Davi pecou com Bate-Seba e teve um arrependimento genuíno. Porém, o resultado de suas ações equivocadas permanecem. O filho do adultério nasce muito doente, Davi abriga em seu coração a expectativa que o Senhor mude de ideia e deixe a criança viva. Num tempo em que o jejum e o sacrifício eram muito raro entre os israelitas, ele passa a suplicar e jejuar pedindo sua saúde. Mas a criança morre.
Algumas passagens das Escrituras Sagradas nos fazem parar e pensar. Como Davi, após interceder fervorosamente perante Deus por seu filho, e não ter a resposta desejada, encontra forças para se levantar, se lavar, ungir-se, trocar de roupas, ir à Casa do Todo-Poderoso, adorar a Deus e se alimentar? Diante do falecimento do filho, tal comportamento foi contrário ao esperado, normalmente o jejum seguia a morte do ente querido.
Davi não sentiu nenhuma indignação, nenhuma ira ou revolta contra Deus? A resposta é simples, mas chata ao nosso coração. Davi entende que todo juízo de Deus é justo e que tendo feito o tudo o que lhe era humanamente possível, só restava se submeter à vontade divina, ardentemente continuar a adorar ao Senhor.
"E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se DEUS se compadecerá de mim, e viverá a criança? Porém, agora que está morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12.23).
Que exemplo!