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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O Soprar de Vida

No Antigo Testamento “espírito” é “ruach”, significa vento, sendo que em muitas passagens o termo define o sopro.

Em Gênesis o Criador faz Adão e sopra o fôlego de vida nele e a partir deste instante Adão passa a andar segundo a orientação divina. Tempos depois, Adão troca a orientação do seu Criador pela iniciativa humana, própria, descrita pelo apóstolo Paulo como a obra da carne.

Ainda hoje temos diante de nós o Criador, soprando vida e temos dentro de nós a iniciativa pessoal.Nos guiamos pela vontade do alto ou pela vontade pessoal?

Tal qual trompete, ilustração ao lado, somos nós... Nas mãos do instrumentista profissional esse instrumento de sopro pode emitir melodia em uma excelente orquestra. Sem o Instrumentista, nós nos tornamos apenas uma peça esquecida dentro da maleta ou encostada em algum canto escuro de um lugar qualquer.

E.A.G.

Atualizado em 03 de janeiro de 2020, às 02h57. Leia essa postagem na versão expandida: O Sopro de Vida.

Islamismo apedreja mulheres


As cenas registram extrema violência.

Enquanto no Brasil temos tanta liberdade religiosa, no oriente ainda acontece muitas atrocidades que a mente ocidental mais vil não imagina ser possível acontecer.

Conheço esse vídeo há cerca de uma ano. Pensei em postar agora em caráter reflexivo.

Quero dizer que a religião não edifica, seja qual for ela, o importante é ter fé em Deus, sabendo que Ele é a essência do amor. Não sou favorável ao movimento sem-igrejas... Mas, sim, contra a religiosidade que violenta a vida humana - vida que o Criador dá e só Ele pode tomar.

O que podemos fazer, enquanto Igreja, para que essas barbaridades pararem de acontecer?
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E.A.G.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Blogosfera Evangélica - Ciro Sanches Zibordi

Blog do Ciro. 

Nome do criador do blog: Ciro Sanches Zibordi. Pastor evangélico atuando nas Assembleias de Deus ligada à CGADB; escreve livros para a Casa Publicadora das Assembleias de Deus, residente em Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Articulista, editor e professor de Hermenêutica/Exegese, Teologia Sistemática, Evangelismo/Missiologia, Heresiologia, História da Igreja, Teologia Contemporânea, etc. Autor dos livros: Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria, Adolescentes S/A, Perguntas Intrigantes que os Jovens Costumam Fazer e Erros que os Pregadores Devem Evitar, todos editados pela CPAD.

A existência do seu blog, na rede desde janeiro de 2007, segundo o próprio pastor, tem como objetivo apresentar ao povo de Deus mensagens inspirativas, análises e refutações de doutrinas falsas e modismos, à luz das Escrituras. Diz mais: "As interpretações contidas no blog, apesar de serem feitas, às vezes, com uma boa dose de bom humor e ironia, têm sempre como alvo honrar a Bíblia, haja vista ser ela nossa fonte máxima de autoridade".

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

AS BÊNÇÃOS DE JOSÉ- GÊNESIS 49.25

22 "José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro.

23 Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram, 24 mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó, o Pastor, o Rochedo de Israel, 25 pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em cima, com bênçãos do abismo que jaz embaixo, com bênçãos dos seios e da madre.

26 As bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas desejadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos" - Gênesis 49. 22-26 - ARA.

A raiz hebraica, etmológica, para “abençoar” é usada seis vezes em Gênesis 49.25.

• Bênçãos dos céus e dos abismos:

Tem a ver com a fertilidade da terra, regadas pelas chuvas e lençóis d’água e fontes e riachos. Ver Gênesis 1.6-9.

• Bênçãos dos seios e da madre:

Tem a ver com a fertilidade do corpo e a fartura. Refere aos homens e aos animais. Ver Gênesis 1.22, Números 24.5-7.

Os descendentes de Efraim:

Ver Oséias 12.8.

As bênçãos outorgadas aos homens na criação concentraram-se em José e são extremamente semelhantes às bênçãos sobre as tribos, proferidas por Moisés, em Deuteronômio 33.13-16, relativas aos descendentes de José.

Essa seção poética (Gênesis 49.22-26) destaca a importância que adquiriu a descendência de José, a qual se dividiu mais tarde, nas tribos de Efraim e Manasses, que ocuparam as férteis montanhas da Palestina central e parte da região oriental do Jordão.

Note a admirável multiplicação de nomes divinos no versículo 24: Poderoso de Jacó, Pastor, Pedra de Israel. Esses títulos atribuídos ao Senhor são raros no Antigo Testamento.

Gênesis 49.22-26 refere-se às celebrações dos momentos em que Deus salvou o servo José.

Nós, com pouca ou grande freqüência lutamos sós, esquecendo que Deus pode nos ajudar, sejam nas lutas contra homens armados ou contra forças espirituais. José aproximou-se de Deus quando os inimigos surgiram. Lembrar-se e confiar em Deus em meio às adversidades é sinal de grande fé.

Somos capazes de lembrar e confiar em Deus quando surgem os problemas, calúnias, perseguições? A reação que expressamos mostram se conhecemos ou não o Deus Todo Poderoso - El Shaddai. .
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E.A.G.

El Shaddai - Deus Todo-Poderoso


A palavra aportuguesada, Deus, representa alguns nomes referente ao Criador. No livro de Gênesis, 1.26, encontramos a forma Elohim, (plural em referência a Trindade). E a forma singular Elohim é El (o único Deus forte). Encontramos El na forma composta: El Elyon (o Deus Altíssimo) e também El Shaddai...

Todo-Poderoso, em hebraico é El Shaddai. Todo-Poderoso é uma tradução que surgiu da Septuaginta (*), e parece bem fundamentada.

Shaddai aparece 48 vezes no Antigo Testamento, sendo que 31 delas no livro de Jó. Era o nome pelo qual Deus se revelava aos patriarcas, normalmente nos momentos em que as promessas de descendência eram enfatizadas, lembrando o domínio universal de Deus (Gênesis 23.3; 35.11; 48.3) ou quando o povo se encontrava sob dura pressão e precisava de segurança (Gênesis 28.3; 35.11 e 49.25).

A derivação de Shaddai é incerta, não é possível tirar uma conclusão definitiva.

Veja as três principais linhas teológicas:

- Alguns teólogos admitem que Shaddai deriva de shad cuja significação é seio, peito, mama (Gênesis 49.25; Salmo 22.9; Cantares 1.13; 4.5; e, 7.3, 7.8). E por sua vez shad é raiz de uma interpretação de uma forma aparentemente composta de she (que /quem é suficiente; necessário) levando a interpretação de que esse nome divino significa O Deus que é auto-suficiente, por conseguinte ,Todo-Poderoso.

Neste caso Shaddai implica na idéia de sustentador, nutridor, aquele que é capaz de satisfazer.

Entretanto, o conceito machista tende a rejeitar essa linha. Mas é preciso levar em consideração que o Criador é espírito o espírito é assexuado. Não é macho e nem fêmea.

– Outros admitem que Shaddai é a derivação de uma raiz cuja significação é “cumular benefícios”, sugerindo assim, que Deus é o Amigo e o Benfeitor dos pastores e dos patriarcas.

– Outros teólogos, atribuem a Shaddai a significação de “Deus, Deus das Montanhas”. Seja para ressaltar o poder invencível de Deus, seja em referência aos montes como um lar simbólico (Salmo 15.1; 121.1).

É importante lembrar que os montes foram cenários de repetidas teofanias.

O certo é que nessas linhas teológicas sobre o nome El Shadai existe consenso que a maior ênfase de Shaddai está sobre a idéia de poder onipotente, supremo, de Deus em contraste com a fragilidade humana. Ver: Salmo 68.14; 91.1; Isaias 13.6; Êxodo 1.24.

Shaddai denota a Deus como que sujeitando todos os poderes da natureza e fazendo-os subservientes à obra da graça divina. Embora enfatize a grandiosidade de Deus assim, não o apresenta como objeto de temor e terror, mas como a fonte de bem-aventurança e consolação.

Nada é impossível a El Shaddai, Ele pode cumprir todas as suas promessas, mesmo que na ótica humana pareça impossível o seu cumprimento. .
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E.A.G.
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* - Septuaginta: A versão dos setenta, a versão grega do Antigo Testamento, preparada por um grupo de setenta e dois eruditos, em Alexandria, no terceiro século antes de Cristo. Era a Bíblia no tempo de Cristo e dos apóstolos (Pequena Enciclopédia Bíblica - O.S. Boyer).