O restabelecimento do Estado de Israel é um fato que acontecerá antes da segunda vinda de Jesus. O Israel original desapareceu séculos atrás. Em 6 de junho de 1967, os judeus, pela primeira vez desde que Jerusalém foi capturada por Nabucodonosor, em 536 a.C., não tinham o controle da cidade de Jerusalém, que estava sob o governo de gentios. Em 1948, o novo Estado de Israel foi estabelecido. A reunificação dos judeus em Israel é um sinal claro, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, de que a vinda de Jesus acontecerá (Lucas 21.24).
Nós podemos ver algumas pistas que indicam a aproximação do retorno do Senhor (Mateus 24.3; Lucas 21.7). Guerras, revoluções, fome, doenças, terremotos em muitos lugares diferentes (Mateus 24.6-7; Lucas 21.7).
• Em cima, no céu (Joel 2.30, 31; Lucas 21.11; Atos 2.19);
• Em baixo, na terra (Mateus 24.7; Lucas 21.12; Atos 2.19);
• Na vida social (Mateus 24.12; Lucas 17.26-28; 21.12; 2 Timóteo 3.1-4);
• Na vida moral (Lucas 17.28-30);
• Entre o povo judeu (Ezequiel 37.1-4; Lucas 21.24, 29; Romanos 11.25, 26);
• Na vida política (Daniel 2.19, 31-33; 7.23-27; Ezequiel 38.6; Lucas 21.29; Apocalipse 17.7, 12)
• Na vida religiosa (Mateus 24.5; Lucas 21.12; Apocalipse 13.12);
• No meio do povo de Deus (Mateus 24.12; 25.5; Lucas 17.26; 18.8; 2 Timóteo 4.3, 4; 2 Pedro 3.4);
• Na vida científica (Isaías 60.8; Jeremias 51.53; Daniel 12.4; Naum 2.4).
A data desconhecida
Nenhum homem conhece o dia do Arrebatamento. Ninguém tem condições de afirmar com certeza quando Jesus estará voltando novamente. Segundo as palavras bíblicas, o advento acontecerá em data e hora desconhecidas, ninguém no céu, na terra, no inferno ou em qualquer outro lugar, sabe o dia ou a hora quando Jesus arrebatará a Igreja, as pessoas do mundo só saberão o que houve depois, quando notar a ausência de milhões de cristãos (Mateus 24.36). (Mateus 24.42-44; Marcos 13.32).
O Senhor disse claramente que até os anjos no céu não sabem o dia, Inclusive, até o Filho de Deus, quando estava na terra, não sabia, também. Esse conhecimento, o Senhor disse, era reservado estritamente ao Pai celeste (Marcos 13.32). Estipular um dia é transgredir contra o sigilo de Deus. Alguns ousaram afirmar que estamos às 23 horas e 59 minutos do advento. Todos os especuladores que tentaram determinar data e horário foram envergonhados ao ficar patente a sua ignorância.
OS DOIS PERÍODOS DA VOLTA DE JESUS
A vinda majestosa de Jesus Cristo se dará em duas fases distintas, divididas em um período de sete anos. Isto é mostrado claramente nas páginas sagradas, portanto, precisamos deixar bem claro o que diz as Escrituras a esse respeito, evitando interpretações equivocas (1 Tessalonicenses 4.13-17; 1 Coríntios 15.51-52).
Primeira fase: o Arrebatamento da Igreja
A palavra "arrebatado" é traduzida do verbo grego "harpazo" ("tirar", "arrancar com força"); o vocábulo latim "raptare", que em português é "raptar", também significa "arrebatar".
Este assunto é um mistério, só será compreendido plenamente quando ocorrer, pois anulará o poder da morte e da gravidade e outras leis que regem a matéria (1 Corintios 1515.51-55).
Na primeira etapa da vinda de Jesus, acontecerá o Arrebatamento. O retorno será invisível aos olhos de quem vive segundo o estilo do mundo porque este não serve a Deus. Ele virá até as nuvens, seus pés não tocarão o solo, encontrará os salvos nos ares.
O Senhor Jesus voltará para levar consigo todos quantos morreram salvos e todos àqueles que estiverem, em vida, servindo-o fielmente (1 Tessalonicenses 4.15-18; Hebreus 9.28). Os mortos ressuscitados e os vivos serão transformados, numa ação muito rápida, tal qual o movimento de pálpebras, num abrir e fechar de olhos (1 Coríntios 15.52). Repentinamente, os dois grupos, juntos, irão ao encontro do Senhor e serão transladados por Ele às mansões celestiais. A maioria dos salvos será composta de gentios e não de judeus, estes subirão com Cristo nos ares (1 Tessalonicenses 4.17, 18).
Jesus buscará a Igreja que o está velando e esperando (Mateus 25.1-13; 24.39-44; 2 Pedro 3.10).
O Arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação (Mateus 3.7; 1 Tessalonicenses 1.10; Apocalipse 3.10).
Segunda fase: a vinda em forma visível
Este evento apocalíptico acontecerá sete anos após o Arrebatamento da Igreja.
Ao final da Grande Tribulação. Cristo voltará em corpo glorioso, revestido de poder (João 14.3), ocasião em que sinais espantosos acontecerão no céu, na terra e entre os seus habitantes, em especial o povo judeu. O som de trombetas será ouvido no céu, na terra, no inferno e em todos os lugares (Mateus 24.31). Neste evento, Jesus estará acompanhado da Igreja glorificada, composta dos crentes que subiram no Arrebatamento, os santos que passaram pelas bodas do Cordeiro e pelo Tribunal de Cristo (Apocalipse 19.7; 2 Corintios 5.10). Esta vinda será contemplada por todos os habitantes da terra (Apocalipse 1.7) - isto será possível devido á tecnologia da comunicação, extremamente desenvolvida (Daniel 12.4).
A volta de Jesus, em sua segunda etapa, será como a sua ascensão: real, corporal, literal e visível: os homens o verão novamente com os olhos carnais (Daniel 7.13-14; Zacarias 14.1-5; Mateus 24.29-31; 25.31-46; 2 Tessalonicenses 1.7-10; Apocalipse 1.7; 19.11-21).
A ascensão de Jesus ocorreu
quando estava rodeado de discípulos no monte das oliveiras. O solo deste monte foi o último ponto geográfico da terra em que os pés de Cristo pisaram. Seu retorno acontecerá ali também, à vista de Jerusalém, cujos cidadãos ingratos o desprezaram e o crucificaram, não quiseram que reinasse sobre eles. Naquele lugar acontecerá a revelação do seu retorno (Atos 1.12).
Sobre esta segundo momento do retorno, o profeta Zacarias, no capítulo 14 e versículo 4 de seu livro, profetizou que os pés de Cristo estarão sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém, e o monte das Oliveiras será fendido ao meio. Como o primogênito de Maria, Ele veio e experimentou a vergonha quando julgado injustamente, mas virá outra vez em glória para julgar como o Justo Juiz (Atos 1.11).
No instante da segunda vinda, Jerusalém estará em guerra, sendo destruída pelos seus inimigos, e nesta situação Deus inspecionará os judeus como o refinador coloca seu ouro na fornalha e fica ao lado para ver se não vai sofrer nenhum dano. Segundo a profecia escatológica de Zacarias, Jerusalém é o ouro do Senhor a ser refinado.
O PADRÃO DOS CRENTES DE TESSALÔNICA PARA OS ÚLTIMOS DIAS
A religiosidade sem o Deus verdadeiro
Paulo se mostrou um missionário atento ao seu tempo. Quando esteve com os gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, usou de toda a sua retórica, advinda de sua formação educacional num contexto romano. Ao escrever aos crentes tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma questão a ser abordada de forma complexa em virtude da presença do forte politeísmo existente em Tessalônica. Naquela cidade, havia o culto a Dionísio, Asclépio e Deméter. Existia uma forte influência da religiosidade egípcia e greco-romana, o sincretismo chegou a tal ponto que se construiu o Grande Sarapeum, templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios.
A abordagem sobre o Arrebatamento do povo de Deus, feita com mais detalhes pelo apóstolo Paulo é encontrada em 1 Tessalonicenses 5.2, 4.
Jesus é o caminho que leva ao Deus verdadeiro
Diante do conhecimento desse aspecto histórico, podemos refletir no enorme desafio que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade, havia a possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo anunciado. Se o anúncio do Evangelho não houvesse sido feito sob a orientação da graça divina, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da religiosidade sincrética no coração dos tessalonicenses. Porém, felizmente, o apóstolo apresentou Jesus que, literalmente, se entregou pela humanidade. Diante da extraordinária narrativa de Paulo sobre Jesus, aquela população foi impactada pelo poder da Palavra, e consequentemente fez com que a fé para a salvação brotasse no coração daqueles irmãos, houve uma significativa adesão ao convite do Senhor e os tessalonicenses se converteram dos ídolos a Deus (1 Tessalonicenses 1.9).
OS PUROS VERÃO A DEUS
A marca do cristianismo autêntico
Se não fosse possível viver uma vida em santidade, Deus não teria ordenado que vivêssemos assim (Levíticos 19.2; Mateus 5.8). Ser santo significa ser separado para Deus, dar prioridade aos seus interesses. O fato de priorizar a vontade de Deus nos faz santos. Ninguém se torna santo porque realiza coisas boas, se transforma em gente santa através da fé em Cristo, ao amadurecer na fé, ao viver com o Senhor e através de suas atitudes em conformidade com a doutrina cristã se parecer igual a Cristo (2 Coríntios 3.18).
Sabemos, a religiosidade transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da própria religião, associa-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a componentes sociais e culturais de um povo. Ao ser humano, não basta o rótulo de cristão e a acomodação às reuniões em um templo evangélico, é necessário receber a Jesus como Senhor e Salvador de sua alma, arrepender-se dos pecados cometidos e firmar o propósito de não viver em pecado sistemático ou continuado. Jesus muda o modo de viver das pessoas que o seguem com inteireza de coração (João 3.3; Apocalipse 22.14, 15).
Assim como a verdade do Evangelho prevaleceu sobre a ficcionalidade dos mitos greco-romanos na vida dos crentes tessalonicenses, e em consequência deste fato nasceu a Igreja composta por irmãos tessalonicenses, toda pessoa que ouve a voz de Jesus a bater na porta de seu coração, e permite que Ele entre em sua vida e passa a ter comunhão com Deus, todos os embaraços existentes em sua vida são vencidos, sua vida é transformada de idólatra à espiritualidade viva e dinâmica. E assim passa a ser alguém apto a entrar no céu (Salmos 15.1-7; Apocalipse 3.20).
Jesus, único mediador entre Deus e os homens
Ao retornar, Jesus levará o seu povo para estar com Ele para sempre no céu. O céu seria um lugar incompleto para um cristão se Cristo não estivesse lá. Enquanto não volta, Jesus age
como nosso advogado ou defensor, protege nossos direitos e provê por nós (2 Timóteo 2.5).
CONCLUSÃO
Apesar de não ser conhecida a data em que ocorrerá o Arrebatamento, devemos estar prontos para esta chegada. Jesus prometeu voltar para nos buscar e isto acontecerá de súbito, surpreendendo a humanidade.
E.A.G.
Compilações:
1ª Escola Bíblica para Obreiros (EBO): Escatologia, Valdir Nunes Bícego, página 24, data do evento não declarado, Lapa, São Paulo/SP (Assembleia de Deus setor Lapa
Bíblia de Estudo Mattew Henry, páginas 1675 e 1706, 1ª edição 2014, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel)
Escatologia Bíblica. Um tratado sobre o fim do mundo, Erivaldo de Jesus, páginas 46 a 48, e 55; 8ª edição, 2017, São Paulo (ADIB Editora).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 1: A Volta do Senhor Jesus. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 6 a 10, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).