Para se pensar no pecado é preciso aceitar que o pecado é existencial e revelado nas Escrituras. Para isso, a Bíblia tem que ser a nossa maior fonte, bem como, a única e infalível regra de fé. Não basta apenas uma visão religiosa das Escrituras, mas uma visão teológica, exegética e bíblica. Dentro de tantas visões irônicas sobre o pecado, seja aceitando parcialmente, ou negando absolutamente a existência deste, seja do aspecto religioso, como muitas religiões pagãs, que nos seus rituais praticam atos pecaminosos condenados pelas Escrituras, seja no aspecto teológico, onde pós-modernistas têm negado os primeiros capítulos de Gênesis como literais, negando assim, o pecado original, a corrupção e a culpa do pecado.
A corrupção do pecado
Juntamente com a entrada do pecado na esfera humana apareceu a corrupção pelo efeito do pecado. primeiramente, a corrupção revelou a nudez de Adão e Eva, levando-os a sentir vergonha um do outro.
Segundo Louis Berkhof: "Corrupção original. A corrupção original inclui duas coisas, a saber: a ausência da justiça original e a presença do mal positivo. Deve-se notar: a corrupção original não é apenas uma moléstia, como a descrevem alguns dos "pais" gregos e os arminianos, mas, sim, pecado, no sentido original da palavra.
Não podemos deixar de notar que, de Adão até os quinhentos anos de vida de Noé, segundo as genealogias, passaram -se aproximadamente quinze séculos, os quais foram suficientes para Deus se arrepender de ter feito o homem. Em Gálatas 6.11-12 aparece três vezes o termo corrupção. O termo violência, que aparece nos versículos 11 e 13, sendo a base desse estado de corrupção da humanidade, não se refere aos atos de assassinato e discórdias, mas a totalidade da depravação espiritual, moral, social e aparentemente natural.
A Teologia do Antigo e Novo Testamento relacionada à corrupção
A teologia mosaica revela que nem mesmo o concerto sinaítico conseguiu remover a condição corrupta do homem, mesmo tendo a nação de Israel a condição de ser "um povo santo" e "um reino sacerdotal" (Êxodo 19.6). Demora não séculos, mas apenas alguns meses para revelar a corrupção no meio do arraial (Êxodo 32.7).
A teologia do saltério, com seu período histórico de quase mil anos, narra uma corrupção generalizada da raça humana. O Salmo 14, cuja autoria é de Davi, desenvolve dentro de uma temática, não apenas da humanidade em estado de corrupção, mas em homens que amam essa condição de depravação, e a proclamam, como pregadores eloquentes da maldade. Segundo um grande pensador cristão, é impossível conceber a ideia de que Deus não exista, pois sempre será possível conceber a ideia de que Deus existe. Parece-me que Davi também concordava com isso, e chama toda aquela geração corrupta de "néscios".
A teologia dos profetas no seu quesito "corrupção" é a é a teologia do Antigo Testamento mais organizada e fundamentada, com uma apologia totalmente denunciadora da situação corrupta da nação de Israel, bem como das nações gentílicas.
A corrupção do pecado também é assunto abordado dentro da teologia paulina. Nos escritos do apóstolo, temos argumentos muito fortes a esse respeito:
A corrupção do pecado, sua agência pecaminosa e a imanência de Deus
Compreendemos que o pecado entrou na esfera terrena pela desobediência, e a desobediência foi em o primeiro casal comer do fruto da árvore que estava no meio do Jardim. Com o surgimento do primeiro pecado, automaticamente surgiu o estado de corrupção no homem, levando-o a uma vida contínua de pecado. Para afastar cada vez mais o homem de Deus, a corrupção como agência de pecado, oferece para a humanidade caída a variedade de pecados: na esfera espiritual, moral, social, sexual, pessoal, conjugal ou familiar. O propósito maior da corrupção, como agência do pecado, é impedir que o homem compreenda a imanência de Deus.
De tantos pontos que se poderia comentar sobre a corrupção como agência do pecado, que tenta afastar o homem de Deus, é sempre necessário falar da imanência de Deus em relação com a sua criação. A corrupção conseguiu cegar o homem quanto a esse relacionamento com o Criador, e assim é uma abominação e uma afronta ao Deus Eterno, ao Senhor que se comunica com sua criação.
Por que as pessoas matam, roubam, mentem ou defraudam? Por excluírem de seu entendimento, que o nosso Deus é um Deus comunicável.
Isaías não compreendia a imanência de Deus, e quando ele o viu pensou que iria morrer. Mas o Senhor não queria matá-lo. Deus queria mostrar-lhe que era um Deus imanente. Assim, ele teve a sua vida mudada, posteriormente deixa escrito: "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos" (Isaías 57.15). Sim, o nosso Deus é um Deus transcendente, porém, também, é um Deus imanente e a corrupção como uma agência do pecado tem tentado privar a humanidade dessa bênção inaudita, desde Caim até os dias de hoje.
O fim do pecado e da corrupção
Concluo este comentário dizendo que, assim como a corrupção e o pecado tiveram início nos céus e se manifestaram na esfera terrena, não por vontade divina, mas por permissão, assim também o pecado e a corrupção começaram a ser banidos na eternidade pela vontade de Deus, pelo sacrifício de Jesus Cristo que venceu o pecado e a corrupção, e da mesma maneira dá condição para vencer a todos aqueles que nEle estão.
A Palavra de Deus é bem clara: Deus é Deus de eternidade a eternidade. O pecado e a corrupção começaram na eternidade, mas não encontrarão lugar na eternidade vindoura (Apocalipse 21..1-4, 27).
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O autor da matéria é evangelista, congrega no templo-sede da Assembleia de Deus em Capinzal (SC); coordenador teológico da Faculdade FAEST; graduado em Teologia; e especialista em Hebraico e Grego.
A corrupção do pecado
Juntamente com a entrada do pecado na esfera humana apareceu a corrupção pelo efeito do pecado. primeiramente, a corrupção revelou a nudez de Adão e Eva, levando-os a sentir vergonha um do outro.
Segundo Louis Berkhof: "Corrupção original. A corrupção original inclui duas coisas, a saber: a ausência da justiça original e a presença do mal positivo. Deve-se notar: a corrupção original não é apenas uma moléstia, como a descrevem alguns dos "pais" gregos e os arminianos, mas, sim, pecado, no sentido original da palavra.
Não podemos deixar de notar que, de Adão até os quinhentos anos de vida de Noé, segundo as genealogias, passaram -se aproximadamente quinze séculos, os quais foram suficientes para Deus se arrepender de ter feito o homem. Em Gálatas 6.11-12 aparece três vezes o termo corrupção. O termo violência, que aparece nos versículos 11 e 13, sendo a base desse estado de corrupção da humanidade, não se refere aos atos de assassinato e discórdias, mas a totalidade da depravação espiritual, moral, social e aparentemente natural.
A Teologia do Antigo e Novo Testamento relacionada à corrupção
A teologia mosaica revela que nem mesmo o concerto sinaítico conseguiu remover a condição corrupta do homem, mesmo tendo a nação de Israel a condição de ser "um povo santo" e "um reino sacerdotal" (Êxodo 19.6). Demora não séculos, mas apenas alguns meses para revelar a corrupção no meio do arraial (Êxodo 32.7).
A teologia do saltério, com seu período histórico de quase mil anos, narra uma corrupção generalizada da raça humana. O Salmo 14, cuja autoria é de Davi, desenvolve dentro de uma temática, não apenas da humanidade em estado de corrupção, mas em homens que amam essa condição de depravação, e a proclamam, como pregadores eloquentes da maldade. Segundo um grande pensador cristão, é impossível conceber a ideia de que Deus não exista, pois sempre será possível conceber a ideia de que Deus existe. Parece-me que Davi também concordava com isso, e chama toda aquela geração corrupta de "néscios".
A teologia dos profetas no seu quesito "corrupção" é a é a teologia do Antigo Testamento mais organizada e fundamentada, com uma apologia totalmente denunciadora da situação corrupta da nação de Israel, bem como das nações gentílicas.
1. Denunciavam a corrupção espiritual de Israel;
2. Denunciavam a corrupção sacerdotal relacionada ao culto e aos rituais;
3. Denunciavam a corrupção dos reis de Israel e Judá;
4. Denunciavam a corrupção social, familiar, e a infidelidade conjugal.
A corrupção do pecado também é assunto abordado dentro da teologia paulina. Nos escritos do apóstolo, temos argumentos muito fortes a esse respeito:
1. A condição corrupta da humanidade: Romanos 1.18-32;
2. A entrada da corrupção na humanidade e também a oportunidade para sair do estado de corrupção: Romanos 5.12-21;
3. A destruição total da corrupção pela manifestação divina: Romanos 8.18-23; 1 Coríntios 15.24-26; 2 Tessalonicenses 1. 6-10.
A corrupção do pecado, sua agência pecaminosa e a imanência de Deus
De tantos pontos que se poderia comentar sobre a corrupção como agência do pecado, que tenta afastar o homem de Deus, é sempre necessário falar da imanência de Deus em relação com a sua criação. A corrupção conseguiu cegar o homem quanto a esse relacionamento com o Criador, e assim é uma abominação e uma afronta ao Deus Eterno, ao Senhor que se comunica com sua criação.
Por que as pessoas matam, roubam, mentem ou defraudam? Por excluírem de seu entendimento, que o nosso Deus é um Deus comunicável.
Isaías não compreendia a imanência de Deus, e quando ele o viu pensou que iria morrer. Mas o Senhor não queria matá-lo. Deus queria mostrar-lhe que era um Deus imanente. Assim, ele teve a sua vida mudada, posteriormente deixa escrito: "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos" (Isaías 57.15). Sim, o nosso Deus é um Deus transcendente, porém, também, é um Deus imanente e a corrupção como uma agência do pecado tem tentado privar a humanidade dessa bênção inaudita, desde Caim até os dias de hoje.
O fim do pecado e da corrupção
Concluo este comentário dizendo que, assim como a corrupção e o pecado tiveram início nos céus e se manifestaram na esfera terrena, não por vontade divina, mas por permissão, assim também o pecado e a corrupção começaram a ser banidos na eternidade pela vontade de Deus, pelo sacrifício de Jesus Cristo que venceu o pecado e a corrupção, e da mesma maneira dá condição para vencer a todos aqueles que nEle estão.
A Palavra de Deus é bem clara: Deus é Deus de eternidade a eternidade. O pecado e a corrupção começaram na eternidade, mas não encontrarão lugar na eternidade vindoura (Apocalipse 21..1-4, 27).
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O autor da matéria é evangelista, congrega no templo-sede da Assembleia de Deus em Capinzal (SC); coordenador teológico da Faculdade FAEST; graduado em Teologia; e especialista em Hebraico e Grego.
Fonte: Mensageiro da Paz, nº 1555, dezembro de 2014, Rio de Janeiro (CPAD).