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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Tempo de vacas gordas e vacas magras


Por Joel Cardoso Jr.

O meu desejo sincero é o de dar alguma contribuição para o seu crescimento espiritual através deste texto. O título da matéria mostra que devemos olhar para a economia de José, pois não é sempre que a economia caminha a todo vapor, não é sempre que vivemos muitas facilidades para fazer compras, viajar, enfim, experimentar fase financeira muito favorável.

José do Egito nos ensina profundamente os valores do reino de Deus na questão financeira. A economia de José fala de cautela, de prudência, de planejamento, de guardar na época da fartura para a sobrevivência na época de fome e escassez.

No tempo das vacas gordas, tempo de muita fartura e prosperidade, era o momento de ter cautela, cuidado e de planejar e guardar. Pois, quando chegasse o tempo das vacas magras, tempo este de escassez, desemprego, miséria, haveria como vencer e superar. A Bíblia relata que na época de José do Egito, eles ajuntaram tanto como a areia do mar. "Assim, José ajuntou muitíssimo cereal, como a areia do mar, até perder a conta, porque ia além das medidas" (Gênesis 41.49).

O desemprego em massa, lojas fechando, o comércio em dificuldade. A indústria automobilística em férias por tempo indeterminado. As grandes construtoras envolvidas nos escândalos que abalam toda a área da construção civil. Tempos assim causam a instabilidade econômica em toda uma nação. Toda essa situação é um alerta de Deus.

É importante colocar em prática a economia de José. A pessoa que faz isso vê essa realidade sem ser atingida diretamente, e com certeza, poderá viver o tempo da prosperidade, mesmo em período de crise, a época das vacas magras.

Obedecer aos princípios da Palavra de Deus sempre resultará em bênçãos em todas as áreas. Veja dez orientações simples e básicas que poderão ajudá-lo:
1. Não assuma compromissos financeiros que comprometam mais de 60% do seu ganho mensal; deixe sempre uma reserva para seu futuro a cada mês.
2. Evite comprar só porque está em liquidação. Verifique se é necessário.
3. Procure fugir das facilidades de pagamentos, não faça prestações a perder de vista. Compre à vista ou num curto prazo de tempo, evitando os juros altos.
4. Separe mensalmente um valor específico; faça um reserva de poupança ou em alguma aplicação financeira.
5. Não assuma compromisso tendo como base as horas extras ou algum tipo de adicional de salário que não seja efetivo.
6. Não assuma compromissos em função de promessas de aumentos, de futuras vendas.; tenha pacieência e aguarde a concretização do prometido.
7. Nunca se deixe influenciar pelo entusiasmo dos outros; cada um deve saber o que fazer de acordo com as suas possibilidades.
8. Quando você planejar fechar algum negócio grande, se cerque de conselhos de pessoas maduras e que tenham intimidade com o Senhor.
9. Consolide os projetos do passado para, aí sim, pensar em novos compromissos.
10. Estabeleça valores e padrões de Deus para as suas finanças. Viva bem, com qualidade, em abundância, sendo fiel para com Deus nos dízimos e ofertas.
Sempre é tempo de analisar prioridades financeiras, de diminuir os gastos, fazer algumas acomodações. É preciso estar, continuamente, motivado a não gastar descontroladamente. Aquele que aplicou em sua vida na época passada a economia de José, hoje tem a chance de passar pela instabilidade sem ser afetado pelo situação complicada.

O plano de Deus não cessa. Sempre será o momento da prudência, de sabedoria e de discernimento. Tome a situação presente como oportunidade de aprendizado, seja este tempo o tempo das vacas gordas ou magras. Economize, guarde, planeje com cuidado os gastos, e se ocorrer o tempo da escassez, você estará em condições prósperas.

E.A.G.

Esta postagem é baseada em artigo publicado na revista Renovação da Fé, ano 15, número 67, de março de 2016, páginas 8 e 9. Bosque da Saúde, São Paulo - SP.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Três coisas importantes sobre o Natal que precisamos refletir


Natal: mais importante que saber a data, é conhecer o motivo do nascimento. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" - João 3.16.

1. Jesus se fez homem

O dia de Natal serve para refletir sobre o amor de Deus por nós. Esta data é oportuna para comemorar o fato de Cristo ter vindo ao mundo. Nasceu como um bebê indefeso de uma mulher pobre e seu marido em uma parte insignificante do Império Romano. E, apesar disso, esse bebê era diferente de todos os outros bebês que já nasceram e nascerão.

Ele era Deus em carne humana. Desde toda a eternidade, Ele é Deus! 

Há mais de dois mil anos, o Criador do Universo feito em ser humano, entrou no tempo em que vivemos e caminhou entre os homens como um homem. É como diz a Bíblia Sagrada:  "O Verbo era Deus', e, 'o Verbo se fez carne e habitou entre nós'" (João 1: 1, 14).

2. O propósito da celebração

Atualmente, aparentemente, muitas pessoas perderam o real sentido do Natal. Para muitos, a data natalina está concentrada em reuniões de família, festas de final de ano e presentes. Fazer isso não é errado, mas também é preciso lembrar-se do Aniversariante. 

É importante estar esclarecido sobre o significado original do Natal. Jesus Cristo é o mais importante presente de Natal que poderíamos ganhar. O objetivo do Natal é celebrar o nascimento mais importante de todos os tempos. Jesus Cristo desceu do céu e habitou entre nós.

Para os cristãos, existe no Natal muito mais do que o que vemos e ouvimos falar nas mídias. Recordamos o nascimento de Cristo. Tudo gira em torno de Jesus. Consideramos que o bebê que nasceu para Maria era mais do que apenas outro ser humano, era Deus em forma de gente como a gente. 

3. O Salvador

Enquanto o Natal é tratado cada vez mais pela perspectiva secular, este dia é usado por comerciantes para aumentar as vendas, é preciso refletir que Deus fez algo especial por nós, Ele nos deu Jesus Cristo com a intenção de nos salvar. É preciso reconhecê-lo como Salvador e Senhor.

Durante o Natal, consideremos o fato de que Jesus veio ao mundo para tornar possível que nossos pecados sejam perdoados, para que possamos nos tornar parte da família de Deus para sempre. E aguardemos seu retorno tendo a esperança renovada. 

O Salvador não está mais na manjedoura; o crente não lembra dEle apenas no Natal, está acostumado a andar com Ele todos os dias do ano, faz isso ao orar, pedir sua ajuda, ler a Bíblia Sagrada e praticar os ensinamentos encontrado no Novo Testamento.

Conclusão

No dia 25 de dezembro, em muitos lugares diferentes do mundo guerras e  tumultos não cessarão, crimes acontecerão de maneira desenfreada, Deus será testemunha de muitos pecados. Mas nada disso o agradará. Para mudar a situação, um dia Ele veio ao mundo. cresceu sem pecar, foi à cruz morrer em lugar dos pecadores, para que estes pudessem encontrar a verdadeira paz. 

Jesus não está mais na manjedoura, que foi usado como berço. Está assentado no trono ao lado direito do Pai Eterno, intercede por mim e por você, se reconhecemos que precisamos de sua intercessão. Ele é o Mediador entre Deus e os homens. Busque-o em oração!

E.A.G.

Baseado em '10 Christmas Quotes from Billy Graham' - https://billygraham.org/story/10-christmas-quotes-from-billy-graham/ 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

A Velhice de Davi


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO

Certa vez, alguém escreveu o seguinte: No período da infância, quem observa alguém entre 20 e 30 anos pensa que tal pessoa é velha; quem tem entre 20 e 30 tende a cogitar que o indivíduo na faixa de 60 está vivendo em velhice; e o sexagenário pondera que ser velho é ter passado de 70 anos de idade. O que dizer sobre isso? Cada um de nós deve olhar para si mesmo entendendo e aceitando que o envelhecimento é um desenvolvimento gradativo natural que provoca alterações no organismo, mudanças vistas como normais da vida.

A lei número 10.741, de outubro de 2003, dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Em seu artigo número 1, declara que pessoas  com idade de 60 anos ou mais são consideradas legalmente idosas.

I - UMA VISÃO GERAL SOBRE A VELHICE

1. Concepções antigas e modernas.

Os seres humanos têm demonstrado atitudes muito diferentes diante da velhice. Na antiguidade clássica, a velhice era vista como sinônimo de sabedoria, os postos de governo e ensino eram reservados primeiramente aos anciãos. Em época mais remota, povos bárbaros que praticaram o canibalismo contra as pessoas velhas, fracas, improdutivas.

Ainda existe em países orientais a preservação da dignidade do idoso; e, infelizmente, salvo as valiosas exceções, em muitas nações ocidentais, de forma não literal, a antropofagia volta a se repetir, pois a pessoa envelhecida é esquecida, abandonada, maltratada por familiares e pelos governos.

2. Concepção bíblica.

Deus criou a vida humana como um processo evolutivo, a ser iniciado na infância e terminar na velhice. O começo e o final são caracterizados pela fragilidade de uma vida que está começando ou terminando. Mas, enquanto a sociedade considera a velhice como a etapa de impotência e mal-estar, quando os sentidos vão morrendo aos poucos, quando se apaga a capacidade de desfrutar os prazeres da vida, quando a pessoa começa a ser um estorvo para os familiares e quando sua única esperança é o túmulo, as Escrituras Sagradas mostram a longevidade humana de modo bastante positivo. Ao Senhor, quanto mais a entrada dos anos, mais plenitude de vida tem a pessoa.

A morte de Abraão é assim descrita: "Os dias da vida de Abraão foram cento e setenta e cinco anos. Abraão expirou e morreu após uma longa velhice, e foi reunido ao seu povo. Os filhos dele, Isaque e Ismael, o sepultaram na caverna de Macpela, no campo de Efrom, filho de Zoar, o heteu, em frente de Manre, o campo que Abraão havia comprado dos filhos de Hete. Ali foram sepultados Abraão e Sara, sua mulher. (Gênesis 25.7-10). Moisés também viveu cento e vinte anos, "seus olhos não se haviam enfraquecido, e ele não havia perdido o vigor" (Deuteronômio 34.7). 

A bênção do Senhor se expressa nesta porção bíblica: "Em toda aquela terra não havia mulheres tão bonitas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. Depois disto, Jó viveu mais cento e quarenta anos; e viu os seus filhos e os filhos de seus filhos, até a quarta geração. E assim Jó morreu, após uma longa velhice" (Jó 42.15-17).

Toda a narrativa que encontramos de Mateus ao Apocalipse não faz referência ao período da velhice de maneira negativa. No tempo do ministério terrenos de Jesus Cristo, os anciãos era usado para se referir aos chefes de comunidades, tomavam parte do Sinédrio, juntamente com os sumos sacerdotes e os escribas. Quando a igreja começou a se organizar, durante o tempo da perseguição do Império Romano, as comunidades cristãs encarregavam um colegiado de anciãos, conhecido como "presbitério" com vista a estabelecer o governo das comunidades cristãs.

Diversas passagens bíblicas mostram a vida longa como prêmio à fidelidade e à vida justa (Êxodo 20.12; Deuteronômio 4.40; Provérbios 3.1-2; 4.10). Em não poucos casos a morte prematura transmite a ideia de castigo divino (Salmos 9.18; Provérbios 10.27). Jesus Cristo, entregou a sua vida em favor do pecadores quando estava no auge da maturidade de um homem, pois aceitou receber em si o castigo que era nosso  (Lucas 3.23). 

II - PROBLEMAS NA VELHICE DE DAVI

1. A velhice de Davi.

É um grande consenso que Davi (em hebraico, "amado"), o segundo e maior rei de Israel, é uma das figuras mais importantes da história israelita e de toda a Bíblia Sagrada. Filho mais moço de Jessé, nasceu em Belém, cidade onde passou a maior parte da sua juventude como pastor.

A grande mácula de seu caráter foram os males que perpetrou contra Urias, e que resultou na morte deste - pecados dos quais ele se arrependeu amargamente e foi perdoado. Seu último cântico, exprime o espírito de sua vida e de seu governo (2 Samuel 23.1-7).

O relato de  1 Reis 1.1-4 mostra que ele, pela misericórdia de Deus havia escapado de muitos perigos e doenças, mas nada disso evitou que aos setenta anos seu vigor  físico decaísse e fosse arrastado pelo peso da idade aos portões da sepultura. O calor natural do corpo deixava seu organismo e nada era capaz de aquecê-lo e assim esteve confinado ao leito até seu último suspiro. Entre virtudes e falhas, para Davi a velhice e a morte também chegaram.

2. Enfrentando mais um filho rebelde.

Após as mortes de Saul e Jônatas, Davi reinou em Hebrom por sete anos e meio; quando Isbosete, filho de Saul, faleceu, Davi tornou-se rei sobre todo o Israel. Tomou dos jebuseus a terra de Jebus (Jerusalém), no monte Sião e fez dela a sua capital, e edificou ali um palácio, havendo ao lado uma tenda em que a arca do Senhor foi guardada (2 Samuel 6), até que o templo fosse edificado por seu sucessor Salomão, para abrigá-la. Ergueu a fortificação do monte Sião, que ficou conhecida como cidade de Davi.

Na última parte de seu reinado de trinta e dois anos em Jerusalém, seu filho  Absalão, rebelou-se contra Davi e foi morto, causando assim grande desgosto ao seu pai. Pouco antes da morte de Davi (a data é discutida como tendo ocorrida em 1015, 980 ou 977 a.C.), outro filho mostrou-se rebelde, Adonias, que por meio de uma revolta, tentou frustrar a escolha dele a favor de Salomão como seu sucessor.

Não obstante fosse ele o herói do povo, Davi, contentando-se com um apelo à Justiça divina, recusou mesmo em sua própria defesa, levantar sua mão contra o ungido do Senhor - Saul. Fugindo da inveja implacável de Saul, escapou primeiro para a terra dos filisteus; então reunindo na caverna de Adulão 400 homens (mais tarde 600) e rumando para cá e para lá na região meridional, conseguiu esquivar-se de seu perseguidor, sem tocá-lo. 

Davi teve muitas aflições com seus filhos, Amnom e Absalão foram responsáveis pela maior parte da sua tristeza. Sua vida foi um Contraste ao comportamento de seus dois filhos, Absalão (o filho que havia tratado com frieza), e Adonias (que havia recebeu muito mimos); ambos não reverenciaram ao Senhor e atentaram contra sua vida.

Deus escolheu a Salomão para reinar em Israel e Davi o constituiu como seu sucessor (1 Crônicas 22.9 e 23.1).  Encontramos em 1 Reis 1.5-10 o relato sobre a aspiração de Adonias ao trono de Davi, quando Davi já está em seu leito de morte. Adonias, homem de boa aparência, agiu insolentemente, não pensou em receber instruções de Davi quanto ao seu futuro, não mostrou nenhum sentimento de pesar ao vê-lo sofrendo, ao perceber que o trono ficaria vago, proclamou-se rei à revelia da vontade paterna e sem consultar ao Senhor.

3. Constituindo Salomão como rei.

A transmissão da coroa tinha a direção divina, portanto, sendo Natã um autêntico profeta do Senhor, empenhou-se ao máximo na situação da sucessão real. Davi e Bate-Seba não sabiam sobre a atitude de Adonias proclamar-se o novo rei de Israel até o profeta Natã avisá-los. 

Estando Davi acamado, e Salomão sendo ainda muito jovem para tomar as medidas necessárias para assumir o poder, Natã e Bate-Seba  asseguraram a sucessão real para Salomão, conforme podemos conferir em 1 Reis 1.11-31. Buscaram de Davi a ratificação da sucessão para Salomão e impediram a usurpação de Adonias, a ênfase da ordem do rei confirmava o título de real a Salomão e estava de acordo com o plano divino sobre quem seria o próximo soberano de Israel.

Atos referentes ao início do reinado de Salomão:
• 1 Reis 1.32-34. A reação de Davi, ao transmitir orientações a Zadoque, Benaia e Natã foram importantes para assegurar a posse de Salomão.
• 1 Reis 1.36. Benaia, comandante do exercito de Davi, apoiou a coroação de Salomão dizendo "amém".
• 1 Reis 1.45. Natã, no exercício do ministério de profeta, e Zadoque, o de sacerdote, ungiram Salomão com óleo do Tabernáculo em evento público.
• 1 Reis 1.46. A cidade se alvoroçou com grande brado de alegria quando Salomão recebeu a unção.
É preciso manter o sentimento de autopreservação sempre em alerta, pois o adversário de nossas almas não descansa, está sempre em atividade para retirar de nossas cabeças a coroa da salvação. É importante estar vigilante em nosso benefício espiritual e do próximo. Assim como fez Natã, temos o compromisso de alertar aqueles que esqueceram de vigiar e correm o risco de perder a sua coroa; os ministros do Evangelho devem, em nome de Jesus Cristo, empenhar-se com todo esforço possível para que o diabo não roube a coroa da salvação daqueles que estão distraídos com efemeridades dessa vida passageira (Apocalipse 3.11).

III - AS PALAVRAS FINAIS DE DAVI EM SUA VELHICE

1. O reconhecimento da ação do Deus de Jacó.

Jacó (em hebraico, ya‘aqob) significa '‘apanhador de calcanhar", “malandro” ou “suplantador”. Foi o filho gêmeo de Isaque e Rebeca, teve uma história longa e cheia lutas amargas. Esaú, foi o primeiro a nascer e Jacó veio à luz agarrado no calcanhar de seu irmão (Gênesis 25.21-28)

As promessas de Deus aos patriarcas tinha a consideração de abençoar o primogênito, isto é, o primeiro filho homem a nascer.  Na ausência do pai, o filho primogênito tinha autoridade sobre a família (Gênesis 37.21-30; 42.37), a porção dobrada da herança (Deuteronômio 21.17), e o direito ao sacerdócio. A história de Esaú e Jacó (Gênesis 25.30-34; 27.36), mostra que o primogênito poderia perder sua bênção. Devido ao fato de estar faminto e não valorizar seu relacionamento com Deus, Esaú aceitou a oferta de Jacó e trocou sua bênção por um prato de sopa que o irmão lhe preparou e depois se arrependeu amargamente. Jacó, valendo-se da cegueira do pai, fingiu ser Esaú e foi encontrar-se com seu pai, pedindo-lhe que o abençoasse com a bênção de primogenitura, enganado, pensando que se tratava de Esaú, abençoou a Jacó. Assim, o significado de seu nome fez todo o sentido: suplantador.

Quando Jacó voltava para sua terra natal, depois de muitos anos vivendo distante de seu lar, porque seu irmão Esaú, descobrindo-se prejudicado queria matá-lo, um grupo de anjos veio ao seu encontro (Gênesis 32.1,2), recepcionando-o com a proteção de Deus. Ao passar com sua família e comitiva de empregados pela parte rasa do ribeiro de Jaboque, ganhou uma experiência excepcional com “um varão” desconhecido. Lutou com ele para que não fosse embora até o romper do dia (v. 24). Embora estivesse com seu quadril ferido, foi bem-sucedido e ganhou a disputa, do varão com quem lutou, uma bênção que mudou o seu nome de Jacó (“enganador”) para Israel (“o que luta com Deus"). Aquele homem revelou sua verdadeira identidade, abençoando Jacó e também mudando o seu nome. Esta pessoa era o próprio Deus Eterno (Gênesis 17.5; 35.9­,15; Isaías 65.15; Oseias 2.23; 12.3,4).

Quando Davi citou o patriarca Jacó, é provável que reconhecesse o quanto foi uma pessoa pecadora e o quanto Deus foi misericordioso com ele. Todos nós somos pecadores, carentes da misericórdia divina. Se reconhecemos nossos erros e buscamos ao Senhor, pedindo a bênção de seu perdão, alcançaremos sua misericórdia. E, relembrando a promessa que Jesus fez aos que perseveraram até o fim da vida em fidelidade ao Senhor (Apocalipse 2.17) seremos uma alma entre as almas de uma grande multidão de salvos, lá no céu, que um dia receberá uma pedrinha branca em que estará escrito o nosso novo nome.

2. O Davi inspirado.

Ainda muito jovem, matou o filisteu, gigante Golias, o que lhe deu acesso à corte do rei Saul, cuja melancolia Davi acalmava, tocando magistralmente sua harpa.  O Antigo Testamento o apresenta como guerreiro valente, cantor, músico, a ele é atribuído um grande número de poemas, publicados no livro de Salmos.

Além das inspiradoras obras escritas, Davi inspirava através de suas atitudes com vista a reinar glorificando o Deus de Israel.  Sua guarda de 600 heróis, composta, na maior parte, por estrangeiros, especialmente quereteus e peleteus (provavelmente cretenses e filisteus), Davi possuía, segundo registro em Crônicas 288 mil guerreiros dos quais 24 mil pegavam em armas cada mês do ano.  As suas campanhas militares, bem sucedidas e de poucos anos, fizeram com que Davi se tornasse o soberano de todo o território, desde o Eufrates até as fronteiras do Egito (2 Samuel 8). Dessa maneira, sua heroica confiança em Deus sempre o susteve em todas as dificuldades de sua própria vida e de seu reinado.

Nos dias mais difíceis da história, os homens sentiam que só com outro Davi se cumpririam as promessas de Deus. A lembrança das "firmes promessas de Davi" (2 Samuel 7.12-16) e do "concerto eterno" que Deus fizera com ele (2 Samuel 23.5), revivificou a esperança messiânica do povo naquele que se daria "como testemunha aos povos, como príncipe e governador dos povos" (Isaías 55.3,4; Atos 13.34).

A única pessoa que as Escrituras declaram ter sido o "homem segundo o coração de Deus" é Davi (1 Samuel 13.14 e Atos 13.22). O Novo Testamento nos diz que Jesus Cristo pertence à linhagem de Davi, descreve o Salvador de muitas maneiras sendo que uma delas é que o Filho de Deus é o Leão de Judá e a raiz de Davi.

CONCLUSÃO

Nos textos de Eclesiastes (8.7-8 e 12.1-10) temos as impressionantes e poéticas abordagens sobre velhice, os versos falam de enfraquecimentos e doenças e concomitantemente ao apego à vida. E aprendemos que a pessoa idosa merece consideração e respeito, deve ser tratada com carinho, até pelo fato de que o curso natural da vida leva a todos para esta fase.

Embora haja na Bíblia muita ênfase reconhecendo ao ancião a prerrogativa de possuir a inteligência e a sabedoria (Deuteronômio 32.7; Salmo 78.3; Joel 1.2), não existe uma exaltação incondicional à velhice."Melhor é o jovem pobre e sábio do que o rei velho e tolo, que já não se deixa admoestar" (Eclesiastes 4.13).

E.A.G.

Compilações:
Comentário Bíblico de Mattew Henry. Volume 2. Antigo Testamento - Josué a Ester. Edição 2010. Páginas 448 e 449. Rio de Janeiro (RJ). Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
Dicionário Bíblico Wycliffe. Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea. 2ª Edição 2007. Páginas 1006, 1007 e 1596. Rio de Janeiro (RJ). Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
Vocabulário Teológico Para a América Latina. J.L Idígoras. Edição 1983. Páginas 529, 530. São Paulo / SP (Edições Paulisnas).

domingo, 22 de dezembro de 2019

Ceo no blog Belverede

O que é? "■ Belverede Ceo" é apenas uma marcação para uso interno neste blog. Visa facilitação na atividade de atualização de postagens; regularizar links que perderam o elo ativo e a melhoria de imagens, etc.

E.A.G.

História da Assembleia de Deus: Celina Albuquerque e Emília Costa

O primeiro culto oficial da Assembleia de Deus, quando o nome da Assembleia de Deus ainda era Missão de Fé Apostólica, ocorreu na residência de Celina Albuquerque, situada na rua Siqueira Mendes, 79 (atual 161). Seu marido, Henrique Albuquerque convidou os pioneiros, Gunnar Vingren e Daniel Berg, a dar continuidade à pregação pentecostal em sua casa, após haver a rejeição por parte da liderança batista à promessa de Jesus Cristo, registrada em Atos 2.17-18. Celina é apontada como a primeira pessoa assembleiana a receber o batismo com o Espírito Santo desta denominação.

Emília Costa foi consagrada ao diaconato no dia 06 de fevereiro de 1928 por Gunnar Vingren, serviu a Jesus Cristo na Assembleia de Deus em São Cristóvão (Rio de Janeiro).

Memórias das Assembleias de Deus no Brasil.
Frida Vingren