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sábado, 30 de junho de 2007

Dupla Cidadania

Marcha para Jesus de 2019
Newton Menezes - Futura  Press / Estadão

Neste ano de 2007, no dia 7 de junho, a 15ª Marcha para Jesus, que em anos anteriores ocorreu Avenida Paulista, foi realizada em local diferente. O evento (que teve cerca de 3 milhões de participantes, de acordo com os organizadores) sofreu preconceito por parte do atual prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, que mudou sua localização tradicional. A Marcha teve concentração no Campo de Bagatelli, situado na Avenida Santos Dumont, com ponto inicial na parada de metrô Estação da Luz, Avenida Tiradentes.

Agora, lá no Rio de Janeiro, existe pressão contrária à equipe Diante do Trono [*], pelo mesmo motivo. A administração municipal cria dificuldades quanto à realização da gravação do novo DVD do grupo musical mineiro na Praia do Flamengo.

Nós, evangélicos, além de cidadãos dos céus somos cidadãos aqui na terra também. E, como crentes em Jesus, não apenas nessas situações de oposições citadas, mas em todos os outros eventos que sofrerem pressão, precisamos nos mover e nos conscientizar da força que temos se nos mantermos unidos. E agir.

A comunidade evangélica tem peso político suficiente para determinar os rumos eleitorais do País! Então, havendo oposição da parte política em exercício, que nós no dia da eleição sejamos seus opositores também, votando nos concorrentes de candidatos que se mostram antirreligiosos. deles.

Como cidadãos do céu, oremos por todos. E como cidadãos da terra, bem informados, decidamos com muito cuidado quando chegar a na hora de votar, escolhendo apenas os políticos cristãos e historicamente amigos de cristãos.

* Rio Diante do Trono - https://riodiantedotrono.wordpress.com/


Atualizado em 21 de abril de 2021 - 21h45. Troca de imagem e ajuste da redação.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

O sentido etimológico do termo fé

Assembleia de Deus ministério Belém.
Rua Conselheiro Cotegipe, 273. São Paulo - SP.

Em Hebreus 11.1 temos a melhor descrição do que seja a fé.

O termo fé, no grego-koiné, é "pistis". E pistis denota o sentido de um documento de posse (como uma escritura de imóvel devidamente registrada em cartório.

Ou seja, a sua fé é igual o documento que comprova que você é a pessoa certa, a única dona daquilo que crê, que a Bíblia Sagrada promete que é seu.

Experimente trocar o termo fé por escritura nas suas leituras bíblicas, orações e vida devocional com Deus.

Quem tem uma escritura de imóvel, não tem dúvidas que é o dono daquilo que está lavrado e muito bem documentado em seu nome.

As doutrinas de rigor ascético - parte 2 de 3

Por Eliseu Antonio Gomes

Até o momento, de tudo que tenho lido, concluo que cultuar a Deus é mais do que cumprir a liturgia eclesiástica ou realizar show moderninho. Trata-se de um comportamento interior. Pois o mais importante para o Senhor não são as maneiras, mas os propósitos da consagração. A adoração voluntária e sincera é prestar culto.

Aos crentes colossenses, o apóstolo Paulo alertou que praticar a doutrina de rigor ascético não trazia nenhuma consequência positiva, porque a prática era útil quanto a evitar as obras da carne. Ou seja, o propósito do cristianismo é que o cristão ande no Espírito – dar ao Senhor o fruto do Espírito por inteiro, as nove características (Gálatas 5.16-23). Parcialmente Deus não o recebe.

Os versículos abaixo mostram como Deus nos olha e nos considera. Como? Interiormente.

Eu não me eximo das perguntas que faço abaixo. E respondo que me esforço para servir melhor a Deus a cada dia por ser Ele meu Criador.

Perguntas: Quais são os propósitos que o fazem cultuar ao Senhor? Por que jejua? Por que prega? Por que canta? Quais são seus motivos mais íntimos que o impulsiona a se dizer crente em Jesus Cristo?

"Mesmo neste estado, ainda me procuram... dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? (...) Eis que no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferires com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto”. - Isaias 58.2a, 3-4.

Observação: Embora o texto bíblico apresentado tenha me ocorrido durante a meditação na Palavra, surgindo na sequência de referências que seguia, durante a elaboração deste artigo, sempre tive em mente fazer as coisas corretamente com motivos corretos também.

Não é uma situação espiritual boa entrar em um ciclo de afazeres, aceitáveis aos olhos humanos, apenas pela força do hábito ou visando consequências inconfessáveis. Embora possamos ser aprovados pelos homens, Deus que tudo vê nos reprova. Melhor é fazer a coisa certa por motivos conscientes e certos.

Irmãos e irmãs, não tomem essa minha iniciativa em postar esse texto e fazer esses comentários como sendo um desrespeito ou algo parecido. Eu apenas quis mostrar a revelação que está efervescendo dentro do meu coração agora.


Postagem atualizada em 04/05/21, 11h50. Troca de imagem, revisão de texto.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Dramas familiares

Quando existe drama no relacionamento entre pais e filhos.

Diante dos conflitos familiares na educação dos adolescentes, algumas vezes pude acompanhar e auxiliar algumas situações. Não digo isso como se me sentisse o mais preparado, aconteceu...

Certa vez um jovem evangélico me procurou, um descendente de japoneses no Brasil, ele contou ter discutido com a mãe, estava com o coração triste mas não conseguia buscar reconciliação. Quando as brigas aconteciam eles ficavam muitos dias sem conversar um com o outro.

O que pude lhe dizer é que a Bíblia Sagrada nos informa que Deus reservou prosperidade, vida longa e feliz, apenas aos filhos que honram aos pais (Colossenses 3.20).

Disse-lhe mais: " Ame seus pais. Amar não é apenas um sentimento que chega sem aviso e toma conta das pessoas. É decisão íntima de cada coração que sabe exercitar os pensamentos ordenadamente. Decida-se a querer bem sua mãe e seu pai e comece a agir de acordo com essa idéia. Não deixe a raiva ser mais forte do que você. Nos momentos difíceis treine a sua mente para continuar com raciocínios lógicos, mesmo durante emoções fortes. Se você deseja felicidade em seu futuro, procure compreender melhor as razões de tudo que os seus pais fazem e falam. Não os julgue, apenas se esforce para compreendê-los perfeitamente.

Você sabe que muitos fazem coisas erradas por motivos certos? A maioria dos pais caem nessa desonra menor. Querem o bem dos filhos e erram muito bem intencionados. Não é uma situação justificável, mas acontece bastante.

Recomendo que leia o livro de Provérbios. Tem tudo a ver com essa situação que você está passando agora e também com todas as outras relacionadas com todos nós em todas as áreas das nossas vidas".

E.A.G.

As doutrinas de rigor ascéstico - parte 1 de 3

Asceta: indivíduo que se dedica por completo aos exercícios espirituais, mortificando o corpo; anacoreta; eremita; ermitão.

Ascético: Relativo ao ascetismo ou aos ascetas: vida ascética. Cenobita; devoto; místico; contemplativo; platônico; tratado acerca do ascetismo.

Fonte: Dicionário Michaellis 2000

A primeira pedra

Encontramos o termo "rigor ascético" na Bíblia Sagrada, em sua versão Almeida Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil. Está lá na carta do apóstolo Paulo aos cristãos colossenses, capítulo 2 e versículo 23. O termo equivalente na versão Almeida Revista e Corrigida é disciplina do corpo.

Esse trecho bíblico é pouco utilizado nas igrejas. Nos meus quase 29 anos como cristão evangélico não me lembro de alguém ter pregado sobre ele, usando-o como texto central da mensagem. E creio que é fácil entender os motivos. Paulo discorre sobre a natureza da carne, comentando sobre a satisfação carnal através da religiosidade. O apóstolo escreve sobre os excessos de "não-podes" e "não-toques" dizendo que estas ordenanças são desagradáveis ao Senhor por propiciar apenas a falsa aparência de santidade.

Paulo encontrou na cidade de Colosso uma igreja que estava se desviando do Evangelho sem abandonar a religiosidade. Alguns crentes começaram a entrar em hábitos de abstinências alimentares, observância de dias e até adoração aos anjos. Para isso, reivindicaram, misticamente, o apelo das visões. E dentro desse circulo de práticas das regras auto-impostas,  apresentavam-se falsamente como gentes humildes perante todos, ao orgulharem para si mesmos sentiam-se mais limpos e santos do que os outros cristãos que estavam fora das regras que eles praticavam.

Apenas a Palavra de Deus não é vaidade

Ora, tudo abaixo do sol é vaidade. Por que ter vanglória? (Eclesiastes 1.2).

Sabemos, quem nos purifica é só Jesus. As obras humanas não limpam o homem. O único ato ascético eficaz, quem fez foi Jesus ao morrer na cruz em nosso lugar, após viver sobre a terra sem cometer nenhum pecado.

Não existe regra maior do que a Palavra de Deus. Através das Escrituras vemos o que é proibido e o que não é (Salmo 119.105). Quando não existe um “NÃO” bíblico, então, não é sensato inventar proibições, se o assunto é da esfera da fé. O argumento do apóstolo é simples e prático: Cristo nos libertou e não devemos nos deixar prender novamente. Os tabus dos asceticismos religiosos são grilhões que precisam ficar para trás em nossas carreiras espirituais.

A lição na parábola do bom samaritano

É importante observar que os cristãos falham muito ao mandamento do amor ao próximo quando impõem regras denominacionais às pessoas. O Evangelho nos diz que só em Cristo, pela fé, somos salvos. Porém, a religião passa a falsa esperança de que a obediência às cartilhas de regulamentos garante a salvação.

A parábola do bom samaritano é um ótimo exemplo dessa troca de valores. Um homem estava moribundo. Passou por ele o sacerdote, depois o levita. Os dois religiosos agiram com total indiferença quanto ao estado de falta de sorte do viajante. Ambos lembraram-se das regras cerimoniais e não quiseram ficar impuros, pois o viajante estava à beira da morte e segundo a Lei tocar em cadáver causava impureza e impedia que eles participassem das oferendas e demais tarefas no templo (Números 5.2). Surgiu, então, o samaritano e antes de pensar em regras religiosas lembrou-se do mandamento do amor e socorreu o necessitado.

Socorrer é amar na prática

1. Socorro espiritual : Tiago 2.14-24:

Quão triste é ver crentes que hoje em dia ao se depararem com alguém que tropeçou na fé, talvez portanto a falsa sensação de superioridade, se arvoram como guardiões dos valores morais e criticam exigindo perfeccionismo dos caídos, ao invés de estender a mão para levantá-lo. Onde está o amor na vida dos crentes ascéticos?

Bem asseverou o apóstolo Paulo, dizendo que o rigor ascético só satisfaz a carne, não agrada ao Senhor.

2. Socorro humanitário: Isaías 58.1-14:

Certa vez, troquei postagens numa rede social com uma pessoa que se apresentava como cristã. Falávamos sobre a fome no continente africano, e ele revelou a sua opinião. Para ele, o correto seria primeiro pregar a Palavra de Deus e só depois entregar a alimentação.

Ora, onde está o amor aos necessitados? Sem querer ser injusto com ninguém, nem generalizar nada, sei das exceções, digo que esses crentes são os que mais cobram a disciplina do corpo, que mais criam regras e pensam que são os únicos santos e puros na face da Terra.

Conclusão

Certamente que é preciso evangelizar, porém, tendo condições financeiras, é preciso demonstrar o amor que preconizamos. Junto com "a paz do Senhor" deve haver ajuda material também.

Os cristãos ascéticos se esqueceram que “a religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” – Tiago 1.27.

Parafraseando o versículo, amar o próximo é não se negar a ajudar quem estiver precisando, pois essa é a verdadeira atitude que agrada a Deus.

E.A.G.

Texto revisado: 24 de setembro de 2011.