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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Guarda o que tens...

Por Adhemar de Campos

A frase acima é parte do versículo onze de Apocalipse capítulo três, o último livro da Bíblia. São palavras do Senhor Jesus dirigidas ao anjo da igreja que está em Filadelfia. As primeiras palavras do texto são  são "eis que venho sem demora..." e em seguida a advertência "guarda o que tens..." Devemos refletir sobre esse assunto e extrair dele lições.

Ao meditar neste frase duas perguntas me vem a mente. Guardar o quê? O que é que eu tenho? Cabe aqui um questionamento que cada um de nós deve fazer. Por isso eu pergunto, o que é que você tem? Há uma palavra que, acredito, pode trazer luz sobre esta questão: a palavra depósito.

Quando tivemos um encontro com Jesus, um verdadeiro milagre aconteceu. A cruz foi nosso ponto de encontro com Cristo onde recebemos o bom, abundante e completo depósito divino. A lista é intensa, porém, podemos destacar alguns elementos que representam este depósito.

• Salvação;
• Espírito Santo;
• Palavra de Deus;
• Amor;
• Fé;
• Esperança;
• Dons;
• Ministérios.

Toda pessoa realmente convertida, se torna um depósito dessas riquezas divinas, as quais fazem dela alguém mais do que vencedor!

O apóstolo Pedro ensina: "Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade... pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina..." - 2 Pedro 1.3-4.

Observe o que o texto diz: Ele nos deu tudo. Repito: tudo.

Ao estabelecer a nova aliança, o Senhor prometeu dar um novo coração, tirar o coração de pedra e colocar um coração de carne, pôr em nós o seu Espírito, seus estatutos e fazer-nos andar neles (Ezequiel 36.26-27).

A nova vida em Cristo proporciona todos esses benefícios, porém, infelizmente se apregoa um evangelho tão distante dessas verdades, capaz de "produzir" um cristão que mal sabe o que tem... Se esse cristão mal saber o que tem, o que ele vai guardar?

Vivendo num mundo cujo sistema tenta sufocar o valor divino depositado em nós, devemos lançar mão das nossa milícia que são poderosas em Deus para destruição das fortalezas (2 Corintios 10.4).

• fortalecer-nos no Senhor e na força do seu poder (Efésios 6.10);
• orar em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito (Efésios 6.18);
• combater o bom combate, terminar a carreira, guardar  fé (2 Timóteo 4.7).

Concluindo, quero encorajar você a não aceitar nenhum tipo de imposição do mundo, e recomendar as palavras de Paulo dirigidas a Timóteo:

"Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós" - 2 Timóteo 1.14.

"Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado..." - 1 Timóteo 6.10.

Fonte: Expressão Nacional, página 8, junho de 2001

Televisão dispensável


"Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim" - Salmos 101.3.

E.A.G.

Ananias e Safira, o perigo de falar mentira

A generosidade é uma virtude valiosa, porém, somente se for acompanhada de sinceridade. Ananias e Safira  queriam crédito e prestígio de algo que não praticaram, e mentiram por causa desse desejo.

Uma das grandezas da Bíblia é que ela registra  até mesmo as fraquezas de seus heróis. Documenta atos que são contra  a mensagem que ela propaga. Isso acontece porque ela é a infalível Palavra de Deus. Portanto, fala a verdade. Além disso, revela a debilidade do gênero humano, mostrando que nenhum homem é perfeito.

Em Atos 2.47 e 4.34, ficamos sabendo que "todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e os depositava aos pés dos apóstolos". Ninguém era obrigado a vender suas propriedades, mas alguns fizeram esse ato generoso, dentre eles, destacou-se Barnabé, o único citado nominalmente, exceto o casal Ananias e Safira. que fez um voto, não o cumpriu, mas queria que a Igreja pensasse que o mesmo fora concretizado. Isso se chama hipocrisia.

A mãe de João Marcos, o sobrinho de Barnabé, possuía uma casa em Jerusalém, que servia como lugar de culto e reunião de oração (Colossenses 4.16; Atos 12.12).

O texto sagrado afirma que Barnabé e o casal Ananias e Safira venderam "uma propriedade", mas não diz o seu tipo e nem o seu valor. Também não explica o motivo da atitude estranhíssima de Ananias e Safira perante o apóstolo Pedro. Os expositores da Bíblia, quase que em voz oníssona, admitem que Ananias e Safira queriam crédito e pretígio de algo que não praticaram, desejavam ser honrados como Barnabé.

Ao vender parte do preço da venda da propriedade, levando apenas uma parte, Ananias mentiu. O texto sagrado informa a exortação de Pedro: "Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus" (Atos 5.3-4). A aparente generosidade de Ananias não foi um ato de fé. Além disso, parece que ele não fez negócio ilícito, pelo que se conclui do verbo grego "nosphizomai" (traduzido por reter) nos versículos 2 e 3.

A sentença foi instantânea, o juízo foi duro, vindo da parte de Deus: "E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.' (...) 'E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.' (..) 'Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou" - Atos 5. 5, 7, 9-10.

O desejo de ser importante, o amor ao dinheiro, a obstinação pela posição de notoriedade no grupo, cegaram completamente tanto Safira quanto seu marido Ananias. Eles foram contaminados pelo vírus desse mundo. "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" - 1 João 2.16.  

Nunca vale a pena ser infiel, apesar de o juízo de Deus nem sempre se manifestar de maneira, rápida e fulminante como neste relato bíblico. São muitos crentes que não levam a sério a obra do Senhor, eles devem considerar que Deus está dando a oportunidade ao arrependimento.  Existem os que praticam algo, aparentemente, muito mais grave que o referido casal, no entanto, o Senhor ainda dá oportunidade para a reconciliação. Entretanto, se os que estão nessa situação continuarem caminhando na trilha da malícia, da fraudulência e hipocrisia, futuramente poderá ser muito tarde. "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulosamente" - Jeremias 48.10a. 

A morte deste casal deve levar cada crente a refletir seriamente sobre a Igreja de Cristo. A porta ainda está aberta para a salvação.

Autoria não divulgada.
Fonte: A Voz da Assembleia, edição julho de 2002, página A6.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Charb: cartunista morreu sem noção do que é liberdade e opressão

Visando o relacionamento interpessoal pacífico, a Bíblia alerta a todos: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" - Provérbios 15.1.

O atentado terrorista na França, em 8 de janeiro, contra Stephanie Charbonnier, conhecido como Charb, editor e cartunista da revista Charlie Hebdo, traz à tona a necessidade de reflexão sobre como deve ser exercida a liberdade de imprensa. As palavras-chaves são; respeito e ética.

Agora existe um motivo para breve parada e reflexão, é momento de repensar sobre como deve ser exercida a liberdade de imprensa. Por quê? Porque liberdade sem limites não é liberdade, é opressão. O que a maior parte dos jornalistas pedem não é ser livre para noticiar o fato, mas livres para oprimir usando veículos de massa com alcance de larga escala, tripudiar abertamente tudo e todos aqueles que não pensam como eles pensam, ofender em público quem eles consideram seus desafetos e gente que vai contra seus interesses políticos e financeiros.

Charlie Hebdo, exemplo 1:

Liberdade de imprensa para ofender a fé alheia? Mesmo que o ofensor seja um jornalista este tipo de atitude não é jornalismo. Em novembro de 2012, a capa da revista de Charbonnier zomba do cristianismo trazendo a representação da doutrina da Trindade em coito homossexual a três. Qual seria o propósito de publicar isso? Informar? Não, apenas escarnecer dos crentes.


Charlie Hebdo, exemplo 2: 

Ninguém deveria ser livre para desrespeitar o luto de quaisquer pessoas. Quando o cantor Michael Jackson faleceu, Charbonier parece ter pensado em aumentar a tiragem da sua Charlie Hebdo e não amenizar a dor dos familiares, que perderam um filho, um pai, um irmão, um primo... Manchete: "Michael Jackson finalmente branco."


Charlie Hebdo, exemplo 3:

Ilustração da capa em julho de 2013, trouxe um desenho mostrando um muçulmano sendo alvejado a balas, associado a manchete "Alcorão é uma merda, não para balas". Qual seria o motivo de criar esse conteúdo, senão lucrar alto com uma zombaria contra todos os muçulmanos?




Conclusão

Eu Eliseu Antonio Gomes, como cristão evangélico, e alguém que crê na doutrina da Trindade, afirmo que sou contra a violência.

Devo lembrar aos que gostam de irritar o próximo e escarnecer de Deus o que está escrito na Bíblia: "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" - Gálatas 6.7-8.

E.A.G.

Quando se faz o que não devia fazer

Edom não devia ter feito isso e aquilo, mas fez. Eu não devia ter feito isso e aquilo, mas fiz. Você não devia ter feito isso e aquilo, mas fez. Foi um grande erro fazer o que não deveria ser feito. Agora Edom, você e eu "recebemos o que os nossos feitos mereciam" (Lucas 23.41).

Quem é Edom? O que ele fez? Edom é Esaú, o irmão gêmeo de Jacó. filho de Rebeca e Isaque.

O Edom que fez o que não devia ser feito não é a pessoa de Edom, mas os seus descendentes, os edomitas, um povo aparentado com os israelitas. 

É a eles que se dirige a melancólica reprimenda do profeta: "Mas vocês não deviam ter ficado alegres com a desgraça dos seus irmãos de Judá; não deviam ter olhado com prazer quando eles foram destruídos; não deviam ter zombado deles quando eles estavam aflitos. Quando o meu povo foi derrotado, vocês não deviam ter entrado em Jerusalém, nem deviam ter ficado alegres com a desgraça deles. Quando eles sofreram a derrota, vocês não deviam ter roubado os seus bens; não deviam ter esperado nas encruzilhadas para matar os que procuravam fugir, nem deviam ter entregado ao inimigo os que escaparam com vida” - Obadias 1.12-14 (NTLH).

Ao todo, são oito "não devia", mas todos os oito não devia" foram feitos por Edom.

As lembranças de muitos "não devia" realizados provoca inquietação de consciência por culpa ou crime cometido, o remorso traz uma dor insuportável.

• Não devia ter comido da árvore do conhecimento do bem e do mal;
• Não devia ter me deitado com a mulher de Urias;
• Não devia ter negado três vezes o meu Senhor;
• Não devia ter traído sangue inocente;
• Não devia ter dado meu voto contra os santos quando eles eram condenados à morte;
• Não devia ter engravidado aquela garota de 15 anos;
• Não devia ter expulsado minha filha de casa;
• Não devia ter experimentado drogas;
• Não devia ter atentado contra a vida do próximo;
• Não devia ter procedido com a política do "olho por olho e dente por dente".

Depois de tantos vergonhosos equívocos, resta o juízo ou a misericórdia de Deus. Mas, para ser alvo do perdão do Senhor é preciso agir misericordiosamente com o próximo, confessar e pedir perdão a Deus e à pessoa prejudicada e saber conviver com as consequências naturais dos erros cometidos (João 3.16-18; Mateus 6.14; Tiago 2.13; 1 João 1.9; Gálatas 6.8).

Artigos paralelos:
Você sabe quem foram e quem são os edomitas?
Obadias: o princípio da retribuição

E.A.G.