixo do sol, todos os dias da sua vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção. E quanto ao homem, a quem Deus deu riquezas e fazenda e lhe deu poder para delas comer, e tomar a sua porção, E GOZAR DO SEU TRABALHO, isto é DOM de Deus. Porque não se lembrará muito dos dias da sua vida; porquanto Deus lhe responde na ALEGRIA do seu coração" - Eclesiastes 5.18-20.

A conotação do termo “dom” neste versículo é presente.

Financeiramente próspero ou não, quem consegue desfrutar do seu trabalho é alguém presenteado, abençoado, por Deus.

E.A.G..

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Em honra aos copistas bíblicos


Por Vilson Schulsz

"Uma palavra do nosso Deus dura para sempre". Esta é a confissão de Isaías (48.8), e nossa também. Jesus garante que as palavras dele não passarão (Mateus 24.35). De que palavra se está falando? Da palavra de Deus, é claro. Que palavra é essa? Normalmente pensamos na palavra escrita e aplicamos isso à Bíblia. Fazemos bem. Todavia, Deus diz também: "A palavra que sair da minha boca não voltará para mim vazia" (Isaías 55.11). Esta é primordialmente uma palavra falada.

Com certeza, a palavra de Deus foi preservada de forma oral. Ela foi passada de uma geração a outra, com os pais ensinando-a aos seus filhos (Deuteronômio 6.7). Até se poderia dizer que a palavra de Deus foi preservada no coração do seu povo (assim como a mãe de Jesus fazia, conforme Lucas 2.51). No entanto, será que ela nos teria sido preservada tão bem, caso não tivesse sido gravada em tábuas de pedra e em rolos de papiro e pergaminhos? É bem provável que não. E se ela nos foi preservada com uma certeza e pureza sem igual, certamente isto se deve à providência divina e ao fato de essa palavra ter sido posta por escrito. 

Isto enseja uma pesquisa na própria Bíblia. Logo nos vêm à memória passagens com imperativos ligados à oralidade: "dize" (Isaías 40.9), "proclama" (Jeremias 7.2), "anuncia" (Ezequiel 40.4), "prega" (2ª Timóteo 4.2), "fala" (Tito 2.1). Temos a impressão de que muito se fala sobre a palavra oral, e pouco ou quase nada sobre a palavra escrita. No entanto, para surpresa nossa, o imperativo "escreve" ocorre 25 vezes na Bíblia de Almeida Revista e Atualizada. E o verbo escrever aparece 435 vezes na Bíblia (242 vezes no Antigo Testamento ; 193 vezes no Novo Testamento)!

Este verbo requer ênfase. Em especial porque até recentemente se afirmava que os hebreus só passaram a escrever na época de Davi e Salomão. Hoje, graças à arqueologia, sabe-se que já havia uma extensa literatura no tempo de Abraão, dois mil anos antes de Cristo. É possível que Moisés fosse versado em várias línguas: egípcio, acadiano, hebraico, etc. A noção de que a escrita, no período bíblico, só teve início depois de um longo período de transmissão oral precisa ser revista, se é que já não o foi.

Se nos voltarmos para a longa história da transmissão do texto bíblico, desde a formação do cânone até aos nossos dias, veremos que ela está bem documentada em obras como, por exemplo, A Bíblia e Sua História, publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

Até por volta de 1500 d.C. as cópias bíblicas disponíveis eram todas manuscritas ou copiadas à mão. Isto nos parece estranho, numa época em que temos acesso à Bíblia impressa em tantos formatos diferentes. Nem sempre foi assim. Naqueles primeiros tempos, quem quisesse um texto bíblico tinha de encomendar uma cópia manuscrita. E foi através desse penoso e demorado processo de cópia manuscrita que o texto bíblico foi preservado e passado às novas gerações.

É claro que nesse processo de cópia manuscrita, foram introduzidos erros nos texto. Cada exemplar da Bíblia era uma nova edição! Mas esses erros de cópia são, em sua grande maioria, fáceis de explicar e sem maior importância. Mesmo assim, nossa tendência é lamentar a introdução desses erros ou dessas variantes, em particular, no que diz respeito ao texto grego do Novo Testamento. No entanto, foi graças ao [ * ] trabalho paciente e estafante dos copistas que os textos sagrados chegaram até nós, não obstante os muitos erros de cópia. Também nisto podemos ver cumprida a promessa divina de que a sua palavra permanece para sempre. 

Portanto, entre os diversos propósitos que se procura alcançar (...), com certeza se inscreve também este: lembrar e honrar os anônimos copistas bíblicos do passado que, na sábia providência divina, foram instrumentos de preservação e transmissão da viva e eficaz palavra de Deus.
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* Nota Belverede: Neste dia 1º de maio, Dia do Trabalho, com a publicação deste artigo, me uno ao autor dele para homenagear os homens que escreveram, cópia por cópia, a Palavra de Deus, fazendo com que ela chegasse até nós no dia de hoje. O nome deles não entrou para a História, porém, mudou, para melhor, as nossas histórias.


Vilson Scholz é consultor de tradução da Sociedade Bíblica do Brasil e consultor de tradução pleno das Sociedades Bíblicas Unidas.
Fonte: revista A Bíblia no Brasil - nº 219 / abril a junho de 2008 / ano 60 / página 34 (SBB).
Atualização: 10 de junho de 2021, às 14h32. Imagem e redação.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

QUAL É A PAZ DO PENTECOSTALISMO ASSEMBLEIANO BRASILEIRO?

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Imagem: Landejur / Templo da Assembléia de Deus - em João Monlevade Minas Gerais
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Sou da seguinte opinião sobre os livros: é importante que eles existam, porém, muito mais importante é que seus leitores possuam discernimento espiritual ao lê-los.
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Para haver discernimento é necessário conhecer a Palavra de Deus. O grande problema é que a maior parte dos consumidores de livros jamais leram a Bíblia Sagrada por inteira. E assim, ficam reféns das interpretações desses autores sobre ela.
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Por exemplo, na Bíblia Sagrada o termo paz, no grego usado no Novo Testamento é “eirene”; e no hebraico, Antigo Testamento, é “shalom”.
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Os assembleianos são conhecidos pela saudação: “a paz do Senhor, irmão”!
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Desculpe-me se assustar você nos próximos parágrafos...
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Quero dizer que são poucos os cristãos assembleianos que sabem que, biblicamente, a paz que desejam ao próximo em suas saudações significa PROSPERIDADE FINANCEIRA e espiritual, SAÚDE FÍSICA e espiritual. Portanto, ter shalom / eirene / paz com o Senhor significa ter o completo bem-estar, significa ter tranquilidade em todos os sentidos porque a paz do Senhor é paz completa, ela envolve o espírito, a alma e inclusive o corpo em que vivemos agora!
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O que quero dizer com isso? Quero dizer que, infelizmente, a grande parte dos assembleianos que combatem alguns pontos doutrinários do neopentecostalismo (Igreja Universal do Reino de Deus e Igreja Internacional da Graça de Deus, etc) estão reféns das doutrinas de dois ou três autores de livros do movimento pentecostal clássico e de alguns articulistas das revistas das escolas bíblicas dominicais assembleianas. A grande maioria dos pentecostais não estão tão aprofundados nas Escrituras Sagradas como pensam e deveriam estar.
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Terminando, esclareço que apesar de haver nascido em berço pentecostal sinto liberdade para criticar. Não estou defendendo o movimento neopentecostal, porém, sou imparcial, e não entendo como errado apontar as falhas do pentecostalismo assembleiano brasileiro.
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A grande falha da doutrina neopentecostal (IURD e IIGD) é enfatisar muito o materialismo; a falha pentecostal (Assembléia de Deus) é exagerar no espiritualismo. O correto é ser moderado: Deus fez o homem como espírito, alma e corpo, e devemos servir a Ele nesta triplicidade que somos.
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Tenho minha biblioteca, com diversos livros evangélicos que reputo como importantes, mas priorizo a leitura bíblica devocional, e a considero imprescindível para determinar o que eu penso e o que devo ser.
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Abraço fraternal, na paz do Senhor!

E.A.G.