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quinta-feira, 28 de junho de 2007

Dramas familiares

Quando existe drama no relacionamento entre pais e filhos.

Diante dos conflitos familiares na educação dos adolescentes, algumas vezes pude acompanhar e auxiliar algumas situações. Não digo isso como se me sentisse o mais preparado, aconteceu...

Certa vez um jovem evangélico me procurou, um descendente de japoneses no Brasil, ele contou ter discutido com a mãe, estava com o coração triste mas não conseguia buscar reconciliação. Quando as brigas aconteciam eles ficavam muitos dias sem conversar um com o outro.

O que pude lhe dizer é que a Bíblia Sagrada nos informa que Deus reservou prosperidade, vida longa e feliz, apenas aos filhos que honram aos pais (Colossenses 3.20).

Disse-lhe mais: " Ame seus pais. Amar não é apenas um sentimento que chega sem aviso e toma conta das pessoas. É decisão íntima de cada coração que sabe exercitar os pensamentos ordenadamente. Decida-se a querer bem sua mãe e seu pai e comece a agir de acordo com essa idéia. Não deixe a raiva ser mais forte do que você. Nos momentos difíceis treine a sua mente para continuar com raciocínios lógicos, mesmo durante emoções fortes. Se você deseja felicidade em seu futuro, procure compreender melhor as razões de tudo que os seus pais fazem e falam. Não os julgue, apenas se esforce para compreendê-los perfeitamente.

Você sabe que muitos fazem coisas erradas por motivos certos? A maioria dos pais caem nessa desonra menor. Querem o bem dos filhos e erram muito bem intencionados. Não é uma situação justificável, mas acontece bastante.

Recomendo que leia o livro de Provérbios. Tem tudo a ver com essa situação que você está passando agora e também com todas as outras relacionadas com todos nós em todas as áreas das nossas vidas".

E.A.G.

As doutrinas de rigor ascéstico - parte 1 de 3

Asceta: indivíduo que se dedica por completo aos exercícios espirituais, mortificando o corpo; anacoreta; eremita; ermitão.

Ascético: Relativo ao ascetismo ou aos ascetas: vida ascética. Cenobita; devoto; místico; contemplativo; platônico; tratado acerca do ascetismo.

Fonte: Dicionário Michaellis 2000

A primeira pedra

Encontramos o termo "rigor ascético" na Bíblia Sagrada, em sua versão Almeida Revista e Atualizada, da Sociedade Bíblica do Brasil. Está lá na carta do apóstolo Paulo aos cristãos colossenses, capítulo 2 e versículo 23. O termo equivalente na versão Almeida Revista e Corrigida é disciplina do corpo.

Esse trecho bíblico é pouco utilizado nas igrejas. Nos meus quase 29 anos como cristão evangélico não me lembro de alguém ter pregado sobre ele, usando-o como texto central da mensagem. E creio que é fácil entender os motivos. Paulo discorre sobre a natureza da carne, comentando sobre a satisfação carnal através da religiosidade. O apóstolo escreve sobre os excessos de "não-podes" e "não-toques" dizendo que estas ordenanças são desagradáveis ao Senhor por propiciar apenas a falsa aparência de santidade.

Paulo encontrou na cidade de Colosso uma igreja que estava se desviando do Evangelho sem abandonar a religiosidade. Alguns crentes começaram a entrar em hábitos de abstinências alimentares, observância de dias e até adoração aos anjos. Para isso, reivindicaram, misticamente, o apelo das visões. E dentro desse circulo de práticas das regras auto-impostas,  apresentavam-se falsamente como gentes humildes perante todos, ao orgulharem para si mesmos sentiam-se mais limpos e santos do que os outros cristãos que estavam fora das regras que eles praticavam.

Apenas a Palavra de Deus não é vaidade

Ora, tudo abaixo do sol é vaidade. Por que ter vanglória? (Eclesiastes 1.2).

Sabemos, quem nos purifica é só Jesus. As obras humanas não limpam o homem. O único ato ascético eficaz, quem fez foi Jesus ao morrer na cruz em nosso lugar, após viver sobre a terra sem cometer nenhum pecado.

Não existe regra maior do que a Palavra de Deus. Através das Escrituras vemos o que é proibido e o que não é (Salmo 119.105). Quando não existe um “NÃO” bíblico, então, não é sensato inventar proibições, se o assunto é da esfera da fé. O argumento do apóstolo é simples e prático: Cristo nos libertou e não devemos nos deixar prender novamente. Os tabus dos asceticismos religiosos são grilhões que precisam ficar para trás em nossas carreiras espirituais.

A lição na parábola do bom samaritano

É importante observar que os cristãos falham muito ao mandamento do amor ao próximo quando impõem regras denominacionais às pessoas. O Evangelho nos diz que só em Cristo, pela fé, somos salvos. Porém, a religião passa a falsa esperança de que a obediência às cartilhas de regulamentos garante a salvação.

A parábola do bom samaritano é um ótimo exemplo dessa troca de valores. Um homem estava moribundo. Passou por ele o sacerdote, depois o levita. Os dois religiosos agiram com total indiferença quanto ao estado de falta de sorte do viajante. Ambos lembraram-se das regras cerimoniais e não quiseram ficar impuros, pois o viajante estava à beira da morte e segundo a Lei tocar em cadáver causava impureza e impedia que eles participassem das oferendas e demais tarefas no templo (Números 5.2). Surgiu, então, o samaritano e antes de pensar em regras religiosas lembrou-se do mandamento do amor e socorreu o necessitado.

Socorrer é amar na prática

1. Socorro espiritual : Tiago 2.14-24:

Quão triste é ver crentes que hoje em dia ao se depararem com alguém que tropeçou na fé, talvez portanto a falsa sensação de superioridade, se arvoram como guardiões dos valores morais e criticam exigindo perfeccionismo dos caídos, ao invés de estender a mão para levantá-lo. Onde está o amor na vida dos crentes ascéticos?

Bem asseverou o apóstolo Paulo, dizendo que o rigor ascético só satisfaz a carne, não agrada ao Senhor.

2. Socorro humanitário: Isaías 58.1-14:

Certa vez, troquei postagens numa rede social com uma pessoa que se apresentava como cristã. Falávamos sobre a fome no continente africano, e ele revelou a sua opinião. Para ele, o correto seria primeiro pregar a Palavra de Deus e só depois entregar a alimentação.

Ora, onde está o amor aos necessitados? Sem querer ser injusto com ninguém, nem generalizar nada, sei das exceções, digo que esses crentes são os que mais cobram a disciplina do corpo, que mais criam regras e pensam que são os únicos santos e puros na face da Terra.

Conclusão

Certamente que é preciso evangelizar, porém, tendo condições financeiras, é preciso demonstrar o amor que preconizamos. Junto com "a paz do Senhor" deve haver ajuda material também.

Os cristãos ascéticos se esqueceram que “a religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” – Tiago 1.27.

Parafraseando o versículo, amar o próximo é não se negar a ajudar quem estiver precisando, pois essa é a verdadeira atitude que agrada a Deus.

E.A.G.

Texto revisado: 24 de setembro de 2011.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Quando a mentalidade humana é transformada pelo Espírito

Sobre Tomés-da Silva e Crentes Avivados.

Apesar de Deus nos ter criado e depois ter dito que o resultado da sua criação era satisfatório, como cristãos, é um grande erro deixar-se guiar apenas pelos sentidos naturais.. As coisas do Espírito são do alto e não aqui da terra, do homem natural. Quando tratamos de casos alçados ao nível da fé de quase nada vale o tato, o olfato, o paladar, a audição e a visão.

Jesus subiu ao céu e em seguida nos enviou o outro Consolador para nos guiar. É espantoso ver algumas pessoas ignorarem isso. Gente de renome, o alto calibre no seio evangélico, escorregam diante dessa tão grande obviedade e desencaminharem-se pelos seus sentidos humanos. Principalmente a vista e os ouvidos, aquilo que vê e o que outros viram e lhe contam. 

Acredito que se um líder pentecostal segue por essa condição, não caminha para frente, patina, não sai do lugar ou caminha para trás. A mente humana que  está acostumada raciocinar tão-somente pelos seus cinco sentidos: o que pode conferir cheirando, apalpando, degustando, ouvindo e vendo, não é espiritual. Porém, a mente transformada usa os nove dons do Espírito Santo: dom da palavra da sabedoria; dom da palavra do conhecimento; dom da fé; dons de curas; dom de operação de milagres; dom de profecia; dom de discernimento de espíritos; dom de variedade de línguas; dom de interpretação de línguas.

Os dons são equipamentos espirituais, armas poderosas para para combater o inimigo que temos em comum, que é Satanás.

Quem não se lembra do lamento de Jesus a Tomé? E horrível constatar que  existem muitos Tomes-da-Silva, desprezam os dons do Espírito, não atinam que a definição de fé é o firme fundamento das coisas que se espera sem ver (Hebreus 11.1). Podemos parafrasear o texto: a fé é o firme fundamentos das coisas que não se tateiam, nem cheiram ou ouvem.

Na carta do apóstolo Tiago (3.13, 17-18) encontramos o padrão comportamental de quem vive segundo os impulsos da mente humana e de quem se entrega aos cuidados das orientações do Senhor.. "Existe entre vocês alguém que seja sábio e inteligente? Pois então que prove isso pelo seu bom comportamento e pelas suas ações praticadas com humildade e sabedoria. A sabedoria que vem do céu é antes de tudo pura, e é também pacífica, bondosa e amigável. Ela é cheia de misericórdia, produz uma colheita de boas ações, não trata os outros pela sua aparência e é livre de fingimento. Pois a bondade é a colheita produzida pelas sementes que foram plantadas pelos que trabalham em favor da paz" - Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).